DELET - Departamento de Letras

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    A negritude na poesia cabo-verdiana : uma polêmica.
    (2019) Martins, César Francioso; Perpétua, Elzira Divina; Guimarães, Raquel Beatriz Junqueira; Amorim, Bernardo Nascimento de; Perpétua, Elzira Divina
    Motivado, por um lado, pelo polissêmico e por vezes controverso conceito de negritude e, por outro, pela polêmica existente entre os estudiosos da área acerca da presença ou não de expressões de uma “legítima” negritude não só em Cabo Verde, mas em toda África lusófona, o presente trabalho visa investigar a existência ou não de manifestações da negritude no interior da poesia cabo-verdiana. Para tal, partindo da realização de um inventário acerca do conceito e das noções de negritude através dos tempos, a pesquisa que aqui se apresenta propõe a investigação sobre a presença ou não de expressões desse sentimento de pertença africanista no interior da poesia caboverdiana em três publicações representativas de três diferentes momentos históricoculturais do arquipélago africano: os três primeiros números de Claridade: revista de arte e letras (1936/1937) tomados em conjunto; a obra Literatura Africana de Expressão Portuguesa – Poesia: antologia temática (1967, organizada pelo angolano Mário Pinto de Andrade); e Cabo Verde: antologia de poesia contemporânea (2011, organizada pelo brasileiro Ricardo Riso). Em seguida, buscamos ainda expandir a abrangência do estudo estendendo brevemente a investigação para além dos três períodos representados pelas obras acima mencionadas em direção a momentos como o Nativismo pré-claridoso, a Geração da Nova Largada e a contemporaneidade. Após o que, tecemos nossas considerações finais acerca da questão inicial sobre a presença ou não de manifestações da negritude na poesia cabo-verdiana.
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    A Jacuba do Jagunço : alimentação, memória e processo social em Grande Sertão: Veredas.
    (2018) Araújo, Aline Macedo Silva; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Perpétua, Elzira Divina; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Perpétua, Elzira Divina; Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    A presente dissertação tem como objetivo principal fazer um percurso gastronômico pelo sertão rosiano analisando alguns fragmentos da obra Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa, a partir dos códigos relacionados, na narrativa, à alimentação e à comensalidade, com o fito de desvelar seu valor simbólico intrínseco, observando como as práticas alimentares foram empregadas por Rosa, tanto para a construção do arcabouço romanesco, como para a constituição do processo social e da figura do jagunço. Acreditamos que as abundantes referências à alimentação, às preparações, aos utensílios de cozinha e aos ritos de comensalidade atuam como o que chamaríamos de “gatilho” de memória na narrativa de Riobaldo, já que, além de atuar como uma espécie de médium de memória intratextual na obra (pois aciona lembranças), também atua como médium da memória coletiva.
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    "A marcha da família com Deus pela liberdade” : refração dos sentidos de crise na memória da imprensa brasileira nos anos de 1964 e 2014.
    (2018) Vieira, Túlio Sousa; Menezes, William Augusto; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Assunção, Antônio Luiz; Menezes, William Augusto
    A presente pesquisa dedicou-se ao estudo do acontecimento discursivo “A Marcha da Família com Deus pela Liberdade” à luz da refração na enunciação dos sentidos de crise em dois períodos oportunos do cenário político brasileiro, quais sejam: a marcha, ocorrida no ano de 1964, em momento de acirramento da crise política que desaguou na instalação da ditadura militar, e a tentativa de reedição, cinquenta anos mais tarde, em 2014, novamente, em cenário de crise política. O exame empírico deu-se a partir de reportagens examinadas em edições do período que antecedeu o golpe civil-militar de 64, coletadas em acervo digital e impresso em arquivos da Biblioteca Estadual Luiz de Bessa dos jornais “O Globo” e “Folha de São Paulo”, e, em edições do mês de Março 2014. Essa escolha do corpus levou em consideração a ampla circulação dos referidos periódicos, bem como por serem referência e possuírem representatividade nacional no que diz respeito à formação da opinião pública. O problema central de pesquisa visa a conhecer como a mídia de referência construiu o acontecimento discursivo “A Marcha da Família com Deus pela Liberdade” nesses dois períodos distintos: na constituição do golpe civil-militar em 1964, e na tentativa de reedição, em 2014, como repetição, ecos de outros enunciados e vozes, um processo de enunciados parafrásticos que são, constantemente, deslocados do campo discursivo/histórico para o campo discursivo/midiático, configurando a refração da memória da marcha de 1964 para 2014, esclarecendo como os periódicos impressos e digitais refrataram a enunciação dos sentidos da crise dentro de um emaranhado memorialístico que foi o acontecimento discursivo, principalmente ao que diz respeito às estratégias argumentativas e discursivas que permearam e imputaram às mulheres brasileiras uma ação política. Assim, a pesquisa elencou pontos que nortearam a análise: 1) a narrativa vista pelos olhares da marcha como acontecimento; 2) o deslocamento da enunciação dos sentidos de crise que refletem e refratam nas marchas; e 3) a apresentação da memória da imprensa acerca dos acontecimentos.
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    Visões da realidade : Marcel Proust e o estilo.
    (2018) Belchior, Iury Almeida e; Agnolon, Alexandre; Agnolon, Alexandre; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Guirau, Marcelo Cizaurre
    Este trabalho tem por objetivo analisar a concepção de estilo do escritor francês Marcel Proust. Em um primeiro momento buscamos compreender o estilo em seus primórdios, isto é, em sua chave retórica. Para tanto, fizemos um levantamento de fontes antigas que vão de Homero até Cícero. Em seguida, analisamos as transformações que geraram a noção moderna de estilo, algumas expressões do romantismo e as diferentes perspectivas teóricas de Leo Spitzer, Roman Jakobson e Erich Auerbach. A segunda parte do trabalho consiste em, a partir desse amplo panorama histórico e teórico, analisar como o autor de À la recherche du temps perdu compreendeu o estilo. Para realizar esta etapa da pesquisa, aproximamos o romance de Proust de sua obra crítica. A percepção do estilo proustiano como procedimento eminentemente textual nos possibilitou pensar o autor como reacionário às premissas românticas sobre sujeito e linguagem. Por fim, analisamos a dimensão subjetiva da concepção proustiana de estilo, com o objetivo de verificar como o autor intentava tutelar as tensões e ambivalências que sua Busca enseja.
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    Oralidade e memória : o registro audiovisual de a história de Lélio e Lina de Guimarães Rosa.
    (2016) Gonçalves, Eleni Ferreira de Souza; Perpétua, Elzira Divina
    Este trabalho aborda as questões da memória e da oralidade na narrativa de Guimarães Rosa. Adotamos uma análise comparativa entre a novela A história de Lélio e Lina e o respectivo registro oral – em forma de documentário – feito pelos Grupos de Contadores de Histórias de Cordisburgo e do Morro da Garça, em Minas Gerais. Analisamos no texto roseano transposto para o suporte audiovisual o que se mantém em um e outro e verificamos os possíveis efeitos que causam ao leitor e ao espectador. Na transposição, se a memória do texto escrito permanece, os elementos da oralidade e da memória sertaneja adquirem outra dimensão na fala dos narradores. Referenciamo-nos no livro A memória Coletiva, de Maurice Halbwachs, e na entrevista de Guimarães Rosa a Gunter Lorenz, na qual o escritor enfatiza aspectos decisivos de sua escrita, sua relação com a língua e linguagem e sua memória em relação ao sertão.
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    Olhar do cronista, registro da memória.
    (2016) Senra, Angela Maria Dutra da Silva; Perpétua, Elzira Divina
    Propomos apresentar a pesquisa “Rastros da memória literária em crônicas dos jornais marianenses dos séculos XIX e XX” (PERPÉTUA, 2015), que tem como fonte um acervo de periódicos da cidade de Mariana (MG), hoje sob a guarda do Centro de Pesquisas Linguagem, Memória e Tradução do ICHS-UFOP. Dada a evidente relação desse acervo com a memória sociocultural da cidade, nossa pesquisa, em andamento, volta-se objetivamente para identificar e selecionar crônicas literárias publicadas nos periódicos, com a subsequente análise em sua correlação com a memória da região, sob as bases de um significativo material teórico sobre esse gênero. Assim, com vistas a adentrar no passado memorial da cidade de Mariana, apresentaremos o resultado parcial da nossa investigação, que tem proporcionado o conhecimento acerca da crônica; e do registro memorial dessa cidade em razão de sua importância no cenário histórico, social e cultural de Minas Gerais.
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    A memória do Simbolismo na obra de Alphonsus de Guimaraens.
    (2017) Paula, João Eustáquio Evangelista de; Perpétua, Elzira Divina; Perpétua, Elzira Divina; Marques, Reinaldo Martiniano; Amorim, Bernardo Nascimento de
    Esta pesquisa analisa a ocorrência da memória do Simbolismo na obra de Alphonsus de Guimaraens, por meio do estudo de seu epistolário e de suas crônicas para ratificar as relações entre as cartas, as crônicas e sua produção poética e, por conseguinte, verificar a contribuição dos poetas modernistas no processo de difusão da memória simbolista. Como suporte dessa memória, no capítulo I consideramos, sobretudo, a visita de Mário de Andrade a Alphonsus de Guimaraens, ocorrida no dia 10 de julho de 1919, que foi o marco para a difusão nacional da obra do poeta ouro-pretano, iniciada uma semana depois, quando esse encontro foi registrado pelo visitante na revista paulista A Cigarra. Os ecos daquele momento também figurariam no poema “A visita”, de Carlos Drummond de Andrade. Somente a partir de 1938, surgem edições de suas poesias completas, por iniciativa de Manuel Bandeira e João Alphonsus, quando o prestígio do grande poeta simbolista começa realmente a consolidar-se. A análise da correspondência ativa e passiva do simbolista mineiro, cotejada no capítulo II, também constituiu parte importante nesse processo de reconhecimento e reavivamento da memória simbolista, num colóquio que desvela os bastidores do “ateliê literário” alphonsino. Já no capítulo III, as crônicas, embora não fossem uma especialidade do Solitário de Mariana, por se autodeclarar “essencialmente poeta”, figuraram como um “laboratório do poeta”. As cartas como “pegadas dos processos de criação”, o registro do fazer literário, e as crônicas como um “laboratório”, são uma antecipação de temas que mais tarde foram explorados em seus poemas, principalmente, na obra Kiriale (1902).
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    Livro inútil ou Museu da Memória? : modernismo e identidade nacional em confissões de Minas.
    (2014) Soares, Fernando César; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Cury, Maria Zilda Ferreira; Machado, Carlos Eduardo Lima
    Esta leitura de Confissões de Minas, primeira reunião de prosas de Carlos Drummond de Andrade, centra-se em dois fatores: o primeiro é a declaração do próprio autor sobre a intenção de construir um livro inútil, um termo que caracteriza o comentário leve da crônica e o segundo é a organização do livro em sessões temáticas que nos permite pensá-lo como um museu que organiza textos do passado escritos em momentos distintos. A partir destas perspectivas, utilizamos os pressupostos como os de Antonio Candido e João Adolfo Hansen presentes na Fortuna Crítica deste livro de Drummond a fim de discutir as escritas da memória drummondiana. Demais teóricos como Benedict Anderson e Hans-Georg Gadamer nos ajudam a fundamentar sobre as multifacetas do museu assimiláveis ao nosso objeto de estudo, compreendido como arquivo do modernismo brasileiro que reúne aspectos desde o movimento de vanguarda dos anos 20 ao poeta engajado de Sentimento de Mundo.
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    Miguilim vai ao cinema.
    (2014) Perpétua, Elzira Divina; Leandro, Anita
    Algumas observações a respeito da filmografia da obra de Guimarães Rosa nos levaram ao pressuposto de que a linguagem roseana contém uma potencialidade sonora e visual que estabelece proximidades entre escrita e cinema. Tal aproximação, antes de se configurar como um dado facilitador das adaptações, transforma-se num desafio para os cineastas, que procuram na imagem em movimento diferentes formas de atualizar o texto do escritor mineiro, fundando, assim, uma relação de memória com a escrita de Rosa. Apresentaremos as reflexões sobre o modo como o espaço sertanejo, os personagens infantis e os animais domésticos são retomados do texto e inseridos nos filmes Mutum, de Sandra Kogut, e Animaizinhos, de Anita Leandro e Elisa Almeida, as duas adaptações cinematográficas da novela Campo Geral.
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    “Nossa história que consiste quase só em calamidades” : a memória e o esquecimento na obra “Os anéis de Saturno” de W. G. Sebald.
    (2014) Sousa, Marcos Eduardo de; Machado, Carlos Eduardo Lima; Souza, Nabil Araújo de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    A presente dissertação visa contribuir para o fomento da discussão sobre a obra do escritor alemão W. G. Sebald, a partir de uma análise de Os anéis de Saturno: uma peregrinação inglesa, que tem por foco a construção narrativa, sustentada pela tensão entre memória e esquecimento. Neste sentido, enfatizamos principalmente, mas não exclusivamente, os eventos nos quais o elemento da destruição atua de forma mais significativa. Para atingir tal objetivo, abordamos três temáticas de grande relevância na construção narrativa: a peregrinação, as paisagens e a intertextualidade. O caráter altamente digressivo da obra é feito da concatenação de histórias dentro de histórias ou mesmo de emaranhamentos de histórias. Aparentemente destituídas de elementos de ligação, as histórias revelam uma estruturação sutil e feita de minúcias, conquistada pelo narrador sebaldiano. Nesta construção, nada é arbitrário ou sem unidade. Um efeito de melancolia deriva da concatenação de infindáveis narrativas de caráter destrutivo.