DELET - Departamento de Letras

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/617

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 7 de 7
  • Item
    Letramentos e política de educação na BNCC : análise exploratória da área de linguagens no ensino médio.
    (2023) Guerra, Icaro Guilherme; Laranjeira, Rómina de Mello
    Neste artigo, ao considerar as disputas e os debates que envolvem a Base Nacional Comum Curricular, analisamos as concepções de letramento que orientam as competências específicas de linguagens e de Língua Portuguesa na etapa do Ensino Médio. A pesquisa, situada na Linguística Aplicada, mobilizou conceitos e princípios dos Novos Estudos de Letramento. O documento norteador constituiu-se como objeto de estudo, tendo sido, portanto, desenvolvida uma metodologia qualitativa de análise documental. Os resultados apontam para uma maior presença de aspectos que enquadramos no letramento autônomo, em alinhamento com políticas neoliberais, ainda que sejam referidas práticas sociais de linguagem. Concluímos que as competências analisadas são objetificadas e que prevalece o desenvolvimento de habilidades individuais para operar coletivamente na sociedade, em oposição às competências e habilidades que são desenvolvidas pela ação social e pelas práticas de linguagem.
  • Item
    Variação linguística e ensino : conceitos e (im)possibilidades.
    (2020) Sena, Viviane de Andrade Soares; Mendes, Soélis Teixeira do Prado
    Por meio deste artigo pretendemos discutir achados da pesquisa intitulada “Esta língua vareia: uma análise da variação linguística no ensino de língua portuguesa em Mariana, MG”3 (Soares-Sena, 2018), a partir da qual e sob a perspectiva da Sociolinguística Variacionista Laboviana (2008 [1972]) apresentamos uma análise a respeito do tratamento dado à variação linguística nos ensinos Fundamental II e Médio. Assim, visando desenvolver ainda mais o tema em questão, acrescentamos a esta discussão algumas reflexões acerca da variação linguística no processo de alfabetização-letramento de crianças; conhecimento que nos foi possibilitado trazer a este estudo a partir da realização da disciplina “LIG948 - STV em Linguística Aplicada: Da aquisição da fala à apropriação da escrita pela criança” do Programa de Pós Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais. Dessa maneira, evidenciaremos resultados da pesquisa empírica e refletiremos, ainda, sobre o processo de alfabetização no Ensino Fundamental I (anos iniciais – 1º ao 5º ano). Isso para que possamos discutir conceitos e (im)possibilidades ao ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa na educação básica como um todo. Os resultados nos mostram que poderemos compreender que, embora existam grandes estudos com foco em um ensino-aprendizagem diverso, criativo, dinâmico, efetivo e significativo com tendências à erradicação do analfabetismo no Brasil (Soares, 2002, 2018; Faraco, 1992, 2008, 2016; Bortoni-Ricardo, 2005; dentre outros), ainda há muitas lacunas no nosso ensino. Da alfabetização ao ensino médio, existe um caminho extenso a ser percorrido para se alcançar a educação de qualidade.
  • Item
    Representações de norma linguística para professores de língua portuguesa do ensino fundamental II.
    (2020) Timóteo, Ana Carolina de Aguiar Gonçalves; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Sól, Vanderlice dos Santos Andrade; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Sól, Vanderlice dos Santos Andrade; Antunes, Leandra Batista; Guimarães, Daniela Mara Lima Oliveira
    Este trabalho apresenta um levantamento das representações acerca de norma linguística que têm professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II. Observar a prática de colegas mais experientes é condição para se tornar professor. A partir daí, o observador relata e analisa aquilo que assistiu. Entretanto, ouvir o professor em exercício também pode colaborar para esse processo formador constante. É nesta perspectiva que este estudo caminha: ouvir professores no que se refere aos aspectos de norma linguística. Partindo da descrição histórica da institucionalização da Língua Portuguesa no Brasil, perpassamos também os caminhos da fixação dessa língua como disciplina a ser ensinada nas escolas. Discorremos sobre a legislação brasileira no que se refere às prescrições curriculares (PCN e BNCC) para ensino de Língua Portuguesa no Brasil, e procuramos mostrar como essas prescrições nos parecem imprecisas no que concerne à ideia de norma linguística. Analisamos, então, as ideias de norma para alguns teóricos, partindo dos preceitos estruturalistas de Saussure e atingindo linguistas brasileiros que investigam a questão da norma linguística da Língua Portuguesa. Este trabalho se vale em sua metodologia de um questionário proposto aos professores participantes no processo investigativo e procurou levantar as representações de determinado grupo de sujeitos. Assim, o objetivo foi identificar e descrever as representações de norma linguística que têm os professores de Língua Portuguesa do ensino fundamental II. O campo de pesquisa é uma cidade do interior de Minas Gerais, Itabirito, cujos professores participantes são funcionários da rede municipal de ensino. OS resultados dessa dissertação apontam para três eixos representativos – a saber: norma culta: sinônimo de padrão; o uso é oposto à norma padrão e à norma culta; adequação linguística. Esta pesquisa lançou luz à voz docente, um dos protagonistas do processo ensino-aprendizagem - o professor - e salientar as inconsistências tanto nos referenciais teóricos quanto nos documentos que regem o ensino de Língua Portuguesa são refletidos nas representações mapeadas neste estudo.
  • Item
    Sobre a recta ordenação das letras do Abcedario : ortografia da língua portuguesa em obras setecentistas da Biblioteca do Caraça.
    (2016) Piva, Isabela de Vasconcellos; Montanheiro, Fábio César; Montanheiro, Fábio César; Agnolon, Alexandre; Toledo Neto, Sílvio de Almeida
    O presente trabalho buscou analisar as ideias acerca da temática ortográfica da língua portuguesa vigente durante o século XVIII através da análise de um corpus de pesquisa constituído por livros destinados ao ensino de língua que se encontram no acervo de obras raras da Biblioteca do Caraça, com destaque à Nova Escola para Aprender a Ler, Escrever e Contar (1722), de Figueyredo. Localizado nos municípios de Catas Altas e Santa Bárbara (MG), o Complexo Santuário do Caraça pertence à Província Brasileira da Congregação da Missão e sua Biblioteca funciona, atualmente, no mesmo prédio que abrigou, desde o início do século XIX até meados do XX, o Colégio do Caraça, instituição educacional que se localiza entre as primeiras fundadas em Minas Gerais. O corpus analisado revela uma memória relacionada ao campo de pesquisa e, também, à representação gráfica da língua portuguesa no Setecentos, período intensamente marcado pela valorização do pensamento renascentista e pela etimologização ortográfica, isto é, pela busca da correção gráfica da língua portuguesa nos modelos latinos.
  • Item
    Ensinar língua portuguesa na Croácia : primeiras anotações de uma experiência.
    (2014) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de
    O presente texto apresenta uma serie de consideracoes de ordem pratica. A experiencia de ensinar Lingua Portuguesa como lingua estrangeira, sobretudo com a atencao voltada para a apresentacao da variante” brasileira para alunos croatas e o ponto de origem destas observacoes. O texto nao traz nenhuma consideracao de ordem “teoric” nem, tampouco, oferece elementos para o esboco de metodologias inovadoras dependentes de instrumentos variados, para alem dos tradicionais. O que se quer, na verdade, e estabelecer parametros de comparacao com outras praticas, a partir de uma experiencia concreta que parte de um pressuposto subjetivo: o uso de recursos pessoais e certa dose de criatividade como instrumentos de operacionalizacao do convivio dos alunos croatas com a Lingua Portuguesa.
  • Item
    O tratamento na produção epistolar de João Pinheiro da Silva : análise sociopragmática de tu x você e respectivas formas gramaticais.
    (2015) Luz, Ricardo Dias; Rocha, Ana Paula Antunes
    Este trabalho orientou-se para a análise sociopragmática implicada no uso de tu x você nas cartas escritas por João Pinheiro da Silva em finais do século XIX e início do século XX, a partir das relações estabelecidas entre o remetente e os seus destinatários. Para a classificação do tipo de relação (simétricas e assimétricas descendentes), foram empregadas as formulações teóricas de Brown e Gilman (1960) sobre a semântica do poder e da solidariedade. Também foram levados em conta os pressupostos teóricos da Teoria da Polidez idealiza por Brown e Levinson (1987), de modo que se viabilizasse a análise do uso das formas tu x você em função dos atos de ameaça à face, veiculados nos enunciados de João Pinheiro. Em síntese, essa dissertação converge para os resultados obtidos por outros estudos realizados no período coberto pela produção epistolar de João Pinheiro: a alta produtividade da forma pronominal tu em finais do século XIX e início do século XX ao lado do comportamento híbrido de você, que ora apresentava propriedades da categoria destino, ora os traços cerimoniosos herdados da forma nominal de que se originou.
  • Item
    Garimpando memória : um estudo sincrônico e diacrônico da terminologia de ourivesaria presente no “Diccionario da Lingua Brasileira” (1832), de Luiz Maria da Silva Pinto.
    (COSTA, E. C. da. Garimpando memória : um estudo sincrônico e diacrônico da terminologia de ourivesaria presente no “Diccionario da Lingua Brasileira” (1832), de Luiz Maria da Silva Pinto. 2014. 256 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2014., 2014) Costa, Estefânia Cristina da; Rocha, Ana Paula Antunes
    A presente pesquisa teve como objetivo o estudo sincrônico e diacrônico do léxico correspondente à terminologia de ourivesaria, presente no “Diccionario da Lingua Brasileira”, de autoria de Luiz Maria da Silva Pinto. O dicionário foi escrito, editado e impresso na “Typographia de Silva”, pertencente ao autor, no ano de 1832, na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, dez anos após a proclamação da independência do Brasil. O dicionário é considerado a primeira obra lexicográfica, escrita, editada e impressa no Brasil. Para a realização do estudo, utilizamos a edição fac-similar do dicionário disponível na biblioteca digital “Brasiliana Guita e José Mindlin”, da Universidade de São Paulo. Inicialmente, fizemos o levantamento das unidades léxicas que remetem ao mundo da ourivesaria. Coletamos 161 vocábulos ligados ao universo dos metais, da mineração entre outros. No entanto, optamos pela análise de 36 termos que receberam as marcações “T. de ourives”, “entre ourives” ou que fazem menção direta ao universo da ourivesaria. Em um segundo momento, os termos selecionados foram organizados em fichas terminológicas. Para cada um dos termos, construímos uma ficha que nos indica se o termo ocorreu ou não no Brasil desde o século XVIII até os dias de hoje. A ficha também nos mostra a origem desses termos e outras informações importantes para a análise linguística. Para esta análise diacrônica, tomamos como base, além do “Diccionario da Lingua Brasileira”, dicionários de cinco autores: Bluteau (1712-1728), Moraes Silva (1813), Freire (1944), Aurélio (1999), Houaiss (2009) e, para a análise etimológica, Cunha (1987; 2007). Para completar a investigação, partimos para o estudo do uso contemporâneo dos termos de ourivesaria. Para tanto, aplicamos questionários semântico-lexicais a dez ourives atuantes na cidade de Ouro Preto e região. As questões foram elaboradas a partir dos verbetes selecionados em Silva Pinto. Nosso objetivo era saber se tais termos continuam vigorando, se caíram em desuso, se ganharam novas acepções e se outras palavras estão sendo usadas em lugar deles. Nossa análise apontou uma terminologia de base europeia que, embora em sua maior parte continue dicionarizada e relacionada ao universo da ourivesaria, é pouco conhecida pelos profissionais atuantes em Ouro Preto e região. Além do estudo sincrônico e diacrônico, e também etnolinguístico da terminologia de ourivesaria, uma vez que pudemos perceber e ratificar as relações entre língua, cultura e sociedade, buscamos verificar se o “Diccionario da Lingua Brasileira” é uma obra nacionalista, já que seu título anuncia essa possibilidade. Constatamos que, embora inove ao nomear o dicionário como “brasileiro”, principalmente porque o espírito nativista dos brasileiros estava bastante aguçado devido à recente independência do Brasil, Silva Pinto não reivindica um caráter nacionalista para sua obra.