Nanopartículas constituídas de poli(ε-caprolactona) e butirato de sódio revestidas por quitosana : desenvolvimento, caracterização e estudos de tolerância ocular.
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2021
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Resumo
No processo de angiogênese patológica, como nas doenças Degeneração Macular
Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia Diabética (RD), o corpo perde sua
capacidade de manter o equilíbrio dos mediadores angiogênicos, como por exemplo
o fator de crescimento endotelial (VEGF), que pode ocasionar no aumento da
permeabilidade vascular, comprometendo a integridade da retina, e gradualmente, a
visão. Nesse sentido, compostos capazes de inibir ou retardar o crescimento anômalo
de novos vasos sanguíneos é de grande interesse haja visto que não há muitas
opções terapêuticas disponíveis para inibir a angiogênese. Para este propósito, o
butirato de sódio (NaB), um ácido graxo de cadeira curta naturalmente produzido no
cólon humano, poderia se tornar uma nova alternativa terapêutica, uma vez que é ele
capaz de modular moléculas associadas a neovascularização. Entretanto, este
princípio ativo deve ser inserido em formulações para ser veiculado. Portanto, o
objetivo deste trabalho foi desenvolver nanopartículas contendo NaB feitas de poli(εcaprolactona) (PCL), um polímero biodegradável e biocompatível, e revestido por
quitosana (CS), um polissacarídeo capaz de modular a biodisponibilidade de
fármacos, destinadas ao tratamento da neovascularização em doenças que
acometem o segmento posterior do olho. As nanopartículas foram desenvolvidas por
meio do delineamento fatorial 23 com réplicas no ponto central; caracterizadas e
apresentaram diâmetro de 311 ± 3,10 nm, IPD de 0,208 ± 0,007, potencial zeta de
+56,3 ± 2,62 mV e eficiência de encapsulação de 92,37%. A tolerância ocular foi
avaliada por meio do teste da membrana corio-alantoide do embrião de galinha (teste
HET-CAM) e as nanopartículas mostraram-se bem toleradas frente a CAM. Estes
sistemas revestidos permitiram a viabilidade das células do epitélio pigmentar da
retina (ARPE-19), após 48 horas de exposição. Em conclusão, as nanopartículas
foram desenvolvidas, caracterizadas e mostraram-se bem toleradas frente à CAM e
as células oculares. Sugere-se que estes sistemas possam ser utilizados para inibir a
neovascularização em doenças como a DMRI e RD, as quais há um processo
angiogênico patológico, e se tornarem uma nova alternativa terapêutica.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Nanopartículas, Neovascularização, Retina, Quitosana, Butiratos
Citação
REIS, Júlia Stephania dos. Nanopartículas constituídas de poli(ε-caprolactona) e butirato de sódio revestidas por quitosana: desenvolvimento, caracterização e estudos de tolerância ocular. 2021. 71 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
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