DELET - Departamento de Letras

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/617

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 9 de 9
  • Item
    Julgar-se livre e deparar-se com o outro : Grande Sertão: Veredas e a construção de uma identidade.
    (2022) Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Em Grande Sertão: Veredas, romance que oferece uma interpretação da formação do Brasil, Riobaldo discorre, entre tantos assuntos, sobre a pobreza, a doença e a retórica da modernização. A partir de uma sequência narrativa (do encontro com os catrumanos ao pacto com o diabo), analisa-se como Riobaldo surpreende-se na relação com o Outro. Ao deparar-se com a pobreza extrema, passar por um povoado devastado pela varíola e encontrar um fazendeiro que queria os jagunços como escravos, Riobaldo sente-se convocado a tornar- se pactário, o que coloca em questão a subjetividade e a ética na dinâmica envolvida na responsabilidade por outrem (Lévinas,1988).
  • Item
    Entre o neutro e o grau zero da escrita e o neutro : a utopia da linguagem em Roland Barthes.
    (2020) Nagem, Samanta Esteves; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    O presente artigo tem como objetivo discutir a concepção da utopia de linguagem em Roland Barthes, bem como sua relação com a noção de Grau zero e Neutro, noções que fazem referência a fenômenos linguísticos que rompem com a estrutura paradigmática e binária da língua. Para tanto, a reflexão sobre a utopia da linguagem em Roland Barthes busca compreender em que medida o autor francês entende forma como valor, vinculando a seu projeto estético uma dimensão ética e política. Nesse percurso, discute-se como Barthes compreende a utopia da linguagem enquanto possibilidade de resistência ao caráter fascista da língua em O grau zero da escrita, O prazer do texto, O rumor da língua, O neutro e Aula. Além disso, comenta-se as relações de sentido possíveis feitas entre O grau zero da escritura e O neutro à luz de comentadores da obra barthesiana que estudam a concepção de linguagem proposta por Barthes, a saber: Jean-Claude Milner, Bernard Comment, Rodrigo Fontanari e Leda Tenório da Mota.
  • Item
    Milton Hatoum e a ficção brasileira contemporânea.
    (2020) Gonçalves, Dayane de Oliveira; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Quais são os traços mais percebidos e valorizados pela crítica e como isso constrói uma certa expectativa de leitura para as obras estreantes? Por mais que os críticos que trabalham com a literatura contemporânea sejam praticamente unânimes quanto à variedade de propostas ficcionais, as tentativas de compreensão da prática literária deixam entrever determinados valores e mecanismos de recepção das obras. A partir de duas críticas a Relato de um certo Oriente (1989), de Milton Hatoum, no momento de seu lançamento, realizadas por Flora Süssekind e Silviano Santiago, investigamos como alguns pressupostos constroem uma avaliação deceptiva. A decepção diz respeito sobretudo a uma percepção de que a obra de Hatoum não efetuaria rupturas essenciais com a prosa modernista, aspecto mais acentuado como problema na crítica pós-moderna de Silviano Santiago.
  • Item
    Memória cultural e recordação : narratividade e espera no documentário Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho.
    (2019) Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Kluck, Erick Gabriel Jones
    O documentário Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho, tem uma conturbada e longa história de realização. Ao incluir no filme essa narrativa sobre os problemas enfrentados desde a primeira ideia do documentário, o documentarista propõe uma intrigante reflexão sobre a representação da memória, assim como sobre a rede entre memória, cultura e história brasileira. O real e a realidade ganham novos contornos e conexões pela espera – é esse lapso temporal entre projetos e a incorporação do processo de criação do filme que engendram uma poética do olhar e novas formas de percepção da historicidade e da construção de uma memória narrativa e cinematográfica brasileira. Os sujeitos envolvidos no projeto são chamados para assistir ao que sobrou da primeira tentativa de realização do documentário, passando a narrar o que foi e como se percebem nessa trajetória marcada pela violência do Estado, em um processo de autointerpretação e/ou autoformulação de suas imagens e recordações.
  • Item
    O leitor ideal(izado) do livro para a Infância : criação e recepção estética.
    (2019) Araújo, Hanna Talita Gonçalves Pereira de; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Este artigo focaliza o Livro Ilustrado e o Livro-imagem, classificações que incluem concepções de literatura e de gêneros textuais, além de, em comum, apresentarem nas imagens um papel fundamental na construção dos sentidos. A receptividade do livro ilustrado pelas crianças é algo muito apreciado pelos artistas que encontram leitores dispostos a ler o livro independentemente de critérios externos. Buscamos evidenciar, por meio de entrevistas, as concepções do artista em relação ao seu leitor ideal(izado). As falas refletem que os artistas não se restringem ao rótulo de obra “para criança” ou ainda com o cunho de “infantil”, no sentido equivocado que o termo pode significar, ou seja, obra simples e fácil, apta a um leitor despreparado ou inapto à experiência estética.
  • Item
    Construção das identidades lésbicas em As Traças, de Cassandra Rios.
    (2019) Sousa, Juliana Moreira de; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise da construção das identidades lésbicas no romance As traças, de Cassandra Rios. O livro oferece acesso à produção cultural e artística de uma escritora que aborda a homoafetividade em algumas de suas diversas possibilidades, operando com formas distintas de apresentação e reconhecimento dessas identidades. Além disso, a narrativa pode ajudar a refletir sobre as vantagens e os problemas de se estabelecer uma categoria lésbica, principalmente para a literatura. A leitura do romance é empreendida sob a ótica dos estudos lésbicos e da crítica feminista, contando, sobretudo, com autoras como Monique Wittig (2019), Adrienne Rich (2010) e Tânia Navarro-Swain (1999, 2004).
  • Item
    O diário de Guimarães Rosa : estudo e diálogo autoral.
    (2019) Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Quase desconhecidos pela crítica, os diários de Guimarães Rosa constituem uma visão particular do fictício e do autobiográfico em sua obra. Há três diários entre os manuscritos do escritor, mas neste artigo será focalizado apenas o diário escrito em Paris, por ser o que mais recupera reflexões sobre a escrita de si e sobre o fazer literário. Expondo um interesse do escritor por diários de outros escritores, a investigação sobre mecanismos de narração de si e da relação dessa autocontemplação com o mundo estendeu-se para crônicas e para um dos prefácios de seu último livro, o que também será explorado neste artigo, quando veremos a incorporação do debate sobre literatura engajada a partir da escrita íntima.
  • Item
    Falar sobre si na entrevista : Guimarães Rosa e sua imagem autoral.
    (2017) Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Guimarães Rosa mostrou-se desconfiado dos mecanismos de interpretação em jogo numa entrevista. É o que concluiu em uma entrevista concedida a Pedro Bloch (1963): “Quando você me faz uma pergunta é como se estivesse alterando alguma coisa em mim, compreende?”. Neste artigo, suas entrevistas serão revisitadas, atentando para o processo de modificação do autor de acordo com a pergunta feita, ou melhor, não se trata necessariamente de uma mudança do autor, mas da imagem que tinha ou promovia de si.