Antropometria e insegurança alimentar de adolescentes, inscritos e não inscritos no Programa Bolsa Família, no sudeste brasileiro.

Resumo
A segurança alimentar e nutricional engloba um conjunto de constituintes que influenciam diretamente na promoção da saúde, assim como o estado nutricional da população. Em se tratando de crianças e adolescentes, o estado nutricional permite a representação da condição de vida de uma população e indica sua perspectiva de vida e saúde na vida adulta. Objetivo: identificar prevalências e determinantes do estado nutricional antropométrico de adolescentes e insegurança alimentar de suas famílias. Métodos: estudo transversal realizado com 245 adolescentes (11 a 17 anos) da cidade de Itinga, Vale do Jequitinhonha-MG, em 2016. O estado nutricional foi determinado pelo índice de massa corporal para idade e estatura para idade. Os dados socioeconômicos e os de situação de insegurança alimentar foram obtidos por meio de questionário e da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, respectivamente. Resultados: 4,5% dos adolescentes apresentaram baixa estatura para a idade, 15,1% excesso de peso e a insegurança alimentar esteve presente em 76,3% das famílias. A baixa estatura foi associada à anemia (OR=11,4); e excesso de peso com a não escolaridade da mãe (OR=3,11). Baixa renda familiar (OR=2,64), a origem da água recebida no domicílio (OR=5,48) e a participação no Programa Bolsa Família (OR=2,62) influenciaram significativamente a insegurança alimentar. Conclusão: confirmou-se a tendência de mudança no perfil nutricional, mostrando uma convivência de excesso de peso (15,1%) e desnutrição (4,5%). Tal fato gera uma mudança substancial no planejamento e direcionamento de várias ações que impactam no campo da saúde, alimentação e nutrição.
Descrição
Palavras-chave
Estado nutricional
Citação
PIMENTA, F. M. V. et al. Antropometria e insegurança alimentar de adolescentes, inscritos e não inscritos no Programa Bolsa Família, no sudeste brasileiro. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 10, p. 77160-77183, out. 2020. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/18074>. Acesso em: 11 out. 2022.