DELET - Departamento de Letras

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    Baú de Ashanti : um jogo educacional para promoção da visibilidade da mulher negra e para a descolonização do saber.
    (Editora IBDSEX, 2020) Silva, Viviane de Paula; Muniz, Kassandra da Silva; Silva Júnior, Elton José da; Nascimento, Amanda Santos
    Um dos entraves para a implantação das políticas curriculares para a educação da temática étnico-racial deve-se à dificuldade de acesso a textos e materiais didáticos adequados, visto que são usualmente centrados no branco e desclassificam a produção intelectual africana e afro-descendente. Neste contexto, apresenta-se o jogo digital educacional intitulado “O Baú de Ashanti”, que tem como público-alvo crianças com idade superior a oito anos, e propõe a promoção da descolonização do saber e alargamento da visibilidade negra a partir do estudo da biografia de algumas mulheres negras que se destacaram na construção da história do Brasil e do mundo. Os resultados obtidos mediante avaliação do primeiro protótipo jogável sugerem que o Baú de Ashanti pode ser considerado um objeto de aprendizagem capaz de favorecer a construção de referências positivas ao narrar as histórias dessas mulheres.
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    Por um paradigma transperiférico : uma agenda para pesquisas socialmente engajadas.
    (2020) Windle, Joel Austin; Souza, Ana Lúcia Silva; Silva, Daniel do Nascimento e; Zaidan, Junia Mattos; Maia, Junot de Oliveira; Muniz, Kassandra da Silva; Lorenso, Silvia
    Este texto propõe uma agenda de pesquisa sobre a produção de espaços de diálogo e solidariedade entre territórios periféricos. O termo ‘transperiferias’ traduz esta proposta de pesquisa e engajamento, elaborada coletivamente por sete pesquisadores/as situados/as no campo aplicado dos estudos da linguagem. A agenda das transperiferias oferece caminhos de ruptura com paradigmas que situam, de um lado, a produção de conhecimento sobre desigualdade e, de outro lado, os sujeitos e territórios que se engajam com a contestação dessa desigualdade a partir de posicionalidades marginais. Propõe-se, em outras palavras, uma aproximação entre a produção de saber “sobre” as periferias com a produção de conhecimento “das” periferias, ao mesmo tempo em que se projetam espaços de diálogo e reflexão “entre” periferias, regionais, nacionais e globais. O texto justapõe os tipos de engajamento e produção epistêmica de cada um/a dos/as pesquisadores/as, de modo a apontar para formas em que objetos de investigação, como letramentos, tradução, processos de racialização, enregistramento sociolinguístico, violência etc., podem ser revisitados numa visão transperiférica. Convidamos sujeitos de diferentes periferias, bem como campos epistêmicos diversos, a ampliarem e tensionarem essa agenda de investigação.
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    Constructions of race in Brazil : resistance and resignification in teacher education.
    (2018) Windle, Joel Austin; Muniz, Kassandra da Silva
    This paper reflects on racial identification in Brazil, considering how concepts of race travel internationally and are transformed locally. In light of the silencing of issues of race in Brazilian public education, we analyse the experiences of student teachers of colour participating in a professional development project coordinated by the authors. We report findings of a qualitative study arising from the project, based on reflective journals and interviews, and focusing on processes of racial resignification and resistance. The narratives produced by participants are situated in relation to dominant discourses of racial democracy and mixing, which deny the possibility of a politicised Afro-Brazilian identity. We show how hybrid identifications, drawing on cultural resources and networks that involve transnational circulation, are part of the construction of new social identities in the context of teacher education.
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    Letramentos de reexistência : produção de cartazes digitais como forma de afirmação da intelectualidade jovem e negra.
    (2018) Brito, Thiago Henrique Borges; Muniz, Kassandra da Silva; Souza, Ana Lúcia Silva
    Este artigo se traduz em afirmar que os cartazes digitais produzidos pela juventude negra são gêneros textuais discursivos que afirmam uma linguagem eminentemente política e subversiva que rompe as amarras de categorias estanques calcadas na noção de gênero ou na noção de político que passeia pelos trabalhos, quando estes se dispõem a analisar cartazes produzidos por grupos sociais específicos. Convergimos os diálogos entre as diversas áreas do saber a fim de traçar possibilidades de letramentos via agências ancoradas pela cosmovisão de matrizes africanas. Nesse sentido, dialogamos com as concepções de letramentos de reexistência cunhados por Souza (2011) e o bios de midiatização em Sodré (1972; 2002), a partir de uma visão decolonial de entender a produção desses cartazes. Aproveitamos, dada à oportunidade, o ensejo para propomos enfrentamentos que possam ser inspirados nas sobrevivências dessa população que sinalizem rupturas afrocentradas em novos rearranjos de mundo.
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    Letramento de reexistência - um conceito em movimentos negros.
    (2018) Souza, Ana Lúcia Silva; Jovino, Ione da Silva; Muniz, Kassandra da Silva
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    Descolonialidade, performance e diáspora africana no interior do Brasil : sobre transições identitárias e capilares entre estudantes da UNILAB.
    (SOUZA, A. L. S.; MUNIZ, K. da S. Descolonialidade, performance e diáspora africana no interior do Brasil : sobre transições identitárias e capilares entre estudantes da UNILAB. L&S Cadernos de Linguagem e Sociedade, v. 18, p. 80-101, 2017. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2018., 2017) Souza, Ana Lucia Silva; Muniz, Kassandra da Silva
    Este artigo tem como objetivo tensionar o campo da linguagem, especificamente da linguística aplicada, por meio da possibilidade de estabelecer relação entre identidades, africanidades e diáspora. A partir de uma visão de linguagem dialógica, que tem o discurso como forma de ação sobre o outro, sobre si mesmo e sobre o mundo, vamos discutir o contexto de formação de um grupo de facebook formado dentro da Universidade Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab em meados de 2015. O grupo, autointitulado Afro-Unilab, teve como objetivo agregar estudantes de diferentes países africanos em torno da temática do cabelo e da possibilidade de usá-lo em seu estado natural. Para a análise temos como corpus depoimentos da idealizadora do grupo e algumas postagens a que tivemos acesso e que trazem questões como violências vividas, empoderamento feminino negro enfrentamento ao racismo na cidade de Redenção, cidade onde estudam as participantes, bem como dentro da própria universidade. Mais do que uma assimilação ao movimento crespo fortemente presente entre a juventude negra feminina, havia a necessidade de buscar responder o que significava ser uma estudante africana negra em uma cidade conhecida por ser a primeira a "abolir" a escravidão no Brasil. Nesse sentido, este artigo busca não dar respostas prontas a esses enfrentamentos, mas mostrar como um movimento feito no interior de uma cidade do Nordeste brasileiro indica-nos questões como migração, interculturalidade e o processo identitário.
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    Linguagens, identidades e grupos afro-culturais de Minas Gerais : a problemática da nomeação.
    (2016) Araújo, Maria Carolina da Silva; Muniz, Kassandra da Silva
    Este trabalho visa apresentar resultados obtidos no estudo de caso do Trovão das Minas, grupo musical de Belo Horizonte que estuda grupos tradicionais de cultura negra, principalmente o Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife - PE. Tivemos como objetivo estabelecer relações entre a linguagem e a identidade deste grupo, assumindo a hipótese de que seus processos de auto-nomeação estão relacionados com os processos de pertença, empoderamento ou rejeição da identidade cultural negra e sujeitas às discussões que permeiam o que é ser branco/a e negro/a em nosso país.
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    Ainda sobre a possibilidade de uma linguística “crítica” : performatividade, política e identifi cação racial no Brasil.
    (2016) Muniz, Kassandra da Silva
    Escrever a partir da contribuição do pensamento de Austin e Rajagopalan para a área da linguagem, ou especifi camente ao campo da Linguística Crítica, também é escrever sobre como, principalmente o conceito de performatividade desloca o conceito de verdade tão apreciado pela Ciência e promove a possibilidade de se pensar uma relação entre linguagem e identidades não pautada em noções fi xas e estanques. Trazer isso ao campo das relações raciais no Brasil é fundamental, pois a auto e hetero identifi cação linguística como negro e negra em nosso país irá se dar de forma política e contingencial. Neste sentido, nos interessa neste artigo: i) discutir a relação entre ciências, linguagem e identidades raciais no campo do fazer científi co sobre linguagem; ii) Discutir o lugar da pesquisa linguística feita a partir do ponto de vista das questões negrodescendentes.