Avaliação do esôfago e estômago como portas de entrada na infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi por via oral.

dc.contributor.advisorVieira, Paula Melo de Abreupt_BR
dc.contributor.advisorSoares, Rodrigo Dian de Oliveira Aguiarpt_BR
dc.contributor.authorFerraz, Aline Tonhela
dc.contributor.refereeVieira, Paula Melo de Abreupt_BR
dc.contributor.refereeSoares, Rodrigo Dian de Oliveira Aguiarpt_BR
dc.contributor.refereeMelo, Luísa Helena Perin dept_BR
dc.contributor.refereeLima, Wanderson Geraldo dept_BR
dc.date.accessioned2022-04-25T19:04:37Z
dc.date.available2022-04-25T19:04:37Z
dc.date.issued2022pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractA doença de Chagas é uma protozoonose endêmica na América Latina, cujo agente etiológico é o Trypanosoma cruzi. No Brasil após programa de controle do seu principal vetor domiciliar, o Triatoma infestans, o perfil epidemiológico se modificou, e após inúmeros surtos devido a infecção por ingestão de alimentos contaminados pela forma tripomastigota metacíclica, a infecção pela via oral se tornou a principal via de transmissão da doença no país. Nesse sentido, o trato gastrointestinal se tornou a principal via de entrada para o parasito, porém ainda não se sabe qual seria a porta de entrada do parasito frente a infecção pela via oral, sugere-se que seja o estômago, porém alterações foram observadas no esôfago deste estudo. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o esôfago e o estômago como possíveis portas de entrada na infecação por via oral com a cepa VL-10 do Trypanosoma cruzi em camundongos Swiss. Para isso, 130 camundongos foram distribuídos em três grupos experimentais: controle não infectado; infectado pela via intraperitoneal (VI) e infectado pela via oral (VO). Foram inoculadas nesses animais 1x105 formas tripomastigotas metacíclicas provenientes de culturas acelulares por gavagem incompleta (VO) ou por via intraperitoneal (VI). Foram realizadas eutanásias nos dias 14 e 21 após a infecção (DAI), onde foram coletados fragmentos do esôfago e do estômago, obtendo então curva de parasitemia e a taxa de sobrevida; a fenotipagem de células mononucleares (monócitos e linfócitos T CD8 + ) do sangue periférico por citometria de fluxo; o parasitismo tecidual pela técnica de PCR em tempo real; o processo inflamatório, por meio da coloração de Hematoxilina-Eosina; a quantificação de glicoproteínas por meio da coloração; e a dosagem das citocinas IL-10, IFNγ e TNF no estômago por CBA (Cytometric Bead Array). Em ambos os grupos o pico de parasitemia ocorreu no 17° DAI, a taxa de sobrevida no grupo VIP foi de 7,23%, já no grupo VO observou-se uma taxa de 23,40%, no 28° DAI. No que se diz respeito a resposta imune, observou-se aumento de monócitos em ambos os grupos no 14° e 21° DAI, já para os linfócitos T CD8+ foi observado que independente da via de inoculação houve um aumento no percentual dessas células no 21º DAI. Além disso observa-se um aumento no 21° DAI quando comparado ao 14° DAI no grupo VI. O parasitismo no estômago foi maior no 14° DAI do grupo VI quando comparado ao 14° DAI do grupo VO; já no esôfago foi observado maior carga parasitaria no grupo VO no 21° DAI quando comparado com o grupo VI. Em relação ao processo inflamatório no esôfago foi observado aumento em todos os grupos quando comparados ao grupo controle; já no estômago foi observado maior processo inflamatório no grupo VI quando comparado ao VO no 14 DAI, além disso observou-se aumento do processo inflamatório no grupo VO a partir do 14 DAI quando comparado ao 21 DAI. No que se diz respeito a quantificação de glicoproteínas foi observado queda de produção em todos os grupos com o dercorrer da infecção, sendo maior no 21 DAI. Em relação as dosagens de citocinas no estômago, não foi observada produção de IL-10 em nenhum dos grupos infectados, em realação a TNF foi observado aumento no grupo VI, não sendo observado este aumento no grupo VO, foi observado aumento da produção de IFN-γ no 14 DAI do grupo VI e no 21 DAI do grupo VO quando comparado aos animais não infectados. Diante disso, esses dados sugerem que o esôfago é a porta de entrada na infecção por via oral da doença de Chagas para o parasito nesse modelo de infecção experimental, dado as alterações no perfil parasitológico, patológico e de resposta imune em comparação com a via intraperitoneal. Além disso, este estudo revelou que a via de infecção oral resulta na alteração da produção de glicoproteínas no estômago, o que pode gerar alterações funcionais no órgão.pt_BR
dc.description.abstractenChagas disease is an endemic protozoonosis in Latin America, whose etiological agent is Trypanosoma cruzi. In Brazil, after the control program of its main domestic vector, the Triatoma infestans, the epidemiological profile has changed, and after numerous outbreaks due to infection by ingestion of food contaminated by the metacyclic trypomastigote form, oral infection has become the main route of disease transmission in the country. In this sense, the gastrointestinal tract has become the main entry route for the parasite, but it is still not known what would be the parasite's entry gate when infected by the oral route, it is suggested that it is the stomach, but changes were observed in the esophagus in this study. Thus, the objective of this study was to evaluate the esophagus and the stomach as possible entry points for oral infection with the VL-10 strain of Trypanosoma cruzi in Swiss mice. For this purpose, 130 mice were distributed in three experimental groups: non-infected control, intraperitoneally infected (IV) and orally infected (VO). These animals were inoculated with 1x105 metacyclic trypomastigotes from acellular cultures by incomplete gavage (VO) or intraperitoneal (VI) gavage. Euthanasia were performed on days 14 and 21 after infection (DAI), where fragments of the esophagus and stomach were collected to obtain the parasitemia curve and survival rate; the phenotyping of peripheral blood mononuclear cells (monocytes and CD8+ T lymphocytes) by flow cytometry; the tissue parasitism by real-time PCR technique; the inflammatory process, by Hematoxylin-Eosin staining; the quantification of glycoproteins by staining; and the dosage of cytokines IL-10, IFN-γ, and TNF in the stomach by CBA (Cytometric Bead Array). In both groups the peak of parasitemia occurred on the 17th day of infection, the survival rate in the VIP group was 7.23%, while in the VO group the rate was 23.40% on the 28th day of infection. Regarding the immune response, an increase of monocytes was observed in both groups on the 14th and 21st day of inoculation, while for the CD8+ T lymphocytes it was observed that regardless of the route of inoculation there was an increase in the percentage of these cells on the 21st day of inoculation. In addition, an increase was observed on the 21st day of inoculation when compared to the 14th day of inoculation in group VI. The parasitism in the stomach was higher on the 14th day of inoculation in the VI group when compared to the VO group on the 14th day of inoculation; in the esophagus a higher parasite load was observed in the VO group on the 21st day of inoculation when compared to the VI group. Regarding the inflammatory process in the esophagus, an increase was observed in all groups when compared to the control group; in the stomach, a greater inflammatory process was observed in the VI group when compared to the VO group on the 14 DAI. Regarding the quantification of glycoproteins, a decrease in production was observed in all groups with the course of infection, being higher on the 21 DAI. Regarding the dosage of cytokines in the stomach, no production of IL-10 was observed in any of the infected groups, an increase in TNF was observed in the VI group, and no such increase was observed in the VO group. An increase in the production of IFN-γ was observed on the 14 DAI of the VI group and on the 21 DAI of the VO group when compared to the non-infected animals. Given this, these data suggest that the esophagus is the gateway in oral Chagas disease infection for the parasite in this experimental infection model, given the changes in the parasitological, pathological and immune response profile compared to the intraperitoneal route. Furthermore, this study revealed that the oral infection route results in altered glycoprotein production in the stomach, which may generate functional alterations in the organ.pt_BR
dc.identifier.citationFERRAZ, Aline Tonhela. Avaliação do esôfago e estômago como portas de entrada na infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi por via oral. 2022. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14877
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 22/04/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/*
dc.subjectDoença de Chagaspt_BR
dc.subjectInfecção por via oralpt_BR
dc.subjectTrypanosoma cruzipt_BR
dc.titleAvaliação do esôfago e estômago como portas de entrada na infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi por via oral.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR

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