DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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    O resgate da memória : o topônimo do bairro ouro-pretano Cabeças.
    (2023) Fernandes, Fernanda Kelly Mineiro; Mendes, Soélis Teixeira do Prado
    Nosso objetivo é resgatar parte da memória cultural da setecentista Vila Rica, hoje Ouro Preto, por meio da análise do topônimo “Cabeças”, nome atribuído a um dos bairros ouro-pretanos mais antigos. Com base nos estudos onomásticos e nas narrativas dos moradores, discutimos aspectos que extrapolam dados linguísticos e que estão presentes na nomeação de topônimos. A análise dos dados nos mostrou que a configuração geográfica e a posição da localidade em relação à Vila motivaram a escolha toponímica. Assim, podemos afirmar que, com a recuperação dos contextos histórico, cultural, geográfico e social, que propiciaram a criação do topônimo sob análise, foi possível recuperar-lhe o significado ao trazermos à tona informações subjacentes ao nome e em que situação ele foi atribuído à localidade.
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    Um estudo etno-estilístico de narrativas míticas de candomblés Quetu baianos.
    (2022) Rodrigues Júnior, Adail Sebastião
    Este artigo descreve e compara cinco versões de uma narrativa – itã – iorubá que fundamenta uma cerimônia importante nos candomblés da Bahia. Partindo de teorias sobre narrativas, da linguística antropológica e de textos escritos por ícones de candomblés baianos, sobretudo sacerdotes, o estudo demonstrou que as versões da narrativa analisada têm similaridades, mas igualmente diferenças, no que tange aos elementos da narrativa – eventos, trama, personagens, contexto, descrição e, especialmente, propósito. O artigo também considerou essas narrativas míticas como artefatos culturais, visto serem fontes importantes que justificam como cerimônias tradicionais do candomblé baiano são realizadas. Ao final, o artigo destacou que, além de ser um elemento para o escrutínio científico, essas narrativas míticas são vistas pelos devotos do candomblé como os fundamentos de seus ritos e crenças.
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    Em primeira(s) pessoa(s) : a memória individual no contexto da África e na perspectiva de Ngugi wa Thiong'o.
    (2020) Cândido, Marcelo França Marques; Amorim, Bernardo Nascimento de
    No presente artigo, buscamos problematizar algumas constatações que sugerem o excesso do uso da primeira pessoa na literatura contemporânea como responsável por uma possível crise da ficção. Abordamos interseções que o universo literário mantém com o relato memorialístico, de maneira a destacar um tipo de relação que, com as experiências traumáticas do século XX, adquire mais ampla significação, sugerindo tanto uma instância fundamental para os indivíduos que viveram traumas, quanto para as culturas às quais pertencem. Com o foco na experiência africana, trazemos o exemplo de Sonhos em tempo de guerra, primeiro volume da trilogia autobiográfica de Ngũgĩ wa Thiong’o, que afirma a literatura como espaço de reconstrução do sujeito fragmentado a partir do relato autobiográfico, mas não narcísico.
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    A língua francesa no léxico do português brasileiro da Belle Époque : análise de uma obra purista através de dicionários de língua portuguesa dos séculos XVIII, XIX, XX e XXI.
    (2021) Scaramussa, Lucas Braga; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Guimaraes, Simone Fonseca Gomes Duarte; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Guimaraes, Simone Fonseca Gomes Duarte; Lages, Rita Cristina Lima; Seabra, Maria Cândida Trindade Costa de
    O presente trabalho teve como objetivo maior identificar de que forma a influência francesa foi capaz de contribuir para a construção do léxico da Língua Portuguesa brasileira. Para isso, procedemos à investigação e à análise de termos lexicais franceses abordados em uma obra purista escrita pelo latinista Antonio de Castro Lopes em 1889, época que compreende o acontecimento da Belle Époque. Trouxemos um denso recorte histórico que comprovou a ligação cultural entre França e Brasil, tendo como expoente a Belle Époque, e como essa relação cultural deixou traços na língua, sobretudo no âmbito lexical. As teorias utilizadas buscaram mostrar como os fatores extralinguísticos, tais como as experiências vividas por uma sociedade, acarretam mudanças expressivas na sua língua, além da íntima e indissociável relação entre léxico e cultura. Para a estruturação dos conceitos que envolvem as ciências do léxico, utilizamos, majoritariamente, os estudos de Maria Tereza Camargo Biderman. A temática envolvendo a discussão sobre neologismos, empréstimos e estrangeirismos foi baseada, principalmente, em Ieda Maria Alves e Nelly Medeiros de Carvalho. O corpus, composto por trinta e duas palavras, retiradas da obra de Castro Lopes, foi analisado sob a ótica da neologia por empréstimo, a partir da qual pudemos classificar cada item levando em consideração as adaptações sofridas no processo de aportuguesamento dos galicismos. Ainda, como métodos de verificação, utilizamos dicionários específicos de Língua Portuguesa dos séculos XVIII, XIX, XX e XXI para atestarmos o registros oficial dos galicismos no léxico do PB. Enquanto resultado da influência francesa durante a Belle Époque, podemos concluir que, de fato, o movimento da Belle Époque foi um fator importantíssimo para a entrada e registro de termos franceses no léxico do PB. Das 32 palavras, 25 passaram a ser registradas em dicionários do PB após o período.
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    Itamar Assumpção : perto do coração absurdo.
    (2020) Pascucci, Felipe Augusto; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Amorim, Bernardo Nascimento de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Menezes, Roniere
    Composta por três eixos temáticos globais, e contíguos, a presente dissertação deixa-se levar pela audição dos três primeiros discos do cantor e compositor paulista Itamar Assumpção (1949 – 2003): Beleléu, Leléu, Eu (Lira Paulistana, 1981), Às próprias custas S/A (Isca Gravações Musicais LTDA, 1982) e Sampa Midnight (Mifune Produções, 1985). Nessa rota, memória, música e política confluem e traçam a cartografia de um país atormentado, mas pulsante.
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    Escrever, conhecer : a procura da sociedade africana na poesia de Paula Tavares.
    (2019) Amorim, Bernardo Nascimento de
    Em entrevista concedida três anos após a publicação de seu livro de estreia, Ritos de passagem, de 1985, Paula Tavares falava da importância da região onde nasceu, a Huíla, no sul de Angola, para a configuração de sua poética. Nos seus termos, tratava-se de um lugar que “era o limite entre duas sociedades bem distintas: a sociedade europeia [...] [e] uma sociedade africana que era ignorada pela sociedade europeia”. Da sociedade africana procurava se aproximar essa poesia, buscando alguma compreensão de coisas que “escapavam” à autora, mas que ela “desejava perceber”. Apresentava-se, então, a poesia como instrumento para o conhecimento de um mundo que não se conseguia “compreender inteiramente”. A partir de algumas sugestões que recolho em um texto de Amílcar Cabral (“O papel da cultura na luta pela independência”) a respeito do conceito de cultura e da constituição das sociedades africanas modernas, bem como da análise de três poemas de diferentes momentos da obra de Tavares, procuro observar alguns dos modos como a poética em questão realiza a aproximação que tem em vista, considerando-se certas potencialidades e limitações que aí entram em jogo.
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    A tradução cultural do sujeito diaspórico nas obras intérprete de males e terra descansada, de Jhumpa Lahiri.
    (2019) Almeida, Débora Pereira Miranda de; Galery, Maria Clara Versiani; Rodrigues Júnior, Adail Sebastião; Oliveira, Natália Fontes de; Galery, Maria Clara Versiani
    Intérprete de Males e Terra Descansada são duas coletâneas de contos de Jhumpa Lahiri, em que a autora pós-colonial narra sobre sujeitos que vivem no entre-lugar. As histórias geralmente passam entre a Índia e os Estados Unidos. A estrutura do nosso trabalho tem como objetivo principal investigar a tradução cultural do sujeito diaspórico e a construção da sua identidade no terceiro espaço. Para isso, será feita uma análise de alguns contos das duas obras. Utilizaremos como apoio teórico as ideias de Stuart Hall, Homi Bhabha, Ania Loomba, Sandra Regina G. Almeida, Salman Rushdie, Edward Said, Eva Hoffman, Zygmunt Bauman, Avtar Brah, entre outros teóricos da área dos Estudos Culturais. A dissertação aborda questões pertinentes ao mundo pós-colonial, tais como: hibridismo, exílio, imigração, identidade e tradução cultural.