DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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    Oralidade e memória : o registro audiovisual de a história de Lélio e Lina de Guimarães Rosa.
    (2016) Gonçalves, Eleni Ferreira de Souza; Perpétua, Elzira Divina
    Este trabalho aborda as questões da memória e da oralidade na narrativa de Guimarães Rosa. Adotamos uma análise comparativa entre a novela A história de Lélio e Lina e o respectivo registro oral – em forma de documentário – feito pelos Grupos de Contadores de Histórias de Cordisburgo e do Morro da Garça, em Minas Gerais. Analisamos no texto roseano transposto para o suporte audiovisual o que se mantém em um e outro e verificamos os possíveis efeitos que causam ao leitor e ao espectador. Na transposição, se a memória do texto escrito permanece, os elementos da oralidade e da memória sertaneja adquirem outra dimensão na fala dos narradores. Referenciamo-nos no livro A memória Coletiva, de Maurice Halbwachs, e na entrevista de Guimarães Rosa a Gunter Lorenz, na qual o escritor enfatiza aspectos decisivos de sua escrita, sua relação com a língua e linguagem e sua memória em relação ao sertão.
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    Olhar do cronista, registro da memória.
    (2016) Senra, Angela Maria Dutra da Silva; Perpétua, Elzira Divina
    Propomos apresentar a pesquisa “Rastros da memória literária em crônicas dos jornais marianenses dos séculos XIX e XX” (PERPÉTUA, 2015), que tem como fonte um acervo de periódicos da cidade de Mariana (MG), hoje sob a guarda do Centro de Pesquisas Linguagem, Memória e Tradução do ICHS-UFOP. Dada a evidente relação desse acervo com a memória sociocultural da cidade, nossa pesquisa, em andamento, volta-se objetivamente para identificar e selecionar crônicas literárias publicadas nos periódicos, com a subsequente análise em sua correlação com a memória da região, sob as bases de um significativo material teórico sobre esse gênero. Assim, com vistas a adentrar no passado memorial da cidade de Mariana, apresentaremos o resultado parcial da nossa investigação, que tem proporcionado o conhecimento acerca da crônica; e do registro memorial dessa cidade em razão de sua importância no cenário histórico, social e cultural de Minas Gerais.
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    A revisão do texto literário : um trabalho de memória.
    (2010) Perpétua, Elzira Divina; Guimarães, Raquel Beatriz Junqueira
    A partir da prática de revisão de uma variedade de textos, o artigo reflete sobre o pressuposto de que o texto literário, por sua especificidade, requer do revisor um domínio que extrapola o de um revisor de outras modalidades de textos. Comportando a memória de outros textos, a obra literária, ao ser lida, atualiza a memória do revisor, num exercício constante que exigirá, além dos conhecimentos linguísticos que todo revisor deve dominar, uma prática que se situa nas fronteiras entre a objetividade de um profissional crítico e a subjetividade de um leitor sensível.
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    Miguilim vai ao cinema.
    (2014) Perpétua, Elzira Divina; Leandro, Anita
    Algumas observações a respeito da filmografia da obra de Guimarães Rosa nos levaram ao pressuposto de que a linguagem roseana contém uma potencialidade sonora e visual que estabelece proximidades entre escrita e cinema. Tal aproximação, antes de se configurar como um dado facilitador das adaptações, transforma-se num desafio para os cineastas, que procuram na imagem em movimento diferentes formas de atualizar o texto do escritor mineiro, fundando, assim, uma relação de memória com a escrita de Rosa. Apresentaremos as reflexões sobre o modo como o espaço sertanejo, os personagens infantis e os animais domésticos são retomados do texto e inseridos nos filmes Mutum, de Sandra Kogut, e Animaizinhos, de Anita Leandro e Elisa Almeida, as duas adaptações cinematográficas da novela Campo Geral.
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    A proposta estética em Quarto de Despejo, de Carolina de Jesus.
    (2014) Perpétua, Elzira Divina
    O centenário de nascimento de Carolina Maria de Jesus, comemorado em 2014, abre diversas perspectivas de estudos da obra da escritora, imortalizada em seu primeiro diário como voz coletiva da favela do Canindé nos anos 1960, de cujas páginas vemos também emergir uma personalidade singular em sua luta pessoal para manter-se íntegra e lúcida através da escrita. Ao expor o desejo da autora de se projetar longe da miséria, marcando sua diferença na escrita, Quarto de despejo compõe a poética que a consagrou e inaugura uma nova proposta estética.
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    A construção da identidade nacional em O vendedor de passados.
    (2011) Carvalho, Mariana Aparecida de; Perpétua, Elzira Divina
    Propomos analisar o romance O vendedor de passados, do angolano José Eduardo Agualusa, em que estão presentes fatores ligados à construção de Angola enquanto nação, sendo ficcionalizados como desejo de construção de uma nova identidade nacional através da falsificação de novos passados. Desta forma, O vendedor de passados pode ser lido como uma metaficção historiográfica, termo cunhado por Linda Hutcheon (1988), uma vez que a obra ficcional se volta para o passado não para recontá-lo como reconstituição, mas para reconstruí-lo com base no que poderia ter acontecido, sob um viés crítico, atribuindo, assim, ao discurso historiográfico uma nova significação. Refletimos, ainda, sobre a construção da memória, inerente à ideia de construção da identidade nacional angolana presente na narrativa de Agualusa, abordando, também, a problemática da pós-modernidade que perpassa o romance, sobretudo se investigarmos a temática da obra, bem como os fatores utilizados para que ela seja composta – fatores como ironia, paródia e a presença do passado, que de acordo com Hutcheon são características essenciais das obras que compõem a chamada pós-modernidade