PPGHis - Doutorado (Teses)
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Navegando PPGHis - Doutorado (Teses) por Autor "Abreu, Marcelo Santos de"
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Item Contando o conto do Sacudón na Venezuela (1989) : narrativas para um acontecimento.(2022) Vargas González, Livia Esmeralda; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Pereira, Luisa Rauter; Abreu, Marcelo Santos de; Haddock Lobo, Rafael; Astorga, OmarEsta tese propõe uma reflexão – e uma escrita – do Sacudón (1989) na Venezuela a partir da sua consideração enquanto acontecimento e sob o reconhecimento da impossibilidade para apreendê-lo, subsumi-lo e submetê-lo numa estrutura. Trata-se de uma possível narrativa – tradução – que se tece com algumas das vozes que esse acontecimento torna audíveis, entendendo, por sua vez, que toda tradução carrega consigo uma perda originária. Para tanto, a tese se organiza em dois grandes momentos. Na primeira parte, intitulada “Para ler o Sacudón: rastros historiográficos e teóricos”, apresentam-se algumas das narrativas e interpretações que existem sobre o Sacudón, e exploram-se os insumos teórico-filosóficos sobre a ideia de acontecimento segundo Alain Badiou, Slavoj Zizek e Daniel Bensaïd com cujas chaves eu encaro o mergulho teórico-empírico no Sacudón enquanto acontecimento. A segunda parte, intitulada “Crônicas constelares do Sacudón: entre pontos e encruzilhadas”, propõe uma narrativa do Sacudón a partir de cinco crônicas tecidas com vozes, lembranças testemunhais e registros jornalísticos do que se passou naquele episódio. Por fim, a presente tese representa um esforço teórico, empírico e narrativo a partir do qual se articulam traços do que fora um dos eventos mais disruptivos na história contemporânea da Venezuela. Essa tese carrega com, em, por trás e para além das suas tramas – e suas linhas –, a força fantasmagórica do não dito. Em termos de disposições metodológicas, é uma tese escrita sob espíritos melancólicos, em trânsitos que envolvem a reflexão teórica, o documentário, o testemunhal e o biográfico. No entanto, ela se nutre, sobretudo, da nostalgia irresolúvel que acompanha a experiência migratória. Trata-se de um percurso (com suas pausas) em que as lembranças, imagens, vivências e histórias próprias foram se inserindo no texto, direta ou indiretamente, movidas pela impossível vontade de dividir, não apenas relatos sobre o Sacudón, mas tudo aquilo que me leva para a terra em que nasci.Item Ensaio crítico sobre o eurocentrismo no ensino de história do Brasil 1950-2018.(2021) Macedo, André Luan Nunes; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Lourenço, Elaine; Silva, Wlamir José da; Roza, Luciano Magela; Pereira, Mateus Henrique de FariaO presente trabalho busca realizar uma história do eurocentrismo no ensino de história brasileiro. Para isso, foi necessário adentrar em uma discussão conceitual e intelectual sobre o termo. Num segundo momento, identificamos os termos que derivam da experiência europeia e que são instrumentalizadas para definir a escrita da história nacional, seja no ambiente intelectual mais amplo, seja na área do ensino. Analisamos a escrita da história nacional no ensino a partir dos anos 1950 até os tempos atuais (2018). Do ponto de vista das fontes, selecionamos livros didáticos e políticas curriculares específicas de cada momento histórico-político. Essa tese de doutoramento começou a ser esboçada já no ano de 2016, quando fui professor substituto de Ensino de História e História do Brasil na Universidade Federal de Alagoas. Durante as aulas, a partir da interação com meus amigos-alunos nas aulas, percebia que havia uma polifonia a ser problematizada quando discutíamos o eurocentrismo. Inevitavelmente esbarrávamos nas discussões sobre as identidades brasileira e latino-americana. Afinal, decidir o que é, ou não um conteúdo eurocêntrico de história remete a perceber uma demarcação forânea que porventura aliena e desloca a experiência de algo que é considerado “interno”, “próprio” ou “seu”. Como os alunos-futuros-professores-de-história entendiam a brasilidade? Como concebiam esse constructo histórico? Quais eram as estratégias e usos do passado reivindicados nas suas narrativas? São essas as questões que nos moveram durante a confecção desta tese de doutoramento.Item Entre batalhas : de relíquias ao revival da arte acadêmica : as pinturas históricas e sua relação com a trajetória institucional do Museu Histórico Nacional (MHN) e do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), entre 1922 e 1994.(CASTRO, Isis Pimentel de. Entre batalhas: de relíquias ao revival da arte acadêmica: as pinturas históricas e sua relação com a trajetória institucional do Museu Histórico Nacional (MHN) e do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), entre 1922 e 1994. 2018. 185 f. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2018., 2018) Castro, Isis Pimentel de; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Abreu, Marcelo Santos de; Rangel, Marcelo de Mello; Caldeira, Ana Paula Sampaio; Montenegro, Aline; Dias, Luciana da CostaAs pinturas de história são constantemente apresentadas nas exposições como objetos-fetiches. Elas não só apresentam o passado, como constituem uma janela para ele, desta forma, alheias aos processos sociais que tornaram aquelas representações possíveis. O presente projeto de pesquisa visa analisar as relações entre as coleções permanentes e as instituições museológicas, problematizando as definições de objeto histórico/objeto artístico e de museu de arte/museu histórico, uma vez que estes implicam em diferentes apreensões de tempo. Tais noções foram e são constantemente repensadas nos processos de troca, transferência e doação entre museus, assim como na reelaboração de sua narrativa museológica ao longo do tempo. Serão objeto de estudo as exposições permanentes de dois dos principais museus brasileiros – Museu Nacional de Belas Artes e Museu Histórico Nacional, entre os anos de 1922 e 1994.Item Historicidades em deslocamento : tempo e política entre os Ashaninka da Amazônia peruana e os Misak dos Andes colombianos.(2020) Moreira, Guilherme Bianchi; Pereira, Mateus Henrique de Faria; matteuspereira@gmail.com; Abreu, Marcelo Santos de; Nicolazzi, Fernando Felizardo; Pereira, Ana Carolina Barbosa; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Pereira, Mateus Henrique de FariaEsta tese investiga dimensões da experiência histórica de duas comunidades indígenas da América do Sul: os Ashaninka do rio Ene, da Amazônia peruana, e os Misak de Guambia, dos Andes colombianos. Com isso, queremos refletir sobre os dilemas teóricos da história disciplinar em contato com a legitimidade de mundos que resistem ativamente às tentativas de serem enquadrados nos termos analíticos de nossa tradição. Objetivamos demonstrar de que maneira a ação política e a produção cosmológica dessas comunidades desestabilizam potencialmente, quando levadas a sério, parte fundamental do repertório conceitual de nossa disciplina. Propomos entender, no interior das historicidades desses mundos, os sentidos através dos quais seus atores pensaram a questão do tempo e da história e como mobilizaram esses sentidos na vida prática e no domínio político. De maneira semelhante, os usos e as apropriações do conhecimento histórico pelas comunidades também são analisados como forma de entender o trânsito entre diferentes formas de dotar o passado de sentido e de deslocar as historicidades para além de lugares fixos e universais. A partir de fontes etnográficas e históricas, entrevistas e histórias recolhidas em uma curta investigação de campo, mitos, autobiografias e documentos produzidos pelas organizações indígenas ao longo das últimas décadas, refletimos sobre os modos ameríndios de construir relações entre o tempo, a política e a história e sobre as implicações disso para a atividade historiográfica moderna. Concluímos, em interlocução com uma série de desenvolvimentos recentes entre a antropologia e a teoria da história, com um convite a repensar a rigidez e a suposta universalidade de pares conceituais caros à nossa tradição disciplinar, de modo a imaginar um espaço interpretativo aberto às tensões produzidas de forma não imanente ao discurso histórico.Item Magda Tagliaferro : representações de uma pianista.(2023) Daher, Anderson da Mata; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Reyner, Igor Reis; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Reyner, Igor Reis; Vieira, Alice Martins Belem; Aubin, Myrian Ribeiro; Buscacio, Cesar Maia; Abreu, Marcelo Santos deNesta pesquisa, investigo os processos de representação da pianista brasileira Magdalena Tagliaferro com base em sua autobiografia e em publicações sobre essa musicista em jornais e revistas franceses. Como problemática, busco interpretar as estratégias assumidas pela pianista para constituir, corroborar ou contestar tais representações a ela vinculadas, bem como as motivações que orientaram suas escolhas em prol de algumas dessas figurações em detrimento de outras. Os resultados da pesquisa são apresentados em cada capítulo. No primeiro, busquei analisar a autobiografia da pianista e destacar alguns pontos por ela relatados, a fim de contextualizar historicamente sua trajetória inicial. No segundo capítulo, interpretei como as sociabilidades e afetividades vivenciadas por essa musicista auxiliaram como um meio para a consolidação de sua carreira. No terceiro capítulo, refleti sobre os critérios musicológicos, estéticos e culturais das escolhas de Magdalena para suas apresentações no palco e em estúdio, além de introduzir sua pontual incursão no canto. Por fim, no último capítulo, discuto a recepção da crítica musical francesa sobre a atuação de Magda, destacando principalmente as relações de gênero e de pertencimento nacional que perpassaram tais publicações na imprensa especializada. Como conclusão, aponto como as representações acerca da pianista culminaram na configuração de uma dupla e emblemática figuração, articuladora dos imaginários feminino e masculino ocidental circulantes principalmente no campo artístico. Por um lado, Magdalena foi aproximada das “divas” que até então atuavam no bel canto, o que lhe assegurou o reconhecimento de seu protagonismo como concertista ao piano; simultaneamente, ela foi uma das precursoras de um modelo de virtuose pianística feminina.Item Nosso imperativo histórico é a luta : intelectuais negros/as insurgentes e a questão da democracia racial em São Paulo (1945-1964).(2020) Oliveira, Felipe Alves de; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Pinto, Ana Flavia Magalhães; Fonseca, Janete Flor de Maio; Domingues, Petronio José; Abreu, Marcelo Santos deA tese recupera as trajetórias do Movimento Negro de São Paulo no contexto da Segunda República (1945- 1964), destacando as lutas protagonizadas pelos/as intelectuais negros/as insurgentes, que por meio da Imprensa Negra e das Associações, rejeitaram os discursos hegemônicos, que insistiam em apresentar o Brasil como o país da democracia racial. Diante disso, os/as intelectuais negros/as insurgentes desenvolveram um ativismo intelectual com o intuito de (re)escrever a História Negra Brasileira do pósabolição a partir do ponto de suas identidades, resgatando assim as memórias de Luiz Gama, José Patrocínio e Cruz e Souza, entre outros/as figuras insurgentes. Além disso, buscaram ressignificar o 13 de maio, fazendo desta data um dia de luta contra o racismo à brasileira. Em síntese, demonstramos nesse trabalho como ao longo do período o Movimento Negro de São Paulo pensou novos marcos civilizatórios para o Brasil e para o povo preto. Por fim, diríamos que a escrita desta tese é mais um anseio de empoderar e humanizar homens negros e mulheres negras, de evidenciá-los/as como autores/as da sua própria História.Item Nostalgia e história : Joaquim Nabuco e a reconfiguração do Romantismo no final do século XIX.(2020) Silva, Rodrigo Machado da; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Mollo, Helena Miranda; Araújo, Valdei Lopes de; Sousa, Francisco Gouvea de; Nicodemo, Thiago LimaA presente tese de doutorado como principal objetivo a investigação das possibilidades de reconfigurações da estética românticas nos ambientes políticos e sociais no Brasil na passagem do regime imperial para o republicano como resposta políticohistoriográfica para as transformações temporais daquele período. As múltiplas formas de ler e narrar o tempo, no último quartel do oitocentos, apontavam para o cenário de desordem, e a sua reorganização era matéria de disputa entre os intelectuais do período. A História apresentava-se como um dos instrumentos para a resolução de tal questão. O historiador via-se como um tradutor da temporalidade nacional, e a sua relação afetiva e subjetiva com o passado tonificava a missão de se narrar e reorganizar a História do Brasil. Dessa maneira, nossa pesquisa foca no estudo da obra Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910), e a partir de seus escritos compreender as formas que o repertório romântico fora mobilizado por uma camada da intelectualidade brasileira para o reestabelecimento da ordem política e temporal no momento imediato à proclamação da República.Item Reformar os costumes pela história : a historiografia de Francisco Lisboa no Jornal de Timon.(2017) Silva, Jussara Rodrigues da; Araújo, Valdei Lopes de; Araújo, Valdei Lopes de; Mollo, Helena Miranda; Abreu, Marcelo Santos deEsta tese tem como tema de estudo a publicação do Jornal de Timon (1852-1853; 1858) no Maranhão por Francisco Lisboa. Este se destacou no Brasil oitocentista como um dos principais nomes dos estudos históricos no país sendo indicado como membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e para a Academia de Ciências de Lisboa em virtude do seu Jornal. Debaixo do pseudônimo de Timon, Francisco Lisboa escreveu sob temas diversos, da história das eleições da Antiguidade aos tempos modernos passando para os partidos políticos e eleições no Maranhão e diferentes questões do passado colonial maranhense. Este trabalho, então, é orientado por duas perguntas principais: como Francisco Lisboa, sob o pseudônimo Timon, escreveu a história e, aliado a essa particularidade, como foi possível que ela fosse escrita daquela forma. Argumenta-se, em resposta, que o Jornal de Timon se caracterizou como uma escrita moral com o objetivo de reformar os costumes maranhenses por meio de lições fornecidas pela história. Para tanto, o Jornal reúne diferentes mecanismos de legitimação, temas, modos de publicação e um estilo particular que aproximam a prática historiográfica de Francisco Lisboa de uma historiografia ligada a demandas locais e ao mercado editorial e mais flexível quanto às normas de um modelo disciplinar. Assim, o Jornal de Timon pode ser entendido como uma história escrita para os maranhenses, o que significa que a sua compreensão deve ser feita mediante o contexto de publicação pós Balaiada e em meio aos debates em torno da criação de uma identidade maranhense pela ideia de ―Atenas Brasileira‖. No confronto e na junção desses diferentes elementos que o caracterizam, o Jornal de Timon pode ser tomado como exemplo da complexidade de formas pelas quais a história foi escrita no Brasil oitocentista.Item Ver o outro : mudanças e permanências na arte e na identidade em torno da Primeira República.(2022) Nunes, Paulo Monteiro; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Mendonça, Paulo Knauss de; Silva, Alexandre Palma da; Castro, Isis Pimentel de; Mollo, Helena MirandaA arte brasileira feita antes da Primeira República é muito diferente da produzida depois daquele período, especialmente em termos formais. Ao mesmo tempo, há elementos, como a presença do “outro”, que parecem invulneráveis às profundas mudanças observadas na sociedade e na arte no período. Esta tese tem a forma de um ensaio que busca, a partir da expansão da ideia de “autor”, refletir sobre este aparente paradoxo de mudanças e permanências e assim contribuir para a complexificação da compreensão da identidade nacional construída na arte do período.