PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição
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Navegando PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição por Assunto "Ácidos graxos"
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Item Associação de componentes dietéticos com a prevalência de depressão em egressos universitários (Projeto CUME).(2020) Oliveira, Fátima Costa de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Mendonça, Raquel de Deus; Mendonça, Raquel de Deus; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Coelho, George Luiz Lins Machado; Bressan, JosefinaA depressão é um importante problema de saúde pública e sua associação com a nutrição tem sido amplamente discutida. Pouco se sabe a respeito do impacto do hábito alimentar brasileiro sobre a prevalência de transtornos depressivos. Evidências científicas demonstram que alimentos atuam na modulação da microbiota intestinal e da inflamação. Uma vez que estes mecanismos estão associados à depressão, espera-se que tais alimentos possam estar indiretamente associados à prevalência de depressão. Dessa forma, entender a relação entre hábitos alimentares e depressão pode auxiliar no tratamento e controle dessa enfermidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação de componentes dietéticos com a prevalência de depressão na linha de base da Coorte de Universidades Mineiras (CUME). Trata-se de estudo transversal com egressos graduados ou pós-graduados em universidades do estado de Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Lavras e Universidade Federal de Juiz de Fora. Foram utilizados dados da linha de base (março a agosto de 2016 e abril a agosto de 2018) da coorte, por meio de um questionário autopreenchido em ambiente virtual. O diagnóstico de depressão foi autorrelatado e o consumo de componentes dietéticos a serem avaliados em relação à depressão se baseou na possibilidade de ação sobre a composição da microbiota intestinal e os processos inflamatórios, sendo estes estimados por meio de um questionário de frequência de consumo alimentar. A prevalência de depressão entre os participantes foi de 12,37%. A média de idade foi maior em indivíduos com depressão. Indivíduos do sexo feminino, que fumavam, com excesso de peso, inativos fisicamente, que não consumiam bebidas alcóolicas e que possuíam situação profissional sem rotina estabelecida (do lar, desempregado e aposentado) apresentavam maior prevalência de depressão. Observou-se que uma dieta associada ao maior consumo de alimentos fonte de ômega-6, ácidos graxos trans e carboidratos simples foi associada à maior prevalência de depressão. E o maior consumo de alimentos de origem animal, proteínas totais, fontes de triptofano e a ingestão moderada de cerveja foi associado a menor prevalência da doença. Após ajustes das variáveis por estilo de vida, apenas a ingestão de cerveja (OR=0,57; IC95%:0,44-0,75) e de ômega-6 (OR=1,60; IC95%1,24-2,08) manteve associação com o desfecho. Após estratificação por IMC, a ingestão de ácidos graxos trans foi positivamente associada à depressão naqueles indivíduos com excesso de peso, no entanto este resultado não se manteve após ajustes por variáveis socioeconômicas e de estilo de vida. Sendo assim, o consumo de componentes alimentares, típicos de hábitos ocidentalizados, foram associados positivamente, e a ingestão moderada de cerveja negativamente, à prevalência de depressão.Item Efeito do consumo crônico de diferentes óleos vegetais sobre a modulação de mediadores metabólicos, do status redox e inflamatório em ratas saudáveis.(2018) Gomes, Sttefany Viana; Costa, Daniela Caldeira; Queiroz, Karina Barbosa de; Silva, Marcio Eustáquio; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Alzamora, Andréia Carvalho; Queiroz, Karina Barbosa de; Costa, Daniela CaldeiraO processo de transição nutricional observado em todo o mundo tem sido caracterizado por um aumento da ingestão de alimentos com elevada densidade calórica, ricos em carboidratos e/ou lipídeos, em especial gordura saturada, trans e ácido linoleico. O desequilíbrio na quantidade e no tipo de lipídeos consumidos na dieta pode ter efeitos negativos no organismo. Os óleos vegetais têm recebido atenção especial devido aos potenciais efeitos benéficos à saúde. Estes efeitos estão associados ao tipo de ácido graxo presente nestes óleos, sendo os ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados associados à melhora no perfil lipídico, enquanto os ácidos graxos saturados apresentam efeitos negativos no organismo. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do consumo crônico de óleos vegetais com diferentes percentuais de ácidos graxos sobre mediadores metabólicos, do status redox e inflamatórios em ratas saudáveis. Para isto, foram utilizadas 44 ratas da linhagem Fisher (peso), separadas em cinco grupos, a saber: (i) grupo controle (C), o qual recebeu apenas água, (ii) grupo azeite de oliva (AO), (iii) grupo óleo de linhaça (OL), (iv) grupo óleo de coco (OC) e (v) grupo óleo de girassol (OG). Todos os tratamentos foram administrados por gavagem (1mL/ 250g peso) e o delineamento experimental teve duração de 90 dias. Após este período, as ratas foram eutanasiadas e amostras de sangue, fígado e tecido adiposo foram coletadas e armazenadas para análises posteriores. O consumo crônico de AO aumentou o tecido adiposo branco e a concentração sérica de IL-6, enquanto reduziu o HDL sérico. Os animais do grupo OL apresentaram redução do índice HOMA, aumento nas concentrações de triglicérides séricos, ALT e IL-6, além de aumentarem TNF hepático. A ingestão crônica de OC foi responsável por alterações de parâmetros glicometabólicos e modificações no metabolismo lipídico sérico e hepático, além de aumentar o dano oxidativo hepático através do aumento de TBARS e ALT. Os animais do grupo OG apresentaram alteração no perfil lipídico sérico, aumento da lipogênese hepática, através do aumento da expressão gênica do fator de transcrição Srebp1 e da enzima Acetil-Coa carboxilase (ACC). Além disso, o OG causou alterações nas concentrações séricas e hepáticas de citocinas inflamatórias, aumento de dano hepático e diminuição da razão GSH/GSSG. Estes resultados sugerem que os diferentes ácidos graxos presentes nos óleos vegetais interferem na homeostase do organismo, podendo contribuir para a patogênese de diversas doenças em ratas saudáveis. Desta forma, mais estudos precisam ser feitos a respeito da quantidade e qualidade dos lipideos dietéticos a fim de se promover recomendações para um consumo consciente e adequado dos mesmos.Item Perfil lipídico de dietas hospitalares orais servidas a pacientes oncológicos : estimativa de ingestão e composição da dieta.(2016) Braga, Priscila Gabriela; Quintaes, Késia Diego; Bearzoti, Eduardo; Quintaes, Késia Diego; Aguiar, Aline Silva de; Rabito, Estela Iraci; Bearzoti, EduardoO câncer é caracterizado pelo crescimento descontrolado, rápido e invasivo de células com alteração em seu material genético. O paciente oncológico é vulnerável à desnutrição, geralmente apresentando alteração na ingestão alimentar. Os lipídios têm grande relevância nutricional e devem ser consumidos quali e quantitativamente de forma a atender o requerimento orgânico. Este estudo objetivou determinar o teor de lipídios totais (LT), ácidos graxos monoinsaturados (AGM), ômega-6, ômega-3, ácidos graxos poliinsaturados (AGPI), ácidos graxos saturados (AGS) e ácidos graxos trans (AGT), de dietas hospitalares orais de distintas consistências, servidas a pacientes oncológicos hospitalizados, comparando os teores ofertados e consumidos com as recomendações nutricionais. Foram coletadas amostras das dietas geral, branda e pastosa de um hospital público brasileiro durante seis dias não consecutivos. O consumo alimentar dos pacientes foi determinado mediante a dedução do peso das sobras do valor servido. A identificação e quantificação dos lipídios foi realizada por cromatografia gasosa. Os teores de lipídios foram comparados às recomendações de ingestão de lipídios propostas pela Food and Agricultural Organization/World Health Organization (FAO/WHO). Participaram do estudo 122 pacientes. A maioria recebeu dieta geral (79,5%), seguida das dietas branda (15,6%) e pastosa (4,9%). Os teores de lipídios apresentaram diferença significativa entre as datas de coleta e entre os tipos de dieta. Os teores oferecidos de LT, ômega-6 e AGT estavam dentro da faixa recomendada na maioria das ocasiões, o oposto ocorrendo com os AGS, AGPI e ômega-3. Quanto ao consumo, as mulheres consumiram os %E aceitáveis de AGS e AGT em todos os tipos de dieta. Porém as médias de %E dos demais lipídios (LT, ômega-3 e AGPI) foram inferiores ao recomendado, enquanto o teor de ômega-6 nas dietas branda e pastosa atendeu à recomendação. No caso dos homens, o consumo em percentual de energia (%E) proveniente de ômega-3 e AGPI esteve abaixo das recomendações em todas as dietas, e LT não atingiu o mínimo de 20%E nas dietas branda e pastosa. O %E médio de AGT consumido pelos homens foi aceitável em todas as dietas, já o AGS foi superior ao aceitável para os pacientes sob dieta pastosa. Os resultados fornecem subsídios para a melhoria da composição lipídica dos cardápios, visando o aporte adequado de LT e de AGPI, especialmente de ômega-3, além da redução dos teores de AGS.Item Suplementação com polpa de açaí na dieta hiperlipídica materna durante a gestação e lactação modifica a concentração de ácidos graxos de cadeia curta nas mães e suas respectivas proles.(2021) Pena, Carina Cristina; Souza, Melina Oliveira de; Freitas, Renata Nascimento de; Souza, Melina Oliveira de; Amaral, Joana Ferreira do; Mendes, Maria Carolina SantosO consumo de uma dieta hiperlipídica pode desencadear o desenvolvimento e a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Além disso, a literatura mostra que uma nutrição materna rica em gordura é capaz de promover alterações metabólicas precoces determinantes desta doença em sua prole. Atualmente, a conexão entre intestino e DHGNA tem atraído bastante atenção como forma de explicar a etiopatogenia e a adoção de estratégias terapêuticas. Nossa hipótese é que o açaí (Euterpe oleracea Martius), devido principalmente à sua composição química, rica em compostos fenólicos e fibras alimentares, pode modular a produção de ácido graxo de cadeia curta (AGCC) no intestino. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da polpa de açaí suplementada na dieta materna hiperlipídica sobre a concentração de AGCC no conteúdo cecal de ratas e suas proles após o período de lactação. Foram utilizadas 32 ratas fêmeas, espécie Rattus norvegicus, linhagem Fischer, com 90 dias de idade, divididas em quatro grupos experimentais de acordo com a dieta recebida: grupo controle (C) (dieta padrão AIN-93G), grupo hiperlipídico (HF) (dieta hiperlipídica com 40% de banha de porco e 1% de colesterol), grupo açaí (A) (dieta padrão suplementada com polpa de açaí 2%) e grupo hiperlipídico + açaí (HFA) (dieta hiperlipídica suplementada com polpa de açaí 2%). Após um período de duas semanas recebendo as dietas experimentais, foi realizado o acasalamento aleatório poligâmico dessas ratas. Ao longo do período de gestação e lactação, sendo 21 dias para cada etapa, as fêmeas (geração G0) receberam suas respectivas dietas experimentais e água ad libitum. Após o nascimento, os filhotes (geração F1) permaneceram na gaiola junto com a mãe durante todo o período de lactação. No final do experimento as gerações G0 e F1 foram eutanasiadas e foi retirado o conteúdo fecal acumulado no ceco dos animais para análise da concentração dos AGCC (ácido acético, butírico e propiônico), utilizando a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência. Foi avaliado também, a concentração hepática de TNF. Na geração G0, a dieta hiperlipídica (p<0,001), polpa de açaí (p<0,001) e interação (p<0,05) modificaram a concentração de ácido acético. Também foi encontrada uma redução na concentração do ácido acético nas mães do grupo HFA quando comparado ao grupo HF. A polpa de açaí (p<0,05) apresentou efeito sobre a concentração de ácido butírico e ácido propiônico. As mães do grupo HFA apresentaram uma concentração cecal de ácido propiônico menor que as mães do grupo HF. Na geração F1 a interação (p<0,05) apresentou efeito sobre a concentração de ácido acético. A dieta hiperlipídica (p<0,001) polpa de açaí (p<0,001) e da interação (p<0,05) apresentou efeito sobre a concentração de ácido butírico. A prole do grupo HFA apresentou um aumento na concentração de ácido butírico quando comparado ao grupo HF. Na prole, a polpa de açaí (p<0,001) e a interação (p<0,05) apresentaram efeito sobre a concentração de ácido propiônico. A prole do grupo HFA apresentou uma redução na concentração do ácido propiônico que a prole do grupo HF. Com relação ao resultado da concentração hepática de TNF, nas mães essa concentração foi influenciada pela polpa de açaí (p<0,05) e a interação (p<0,01) e nas proles sofreu influência da dieta hiperlipídica (p<0,001). Nossos achados podem ser úteis para ajudar na melhor compreensão do efeito de alimentos ricos em compostos bioativos sobre o trato intestinal de descendentes em um modelo de DHGNA induzida por dieta materna hiperlipídica. Entretanto, mais estudos de intervenção dietética são necessários para comprovar que o consumo de açaí é benéfico para a saúde intestinal e também indicado como estratégia terapêutica para a prevenção da DHGNA.