Navegando por Autor "Reis, Mateus Fávaro"
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Item Aproximações e distanciamentos entre o Brasil e as Américas nas revistas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre 1889 e 1894.(2018) Pinto, Andrezza Kelly Lisboa Fernandes; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Rangel, Marcelo de Mello; Baggio, Kátia GerabO principal objetivo dessa dissertação é apresentar as identidades criadas pelos intelectuais/letrados do IHGB em relação à noção de pertencimento ou não ao que se convencionou chamar de América Latina. Apresenta-se neste trabalho as principais características do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, bem como as de sua revista e seus intelectuais membros. Conceituam-se os diversos “americanismos” nos quais o Brasil foi incluído ou excluído, historiando-se a concepção dos mesmos e a evolução dos termos. São apresentados estudos de caso relacionados às aproximações entre os intelectuais/letrados brasileiros do IHGB e os dos demais países da América na tentativa de confirmar a existência de uma diplomacia cultural/intelectual entre esses países, ao menos no que diz respeito às instituições/organizações de produção histórica/geográfica/intelectual.Item Batalhas pela memória : verdade, reparação e justiça nas narrativas historiográficas e fílmicas sobre a ditadura chilena (1973- 2015).(2015) Lima, Fernanda Luiza Teixeira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Reis, Mateus Fávaro; Freitas Neto, José Alves deA proposta deste trabalho é investigar as diversas memórias construídas sobre a ditadura chilena por meio da análise das narrativas historiográficas chilenas e de quatro filmes: Machuca (Andrés Wood, 2004), Tony Manero (Pablo Larraín, 2008), NO (Pablo Larraín, 2012) e Nostalgia de la Luz (Patrício Guzmán, 2012). Produzidos no Chile e entendidos aqui como “Lugares de Memória” por resguardarem e discutirem o golpe militar chileno. Analisamos a historiografia e o cinema a fim de enfatizar as diferenças nas concepções de verdade, reparação e justiça que guiaram suas produções. Nossa hipótese é que as estratégias mais adotadas nos países latino-americanos sobre as memórias da ditadura em períodos democráticos apresentem soluções que hierarquizam esses três elementos, fazendo com que um modifique o outro. Desse modo, algumas perguntas de fundo subjazem: Qual seria o papel da História nesse quadro? Como defender uma comissão da verdade se há pouco tempo vários intelectuais disseram que a verdade não existia? Como avaliar esse compromisso com a verdade na historiografia chilena? E como a justiça aparece? Como reparar as pessoas que sofreram com a ditadura? Tendo essas perguntas como premissa, buscamos efetivamente responder por que o tema da ditadura serve mais do que nunca de enredo na construção dos filmes e dos textos de História desses países. É possível mapear a experiência pessoal do diretor e do historiador como forma de se pensar a maneira pela qual ele aborda a experiência maior de uma coletividade? Esses dois caminhos refletem não apenas diferentes “maneiras de lembrar”, como também, segundo acreditamos, escolhas políticas distintas no que se refere à forma de se lidar com a violência política do passado chileno recente. Nossa pesquisa configura-se dentro de um cenário envolto na tensão entre a ‘memória viva’ e a ‘história escrita’ visando ao presente.Item "Com Perón até a morte!" : Revista El Caudillo de la Tercera Posición e a cultura política da direita peronista (Argentina, 1973- 1975).(2023) Miranda, Taillan Rivail Ismael de; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Costa, Adriane Aparecida Vidal; Nava Sánchez, AlfredoEsta dissertação analisa a revista El Caudillo de la Tercera Posición, publicada na Argentina entre 1973 e 1975 e produzida pelas militâncias à direita do movimento peronista. O contexto histórico no qual a publicação circulou corresponde o triênio de governo constitucional do peronismo (1973-1976) que antecedeu o golpe militar de 1976. Nesse triênio, a Argentina atravessou um processo de repressão política intensiva sobre um vasto conjunto de atores sociais em estado de insurgência ou contestação da ordem capitalista vigente no país, como as diversas organizações guerrilheiras, setores combativos dos movimentos estudantil e operário, movimentos de gênero-sexualidade, artistas, intelectuais e políticos progressistas e a esquerda socialista do peronismo denominada de Tendência Revolucionária, cujo centro de gravidade era a guerrilha dos Montoneros. Sobre esse conjunto de atores sociais mobilizados avançou um complexo contra insurgente composto por atores reacionários do Estado e da sociedade civil, provocando a escalada da violência política em uma repressão desproporcional que se valeu de mecanismos legais e ilegais para perseguir e exterminar a insurgência social. No interior desse complexo encontravam-se as militâncias da chamada “direita peronista”. O presente trabalho tem como objetivo compreender como a direita peronista mobilizou sua cultura política para atuar no processo repressivo contra os setores insurgentes na Argentina de 1973-1976. Para atingir tal objetivo, examinamos as representações e práticas da direita peronista divulgadas por El Caudillo. A análise põe em diálogo a materialidade e o substrato ideológico da revista, abrindo-se a diferentes aportes teóricos, tais como os conceitos de cultura política, representação, imaginário e violência, como também as propostas metodológicas para análise de revistas culturais latino-americanas. Desse modo, é possível identificar a mobilização feita por El Caudillo, para fins repressivos e contra insurgentes, do arcabouço de representações anticomunistas, antiliberais, antissemitas e ultranacionalistas da direita peronista.Item Decolonialismo e crítica à história única : possibilidades para a historiografia sobre os povos originários do Brasil.(2018) Gomes, Geisiane Anatólia; Mollo, Helena Miranda; Lopes, Ana Mônica Henriques; Reis, Mateus Fávaro; Souza, Tatiana Ribeiro de; Mollo, Helena MirandaAo longo da coexistência entre as populações originárias brasileiras e a sociedade envolvente, desde a invasão e colonização portuguesas, chegando à contemporaneidade, foi construída uma narrativa que optou por negativar e ou ausentar os povos originários da sua realidade dentro do território. Essa narrativa, se estruturou a partir da negação do não-europeu, desde o século XVI e sobre concepções de grupos letrados, principalmente historiadores e literários. Em mesma medida, ações do Estado incidiram sobre a existência dessa população. Entre não reconhecer suas identidades, tentar assimilá-las e exterminá-las, de forma sistematizada, a sociedade envolvente se propôs a excluir e silenciar as suas vozes. Este trabalho procura, a partir de reflexões decoloniais e críticas à história única, analisar essa relação nociva através do tempo, em sua forma narrada e a partir da incongruente política de proteção às populações originárias no Brasil. Procura-se, a partir das reflexões e argumentações propostas, uma saída para a escrita da história sobre essas populações e por uma forma de restituir a elas seu espaço enunciação e de diálogo.Item Defloradas e desonradas : um estudo sobre a violência carnal contra mulheres em Juiz de Fora - MG (1889-1930).(2023) Costa, Mônica Euzébio da; Queler, Jefferson José; Queler, Jefferson José; Silveira, Daniela Magalhães da; Silva, Lúcia Helena Oliveira; Valim, Patrícia; Reis, Mateus FávaroO presente trabalho tem por objetivo principal analisar os discursos contidos nos processos de defloramento/estupro da Primeira República brasileira (1889–1930) no município de Juiz de Fora/MG. A análise de tais fontes tem por escopo estudar as representações sociais em torno do comportamento feminino em nossa sociedade e, assim, poder demonstrar os arcabouços simbólicos existentes nas relações de gênero. Assim, por meio dos processos de violência sexual, a pesquisa visa demonstrar que essas mulheres que levavam os casos de defloramento/estupro ao conhecimento da polícia, estavam demonstrando um ato de resistência perante o contexto opressivo no qual viviam, transformando-se, pois, em sujeitos históricos ao tentarem mudar sua realidade.Item É preciso escolher : o papel desempenhado pelas revistas ‘Marcha’ e ‘Ercilla’ no debate político do Uruguai e do Chile durante a primeira metade da década de 1970.(2015) Reis, Mateus FávaroEste breve texto tem por objetivo analisar, em perspectiva comparada, o posicionamento político adotado pelas revistas Marcha e Ercilla, no Uruguai e no Chile, em face dos dilemas colocados pela polarização política que marcou o cenário dos dois países sul-americanos, durante a primeira metade dos anos 1970, com um desfecho comum de destruição dos regimes democráticos, devido à execução dos golpes de Estado, respectivamente em junho e setembro de 1973. Em tempos difíceis, era preciso escolher. Se, por um lado, Marcha trilhou o caminho das pedras, ao condenar vigorosamente o golpe no Uruguai, realizado pelo presidente Juan María Bordaberry, com o apoio dos militares; de outro, Ercilla preferiu tomar rumos diferentes, ao apoiar o golpe no Chile para desmantelar o governo presidido por Salvador Allende.Item Encuentro entre indigenismo y política : el movimiento descentralista federalista en el sur del Perú, Puno (1915-1920).(2019) López Soncco, Nadia Milushka; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Dorella, Priscila Ribeiro; Pinheiro, Marcos SorrilhaEl presente trabajo tiene como objetivo central estudiar el Movimiento descentralista federalista en el sur del Perú entre los años 1915 y 1920, promovido por intelectuales y profesionales liberales de las ciudades provinciales del sur. A partir del abordaje de la historia intelectual podemos sostener que el semanario La Autonomía, dirigido por Pedro Zulen, se formó en base a las redes intelectuales de sociabilidad establecidas durante la experiencia de la Asociación Pro-indígena (1909-1916). En otro momento analizamos los debates en la prensa de Lima y provincias sobre la viabilidad del federalismo en el Perú, en donde advertimos el empleo indistinto de los términos federación y confederación. Por otro lado, en Puno la propaganda federalista encontró oposición entre los intelectuales, periodistas y políticos, pero además entre los gamonales terratenientes que alrededor del periódico La Unión defendieron un federalismo que servía a sus intereses particulares el cual era impulsar la industria del agro. Tanto las proclamas descentralistas y federalistas de los intelectuales envueltos dentro del movimiento y los gamonales, se articularon alrededor del regionalismo que se levantaba como una fuerza política.Item Feminismos e catolicismo no Chile ditatorial : a atuação de exiladas na revista Mensaje (1982-1990).(2023) Gomes, Iasmin do Prado; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Costa, Adriane Aparecida Vidal; Dorella, Priscila RibeiroO seguinte trabalho objetiva investigar como as relações entre feminismos e catolicismos estabelecidas durante a ditadura militar do Chile (1973-1990) corroboraram para a atuação de exiladas na revista Mensaje nos anos de 1982 a 1990. O recorte temporal sinalizado corresponde à data da publicação do texto mais questionador sobre o exílio feminino publicado no impresso Mujeres en el exilio: la percepción del exílio en las mujeres exiliadas en Francia, de autoria de Ana Vásquez, exilada chilena em Paris e socióloga com estudos na área de psicossociologia e o fim do Estado ditatorial, respectivamente. Mensaje é uma revista católica que circula no Chile e no exterior até os dias atuais. Foi fundada em 1951 pelo jesuíta Padre Hurtado, membro da Companhia de Jesus, e tem como um de seus propósitos retratar para o seu público as realidades nacional e internacional de maneira crítica e cristã. A principal hipótese desta pesquisa é que a atuação de exiladas no corpo editorial do impresso ocorreu devido a fatores como a crise econômica de 1982, as manifestações populares iniciadas em 1983 e o retorno de exiladas e exilados ao país de origem (Chile). Ressaltamos que entre as finalidades do projeto estão mostrar como feminismo, política e religião podem ser áreas articuladas e contribuir para a descentralização do sujeito universal masculino existente na historiografia, representado pelo homem cis, branco, hétero e sem deficiência. Será analisado como o feminismo materializado nas produções da revista se relaciona com as segundas ondas dos feminismos chilenos e latino-americanos, explicitando como o seu conteúdo e as trajetórias das sujeitas que o desenvolveram fomentaram a escrita da História das Mulheres do Chile, o rompimento com a dicotomia público-privado, a luta contra o autoritarismo, a união entre teoria e prática cotidiana, a formação de instituições e eventos compostos por mulheres e a construção de debates altamente políticos que conectaram feminismos, exílios e catolicismos.Item Os jornais católicos e suas representações : um estudo sobre gênero, divórcio, e família em Juiz de Fora/MG (1930-1945).(2018) Costa, Mônica Euzébio da; Queler, Jefferson José; Queler, Jefferson José; Reis, Mateus Fávaro; Silveira, Daniela Magalhães daO presente estudo tem por objetivo pensar as representações acerca da dis-solução do matrimônio, de 1930 a 1945. Partindo das publicações dos jornais O Lar Católico e O Lampadario na cidade de Juiz de Fora, refletimos a respeito do divórcio e das representações forjadas para os gêneros. Além disso, tratamos de analisar de que maneira, em pleno regime republicano dito laico, a Igreja Católica se aproximou do poder temporal. Pesquisamos, então, como tal fato possibilitou que o pensamento católico, que distinguia, no núcleo familiar, o papel feminino do papel masculino, se difundisse no corpo social.Item Latino-americanismo e pan-americanismo no Uruguai do entreguerras : entre utopias e distopias.(2013) Reis, Mateus FávaroO objetivo do presente artigo consiste em fazer uma reflexão sobre o debate entre os intelectuais uruguaios Emilio Frugoni, José Antuña e Carlos Quijano, em relação ao latino-americanismo e o pan-americanismo, no período entreguerras. Frugoni, Antuña e Quijano contribuíram de forma desigual e por caminhos divergentes para o fortalecimento dos americanismos no Uruguai. Quijano foi um dos principais críticos uruguaios ao pan-americanismo e promoveu a construção de um projeto de união latino-americana, bem como de crítica anti-imperialista. Frugoni foi o principal artífice do ideário socialista no Uruguai e, apesar de certas divergências iniciais, cruzou sua trajetória com Quijano, ao propor caminhos para a construção da soberania dos Estados latino-americanos. Antuña, por outro lado, foi um confesso adversário de Frugoni, mas também de Quijano, e atuou como um dos mais expressivos defensores do pan-americanismo no Uruguai, articulando-o ao hispanismo conservador.Item O lugar dos semanários Acción e Marcha na difusão do latino-americanismo no Uruguai (1932-1945).(2013) Reis, Mateus FávaroO presente artigo tem por objetivo fazer uma breve reflexão a respeito do papel desempenhado pelos semanários Acción e Marcha na articulação do debate sobre a difusão do ideário latino-americanista em contraposição ao pan-americanismo, visto como imperialista, ao pensar o Uruguai numa perspectiva continental. Assim, ao abordar os movimentos de integração entre os países americanos, tais periódicos buscaram propor saídas para suas inquietações acerca do futuro do Uruguai, que aparecem em seus textos como o tema da viabilidade de um país com território relativamente pequeno e modesto em recursos humanos e naturais, quando comparado com os vizinhos mais próximos.Item O mensario do Jornal do Commercio e o seu projeto cultural e educativo.(2023) Machado, Raphael Ribeiro; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Jardilino, José Rubens Lima; Reis, Mateus Fávaro; Galvão, Ana Maria de Oliveira; Faria Filho, Luciano Mendes deNosso objeto reside sobre a coleção de revistas de cultura intitulada Mensario do Jornal do Commercio e o seu projeto cultural e educativo, produzido sob o intuito de, como o anúncio de seu aparecimento informa em fevereiro de 1938: servir de subsídio formador para os que queriam andar ao passo da intelectualidade nacional. Investigamos, portanto, como foi produzida a coleção do Mensario do Jornal do Commercio e como sua condição de subsídio formativo da intelectualidade brasileira foi concebido? A questão central reside sobre como pessoas e grupos sociais pensam, se organizam e produzem representações sobre a cultura e a educação em um determinado tempo histórico e se utilizam da escrita para dar vazão às suas visões de mundo e com isso intervir sobre os espaços públicos. A coleção do Mensario foi publicada entre 1938 e 1946, reunida em 33 tomos e 99 volumes. Classificado pelos seus produtores de “Revista de Alta Cultura” e proposto para “servir á intelligencia e á cultura do paiz”, o Mensario foi fruto de um processo editorial e funcionou como coletânea proveniente da seleção dos artigos de colaboração publicados no Jornal do Commercio(RJ). Entendemos os impressos enquanto lugares de produção, recepção e difusão de diferentes matrizes de pensamentos sociais, culturais, econômicas e políticas; como produtos de sua época e inscritos em uma trajetória histórica de produção do objeto escrito para a comunicação no espaço público. Neles podem ser notadas maneiras de ler e escrever, projetos de sociedade, de cultura, de educação e de nação. Projetos culturais diversos e possíveis interfaces com a agenda política estatal e de grupos sociais. Atuamos sob a hipótese de que o Mensario foi fruto de uma estratégia político-cultural da empresa liderada por Elmano Cardim e se constituiu como um subsídio de estudos, por meio de suas prescrições de leitura e de escrita, a fim de participar diretamente da formação intelectual das elites em consonância com as políticas culturais e que são também educacionais no contexto de leitura e retórica discursiva de formação de uma nova nacionalidade. Portanto, o Mensario foi produzido enquanto um suporte formativo nos anos do Estado Novo. Com isso, produzimos uma imagem de sua materialidade, da sua condição de existência e da atuação educativa dentro da cultura escrita brasileira nos anos de 1930 e 1940. A tese foi dividida em três partes sobre o projeto editorial, sobre as colaborações e sobre os colaboradores e o editor e esperamos que este texto contribua para os leitores e estudiosos que pertencem aos campos da História da Educação, do Impresso e da Cultura Escrita brasileira, locais aos quais nos identificamos.Item Nossa terra é indígena : sobre terras originárias e a metamorfose de seus povos em caboclos.(2022) Almeida, Helena Azevedo Paulo de; Rangel, Marcelo de Mello; Reis, Mateus Fávaro; Rangel, Marcelo de Mello; Reis, Mateus Fávaro; Miranda, Marina Rodrigues Reis; Silva, Cleverson Suzart; Rodrigues, Thamara de Oliveira; Roza, Luciano MagelaPretende-se evidenciar aqui como se deus a transmutação dos povos indígenas no Brasil em caboclos, curibocas, pardos e demais variações conceituais. Para isto, procurou-se investigar em uma perspectiva de longa duração, como a presença indígena foi percebida desde o período colonial, por meio das legislações aplicadas diretamente àqueles povos. Para tal, selecionou-se o Diretório dos Índios e a Bula Papal Sublimis Deus (no período colonial), a Lei de Terras (período imperial) e durante a primeira república a institucionalização do Serviço de Proteção ao Índio e a Localização de Trabalhadores Nacionais (SPILTN). Com análise desse material inicial, segue-se para a investigação de materiais escritos publicados até 1930, por meio das publicações “Correio da Roça” e “A Porca”, ambas de Júlia Lopes de Almeida, e “Alma Cabocla” e “Ensaios Históricos”, estes de autoria de Paulo Setúbal. Os materiais escritos são importantes por divulgam divulgam ideias fortemente germinados durante o período, conquistando autoridade e repercussão.Item Pluriversidade : um esboço sobre a implementação do ensino de histórias indígenas em universidades públicas brasileiras.(2022) Borja, Isaías Xipu Puri; Reis, Mateus Fávaro; Castro Júnior, Mauro César deItem "O povo colonizado não está sozinho" : Terceiro Mundo, anti-imperialismo e revolução nas páginas da revista Tricontinental (1967- 1976).(2018) Generoso, Lídia Maria de Abreu; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Costa, Adriane Aparecida VidalA presente dissertação consiste em um estudo da revista Tricontinental, órgão teórico da Organização de Solidariedade dos povos de África, Ásia e América Latina (OSPAAAL), revista de política e teoria marxista publicada em Cuba a partir de 1967, aqui analisada em suas 48 primeiras edições. Buscaremos demonstrar que a publicação se tornou importante espaço de debate e reflexão sobre a situação política e cultural dos três continentes, a partir de uma perspectiva revolucionária e anti-imperialista. Considerando as profundas diferenças políticas, culturais e econômicas entre os locais envolvidos, indagamos de que modo foi possível construir uma publicação capaz congregar e mobilizar grupos tão distintos. Nesse sentido, as edições da Tricontinental permitem-nos um olhar privilegiado sobre as esquerdas latino-americanas, africanas e asiáticas e, principalmente, sobre o estabelecimento de uma aliança política de dimensões globais entre elas, marcada por fortes laços de solidariedade. Defenderemos nestas páginas que um dos pilares do projeto editorial da Tricontinental consistiu precisamente em, por meio da promoção do debate e da reflexão, tecer os laços políticos, intelectuais e discursivos que deveriam unir os três continentes em torno de um projeto comum de libertação para a África, a Ásia e a América Latina; suas páginas permitem delinear, portanto, as aspirações, sucessos, contradições e limites desse projeto. Na medida em que foi responsável pela produção e circulação de materiais políticos, culturais e teóricos, a revista operou precisamente na interseção entre os domínios da política externa e da política cultural, e atuou, também, como importante espaço para defesa e legitimação da Revolução Cubana.Item (Re)pensa Humanidade : editorial e arquivo virtual para visibilidade de produções e transmissões originárias.(2023) Barbosa, Ana Laura de Morais Uba e; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Cruz, Felipe Sotto Maior; Nava Sánchez, AlfredoA dissertação visa apresentar cenários teórico-metodológicos e resultados do trabalho desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Nossos estudos dialogam com as elaborações coletivas de conteúdos múltiplos de transmissão de conhecimento que podem ser compreendidos e tomados como material didático-pedagógico esubsídio a debates e produções científicas, além de, também, divulgar obras audiovisuais e literárias de autoria, produção e participação dos povos originários no Brasil. Chamamos atenção para a afirmação de novas abordagens sobre narrativas historiográficas que envolvem as chamadas <> em cumprimento da descolonização das práticas, interpretações, narrativase agências históricas, o que viabiliza e potencializa a auto-inscrição da existência e da resistência de corpos <> destinados, até hoje, ao epistemicídio e ao genocídio. Partimos do olhar edas referências próprias desses <> para produzirmos outras formas de abordagens para visualizar a História Oficial e o Ensino de História na educação brasileira, indo na contramão de narrativas fundadas em contínuos exotismos, estereótipos pejorativos e na subalternização dos corpos e das etnias que silencia a pluralidade e a transtemporalidade das <>. Aqui serão expostas possibilidades teórico-práticas efetivas à descolonização dos ofícios intelectual, científico e do ser íntimo/social, apoiadas no deslocamento e no rompimento com os referenciais colonialistas que, de forma transtemporal, vêm apagando e subalternizado potencialidades e pertencimentos Originários em nossos modos técnicos e sociais, impedindo uma melhor convivialidade. Este modo de visualizar a epistemologia se faz possível quando nos permitimos contrariar externalidades, aliando-se nossa mentalidade à produções e interpretações condizentes com a realidade local que se constitui em transversalidade e pluralidade. O reconhecimento que se faz urgente quando, em propósito, buscamos a continuidade da Humanidade que, neste tempo presente, se encontra em imersão de disputas e intolerâncias com propósito de roubar otimismos, mas seguimos em busca de reconstruir estruturas, linguagens e percepções históricas como agentes próprios de suas inscrições no mundo. Nos prontificamos a tecer epistemologias mais afetivas à nossa realidade, distanciando-se de tutelas externas que, em equívocos, formularam e impuseram historicidade de hierarquização limitada às comparações hegemônicas ao forjar relações de poder e autenticidades.Item O ruidoso silêncio da memória : literatura, fotografia e indigenismos em Juan Rulfo (1945-1962).(2020) Alves, Marcos Vinícius Gontijo; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Paula, Janaína Patricia Rocha de; Costa, Adriane Aparecida VidalA presente dissertação de mestrado se baseia na análise historiográfica da escrita literária de Juan Rulfo (1917-1986), em especial, do romance Pedro Páramo (1955) e do trabalho fotográfico realizado por aquele intelectual. A partir das relações entre a história, a literatura e a fotografia, a pesquisa desenvolveu uma investigação acerca das aproximações entre a memória e o esquecimento que se encontram no citado romance. Em seguida, demonstra como essa estrutura do enredo de Pedro Páramo e a narrativa fotográfica possibilitam o questionamento acerca dos vínculos entre a tradição e a modernidade no México de meados do século XX, tendo como recorte temporal os anos entre 1945 e 1962. Explora-se os meandros e dobraduras do texto ficcional e do recorte fotográfico de forma que exponha os problemas que circundam os usos do passado indígena e mexicano pelas produções antropológicas indigenistas sobre a composição de uma narrativa ficcional que baila no fosso do esquecimento e ecoa uma memória, demonstrando as contradições da modernidade mexica.Item Tecendo um colar de horizontes epistemológicos : o protagonismo de Ailton Krenak e Davi Kopenawa para a escrita de histórias plurais.(2021) Mello, Isabella Nunes; Reis, Mateus FávaroO presente ensaio propõe um balanço teórico-epistemológico sobre algumas narrativas produzidas por Ailton Krenak e Davi Kopenawa Yanomami, embasadas no compromisso com a vida do planeta, tanto em relação aos habitantes das florestas quanto aos das cidades. Essas narrativas convidam o leitor a se despertar, criticar interpretações alinhadas ao projeto de construção de uma história única sobre a formação do ideal de humanidade, promovendo olhares renovados sobre as relações que os seres humanos tecem com o mundo.Item The Freedmen's Bureau e a ampliação da cidadania nos Estados Unidos (1865-1872).(2016) Xavier, Matheus Carletti; Reis, Mateus Fávaro; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Azevedo, Cecília da SilvaEste trabalho analisou o período de existência do Freedmen’s Bureau e os im-pactos de suas atividades realizadas entre os anos de 1865 e 1872. Primeiramente, pen-samos a respeito do século XIX nos Estados Unidos com enfoque nos debates concer-nentes à escravidão e como o conceito de cidadania era concebido entre os séculos XVIII e XIX. Conseguinte, trabalhamos com a questão dos direitos civis e políticos para os negros. Para tanto, analisamos as consequências da ratificação da Décima Quarta e Décima Quinta emendas constitucionais. Quanto às fontes, estudamos os registros pro-duzidos por agentes do Bureau e artigos de jornais da época. Trabalhamos, também, com discursos presidenciais que faziam referência ao Bureau a fim de elucidarmos a relação entre governo e a instituição. Buscamos pensar, também, a respeito das teorias raciais desenvolvidas no século XIX e as consequências destas como o enraizamento do preconceito racial e a violência contra os negros. Após a emancipação, a questão do que fazer com os recém libertados juntamente com a reconstrução da região Sul dos Estados Unidos provocou transformações no con-ceito de cidadania. Analisamos as fontes com o intuito de defender que as atividades desenvolvidas pelo Freedmen’s Bureau foram de importância categórica para o impulso inicial do processo de inclusão dos negros na cidadania norte-americana.Item O trabalho da memória e as inquietações do tempo presente em Nostalgia da Luz, de Patricio Guzmán.(2020) Bueno, Samuel Torres; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Borges, Elisa Campos; Dorella, Priscila RibeiroO seguinte trabalho possui como objeto o documentário Nostalgia da Luz (2010) dirigido pelo chileno Patricio Guzmán, um dos nomes mais relevantes na história da produção documentária latino americana. Esse filme é um dos mais conhecidos e premiados que compõe a filmografia de Guzmán. Embora essa obra expresse preocupações recorrentes do cineasta com o passado recente de seu país, com destaque para as experiências da Unidade Popular e da ditadura militar, possui particularidades que valem a ser pena serem examinadas. Trata-se do exemplo do uso refinado e do aprofundamento da forma ensaística em comparação à obras anteriores e da possibilidade de suscitar debates cativantes sobre as relações e diálogos que a História mantém com a memória e a sétima arte. O nosso propósito é destrinchar questões diversas apresentadas pelo filme, descrevendo as etapas da sua fabricação e utilizando uma análise que entrelaça o contexto social e político da transição chilena com os elementos estéticos. Essa película interliga, por meio da voz em off do diretor, as buscas realizadas no Deserto do Atacama por astrônomos, arqueólogos, sobreviventes e ex-presos da ditadura, bem como pelas mulheres que tiveram entes queridos desaparecidos naqueles anos de chumbo. Dessa forma, o testemunho de situações-limite, tanto o do próprio Guzmán quanto dos personagens, torna-se fundamental para a construção do enredo. Partindo-se da proeminência conferida à essa expressão memorialística as nossas hipóteses são: Nostalgia da Luz faz da memória uma maneira de intervir nos rumos do presente e do futuro, e o documentário está ligado às condições de emergência e dos debates típicos da História do Tempo Presente, esse campo historiográfico onde assim como nesse filme, a memória, especialmente aquela vinculada aos traumas individuais e coletivos, é levada até o centro da narrativa.