PPGEDMAT - Mestrado Acadêmico (Dissertações)
URI permanente para esta coleçãohttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/15713
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Item Uma intervenção pedagógica com vistas à promoção da autorregulação da aprendizagem matemática : um estudo com alunos do Ensino Médio.(2022) Lima, Ediane Pereira de; Torisu, Edmilson Minoru; Torisu, Edmilson Minoru; Boruchovitch, Evely; Ferreira, Ana CristinaA autorregulação da aprendizagem é definida como processo no qual o aluno planeja, monitora e avalia o seu próprio aprendizado, podendo tornar-se capaz de ser um aprendiz mais autônomo, proativo, e, assim, alcançar melhores resultados escolares. Existem diversos modelos de autorregulação da aprendizagem, nesta pesquisa, utiliza-se o modelo proposto por Barry Zimmerman (2000), fundamentado na Teoria Social Cognitiva de Albert Bandura (1996). Esta pesquisa, de cunho qualitativo, do tipo intervenção pedagógica, foi desenvolvida com o objetivo de investigar as contribuições que uma intervenção pedagógica, com vistas à promoção da autorregulação da aprendizagem Matemática, pode trazer para a vida escolar de alunos de uma turma do 3o ano do Ensino Médio, de uma Escola Pública da cidade de Belo Horizonte. Os dados foram coletados por meio de questionários, obsrvação, diário de bordo, atividade diagnóstica, três blocos de atividades e atividade aplicada após a intervenção pedagógica, estes três últimos abarcaram o conteúdode Matemática Financeira. Foram desenvolvidas 15 sessões de intervenção pedagógica, perpassando pelas três fases do modelo de autorregulação da aprendizagem, proposto por Zimmerman (2000,2002). Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva e realizada a análise qualitativa relacionando os acontecimentos e as respostas dos participantes com o modelo proposto e os elementos envolvidos na AA. Como resultados, após a intervenção pedagógica, os participantes elencaram as contribuições da proposta à vida escolar deles: aprenderam como fazer o planejamento para a realização de uma tarefa, definir metas, organizar o tempo, organizar o ambiente, planejar os estudos em casa, otimizar tempo, espaço e planejamento de estratégias de estudo obtendo melhores resultados, estudar com mais foco, aprender por meio de estratégias diferentes, conhecidas durante as socializações das correções de atividades, contar com a ajuda da professora e dos colegas para aprender e esclarecer dúvidas, revisar as anotações no caderno sempre que necessário, utilizar a internet para buscar esclarecer as dúvidas e entender o conteúdo, e não literalmente, copiar as respostas, diversificar as estratégias de resolução de exercícios, utilizar a autorreflexão como forma de acompanhar e controlar o desempenho na aprendizagem, modificar o percurso do processo de estudo e de aprendizagem, replanejando as estratégias, quando julgar necessário, para atingir a meta pré-estabelecida. Do ponto de vista da professora pesquisadora, a proposta contribuiu para os participantes aprenderem com a prática sobre os elementos envolvidos nas três fases do processo de AA do modelo proposto. Além disso, demonstraram uma crescente participação e empenho nas atividades propostas, demonstrando o desenvolvimento das habilidades em resolver problemas que envolvam porcentagens, como os que lidam com acréscimos e decréscimos simples utilizando, estratégias pessoais, cálculos mentais, e, calculadora, no contexto da Educação Financeira, interpretar e comparar situações que envolvam juros simples com as que envolvem juros compostos, refletir, discutir e argumentar sobre questões relacionadas à Educação Financeira. Também verificou-se melhoria do autocontrole pessoal e da autonomia, relativo aos processos de aprendizagem dos participantes, em níveis diferentes, contudo, todos obtiveram avanços.Item Práticas formativas voltadas para o ensino de matemática para estudantes com TDAH e aprendizagem da docência : um estudo com licenciandos(as) em matemática de um instituto federal mineiro.(2023) Sá, Daiana Luiza de; Ferreira, Ana Cristina; Ferreira, Ana Cristina; Coura, Flávia Cristina Figueiredo; Deodato, André AugustoEntendemos que a aprendizagem da docência em Matemática se dá pelo engajamento em práticas próprias da profissão, a partir das quais os saberes profissionais se vão aprimorando gradativamente. Pensar nesta aprendizagem em uma perspectiva inclusiva, amplia as demandas e a necessidade de se desenvolver tanto uma atitude positiva em relação à diversidade, como saberes específicos que favoreçam a aprendizagem matemática em contextos variados. Este estudo teve por objetivo investigar como a participação em práticas formativas voltadas para o ensino de Matemática para estudantes com TDAH contribui para a aprendizagem da docência de futuros(as) professores(as) de Matemática de um IFMG. Trata-se de uma pesquisa de intervenção de abordagem qualitativa, na qual se procurou sensibilizar licenciandos(as) em Matemática de uma instituição pública do interior de Minas Gerais em relação a condição das pessoas com TDAH e seu impacto na aprendizagem matemática, bem como levá-los a sentirem membros de uma comunidade cuja prática envolve, entre outras coisas, pensar em alternativas para ensinar Matemática para pessoas com esse transtorno. O projeto, foi desenvolvido em uma disciplina do curso de Licenciatura em Matemática, contou com a participação de seis licenciandos(as) ao longo de sete encontros. A coleta de informações se deu por meio da observação dos encontros, que também foram gravados em áudio e vídeo, do diário de campo da pesquisadora e de registros produzidos pelos(as) licenciandos(as) ao longo do projeto. Os resultados sugerem que os(as) licenciandos(as) ao se engajaram nas práticas formativas desenvolvidas, adotaram uma postura mais proativa e central, se apropriando de elementos acerca da prática docente e refletindo sobre a mesma. Além de desenvolverem uma postura mais sensível em relação aos(às) estudantes com TDAH, mas pensando na sala de aula como espaço para todos e todas.Item Saberes docentes acerca da progressão parcial mobilizados por professores de matemática da rede pública de ensino de Ouro Preto em um grupo de estudo.(2023) Figueiredo, Ricardo Alexandre de; Ferreira, Ana Cristina; Ferreira, Ana Cristina; Coura, Flávia Cristina Figueiredo; Nunes, Célia Maria FernandesA Progressão Parcial é uma política pública nacional criada na década de 1990, cujo propósito é reduzir a reprovação, a distorção idade-série e a evasão, sem descuidar da qualidade da aprendizagem. Contudo, na prática, a situação, geralmente, é bem distinta. Nesse cenário, chama a atenção o fato de os(as) docentes, protagonistas do processo juntamente com os (as) estudantes, não serem consultados(as) sobre como desenvolver esta política pública. Nesse sentido, a presente pesquisa investiga saberes docentes mobilizados por seis professores(as) de Matemática da Rede Pública de Ensino de Ouro Preto enquanto discutem e refletem sobre a Progressão Parcial em Matemática. Partindo de um levantamento prévio das percepções de professores de Matemática da região acerca da Progressão Parcial, constituiu-se um grupo com seis desses docentes que aceitaram o convite de compartilhar práticas, dificuldades e experiências relacionadas à mesma. Ao longo de cinco encontros remotos, o grupo discutiu o tema e começou a elaborar, coletivamente, propostas e estratégias para seu aprimoramento. A pesquisa se desenvolveu em uma abordagem qualitativa, na qual dados foram produzidos a partir de respostas dadas a um questionário, observações registradas no diário de campo do pesquisador (pautado na observação dos encontros), transcrições das gravações dos encontros, e registros produzidos pelos(as) participantes. A análise dos dados se desenvolveu por meio da triangulação e interpretação dos dados à luz da noção de Saberes Docentes desenvolvida por Maurice Tardif. Os resultados evidenciam uma mobilização de saberes experienciais em todos os encontros, sugerindo que de fato esses saberes brotam da experiência e são por ela validados, incorporando-se tanto à experiência individual como à coletiva. Além deles, desvelaram-se saberes curriculares e disciplinares que sustentaram tanto a argumentação quanto a tomada de decisões pelo grupo. Este estudo inova ao criar um espaço no qual docentes têm a oportunidade de se expressar acerca da Progressão Parcial em Matemática e usar suas experiências profissionais e demais saberes da docência em prol do aprimoramento da aplicação dessa política pública. Dessa forma, seus resultados contribuem para o desenvolvimento das pesquisas acadêmicas acerca dos saberes docentes em Matemática (em especial, aqueles relativos à Progressão Parcial) e possuem um potencial social ao estimular a criação de grupos de estudo similares e de incentivar a elaboração de estratégias para a realização da Progressão Parcial em Matemática em sintonia com os(as) docentes que a realizam.