DEEDU - Departamento de Educação

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Resultados da Pesquisa

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    Práticas educativas e estratégias de escolarização de mães professoras nos processos de alfabetização dos filhos.
    (2023) Azevedo, Adriana Bárbara dos Santos; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Lacerda, Wania Maria Guimarães
    Esta pesquisa teve como objetivo investigar as práticas educativas e estratégias de escolarização desenvolvidas por mães professoras no processo de alfabetização dos filhos(as). As questões norteadoras do trabalho foram: Mães professoras que atuam na alfabetização e que tem filhos nesta etapa, favorecem/potencializam a escolarização e, especificamente, os processos de alfabetização da prole? Quais seriam as práticas educativas, estratégias de escolarização e modos de acompanhamento escolar desenvolvidos pelas mães professoras que impactariam os processos escolares de seus filhos(as)? A coleta dos dados foi baseada em um estudo qualitativo. Para encontrar e definir as participantes, a amostragem foi delineada pela técnica “bola de neve”, diante de critérios pré-definidos do trabalho. Após a definição, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 mães professoras da rede pública de educação básica do município de Ouro Preto (MG), que tinham filhos matriculados em escolas públicas, na última fase da Educação Infantil e/ou nos Anos iniciais do Ensino Fundamental. As entrevistas foram analisadas de forma interpretativa, identificando, nos relatos das mães professoras, discursos que fossem associados a um efeito mãe professora na alfabetização dos filhos(as). Pelas entrevistas foi possível compreender os modos como as entrevistadas desenvolviam as práticas educativas e estratégias de escolarização, no bojo dos processos de alfabetização de seus filhos(as). Constatou-se que as práticas educativas e estratégias de escolarização favoreciam a alfabetização dos filhos(as). A título de exemplo, as atividades citadas foram acompanhamento sistemático das tarefas escolares, transmissão de valores consonantes com o mundo escolar, práticas intensas de leitura e escrita, leitura em voz alta, sarau de poesia, “contar o que leu”, escrita de listas, bilhetes e cartas, escolha ativa da escola pública, contato próximo com os professores dos filhos(as), uso de métodos e recursos de alfabetização no apoio escolar etc. E mesmo aquelas mães professoras que relataram que não tinham tempo para apoiar sistematicamente o filho(a) no âmbito familiar, devido à extensa carga horária de trabalho, desenvolviam práticas e estratégias para superar as possíveis lacunas no acompanhamento das tarefas escolares. A condição híbrida de mãe professora foi observada como facilitadora para essas mães diagnosticarem as dificuldades dos filhos(as), assim como compreenderem os métodos de ensino da escola, conhecimentos os quais revertiam em favorecimento para a escolarização dos filhos(as). Com nossos resultados, esperamos que essa pesquisa contribua com debates acerca do processo de escolarização e reflexões em relação à família e à escola no âmbito das mães professoras e a alfabetização dos filhos(as), contribuindo para ampliar os estudos sociológicos sobre as práticas educativas e estratégias de escolarização nos diferentes grupos sociais. Ademais, almejamos que essas ações relatadas por estas mães professoras possam ser compartilhadas com outros sujeitos, possibilitando uma ressignificação das práticas e atuações, e permitindo a pessoas no mesmo eixo temático refletir sobre a importância do seu papel na escolarização.
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    Autoridade docente e gênero : estudo das percepções de autoridade de professoras em início de carreira.
    (2021) Bruno, Mariana Corradi; Silva, Luciano Campos da; Silva, Luciano Campos da; Torres, Marco Antônio; Carvalho, Marilia Pinto de
    A questão sobre a autoridade docente tem sido bastante discutida tanto ao meio científico, quanto aos meios midiáticos. O tema principal que trava este debate é a constante desautorização dos alunos perante a figura docente. Assim, a autoridade docente tem passado por uma espécie de crise, fazendo com que professores se sintam cada vez mais dificuldade em exercer a autoridade docente. Diante disto, diversas explicações para esta crise têm sido intensificadas. Em que pesem os múltiplos fatores associados a esses fenômenos, especialmente no contexto internacional, uma das formas apontadas pelas mídias, governantes e mesmo pesquisadores para superar essa crise e consequentemente reestabelecer a autoridade dos professores, tem sido a reivindicação de ‘’mais homens no corpo docente’’. Assim, a questão do exercício da autoridade pelas professoras torna-se uma questão importante a ser investigada. Portanto, esta pesquisa tem como objetivo analisar as percepções de autoridade de professoras iniciantes que atuam em escolas públicas do ensino médio e suas relações com o gênero. Para a realização da pesquisa nos apoiamos na abordagem qualitativa do objeto de estudo e entrevistamos sete professoras que atuam no ensino médio em escolas do setor público de Minas Gerais e que estão em início de carreira. A análise dos dados indica que a autoridade foi percebida pelas docentes como o grande desafio no início da carreira e relacionam parte destas dificuldades a diferença do exercício da autoridade docente entre professores e professoras. Diante, disto as docentes iniciante percebem ter menos autoridade docente do que os professores homens. As docentes também apresentam que a autoridade docente é construída com o ganho de experiências, entretanto ainda sim seria mais difícil para as professoras, pois entendem que a autoridade do homem já se encontra pré-disposta, ao contrário das docentes, que se utilizam de estratégias para conquistar a autoridade docente. Em suma, acreditamos esta dissertação tenha contribuído com o alargamento da discussão sobre autoridade e gênero, pois pesquisas sobre o tema se encontram bastante tímidas em contexto nacional. Esperamos também que o presente trabalho tenha avolumado outras discussões que estão para além do campo da educação.
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    Professoras transexuais e travestis no contexto escolar : entre estabelecidos e outsiders.
    (2014) Torres, Marco Antônio; Prado, Marco Aurélio Maximo
    Neste artigo debatemos questões envolvidas na emergência de professoras transexuais femininas ou travestis na escola. Utilizamos a noção de outsiders e de heteronormatividade para analisar como essas professoras permanecem na função docente. Consideramos que a emergência dessas professoras está relacionada a novos posicionamentos referentes às noções de gênero nas políticas de direitos humanos, especificamente pelas lutas do movimento social. Por fim, afirmamos que a emergência dessas professoras não pode ser compreendida como suspensão da heteronormatividade, mas como o aparecimento de novas questões para se analisar no ambiente escolar.
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    A mulher professora e seus tropeços diante da diferença.
    (Programa de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Ferraz, Cláudia Itaborahy; Diniz, Margareth
    A dissertação percorre os caminhos por meio dos quais pensamos a mulher professora e suas queixas diante da diferença do outro e o mal-estar que carrega em seus corpos do(c)entes. Reflete-se sobre o gênero feminino, pensando o contexto rural em que estão inseridas, o ser mãe-mulher-professora e a posição que assumem diante da feminilidade. Questiona-se a formação docente que desconsidera as subjetividades dentro da escola e interroga-se de que maneira a diferença de ser uma mulher pode não ser um problema e sim um dispositivo que favorece o encontro entre a professora, sua diferença e a diferença do outro. Interroga-se, ainda, a possibilidade de um deslocamento da impotência de educar para a impossibilidade de educar, pensando nesse corpo chamado educação e percebe-se que tal deslocamento não se faz alienado do processo de ser mulher. Além disso, aponta-se a feminilidade como saída para que as mulheres professoras possam amenizar o mal-estar que experimentam no cotidiano escolar; A feminilidade como espaço a ser potencializado com espaço da diferença, da alteridade. Um buraco capaz de provocar deslocamentos nas professoras no sentido da arte, a política, das reticências.