Perfil lipídico de dietas hospitalares orais servidas a pacientes oncológicos : estimativa de ingestão e composição da dieta.

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Data
2016
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Resumo
O câncer é caracterizado pelo crescimento descontrolado, rápido e invasivo de células com alteração em seu material genético. O paciente oncológico é vulnerável à desnutrição, geralmente apresentando alteração na ingestão alimentar. Os lipídios têm grande relevância nutricional e devem ser consumidos quali e quantitativamente de forma a atender o requerimento orgânico. Este estudo objetivou determinar o teor de lipídios totais (LT), ácidos graxos monoinsaturados (AGM), ômega-6, ômega-3, ácidos graxos poliinsaturados (AGPI), ácidos graxos saturados (AGS) e ácidos graxos trans (AGT), de dietas hospitalares orais de distintas consistências, servidas a pacientes oncológicos hospitalizados, comparando os teores ofertados e consumidos com as recomendações nutricionais. Foram coletadas amostras das dietas geral, branda e pastosa de um hospital público brasileiro durante seis dias não consecutivos. O consumo alimentar dos pacientes foi determinado mediante a dedução do peso das sobras do valor servido. A identificação e quantificação dos lipídios foi realizada por cromatografia gasosa. Os teores de lipídios foram comparados às recomendações de ingestão de lipídios propostas pela Food and Agricultural Organization/World Health Organization (FAO/WHO). Participaram do estudo 122 pacientes. A maioria recebeu dieta geral (79,5%), seguida das dietas branda (15,6%) e pastosa (4,9%). Os teores de lipídios apresentaram diferença significativa entre as datas de coleta e entre os tipos de dieta. Os teores oferecidos de LT, ômega-6 e AGT estavam dentro da faixa recomendada na maioria das ocasiões, o oposto ocorrendo com os AGS, AGPI e ômega-3. Quanto ao consumo, as mulheres consumiram os %E aceitáveis de AGS e AGT em todos os tipos de dieta. Porém as médias de %E dos demais lipídios (LT, ômega-3 e AGPI) foram inferiores ao recomendado, enquanto o teor de ômega-6 nas dietas branda e pastosa atendeu à recomendação. No caso dos homens, o consumo em percentual de energia (%E) proveniente de ômega-3 e AGPI esteve abaixo das recomendações em todas as dietas, e LT não atingiu o mínimo de 20%E nas dietas branda e pastosa. O %E médio de AGT consumido pelos homens foi aceitável em todas as dietas, já o AGS foi superior ao aceitável para os pacientes sob dieta pastosa. Os resultados fornecem subsídios para a melhoria da composição lipídica dos cardápios, visando o aporte adequado de LT e de AGPI, especialmente de ômega-3, além da redução dos teores de AGS.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Câncer - aspectos nutricionais, Alimentos - composição, Ácidos graxos, Dietoterapia
Citação
BRAGA, Priscila Gabriela. Perfil lipídico de dietas hospitalares orais servidas a pacientes oncológicos: estimativa de ingestão e composição da dieta. 2016. 86 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2016.