A vulnerabilidade processual civil sob um enfoque interseccional : reflexos da pandemia da Covid-19.

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Data

2021

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As normativas processualistas, na tentativa de viabilizar o acesso ao judiciário, criou mecanismos de atenuação das vulnerabilidades processuais, tais como: a inversão do ônus da prova, a possibilidade de ingresso do pleito em juízo sem advogado, concessão de gratuidade judiciária e atendimento jurídico especializado via Defensoria Pública. Desvela-se como o problema central do ensaio, a análise de tais normativas sob um viés crítico, visando detectar se as mesmas são eficientes na promoção de acesso à justiça e de igualdade processual aos litigantes vulneráveis, especialmente na situação pandêmica vivida pelo Brasil, que decorreu no fechamento de diversas instituições em razão do necessário isolamento social como medida preventiva. Adota-se como marco teórico, os conceitos e ponderações acerca da vulnerabilidade processual desenvolvidas por Tartuce (2012). Apresenta-se como principal hipótese a insuficiência das normativas processualistas na tratativa das vulnerabilidades processuais. O objetivo principal desse ensaio consiste em analisar as normativas processualistas direcionadas aos litigantes vulneráveis, demonstrando a necessidade de revisitação de institutos tradicionais e a inclusão de um novo aparato normativo acerca do acesso ao judiciário e de igualdade entre os jurisdicionados. A metodologia adotada, segundo Gustin (2015, p. 25) pertence à vertente jurídico-crítica que pressupõe a construção de uma teoria crítica da realidade, buscando conceder uma perspectiva interseccional da vulnerabilidade processual. O caminho metodológico percorre a análise de dispositivos pertencentes ao CPC e a Lei n.o 9.099/95, direcionados a proteção dos litigantes vulneráveis, buscando-se ao final conceder uma visão crítica sobre estas.

Descrição

Palavras-chave

Acesso ao Judiciário, Interseccionalidade

Citação

GUZZO, F. C. R.; MACHADO, G. F.; MAPA, A. M. F. A. A vulnerabilidade processual civil sob um enfoque interseccional: reflexos da pandemia da Covid-19. Diké - Revista Jurídica, Ilhéus, n. 19, p. 177-197, 2021. Disponível em: <http://periodicos.uesc.br/index.php/dike/article/view/3301>. Acesso em: 06 jul. 2022.

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