Navegando por Autor "Mosqueira, Vanessa Carla Furtado"
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Item Ação do resveratrol e das tinturas das cascas e das folhas de Vitis labrusca L. var. Isabel na hiperlipidemia induzida em coelhos.(2010) Fonseca, Karina Zanoti; Oliveira, Tânia Toledo de; Nagem, Tanus Jorge; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Pedrosa, Maria Lúcia; Oliveira, Tânia Toledo de; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoAs doenças crônicas não transmissíveis acometem milhões de pessoas em todo o mundo e seu principal fator de risco é a hiperlipidemia. A terapia medicamentosa para a hiperlipidemia pode envolver efeitos colaterais que dificultam a adesão ao tratamento. Assim, somando-se ao grande potencial fitoterápico que algumas plantas do território brasileiro possuem e o incentivo da fitoterapia no Sistema Único de Saúde, é necessário investigar novas formas de tratamento. Neste trabalho investigou-se o efeito do resveratrol e das tinturas das cascas e das folhas da uva Vitis labrusca L. var. Isabel em coelhos com hiperlipidemia induzida. Os animais utilizados foram fornecidos pelo setor de Cunicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, sendo 72 coelhos da raça Nova Zelândia, machos, albinos, com idade de 55 dias e peso de 2000 g, divididos em 12 grupos, sendo um doente sem tratamento, um controle, atorvastatina (medicamento utilizado como padrão) e outros 9 grupos que receberam três doses crescentes de resveratrol, tintura das cascas e das folhas. Os animais foram tratados diariamente durante 60 dias, juntamente com a dieta acrescida de 1% de colesterol. Os parâmetros sanguíneos: colesterol total; HDL; triglicérides; Gama GT; creatinina; ácido úrico; uréia; TGO; TGP, lipase foram analisados. A análise histológica das artérias e do fígado foi realizada para complementar as análises. Os dados foram analisados pelo teste de ANOVA seguido pelo teste de Tukey. Para a identificação do resveratrol em todas as partes aéreas da uva pesquisada, foi utilizado o cromatógrafo a líquido Waters Corporation, USA, 2695. Para separação dos compostos utilizou-se uma coluna de fase reversa Symnethy C18 (4,6 x 75 mm, 3,5 μm) com detector de arranjo diodo UV/VIS. No tempo 30, o resveratrol e a tintura das cascas nas maiores doses produziram a maior redução de colesterol total. Para HDL o grupo resveratrol 37,5 mg foi o melhor e para a atividade da lipase foi o grupo que recebeu a tintura das folhas 1,5 mL. Resveratrol na 22,5 mg e tintura das cascas na 2,0 mL foram os tratamentos que mais reduziram os níveis de triglicérides. No tempo 60, o tratamento com tintura das cascas 2,0 mL produziu o melhor resultado para colesterol total, HDL, o grupo resveratrol 37,5 mg, triglicérides e atividade da lipase, o grupo que recebeu tintura das folhas 2,0 mL. A análise histológica revelou que os grupos tintura da casca, tintura da folha e resveratrol nas maiores doses tiveram os melhores efeitos na aterosclerose produzida pela hiperlipidemia, sendo comparados à estatina, enquanto os outros grupos não diferiram do grupo doente sem tratamento.a análise do fígado mostrou que o grupo resveratrol 56,5 mg não diferiu do grupo controle, enquanto a atorvastatina foi o tratamento que produziu maior toxicidade e esteatose. Todos os outros grupos foram melhores que o medicamento de mercado. O trans resveratrol não foi identificado em nenhuma das partes aéreas, enquanto o cis foi detectado em todas.Item Avaliação biofarmacotécnica IN VITRO de formas farmacêuticas sólidas orais de liberação imediata contendo fármacos pouco solúveis(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Silveira, Gleiciely Santos; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoO estudo biofarmacêutico de formas farmacêuticas sólidas administradas por via oral (FFSO) contendo fármacos puco solúveis é de suma importância para subsidiar a dispensação farmacêutica. Embora a intercambialidade entre medicamentos genéricos e referência seja prevista pela legislação brasileira, existem relatos sobre a busca de redução dos custos terapêuticos por pacientes que fazem a substituição por produtos similares ou magistrais. As variações entre as formulações e as tecnologias de fabricação dessas FFSO podem provocar alterações nas etapas de liberação e dissolução do fármaco gerando deferenças na sua absorção e resposta terapêutica. As características físico químicas do fármaco como solubilidade e permeabilidade intestinal também são importantes para prever seu comportamento in vivo. Os fármacos classificados como pouco solúveis pelo Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB), classes II e IV, tem a velocidade e a extensão de sua absorção significamente afetada pelas características da formulação. Os estudos de dissolução in vitro, permitem utilizar as características do fármaco e a simulação de condições fisiológicas do trato gastrintestinal (TGI) para avaliar a sua cinética de liberação comparando deiferentes formulações e estimando seu comportamento in vivo. O presente trabalho objetiva realizar avaliação biofarmacotécnica de medicamentos genéricos, similares, magistrais e referência, contendo fármacos pertencentes às classes II (carbamazepina) e IV (furosemida) do SCB, avaliando sua qualidade e as características de liberação in vitro simulando diferentes líquidos biológicos quando à sua constituição e pH. Os experimentos consistiram na análise dos parâmetros farmacopéicos para avaliar a qualidade de um produto genérico, similar magistral e o referência contendo furosemida e carbamazepina (exceto magistral). Todos os produtos cumpriram os requisitos mínimos que qualidade preconizados pelas farmacopéias. Os estudos de dissolução possibilitam verificar se a liberação dos fármacos ocorre em quantidade e tempo adequados à sua absorção, por meio dos parâmetros de eficiência e cinética de dissolução, análise estatística e cálculo dos fatores de diferença e similaridade. Para avaliar a liberação do fármaco em decorrência das alterações do pH e da constituição de líquidos do TGI foram traçados perfis de dissolução de furosemida (ácido fraco) nas seguintes meios: água, tampões fosfato pH 5,8, a acetado pH4,6. Os resultados obtidos indicaram diferenças na velocidade e quantidade de furosemida liberada entre os produtos avaliados e para omesmo produto em meios diferentes sugerindo que a libaração do fármaco pode ser afetada pelo pH do TGI. Os estudos de dissolução para carbamazepina (base fraca) foram realizados utilizando os seguintes meios: solução aquosa de lauril sulfato de sódio a 1%, tampão fosfato pH 5,8 e suco gátrico simulado sem pepsina pH 1,2. Os resultados obtidos indicam qua a velocidade e quantidade de carbamazepina liberada pode ser afetada pela constituição dos líquidos do TGI, mas não varia significamente devido às mudanças no Ph. Dentre os produtos analisados, o similar apresentou resultados de dissolução significamente maiores que o referência. Estas observações podem subsidiar discursões sobre alterações clínicas importantes, como maior incidência de efeitos adversos, quando são administrados produtos contendo carbamazepina que se dissolvem in vitro mais rapidamente que o referência.Item Avaliação da atividade anti-Trypanosoma cruzi in vitro e in vivo da miltefosina em combinação com compostos nitro-heterocíclicos e com derivados azólicos.(2019) Mota, Suianne Letícia Antunes; Bahia, Maria Terezinha; Bahia, Maria Terezinha; Reis, Alexandre Barbosa; Diniz, Lívia de Figueiredo; Soeiro, Maria de Nazaré Correia; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoA terapia combinada e o reposicionamento de fármacos ganharam atenção como uma possível estratégia para superar as deficiências do atual arsenal terapêutico para a doença de Chagas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito anti-Trypanosoma cruzi da miltefosina em associação com compostos nitroheterocíclicos (benznidazol e metabólito sulfona do fexinidazol) e com derivados azólicos (posaconazol e ravuconazol). Para evitar efeitos tóxicos a citotoxicidade dos compostos (isolados ou combinados) para as linhagens celulares H9c2 e J774 foi avaliada. Não foi observada citotoxicidade destes compostos para as células hospedeiras nas concentrações próximas ao IC90 de cada fármaco isolado ou em combinação. Em seguida, o efeito in vitro da miltefosina em combinação com compostos nitro- heterocíclicos ou derivados azólicos contra amastigotas das cepas Y e colombiana foi avaliado em um ensaio de 72h, utilizando as mesmas linhagens celulares. Não foi observada uma marcante influência da cepa do parasito nos valores de IC50 ou IC90 para miltefosina e para os compostos nitro-heterocíclicos, sendo o valor de IC50 no máximo 3,4 vezes maior quando células H9c2 foram infectadas pela cepa colombiana e o IC90 no máximo 2.0 vezes. De forma diferente, os valores de IC50 do ravuzonazol e do posaconazol foram 23 e 11,7 vezes maiores para a cepa colombiana, em relação à cepa Y, respectivamente. Os valores de IC90 foram 4.26 e 7.66 vezes maiores para a cepa colombiana quando as células infectadas foram tratadas com ravuconazol e posaconazol, respectivamente. Os valores de IC50 e IC90 não foram influenciados pela célula hospedeira. As interações foram classificadas como aditivas para todas as combinações de drogas avaliadas (somas das concentrações inibitórias fracionárias - ∑ICF> 0,5). No entanto, é importante notar que os valores de ΣFIC para as combinações miltefosina/compostos nitro-heterocíclicos foram sempre <1,0. Diferentemente, os resultados de ΣFIC>1 foram observados na maioria dos experimentos realizados com miltefosina/derivados azólicos. Não foi observada a influência da cepa do parasito ou da célula hospedeira no tipo de interação entre os diferentes compostos. Em seguida, camundongos infectados pela cepa Y foram tratados com 10 doses de 40 mg/kg de miltefosina administradas em dias consecutivos ou alternados e com 20 doses de 50 e 100mg/kg de benznidazol administradas em dias consecutivos. Os fármacos foram administrados em monoterapia e em combinação nas mesmas doses. O tratamento com miltefosina e benznidazol a 50mg/kg em monoterapia levaram à supressão transitória da parasitemia. Os mesmos resultados podem ser observados entre animais tratados com 40mg/kg de miltefosina (dias consecutivos) em combinação com 50mg/kg de benznidazol. No entanto, o tratamento com a mesma dose de miltefosina, administrada em dias alternados, e 50mg/kg de benznidazol foi capaz de curar 62,5% dos animais. A administração de uma dose mais elevada de benznidazol (100mg/kg) e 40mg/kg de miltefosina aumenta significativamente a taxa de cura: 87,5% entre camundongos tratados com miltefosina em dias consecutivos e 100% naqueles que receberam o fármaco em dias em dias alternados. Estes resultados mostram uma interação positiva entre a miltefosina e o benznidazol. No entanto é necessário a avaliação da sua eficácia contra a infecção induzida por outras cepas do parasito, bem como no tratamento da fase crônica da infecção.Item Avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico contendo extratos de Lychnophora pinaster e Symphytum officinale.(2010) Pinheiro, Paola Torres Silva Gandine; Guimarães, Andrea Grabe; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoO processo inflamatório é uma resposta dos tecidos a estímulos nocivos através de alterações celulares e vasculares. Em geral são processos dolorosos e incômodos para os pacientes e o tratamento convencional é realizado com a utilização dos Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs), apesar das reações adversas que provocam. No Brasil e em todo o mundo plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são utilizados pela população para tratamento e prevenção de doenças, incluindo as inflamatórias. É o que ocorre com as espécies brasileiras, Lychnophora pinaster Mart. e Symphytum officinale L., utilizadas para tratamento de inflamação, dor e reumatismo, e que já tiveram a ação antiinflamatória demonstrada. Com base no exposto, este trabalho teve por objetivo a avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico, como gel, emulgel e nanoemulsão, contendo extratos de Lychnophora pinaster ou Symphytum officinale. A avaliação da atividade das formulações foi realizada em modelo de edema de pata induzido pela carragenina. Todas as formulações obtidas apresentaram aspecto homogêneo e odor característicos. A medida da viscosidade para as formulações base obtidas para o gel de hidroxietilcelulose 7 %, gel de hidroxietilcelulose 14 % e emulgel foi respectivamente de 1299782,00, 555632,00 e 373067,20 cP. Os emulgéis obtidos (base e contendo os diferentes extratos vegetais) apresentaram pH igual a 6,5, para os géis preparados com a utilização de hidroxietilcelulose a 7 % e 14 % (base e contendo os extratos ou nanoemulsão) a medida deste parâmetro foi 6,0 e 6,5 respectivamente. As formulações emulgel e géis base foram avaliadas durante 180 dias de estocagem, e durante este período não apresentaram alterações nas características observadas. Todas estas formulações foram de fácil aplicação. As nanoemulsões foram obtidas como suspensões coloidais com tamanho da partícula variando entre 233,0 ± 9,39 e 245,1 ± 8,17 nm e apresentaram distribuição de tamanho unimodal, com índice de polidispersão menor que 0,184 ± 0,041. A administração tópica das formulações emulgel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) e gel contendo nanoemulsão de L. pinaster a 2,0 % apresentou maior atividade que o Cataflam Emulgel (cada 1,16 g equivale a 1,0 g de diclofenaco potássico), as nanoemulsões contendo L. pinaster a 1,25 % e 2,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao medicamento Cataflam Emulgel, enquanto que a nanoemulsão contendo L. pinaster a 0,625% e o gel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) não demonstraram atividade farmacológica. A administração tópica das formulações gel e emulgel contendo S. officinale a 10,0 % e 16,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao Cataflam em emulgel, as formulações emulgel contendo S. officinale a 2,0 % e 5,0 % não apresentaram atividade. A comparação entre as formulações mostra que o emulgel e a nanoemulsão contendo Lychnophora pinaster na concentração de 2,0 % e 1,25 %, respectivamente foram as formulações mais interessantes e satisfatórias dentre as analisadas para esta espécie vegetal, visto que apresentaram atividade antiinflamatória significativa com baixas concentrações de extrato, além da facilidade de produção e administração. Em relação ao Symphytum officinale, as formulações emulgel e gel contendo o extrato bruto glicólico da espécie nas concentrações 10,0 e 16,0 % também foram consideradas satisfatórias, pois além da atividade antiinflamatória semelhante ao cataflam em emulgel, elas também se apresentaram de fácil produção e administração.Item Avaliação da atividade in vitro de nanoemulsões e nanocápsulas de fluconazol contra candida spp.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Sousa, Eliana Camargo; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoCom o número crescente de pacientes sob imunossupressão induzida por doenças ou fármacos, as infecções fúngicas disseminadas estão se tornando problemas sérios de saúde, principalmente em ambiente hospitalar, e novas abordagens para a terapia antifúngica precisam ser investigadas. Grande parte das infecções disseminadas é provocada pela espécie Candida albicans sendo o fluconazol o fármaco de escolha, mas o surgimento de fenômenos de resistência fúngica tem sido relatado. Com o intuito de investigar o efeito do fluconazol associado a nanoestruturas sobre espécies de Candida, neste trabalho foram desenvolvidas nanoemulsões e nanocápsulas de poli-e- caprolactona contendo fluconazol. Análises morfológicas e físico-químicas das nanoestruturas foram realizadas revelando formato esférico e tamanho médio variando de 136,5 a 180,2 nm para as nanoemulsões (NE) e de 203,6 a 213,6 nm para as nanocápsulas (NC). Ambas as dispersões apresentaram características homogêneas e demonstraram estruturas monodispersas. O percentual de encapsulação do fluconazol nas NE e NC foi de 49,2 ± 0,65 e 45,6 ± 0,52, respectivamente. Procedimentos de purificação por diálise direta foram efetuados e as nanoestruturas foram testadas contra suspensões celulares de Candida albicans e Candida parapsilosis e seus efeitos avaliados por turbidimetria, contagem de células, teste de viabilidade celular por colorimetria com o reativo Brometo de 3-[4,5-dimetiltriazol-2-il]-2,5 difeniltetrazólio (MTT) e por quantificação de ergosterol utilizando fármaco livre, nanoemulsões e nanocápsulas de fluconazol submetidas ou não aos procedimentos de purificação. Os resultados demonstraram diferentes efeitos ocasionados pela presença das nanoestruturas contra C. albicans e C. parapsilosis quando comparados aos efeitos do fármaco livre. As nanoestruturas purificadas por diálise apresentaram um efeito com perfil de dose dependência frente à inibição do crescimento de Candida. Os resultados variaram segundo os métodos e as análises estatísticas não demonstraram correlação entre as diferentes metodologias. As duas espécies de Candida parecem se comportar de forma diferente quando expostas às nanoestruturas de fluconazol ou à presença de nanoestruturas livres de fármaco. Entretanto, muitos estudos ainda são necessários para se evidenciar o efeito das nanopartículas sobre o fenômeno de resistência das espécies de Candida testadas frente às nanoemulsões e nanocápsulas de fluconazol.Item Avaliação da citotoxicidade e da atividade in vitro de sistemas autonanoemulsionáveis contendo fármacos anti-Trypanosoma cruzi.(2016) Castro, Kelly Christyne Miranda Pereira de; Bahia, Maria Terezinha; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Bahia, Maria Terezinha; Leite, Elaine Amaral; Silva, Glenda Nicioli daPara melhorar a eficácia de fármacos como nifurtimox, benznidazol e ravuconazol pode-se utilizar sistemas autonanoemulsionáveis para entrega de fármacos (SNEDDS). O estudo teve como objetivos: (i) avaliar a toxicidade dos SNEDDS e dos respectivos excipientes utilizados no preparo dos SNEDDS Nfx 1 e 2, SNEDDS Bz 3 e SNEDDS Rv 4 em células H9c2, uma linhagem de cardiomiócitos de ratos neonatos, e Hep G2, uma linhagem de hepatócitos de carcinoma humano; e (ii) avaliar a atividade anti-Trypanosoma cruzi dos SNEDDS Nfx 2 e SNEDDS Rv 4 in vitro, utilizando como modelo experimental células H9c2 infectadas pelas cepas Y e Colombiana do T. cruzi. Os excipientes usados no preparo dos SNEDDS não induziram diminuição da viabilidade das células H9c2 e Hep G2 nas mesmas concentrações usadas nas formulações nas doses efetivas de tratamento (5 e 10 μM, para nifurtimox; e 2nM, para ravuconazol). No entanto, o Tween 80 usado no preparo das formulações SNEDDS Nfx 1 e SNEDDS Bz 3, mostrou-se tóxico nos testes de citotoxicidade em células Hep G2, nas concentrações entre 0,065% e 0,26% v/v, reduzindo a viabilidade em mais de 40%. Os SNEDDS Nfx 1 e SNEDDS Bz 3 foram tóxicos a partir da concentração de 25 μM referente ao fármaco livre, por isso não foram realizados os testes de atividade com estes SNEDDS. O SNEDDS Nfx 2 apresentou menor toxicidade em relação ao SNEDDS Nfx 1, apresentando toxicidade a partir da concentração de 50 μM; e o SNEDDS Rv 4 não apresentou toxicidade significativa. Com isso, os SNEDDS Nfx 2 e SNEDDS Rv 4 foram utilizados nos testes de atividade in vitro e apresentaram efeito inibitório superior aos respectivos fármacos livres sobre formas amastigotas das cepas Y e Colombiana do T. cruzi. Este estudo in vitro evidenciou que os SNEDDS podem ser formulações seguras e potencialmente mais ativas contra as formas amastigotas do parasito.Item Avaliação da eficácia de lactona sesquiterpênica nanoestruturada em modelo experimental de infecção pelo Trypanosoma cruzi.(2010) Branquinho, Renata Tupinambá; Lana, Marta de; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Bahia, Maria Terezinha; Souza, Jacqueline de; Vilela, José Mário CarneiroOs objetivos deste trabalho foram isolar desenvolver, caracterizar e validar formulações farmacêuticas nanoestruturadas (NC) com lactona sesquiterpênica (LS), licnofolida (LIC) obtida de Lychnophora trichocarpha com atividade anti- T.cruzi “in vitro”. Partes aéreas da planta foram coletadas e secadas e suas frações acetato de etila separadas em coluna cromatográfica de sílica gel até a obtenção da LIC pura. A LIC foi caracterizada pelo ponto de fusão e RMN. As NC foram utilizadas como estratégia para melhorar sua eficácia, alterar sua biodistribuição e reduzir os efeitos tóxicos sendo preparadas com o polímero de poli-ε-caprolactona (PCL) por deposição interfacial do polímero pré-formado, caracterizadas por análise do tamanho médio das partículas (243nm) e índice de polidispersão (<0,15) determinados por espectroscopia de correlação de fótons, o potencial zeta (-52,7mV), morfologia determinada por microscopia de força atômica. A dissolução de LIC in vitro revelou ser lenta e se completou em 24h. A liberação do LIC das NC foi feita pelo método de diálise reversa em condições equilíbrio. Uma reduzida liberação foi observada quando comparada a LIC livre alcançando 97% de dissolução em 48h. Foram desenvolvidos e validados dois métodos de quantificação da LIC por CLAE com detector DAD e espectrofotometria por UV, ambos a 265nm. A eficiência de encapsulação foi de aproximadamente 100%, confirmando a afinidade da LIC pelo núcleo oleoso usando as metodologias de quantificação mencionadas. Os estudos “in vivo” foram realizados em camundongos Swiss tratados via oral e o benznidazol (BZ) foi utilizado como fármaco de referência. O efeito das diferentes formulações (NC-LIC, LIC free, BZ 25mg, BZ 50mg) foi estudado em grupos de oito camundongos inoculados com 10.000 tripomastigotas sanguíneos das cepas CL, Y e Colombiana, consideradas suscetíveis, parcialmente resistentes e resistentes ao tratamento com BZ, respectivamente. As formulações com LIC foram administradas em doses de 2,0mg/Kg por 10 dias. Grupos controle tratados com DMA-PEG, NC brancas e não tratados foram avaliados em paralelo. A eficácia do tratamento foi avaliada por hemocultura, PCR e ELISA. Animais infectados com a cepa CL e Y de T.cruzi tratados com a formulação NC-LIC apresentaram redução significativa da parasitemia que se manteve subpatente a seguir. Uma porcentagem média de 50% dos animais foi curada parasitologicamente e 100% sobreviveram até serem necropsiados seis meses pós-tratamento. Uma percentagem de 16,5% dos animais infectados com estas cepas e tratados com LIC também foi curada. Nos animais infectados com a cepa Colombiana uma redução mais intensa da parasitemia foi observada em relação a outras formulações estudadas, incluindo o tratamento com BZ, seguida de um significativo aumento da sobrevida dos animais. Os dados demonstraram pela primeira vez o efeito da LIC “in vivo” e que as NC com LS aumentaram sua eficácia terapêutica. Este trabalho demonstrou ainda que LIC é uma droga potente e que uma melhora do esquema terapêutico poderá ser o objetivo maior de futuras investigações.Item Avaliação de nanocápsulas contendo o eremantolídeo c contra o parasito T. cruzi “in vitro” e na doença de chagas experimental.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Dorim, Diego Dias Ramos; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoNeste estudo o desenvolvimento de uma formulação nanoestruturada do eremantolídeo C (EREC) foi realizado visando o estudo de sua atividade contra o Trypanosoma cruzi. O EREC é uma substância lipofílica isolada de Lychnophora trichocarpha Spreng previamente testada in vitro contra este parasito. Para a obtenção de nanocápsulas poliméricas contendo um núcleo oleoso para carreamento do EREC utilizou-se o método de deposição interfacial de um polímero pré-formado. Nanocápsulas de poly-ε-caprolactona (PCL) com diâmetro médio de 194,63 ± 2,83nm e porcentagem de encapsulação de 82,59 ± 2,40% foram obtidas, confirmando a afinidade entre EREC e núcleo oleoso. Foram ainda desenvolvidos e validados dois métodos de quantificação usando CLAE com detector de arranjos de diiodo (DAD) e espectrofotometria no UV para quantificação do EREC a 265nm em formas farmacêuticas nanoestruturadas. A técnica de CLAE permitiu a quantificação do EREC até o limite de quantificação (LOQ) de 1μg/mL e a de espectrofotometria com o (LOQ) de 5μg/mL. Estudos de liberação mostraram uma liberação prolongada e reduzida do EREC a partir das nanocápsulas com quantidade liberada inferior a 75% em 48 horas, enquanto a quantidade dissolvida da substância livre foi superior a 93% em 12 horas. Uma metodologia para determinação da atividade in vitro contra as formas epimastigotas do parasito foi otimizada e validada usando adaptação do método de MTT que demonstrou ser preciso e exato e rápido para o screening de novas substâncias, potencialmente ativas contra parasitos da família Trypanosomatidae. Nos estudos in vitro, foi verificado um efeito dose-dependente tanto para o EREC livre quanto nanoencapsulado entre as concentrações de 10-100μg/mL, sendo observada na concentração de 100μg/mL uma inibição do crescimento dos parasitos próximo de 100%. Os estudos in vivo mostraram ser a via oral inadequada para administração de EREC livre ou em nanocápsulas, uma vez que não se observou atividade sobre os parasitos na concentração de 500mg/Kg. A administração do EREC livre ou nanoencapsulado por via intravenosa (10mg/mL) reduziu significativamente a parasitemia e aumentou a sobrevida dos animais infectados, mas não foi tão eficiente como o benznidazol pela mesma via. Os dados sugerem que doses maiores de EREC possam ser administradas na forma nanoencapsulada com potencial aumento de eficácia em relação ao esquema terapêutico utilizado neste estudo.Item Avaliação imunológica do efeito do fenômeno de depuração sanguínea acelerada no tratamento lipossomal de camundongos infectados por Leishmania infantum.(2016) Silva, Débora Faria; Rezende, Simone Aparecida; Barichello, José Mario; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Giunchetti, Rodolfo Cordeiro; Rezende, Simone AparecidaO tratamento da leishmaniose visceral no Brasil conta, atualmente, com antimoniais pentavalentes como primeira opção terapêutica. No entanto, estes fármacos apresentam graves efeitos colaterais que podem ser reduzidos com o uso de sistemas de vetorização, dentre eles os lipossomas, que vêm sendo empregados na tentativa de se obter um maior direcionamento do fármaco ao local de ação e menor toxicidade. Em alguns casos, o tempo de circulação dos lipossomas é aumentado pelo uso de polímeros, dentre eles o polietileno glicol (PEG), que, no entanto, tem sido apontado como a causa de uma resposta imunológica conhecida como fenômeno ABC - de depuração sanguínea acelerada. Este fenômeno é observado durante a administração repetida de formulações peguiladas, resultando no aumento da depuração por macrófagos e eficácia reduzida destas formulações. Este projeto propôs avaliar o efeito do tártaro emético (TE) na forma livre e lipossomal em macrófagos J774-A1 pela produção de óxido nítrico (NO) – um importante agente leishmanicida- e o efeito do fenômeno ABC na carga parasitária de camundongos infectados por Leishmania infantum com TE lipossomal. Dessa forma, camundongos BALB/c infectados foram tratados com uma primeira dose de lipossomas peguilados vazios seguida, num intervalo de uma semana, de uma segunda dose de lipossomas peguilados contendo TE para avaliar a carga parasitária do fígado, baço e medula óssea, a resposta do sistema imune e o efeito do tratamento sobre os parâmetros hematológicos e bioquímicos. Observou-se que nem o TE nem as formulações lipossomais de TE foram capazes de aumentar a produção de NO pelas células J774-A1.. Não houve alterações nos parâmetros bioquímicos e hematológicos dos camundongos devido aos diferentes tratamentos. O tratamento com as formulações convencionais de TE foi capaz de reduzir a carga parasitária apenas no fígado e no baço e as formulações lipossomais peguiladas de TE reduziram a carga parasitária no fígado, baço e medula óssea dos animais. No entanto, a indução do fenômeno ABC não teve efeito na carga parasitária. Além disso, observou-se que o tratamento com TE livre ou com as formulações de TE provocou uma redução significativa na produção de IL-10 pelas células do baço dos camundongos. Assim, o fenômeno ABC não interferiu na carga parasitária ou na produção de citocinas e apesar do TE provocar redução da produção de IL-10, dados in vitro sugerem que o fármaco não interfere na produção de NO.Item Avaliação in vivo da eficácia antimalárica, toxicidade cardiovascular e neurocomportamental do arteméter por via oral veiculado em nanocápsulas.(2017) Souza, Ana Carolina Moreira; Guimarães, Andrea Grabe; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Richard, Sylvain; Guimarães, Andrea Grabe; Fagundes, Elaine Maria de Souza; Leite, Elaine Amaral; Bahia, Maria Terezinha; Isoldi, Mauro CésarO arteméter (ATM) é um antimalárico utilizado clinicamente em combinação (ATC) com outros antimaláricos (WHO, 2016). Apresenta meia vida plasmática curta, baixa biodisponibilidade por via oral e toxicidade cardiovascular e neurológica, entre outros efeitos adversos. Nanocápsulas de poly-ε-caprolactona veiculando ATM (ATM-NC) foram desenvolvidas e caracterizadas anteriormente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia antimalárica in vivo e os efeitos cardiovasculares e neurocomportamentais de ATM-NC administrado por via oral em comparação ao ATM em sua forma livre. Foram utilizados camundongos C57BL6 fêmeas previamente infectados por Plasmodium berghei para a avaliação da eficácia antimalárica e machos para a avaliação dos efeitos cardiovasculares e neurocomportamentais. Os animais foram tratados por via oral, duas vezes ao dia por 4 dias com veículo (sorbitol/carboximetilcelulose) ou NC branca, ATM livre ou ATM-NC, nas doses de 40, 80 e 120 mg/kg. ATM-NC (120 mg/kg) aboliram a parasitemia e promoveram a sobrevida de 100 %. Para avaliar a cardiotoxicidade foram realizados: 1) eletrocardiograma (ECG) na derivação periférica II antes e após o tratamento em camundongos anestesiados, não infectados e infectados. O ATM livre induziu cardiotoxicidade evidenciado pelo prolongamento dos intervalos QT e QTc. Para a maior dose estudada (120ºmg/kg), em camundongos não infectados, ATM-NC impediu estes prolongamentos em 34 % e 30 %, respectivamente, comparado ao ATM livre. Nos camundongos infectados, ATM-NC também reduziu o prolongamento dos intervalos QT e QTc em 28 % e 27 %, respectivamente. 2) Ecocardiograma (ECO) foi realizado em camundongos não infectados e tratados com ATM livre e ATM-NC na dose de 120 mg/kg. Para este estudo não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos avaliados. Os cardiomiócitos de camundongos previamente tratados com a dose de 120 mg/kg foram isolados e avaliados in vitro 3) sob estimulação em campo (1 Hz) em sistema Ionoptix para o transiente de Ca2+ e contratilidade do sarcômero, 4) em sistema patch-clamp para o potencial de ação (PA) e a corrente nos canais de Ca2+. O ATM livre reduziu o transiente de Ca2+ em 41 %, o Ca2+ diastólico em 12 % e a porcentagem de encurtamento do sarcômero de 4,6 % (controle) para 3,1 %. Além disso, o ATM livre causou o prolongamento do PA comparado ao veículo (350,0 ± 49,3 ms e 137,7 ± 20,5 ms, respectivamente). 5) Cardiomiócitos de camundongos não tratados foram isolados e incubados com ATM livre nas concentrações 0,1; 1 e 10 µM. ATM livre 10 µM reproduziu os efeitos sobre Ca2+ observados nos cardiomióciotos dos camundongos tratados, assim indicando efeitos cardiotóxicos. Por outro lado, ATM-NC não causou nenhuma alteração significativa em nenhum dos parâmetros avaliados. A avaliação da neurotoxicidade foi realizada em camundongos não infectados e infectados. Para os camundongos não infectados o ATM livre (120 mg/kg) reduziu significativamente a capacidade de exploração nos braços abertos do labirinto em cruz elevado, indicando transtorno neurocomportamental como a ansiedade. Para animais infectados o tratamento com ATM livre (120 mg/kg) desencadeou comportamentos similares a ansiedade e diminui a capacidade locomotora dos camundongos, pois reduziu em 65 % e 67 % a capacidade exploratória dos braços abertos e fechados do labirinto em cruz elevado. ATM-NC impediu a manifestação dos efeitos neurocomportamentais em camundongos não infectados e reduziu os efeitos sobre os camundongos infectados. Concluímos que o ATM em NC apresentou eficácia por via oral e que NC são capazes de impedir ou minimizar os efeitos cardiotóxicos e neurocomportamentais causados pelo ATM em sua forma livre.Item Benznidazole self-emulsifying delivery system : a novel alternative dosage form for Chagas disease treatment.(2020) Mazzeti, Ana Lia; Oliveira, Liliam Teixeira; Gonçalves, Karolina Ribeiro; Schaun, Géssica C.; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Bahia, Maria TerezinhaBenznidazole (BZ) tablets are a unique form of treatment available for treating Chagas disease. Development of a liquid formulation containing BZ easy to administer orally for the treatment of paediatric patients, particularly for newborns is urgently required, with the same efficacy, safety and suitable biopharmaceutical properties as BZ tablets. Self-emulsifying drug delivery systems (SEDDS) may improve bioavailability of drugs such as BZ, which have poor water solubility and low permeability. In this context, the aim of this work was to develop a liquid BZ-SEDDS formulation as an alternative to tablets and to evaluate its cytotoxicity in different host cell lines and its efficacy in experimental Trypanosoma cruzi infection in mice. The optimized SEDDS formulation (25 mg/ml of BZ) induced no cytotoxicity in H9c2, HepG2 and Caco2 cells in vitro at 25 μM level. BZ-SEDDS and free-BZ showed similar in vitro trypanocidal activity in H9c2 cells infected by T. cruzi Y strain, with IC50 values of 2.10 ± 0.41 μM and 1.29 ± 0.01 μM for BZ and BZ-SEDDS, respectively. A follow up of efficacy in an acute model of infected mice resulted in the same percentage of cure (57%) for both free-BZ and BZ-SEDDS- groups according to established parameters. Furthermore, no additional in vivo toxicity was observed in animals treated with BZ-SEDDS. Taken together, in vitro and in vivo data of BZ-SEDDS showed that the incorporation of BZ into SEDDS does not alter its potency, efficacy and safety. Thus, BZ-SEDDS can be a more practical and personalized orally administered liquid dosage form compared to suspension of crushed BZ-tablets to treat newborn and young children by emulsifying SEDDS in different aqueous liquids with advantage of dosing flexibility.Item Biodegradable polymeric nanocapsules prevent cardiotoxicity of anti-trypanosomal lychnopholide.(2017) Branquinho, Renata Tupinambá; Roy, Jérôme; Farah, Charlotte; Garcia, Giani Martins; Aimond, Franck; Guennec, Jean Yves Le; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Guimarães, Andrea Grabe; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Lana, Marta de; Richard, SylvainChagas disease is a neglected parasitic disease caused by the protozoan Trypanosoma cruzi. New antitrypanosomal options are desirable to prevent complications, including a high rate of cardiomyopathy. Recently, a natural substance, lychnopholide, has shown therapeutic potential, especially when encapsulated in biodegradable polymeric nanocapsules. However, little is known regarding possible adverse effects of lychnopholide. Here we show that repeated-dose intravenous administration of free lychnopholide (2.0 mg/kg/day) for 20 days caused cardiopathy and mortality in healthy C57BL/6 mice. Echocardiography revealed concentric left ventricular hypertrophy with preserved ejection fraction, diastolic dysfunction and chamber dilatation at end-stage. Single cardiomyocytes presented altered contractility and Ca2+ handling, with spontaneous Ca2+ waves in diastole. Acute in vitro lychnopholide application on cardiomyocytes from healthy mice also induced Ca2+ handling alterations with abnormal RyR2-mediated diastolic Ca2+ release. Strikingly, the encapsulation of lychnopholide prevented the cardiac alterations induced in vivo by the free form repeated doses. Nanocapsules alone had no adverse cardiac effects. Altogether, our data establish lychnopholide presented in nanocapsule form more firmly as a promising new drug candidate to cure Chagas disease with minimal cardiotoxicity. Our study also highlights the potential of nanotechnology not only to improve the efficacy of a drug but also to protect against its adverse effects.Item Biodistribution of free and encapsulated 99mTc-fluconazole in an infection model induced by Candida albicans.(2018) Assis, Danielle Nogueira de; Araújo, Raquel Silva; Fuscaldi, Leonardo Lima; Diniz, Simone Odília Antunes Fernandes; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Cardoso, Valbert NascimentoCandida spp is an etiologic agent of fungal infections in hospitals and resistance to treatment with antifungals has been extensively reported. Thus, it is very important to develop formulations that increase effectiveness with low toxicity. In this sense, nanocarriers have been investigated, once they modify drug biodistribution profile. Thus, this study aimed to evaluate the biodistribution of free and encapsulated 99mTc-fluconazole into nanocapsules (NCs) in an experimental immunosuppressed murine model of Candida albicans infection.Item Biodistribution of long-circulating PEG-Grafted nanocapsules in mice : effects of PEG chain length and density.(2001) Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Legrand, Philippe; Morgat, Jean-Louis; Vert, Michel; Mysiakine, Evgueni; Gref, Ruxandra; Devissaguet, Jean-Philippe; Barratt, GillianPurpose: To study the pharmacokinetics and biodistribution of novel polyethyleneglycol (PEG) surface-modified poly(rac-lactide) (PLA) nanocapsules (NCs) and to investigate the influence of PEG chain length and content. Methods: The biodistribution and plasma clearance in mice of different NC formulations were studied with [3H]-PLA. PLA-PEG copolymers were used in NC preparations at different chain lengths (5 kDa and 20 kDa) and PEG contents (10% and 30% w/w of total polymer). In vitro and in vivo stability were also checked. Results: Limited [3H]-PLA degradation was observed after incubation in mouse plasma for 1 h, probably because of to the large surface area and thin polymer wall. After injection into mice, NCs prepared with PLA-PEG copolymers showed an altered distribution compared to poloxamer-coated PLA NCs. An increased concentration in plasma was also observed for PLA-PEG NCs, even after 24 h. A dramatic difference in the pharmacokinetic parameters of PLA-PEG 45–20 30% NCs compared to poloxamer-coated NCs indicates that covalent attachment, longer PEG chain lengths, and higher densities are necessary to produce an increased half-life of NCs in vivo. Conclusions: Covalently attached PEG on the surface of NCs substantially can reduce their clearance from the blood compartment and alter their biodistribution.Item Cardiotoxicity reduction induced by halofantrine entrapped in nanocapsule devices.(2007) Leite, Elaine Amaral; Guimarães, Andrea Grabe; Guimarães, Homero Nogueira; Coelho, George Luiz Lins Machado; Barratt, Gillian; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoThe main objective of the present study was to evaluate the reduction in halofantrine (Hf) toxicity, an antimalarial drug frequently associated with QT interval prolongation in electrocardiogram, by its entrapment in poly-ε-caprolactone nanocapsules (NC). The acute lethal dose (LD100) of Hf.HCl experimentally observed was 200 mg/kg whereas the calculated LD50 was 154 mg/kg. In contrast, the LD100 for Hf-NC was 300 mg/ kg with a longer mean time to death than Hf.HCl. The calculated LD50 was 249 mg/kg for Hf-NC. The Hf entrapped in PCL NC presented a greater efficacy than PLA-PEG NC and than Hf solution in P. berghei-infected mice at 1 mg/kg. The cardiovascular parameters, ECG and arterial blood pressure, were evaluated in anaesthetized Wistar rats after the IV administration of a single, especially high dose (100 and 150 mg/kg) of halofantrine base loaded-nanocapsules (Hf-NC) or halofantrine chlorhydrate (Hf.HCl) solution. It was observed that Hf solution caused prolongation of the QT and PR intervals of the ECG; however, this effect was significantly (Pb0.001) reduced when Hf was administered entrapped in nanocapsules. The treatment with Hf.HCl induced a pronounced bradycardia and severe hypotension leading to death. The effect of Hf-NC upon heart rate was reduced from 58 to 75% for 100 and 150 mg/kg, respectively, when compared with Hf.HCl solution. These findings show that the encapsulation of halofantrine reduces the QT interval prolongation of ECG in rats and suggest that a modification of drug distribution was possible by using nanocapsules. Hf encapsulation was the main factor responsible for the significant reduction in cardiac toxicity observed.Item Chloroaluminium phthalocyanine polymeric nanoparticles as photosensitisers : photophysical and physicochemical characterisation, release and phototoxicity in vitro.(2013) Paula, Carina Silva de; Tedesco, Antônio Cláudio; Lucas Primo, Fernando; Vilela, José Mário Carneiro; Andrade, Margareth Spangler; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoNanoparticles of poly(D,L-lactide-co-glycolide), poly(D,L-lactide) and polyethylene glycol-blockpoly (D,L-lactide) were developed to encapsulate chloroaluminium phthalocyanine (AlClPc), a new hydrophobic photosensitiser used in photodynamic therapy (PDT). The mean nanoparticle size varied from 115 to 274 nm, and the encapsulation efficiency ranged from 57% to 96% due to drug precipitation induced by different types of polymer. All nanoparticle formulations presented negative zeta potential values (–37 mV to –59 mV), explaining their colloidal stability. The characteristic photophysical parameters were analysed: the absorption spectrum profile, fluorescence quantum yield and transient absorbance decay, with similar values for free and nanoparticles of AlClPc. The time-resolved spectroscopy measurements for AlClPc triplet excited state lifetimes indicate that encapsulation in nanocapsules increases triplet lifetime, which is advantageous for PDT efficiency. A sustained release profile over 168 h was obtained using external sink method. An in vitro phototoxic effect higher than 80% was observed in human fibroblasts at low laser light doses (3 J/cm2) with 10 lM of AlClPc. The AlClPc loaded within polymeric nanocapsules presented suitable physical stability, improved photophysical properties, sustained released profile and suitable activity in vitro to be considered a promising formulation for PDT.Item Cloxacillin benzathine-loaded polymeric nanocapsules : physicochemical characterization, cell uptake, and intramammary antimicrobial effect.(2019) Araújo, Raquel Silva; Garcia, Giani Martins; Vilela, José Mário Carneiro; Andrade, Margareth Spangler; Oliveira, Laser Antônio Machado de; Kano, Eunice Kazue; Lange, Carla Christine; Brito, Maria Aparecida Vasconcelos Paiva; Brandão, Humberto de Mello; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoThe present work shows the development and evaluation of the veterinary antibiotic cloxacillin benzathine (CLOXB) loaded into poly-ε-caprolactone (PCL) nanocapsules (NC), as a potential new treatment strategy to manage bovine intramammary infections, such as mastitis. Staphylococcus aureus-induced mastitis is often a recurrent disease due to the persistence of bacteria within infected cells. CLOXB-PCL NC were prepared by interfacial deposition of preformed biodegradable polymer followed by solvent displacement method. The mean diameter of NC varied from 241 to 428 nm and from 326 to 375 nm, when determined by dynamic light scattering and by atomic force microscopy, respectively. The zeta potential of NC was negative and varied from −28 to −51 mV. In vitro release studies from the NC were performed in two media under sink conditions: PBS with 1% polyethylene glycol or milk. A reversed-phase HPLC method was developed to determine the NC entrapment efficiency and kinetics of CLOXB release from the NC. Free CLOXB dissolution occurred very fast in both media, while drug release from the NC was slower and incomplete (below 50%) after 9 h. CLOXB release kinetics from polymeric NC was fitted with the Korsmeyer-Peppas model indicating that CLOXB release is governed by diffusion following Fick's law. The fluorescence confocal microscopy images of macrophage-like J774A.1 cells reveal NC uptake and internalization in vitro. In addition, antimicrobial effect of the intramammary administration of CLOXB-PCL NC in cows with mastitis resulted in no clinical signs of toxicity and allowed complete pathogen elimination after treatment. The in vivo results obtained in this work suggest that CLOXB-PCL NC could be a promising formulation for the treatment of intramammary infections in cattle, considering their physicochemical properties, release profiles and effects on bovine mastitis control.Item Cloxacillin nanostructured formulation for the treatment of bovine keratoconjunctivitis.(2020) Fonseca, Miriam das Dores Mendes; Maia, Júlia Marques da Silva; Varago, Fabiana Cristina; Gern, Juliana Carine; Carvalho, Wanessa Araújo; Silva, Sandra Regina; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Brandão, Humberto de Mello; Guimarães, Alessandro de SáInfectious bovine keratoconjunctivitis (IBK) is a widespread, contagious ocular disease that affects cattle, especially dairy breeds. The disease is caused by Gram-negative bacteria mainly Moraxella bovis, and its treatment consists of parenteral or topic antibiotic therapy. The topic treatment approach is used more commonly in lactating cows, to avoid milk disposal. However, treatment failures are common, because the antibiotic is removed during lacrimation. This study aimed to evaluate the susceptibility of commercial cloxacillin and evaluate the efficacy of nanostructured cloxacillin in clinical cases of IBK by Moraxella. The minimum inhibitory concentration (MIC) of nanoparticle cloxacillin nanocoated, the nanoparticle without the antibiotic and the commercial cloxacillin were determined in vitro with field samples of Moraxella ovis (5) and Moraxella bovis (5). The efficiency of nanoparticles was tested in three cows naturally infected that were treated with 1.0 mL (with 0.32 mg of nanostructured cloxacillin) for the ocular route. Moraxella bovis was isolated and identified by biochemical and molecular methods before the treatment. The animals were treated every 12 h for six days. The cure was considered by the absence of clinical symptoms and bacteria after treatment. The mucoadhesive nanoparticle-based formulation promoted clinical cure with a low number of doses of antibiotics, probably due to the maintenance of the MIC in the ocular mucosa for longer due to the mucoadhesive characteristics of the nanoparticle. The results indicate that the use of nanocoated cloxacillin is possible to control infectious bovine keratoconjunctivitis.Item A comparative study of the cellular uptake, localization and phototoxicity of meta-tetra(hydroxyphenyl) chlorine encapsulated in surface-modified submicronic oil/water carriers in HT29 tumor cells.(2000) Bourdon, Olivier; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Legrand, Philippe; Blais, JocelineThe poor selectivity of photosensitizers for tumor tissue remains a drawback in photodynamic therapy (PDT) and could be improved by adapted formulations. The cellular uptake, localization and phototoxicity of meta-tetra(hydroxyphenyl)chlorin (mTHPC) encapsulated in submicronic colloidal carriers have been studied in macrophage-like J774 cells and HT 29 human adenocarcinoma cells. Nanocapsules with an external layer made of poly(D,L lactic acid) (PLA NCs), PLA grafted with polyethylene glycol (PLA–PEG NCs), PLA coated with poloxamer 188 (polox PLA NCs) and oil/water nanoemulsion (NE) have been examined. The cellular uptake by J774, as determined by microspectroflorimetry, is reduced with mTHPC encapsulated into surface-modified NCs — PLA-PEG and polox PLA — compared with naked PLA, indicating a possible limitation of the clearance of such carriers by the reticuloendothelial system. Encapsulation also modifies the interaction between mTHPC and HT29 cells. Compared with the manufacturer’s solution (PEG, ethanol, water), the cellular uptake is strongly reduced. However, the HT29 phototoxicity is much less affected and a protecting effect against plasma proteins is observed. Fluorescence microscopy reveals a specific punctate fluorescence pattern with PLA–PEG and polox PLA NCs in contrast to a more diffuse distribution with NE and solution, indicating that photodamage targeting could be different. These findings suggest that photosensitizers encapsulated into surface-modified nanocapsules could be a promising approach for improving PDT efficacy and this has to be confirmed in vivo.Item Copolímeros de D,L-lactídeo e glicidil éteres funcionalizados : síntese, uso em nanoesferas, citotoxicidade e encapsulação de fármaco modelo.(2016) Silva, Luan Silvestro Bianchini; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Lana, Gwenaelle Elza Nathalie Pound; Silva, Gisele Rodrigues da; Gurgel, Leandro Vinícius Alves; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoO domínio das rotas sintéticas de polímeros biocompatíveis e funcionalizados para acoplamento de diferentes tipos de ligantes são focos de intensas pesquisas. Estes polímeros podem ser associados com bioativos e utilizados na terapêutica e no diagnóstico. A síntese de copolímeros estatísticos a partir da polimerização por abertura de anel do D,L-lactídeo na presença dos comonômeros alil glicidil éter (AGE) e benzil glicidil éter (BGE) permitiu avaliar a inserção destes grupos nas cadeias poliméricas. Os polímeros sintetizados foram caracterizados por ressonância magnética nuclear de hidrogênio e cromatografia de permeação em gel. Foram avaliadas as influências dos comonômeros, das condições de síntese e dos catalisadores utilizados na polimerização. Houve uma relação direta entre maiores quantidades de glicidil éter no meio reacional, maior inserção deste nas cadeias e a obtenção de copolímeros de massas molares mais baixas. O acréscimo do co-catalisador 4-(dimetilamino)piridina associado com o octanoato de estanho não proporcionou maiores inserções dos comonômeros nas cadeias poliméricas quando comparado ao uso isolado do octanoato de estanho. O BGE foi inserido em maior proporção do que o AGE nas cadeias. Foram selecionados para o preparo de nanoesferas por nanoprecipitação os polímeros que apresentaram massas molares próximas (≅ 23.000 g/mol), menores dispersidades (1,1-1,3) e com inserções de comonômeros por cadeia próximas (≅ 2,3 unidades por cadeia). Foram preparadas nanoesferas a partir dos polímeros sintetizados com e sem benznidazol como fármaco modelo. Foi observado um aumento no diâmetro hidrodinâmico médio e diminuição, em módulo, do potencial zeta, com valores de (91 a 92 nm) e (- 25 a - 32 mV), para as nanoesferas brancas, e (94 a 117 nm) e (- 17 a - 21 mV), para as nanoesferas com benznidazol, sendo todas monodispersas. Variações significativas destes parâmetros foram observadas devido à presença de fármaco associado ao vetor em relação às nanoesferas brancas. A porcentagem de encapsulação, eficiência de encapsulação e capacidade de carga das nanoesferas com benznidazol foram significativamente maiores para as nanoesferas de PLA-co-AGE para a formulação com 0,65 mg/mL de benznidazol, sugerindo maior associação do fármaco com este copolímero. As imagens de nanoesferas por microscopia eletrônica de varredura mostraram estruturas com estreita faixa de diâmetro (50 a 120 nm) e forma esférica. O teste de viabilidade celular em cultura de células J774A.1 e Vero evidenciaram uma baixa toxicidade das nanoesferas obtidas com os diferentes polímeros sintetizados mesmo em altas concentrações (500 μg/mL). A partir da obtenção de polímeros funcionalizados, este estudo abre perspectivas para o melhor entendimento da inserção de glicidil éteres em cadeias de poli(D,L-lactídeo) e das relações intermoleculares entre fármacos e polímeros no subsídio de novas alternativas terapêuticas.