DELET - Departamento de Letras

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    Do clube à tribo, de Milton a Djonga : sobre algumas passagens e protagonistas da canção mineira.
    (Editora LED, 2023) Oliveira, Elder Natan Pinto de; Amorim, Bernardo Nascimento de
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    Não nos cabe o silêncio das montanhas : ensaios acerca da poesia mineira contemporânea.
    (Editora LED, 2023) Amorim, Bernardo Nascimento de; Moreira, Wagner
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    Um sujeito Guenzo : considerações acerca do eu poético de João Cabral de Melo Neto em A Escola das Facas.
    (2022) Amorim, Bernardo Nascimento de; Santos, Monick Pereira de Araújo dos
    Este artigo visa explorar o lugar singular de A escola das facas, no todo da obra de João Cabral de Melo Neto. Para isso, recuperamos as discussões teóricas sobre o gênero autobiográfico, conforme Luiz Costa Lima (1986) e sobre a figura do sujeito lírico, segundo Dominique Combe (2010), interrelacionando tais teorias à uma leitura que tensiona o objeto literário e seu autor. Foram selecionados três poemas como corpus de análise, todos eles relacionados à forma de rememoração da infância, com o objetivo de analisar criticamente a abordagem do tema da memória da infância e sua relevância para a composição de uma imagem da voz poética do livro. Dessa forma, o sujeito poético constituído equilibra-se entre sujeito empírico, autobiográfico e lírico.
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    Quando o assunto é procriar : uma reflexão sobre a representação da maternidade em Precisamos falar sobre Kevin, de Lionel Shriver.
    (2021) Souza, Bárbara Ramos; Amorim, Bernardo Nascimento de
    O artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a peculiar representação materna criada por Lionel Shriver, no romance epistolar Precisamos falar sobre o Kevin, publicado em 2003. Aborda-se o romance com o auxílio de estudos sobre a maternidade, a mulher-mãe e a ideologia maternalista, recorrendo-se a autoras como Nancy Chodorow, Orna Donath e Simone de Beauvoir, com destaque para a obra da filósofa francesa Elisabeth Badinter. Pensa-se sobre o conceito de amor inato, estudado por Badinter, as mudanças da concepção de maternidade, ao longo dos anos, e o ideal materno que vigora atualmente. Conclui-se que a representação materna do romance de Shriver é contrária ao que se tem construído socialmente em relação à maternidade e ao ideal da mulher-mãe. Este se apresenta como algo inalcançável, que oprime e coage as mulheres a retornarem ao lar, obrigando-as a se dedicarem exclusivamente aos filhos. Trata-se, assim, de uma ferramenta para manter a organização patriarcal da sociedade.
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    Em primeira(s) pessoa(s) : a memória individual no contexto da África e na perspectiva de Ngugi wa Thiong'o.
    (2020) Cândido, Marcelo França Marques; Amorim, Bernardo Nascimento de
    No presente artigo, buscamos problematizar algumas constatações que sugerem o excesso do uso da primeira pessoa na literatura contemporânea como responsável por uma possível crise da ficção. Abordamos interseções que o universo literário mantém com o relato memorialístico, de maneira a destacar um tipo de relação que, com as experiências traumáticas do século XX, adquire mais ampla significação, sugerindo tanto uma instância fundamental para os indivíduos que viveram traumas, quanto para as culturas às quais pertencem. Com o foco na experiência africana, trazemos o exemplo de Sonhos em tempo de guerra, primeiro volume da trilogia autobiográfica de Ngũgĩ wa Thiong’o, que afirma a literatura como espaço de reconstrução do sujeito fragmentado a partir do relato autobiográfico, mas não narcísico.
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    Negritude, Craveirinha, Sartre : de uma obra apenas começada.
    (2020) Amorim, Bernardo Nascimento de
    O artigo procura conectar a ideia de negritude que Jean-Paul Satre apresenta em "Orfeu Negro" (1948), acrescida da perspectiva por ele adotada no seu prefácio Os condenados da terra (1961), de Frantz Fanon, com a poesia de Xingubo (1964), livro de estreia do moçambicano José Craveirinha. Intenta-se mostrar que a proposta combativa analisada nas obras em questão, profundamente críticas do sistema colonial e dos imperalismos europeu e norte-americano, completa-se com a projeção de um futuro, ainda não alcançado, em que racismo e um humanismo excludente serão coisas do passado.
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    De como responder a uma "acumulada ferida": sobre o trabalho de memória na poesia de Conceição Lima.
    (2020) Amorim, Bernardo Nascimento de
    Em “1953”, poema de A dolorosa raiz do micondó, de Conceição Lima, fala- -se do Massacre de Batepá, acontecimento que entrou para a história de São Tomé e Príncipe como marco para a imaginação de uma identidade coletiva, relacionada à luta pela libertação do país do domínio colonial. Trata-se de evento traumático, cuja violência a poesia de Lima trabalha para que não se esqueça, lançando luz sobre feridas que são parte constituinte de uma memória nacional. Feridas de natureza semelhante também são abordadas em outros poemas da autora, como na sessão de O país de Akendenguê intitulada “Os fantasmas elementares”. Tendo em vista o trânsito entre a violência de Batepá e a ação daqueles cujo legado pode apontar os caminhos do futuro, pretendo mostrar alguns dos diálogos que se estabelecem na poesia de Lima, projetando um mundo com mais espaço para a justiça e a solidariedade do que para a inimizade.
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    O local e além : as poéticas em trânsito de Paula Tavares e Conceição Lima.
    (2020) Amorim, Bernardo Nascimento de
    O artigo apresenta apontamentos acerca de traços característicos das poéticas de Paula Tavares e Conceição Lima, com referências aos dois primeiros livros da angolana, Ritos de passagem (1985) e O lago da lua (1999), e ao segundo e ao terceiro da são-tomense, A dolorosa raiz do micondó (2006) e O país de Akendenguê (2011). Procuro pensar sobre como tais poetas lidam com a herança que seus predecessores lhes legaram, demonstrando de que forma, consciente e propositalmente conectadas com determinados lugares, ambas fazem também o elogio da travessia, constituindo-se como exemplares de uma postura avessa a qualquer monolitismo.
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    Ruanda, país de lágrimas: reflexões sobre perda, memória e narrativa em Baratas, de Scholastique Mukasonga.
    (2020) Silveira, Alexandre Henrique; Amorim, Bernardo Nascimento de
    O artigo pretende pensar a perda como componente central da autobiografia Baratas, de Scholastique Mukasonga, considerando a história de Ruanda, marcada pela colonização, e a busca por uma memória ruandesa. Segundo Richard Oko Ajah (2015), as obras da escritora que tematizam o conflito étnico em Ruanda são narrativas de memória e trauma, as quais denunciam as condições que culminaram em um trauma estrutural, sofrido pelos tutsis ao longo de décadas de violência e segregação, até o genocídio de 1994. A perda e a ausência dos seus, assombrando a autora, narradora e personagem sobrevivente do massacre, fazem com que tome para si a tarefa de guardiã da memória de seu povo. Cogita-se que a experiência traumática, a caracterizar o teor testemunhal de Baratas, leva a escritora a buscar, através da rememoração (Gagnebin 2006), uma forma de agir no presente para lutar contra o esquecimento e a repetição dos horrores do passado, humanizando-se através da arte.