Poder religioso e poder secular no embate pelo modelo civilizador musical em fins do século XVIII.

dc.contributor.authorLima, Edilson Vicente de
dc.date.accessioned2021-08-18T19:58:43Z
dc.date.available2021-08-18T19:58:43Z
dc.date.issued2017pt_BR
dc.description.abstractEste artigo discute a disputa entre o poder secular e o poder religioso na capitania de São Paulo colonial, no último quartel do século XVIII, pelo modelo musical a ser exercido na igreja da Sé por ocasião da chegada do quarto mestre de capela André da Silva Gomes. Aborda os modelos comunicativos em jogo e como a música, a partir de sua expressividade calcada no modelo retórico, incluindo as tópicas, poderia representar o poder divino (o estilo antigo, mais próximo a um modelo barroco) ou o poder secular ilustrado (o estilo moderno, mais afeito ao modelo musical rococó-clássico). “Civilizar” os paulistas passava também pelo controle do modelo comunicacional musical, ligado não só ao caráter (ethos) da obra, mais suscitado por uma gama de afetos (pathos) articulados a partir das possibilidades expressivas do texto religioso ou profano. Mais do que uma disputa estético-estilística, dominar as estratégias sensíveis era governar também as almas e os corações dos ouvintes e, desse modo, controlar um modelo de conduta social.pt_BR
dc.description.abstractenThis article discusses the dispute between secular power and religious power in the colonial captaincy of São Paulo in the last quarter of the 18th century by the musical model to be exercised in the church of Sé on the occasion of the arrival of the fourth chapel master André da Silva Gomes. It deals with the communicative models at play, and how music, from its “power” of expression shaped by the rhetorical model, including the topics, could represent either the divine power (the ancient style, closer to a baroque model) or the secular power of the enlightenment model (the modern style, more suited to the rococo-classical music model). “Civilizing” the Paulistas also went through the control of the musical communication model, linked not only to the character (ethos) of the work, but also raised by a nuance of affections (pathos) articulated from the expressive possibilities of the religious or profane text. More than an aesthetic-stylistic dispute, mastering sensitive strategies was also to govern the souls and hearts of the listeners, and thus to control a model of social conduct.pt_BR
dc.identifier.citationLIMA, E. V. de. Poder religioso e poder secular no embate pelo modelo civilizador musical em fins do século XVIII. Revista Brasileira de Música, Rio de Janeiro, v. 30, n. 1, p. 43-72, jan./jun. 2017. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/rbm/article/view/26307>. Acesso em: 24 maio 2021.pt_BR
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.47146/rbm.v30i1.26307pt_BR
dc.identifier.issn0103-7595
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/13532
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseOs trabalhos publicados pela Revista Brasileira de Música estão licenciados sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional. Fonte: Revista Brasileira de Música <https://revistas.ufrj.br/index.php/rbm/index>. Acesso em: 11 maio 2021.pt_BR
dc.subjectHistória da música brasileirapt_BR
dc.subjectMúsica do Brasil colonialpt_BR
dc.subjectRetórica musicalpt_BR
dc.subjectMusical stylept_BR
dc.subjectAestheticspt_BR
dc.titlePoder religioso e poder secular no embate pelo modelo civilizador musical em fins do século XVIII.pt_BR
dc.typeArtigo publicado em periodicopt_BR

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