Avaliação da atividade leishmanicida do extrato hidroalcoólico da própolis verde.
Data
2017
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
As leishmanioses, que tem protozoários parasitos do gênero Leishmania como agentes etiológicos, são doenças de grande importância em saúde pública no Brasil. Há uma gama muito restrita de fármacos para o tratamento da leishmaniose e, além disso, estes apresentam alta toxicidade, comprometendo a eficácia da terapia. Assim, a busca por outras alternativas terapêuticas se faz necessária. Neste contexto, a própolis representa uma potencial alternativa para auxiliar no tratamento da leishmaniose, uma vez que a sua atividade leishmanicida vem sendo avaliada e relatada na literatura. Este estudo tem como finalidade avaliar a atividade leishmanicida do extrato hidroalcoólico da própolis verde sobre Leishmania amazonensis, tanto in vitro, quanto in vivo. Para tanto, a atividade leishmanicida do extrato hidroalcoólico da própolis verde foi avaliada em cultura de formas promastigotas, de formas amastigotas axênicas e de macrófagos peritoneais murinos infectados, e em camundongos C57BL/6 infectados por L. amazonensis. Nos testes in vitro, observou-se que o extrato hidroalcoólico da própolis verde não foi tóxico para macrófagos peritoneais murinos nas concentrações testadas e foi capaz de inibir a proliferação de L. amazonensis a partir da concentração 62,5 μg/mL para formas promastigotas, 31,25 μg/mL para formas amastigotas axênicas e 250 μg/mL para formas amastigotas intracelulares. Para os ensaios in vivo, foram utilizados camundongos C57BL/6 divididos em quatro grupos: grupos tratados com o extrato hidroalcoólico da própolis verde na dose de 250 mg/kg/dia, por 2 e 8 semanas e os respectivos grupos controle. No tempo de 2 semanas, houve uma redução da carga parasitária no linfonodo poplíteo drenante, mas não houve redução da carga na pata infectada. No tempo de 8 semanas, houve aumento da carga parasitária no linfonodo poplíteo drenante, mas não houve alteração na pata infectada. Para ambos os tempos de tratamento, não houve influência significativa no tamanho da lesão na pata infectada. Conclui-se que o extrato hidroalcoólico da própolis verde possui efeitos inibitórios sobre L. amazonensis in vitro, de maneira concentração-dependente e, na infecção in vivo, este extrato possui efeito leishmanicida apenas nos estágios iniciais da infecção.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Própolis verde, Extrato hidroalcoólico, Leishmania amazonensis
Citação
CUNHA, Beatriz Carvalho. Avaliação da atividade leishmanicida do extrato hidroalcoólico da própolis verde. 2017. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.