Navegando por Autor "Sacramento, Cristina Carla"
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Item Educação infantil e antirracismo a partir de uma autoetnografia feminista negra.(2023) Silva, Ana Carolina Santos; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Sacramento, Cristina Carla; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Sacramento, Cristina Carla; Torres, Marco Antônio; Santana, Patrícia Maria de Souza; Silva, Joselina daO presente trabalho tem como objetivo apresentar como a educação e os percursos de formação constituem uma mulher negra emancipada e comprometida com a transformação social a partir da Educação das Relações Étnico-Raciais na Educação Infantil. A metodologia é construída a partir de uma pesquisa autoetnográfica feminista negra (Silva; Euclides, 2018; 2019; 2021; 2022). As autonarrativas apresentam trajetórias que vão desde a infância na cidade de Divino, município do interior da Zona da Mata de Minas Gerais, à atuação como Educadora Infantil Negra a partir das experiências enquanto uma jovem mulher negra em Viçosa, cidade universitária da Zona da Mata de Minas Gerais. As autonarrativas se alternam entre o “eu” e o “nós”, explicitando as diversas formas de como o racismo e todos os seus desdobramentos estão presentes na trajetória de autodefinição e formação da identidade profissional. Acredita-se, a partir deste lugar de Educadora Infantil Negra Antirracista, na urgência de se trabalhar com as infâncias e na importância das culturas e identidades negras sistematizadas em pautas de luta pelos Movimentos Negros para possibilitar às crianças experiências (hooks, 2019) condizentes e significativas, considerando a infância em sua inteireza e buscando o seu bem viver no agora. No entanto, nessa trajetória pode haver reproduções de padrões que dão voz a uma narrativa e silenciam outras. Desse modo, colocamo-nos a pensar: “Quais narrativas têm voz na Educação Infantil dentro dos ambientes escolares? E quais são silenciadas?” “Quais as fontes das vivências que as educadoras negras e não negras trazem e reproduzem no ambiente escolar com os bebês e as crianças?” “De que forma práticas antirracistas podem ser inseridas no cotidiano?” A análise das experiências permitiu verificar como as vivências durante toda essa trajetória de formação dialogam com outras apresentadas pelo campo teórico e, a partir disso, como podem vir a ser ressignificadas em aprendizados e possibilidades de engajamento em uma transformação social antirracista. Além, as experiências trazidas apresentam diversas nuances que podem contribuir para o avanço das reflexões teóricas no campo da Educação das Relações Étnico-Raciais e de práticas antirracistas na Educação Infantil.Item A implementação da Lei 10.639/03 nas escolas da rede municipal de Ponte Nova - MG : uma análise através da prática docente no ensino de ciências.(2021) Chagas, Milena Fernandes; Fonseca, Marcus Vinícius; Fonseca, Marcus Vinícius; Sacramento, Cristina Carla; Silva, Douglas Verrangia Corrêa daO presente estudo teve como objetivo identificar e analisar como os professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Ponte Nova, e de maneira mais específica, os professores de ciências incluem a Lei n° 10.639/03 e a educação para as relações étnico-raciais em sua práxis docente, a partir das suas concepções acerca das relações étnico-raciais e sobre a atuação da Secretaria Municipal de Ensino. Para alcançar estes objetivos foi empreendida uma pesquisa integrada por dois planos de análise: O primeiro foi constituído através de levantamento e análise documental e o segundo plano de análise foi delineado pela coleta de dados através da pesquisa com professores. Foi realizada a análise dos seguintes documentos: Plano Nacional de Educação (2001-2010, 2014-2024), Plano Decenal Municipal de Educação (2006 – 2015, 2015-2025) e Projeto Político Pedagógico das instituições de ensino que ofertam os anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ponte Nova. A análise documental foi empreendida com o intuito de investigar como estes documentos incluem a Lei 10.639/03 e suas disposições. Através da aplicação de questionários à todos dos professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino e realização de entrevistas com os professores de ciências, averiguamos como os professores concebem o seu conhecimento e as suas práticas no que tange o cumprimento da Lei 10.639/03 e de seus dispositivos de regulação: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Africanas e Afro-Brasileiras (Parecer CNE/CP 03/2004), do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, do Plano Decenal Municipal de Educação (2015- 2025). A análise e discussão dos dados mobilizou a perspectiva teórica de autores de produções alçadas como referência no campo, como Nilma Lino Gomes, Douglas Verrangia e Edgar Morin e revelou que mesmo prestes a completar 18 anos, a institucionalização e cumprimento sistemático da Lei 10.639/03 ainda não é uma realidade compreendida pela Rede Municipal de Ensino de Ponte Nova. Constatamos que o ensino de ciências é caracterizado pela ausência da inserção e articulação das temáticas referentes a educação para as relações étnico-raciais tanto pelo currículo, quanto pela prática docente. Essas lacunas identificadas no que diz respeito ao cumprimento da Lei 10.639/03 pela Rede Municipal de Ensino, e especificamente, pelos professores de ciências estão ligadas a alguns fatores detectados pela análise dos dados. Os resultados da análise indicam que que tais fatores estão relacionados a ausência de conteúdos voltados a discussão étnicoracial no currículo e no livro didático, e indicam que possivelmente a organização do conhecimento de forma fragmentada, em disciplinas que não se comunicam de forma eficaz, ocasionam processos formativos que graduam docentes pouco aptos ao reconhecimento das possibilidades de diálogo com as questões sociais que permeiam todas as áreas do conhecimento, e não apenas às disciplinas englobadas pelas Ciências Humanas.Item O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Colégio Pedro II na elaboração de uma história para o Brasil : quais narrativas, quais personagens?.(Pimenta Cultural, 2023) Sacramento, Cristina CarlaItem Minas auríferas em Ouro Preto e a educação das relações étnico-raciais.(2020) Nascimento, Caroline Teixeira Alves do; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Sacramento, Cristina Carla; Silva, Rubens Alves daA cidade de Ouro Preto é conhecida pelo ciclo do ouro e a escravidão africana, que marcaram o Brasil Colonial, especialmente durante o século XVIII. Com base no contexto histórico da mineração ocorrida em tal período, a pesquisa tem como objetivo investigar antigas minas de produção aurífera na cidade de Ouro Preto e de que forma ocorrem as relações patrimoniais juntamente com a educação das relações étnico-raciais. A cidade possui diversas antigas minas, que estão presentes em quintais de casas particulares e são abertas para visitação turística pelos próprios moradores, sendo as mais conhecidas e objeto dessa pesquisa, a Mina do Chico Rei e a Mina Du Veloso. A Mina do Chico Rei, fundada no ano de 1702, teve como primeiro proprietário o Major Augusto que, posteriormente, segundo a tradição oral, a vendeu ao africano alforriado Chico Rei – que além da mina também comprou a liberdade de diversos outros africanos escravizados. Atualmente, a mina está sob os cuidados de Antônio Alcantra Ferreira Lima, conhecido como “Toninho”. A Mina Du Veloso teve como seu primeiro dono o coronel José Veloso do Carmo, que gerenciou a produção aurífera por meio da utilização da mão de obra africana escravizada entre os anos de 1761-1819. Hoje, a mina tem como guardião legal o segundo dono, chamado Eduardo Evangelista, conhecido por todos como “Du”. Busca-se averiguar como esses espaços históricos estão sendo utilizados na propagação da cultura africana e afro-brasileira e na valorização do povo negro na produção aurífera ocorrida na antiga Vila Rica. O objetivo é investigar como a educação patrimonial contribui para a valorização das diversidades étnico-culturais dos africanos e afro-brasileiros como agentes ativos do processo de formação do nosso país, em especial, nessas antigas minas de Ouro Preto. Para a compreensão do processo de mineração africana, busca-se abordar a produção aurífera no Brasil Colônia, e também a mineração que ocorria na África durante o período que demarca o comércio do tráfico transatlântico de escravizados, e, para tanto, foram utilizados autores como Santos (2017) e Silva (2011). Para a composição do levantamento histórico sobre a mina do Chico Rei, utilizou-se os trabalhos de Santos (2019) e Silva (2007). Lado outro, os textos de Ferreira (2017) e Sobreira (2014) foram fundamentais para as discussões acerca da Mina Du Veloso e o que se sabe sobre o trabalho africano nesses espaços. Optou-se por uma abordagem qualitativa, por meio da qual os sujeitos guardiões dos espaços foram entrevistados pela pesquisadora e observações de campo foram realizadas para identificar se ocorrem e como ocorrem práticas pedagógicas e estratégias nesses espaços para com a difusão e valorização da diáspora africana, para analisar como se dão as relações culturais e sociais entre estes espaços de patrimônio da mineração e a comunidade ouro-pretana, bem como para elucidar os principais desafios enfrentados e vantagens pelos guardiões das Minas na afirmação do protagonismo do negro na formação histórica de nosso país, na busca de compreender como esses espaços patrimoniais ricos em cultura africana contribuem na difusão da educação das relações étnicoraciais. Como resultados alcançados, observa-se que esses espaços patrimoniais assumem um papel importante na difusão do conhecimento da história dos africanos no Brasil durante o ciclo do ouro e na ressignificação da imagem no povo negro na sociedade brasileira.Item Permanências e mudanças nos registros dos domicílios com indivíduos em processo de escolarização nas listas nominativas de Mariana de 1831 e 1840.(2020) Oliveira, Milena Souza; Fonseca, Marcus Vinícius; Fonseca, Marcus Vinícius; Sacramento, Cristina Carla; Paula, Leandro Silva deO contexto histórico da formação da cidade de Mariana, foi marcado pelos reflexos da mineração e consequente urbanização e migração populacional. Os impactos desses processos levaram a instauração de mecanismos de controle, necessários para o melhor funcionamento do espaço e da sociedade. Neste sentido, surgem as listas nominativas, muito importantes para a compreensão do perfil populacional do século XIX e nos permitem uma análise da sociedade a partir da configuração dos seus domicílios. Este trabalho de dissertação objetiva compreender as mudanças e permanências ocorridas nos domicílios marianenses com pessoas na escola a partir das análises das listas nominativas de 1831 e 1840. Partiremos do princípio de análise da contraposição dos dados presentes nas listas nominativas já utilizadas por Fonseca (2015). Além de estabelecer os perfis das pessoas dos domicílios com pessoas nas escolas, destacamos três grupos de análises: os expostos, os ofícios como aprendizado e os domicílios chefiados por mulheres. O trabalho torna-se relevante por abordar a história da educação, das mulheres e da infância no município de Mariana, no século XIX, constatando algumas questões que evidenciam um perfil social de escolarização não uniforme.Item Perspectivas e impasses na elaboração de um PPP antirracista em instituições escolares do município de Contagem (MG).(Escola Cidadã, 2022) Miranda, Áquila Bruno; Sacramento, Cristina Carla; Domingos, Thais dos SantosItem Universidade e saúde mental : oferta de cuidado psicossocial a estudantes universitárias/os/es negras/os/es e/ou LGBTQIA+ no período de pandemia da COVID-19.(2021) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Miranda, Áquila Bruno; Sacramento, Cristina CarlaEste artigo apresenta um relato de experiência do projeto “EntrEncontros: roda de acolhimento em saúde men- tal” (PRACE/UFOP), que, ao longo de 2020, buscou oferecer acolhimento a universitárias/os/es do último ano de curso na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), autodeclarados/as/es negras/os/es e/ou LGBTQIA+. Por meio de uma abordagem psicossocial, foram realizados quatro encontros cujos temas enfatizaram o cuidado e a saúde mental no es- paço universitário, além da ampliação do diálogo com a comunidade acadêmica e externa, por meio de seminários e da criação de uma rede social. Essas ações permitiram perceber: a importância da construção de espaços de cuidado e/ou au- tocuidado que favoreçam a participação da população negra e/ou LGBTQIA+; a relevância dos marcadores raça, gênero, orientação sexual e outros para a saúde mental e a urgência de se pensar as ações afirmativas em articulação com a co- munidade interna e externa à universidade; e a importância de espaços de atenção à saúde mental para estudantes ne- gras/os/es e/ou LGBTQIA+, na comunidade universitária, de forma a tencioná-la como um processo biopsicossocial.