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Resultados da Pesquisa

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    A política de avaliação da pós-graduação : uma análise da implementação a partir das percepções, práticas e estratégias dos implementadores na UFOP.
    (2020) Rossi, Daiana Mendes de Oliveira; Oliveira, Breynner Ricardo de; Oliveira, Breynner Ricardo de; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Hostins, Regina Celia Linhares
    Essa pesquisa analisa a implementação da política de avaliação da pós-graduação brasileira sob a percepção dos agentes implementadores, neste contexto, representados pelos docentes que coordenam e lecionam nos Programas de Pós-Graduação (PPG) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Com o emprego de uma metodologia de cunho qualitativo, são utilizadas como técnicas de pesquisa o levantamento documental, além de entrevistas com os cinco coordenadores e sete dos docentes inseridos, respectivamente, há mais e menos tempo nos programas, com o objetivo de captar as percepções e estratégias dos sujeitos envolvidos em diferentes momentos de suas carreiras docentes. Busca-se entender como essa política de avaliação dos programas é compreendida por esses atores e que estratégias ou práticas de atuação têm surgido no contexto de implementação. O estudo parte do referencial teórico da implementação de políticas educacionais, sendo as principais contribuições feitas por Michael Lipsky (2010), Stephen Ball (2010, 2011, 2016) e colaboradores que trabalharam junto a esse último autor, além de estudos que surgiram a partir da contribuição de todos esses trabalhos. A hipótese de pesquisa parte do consenso entre vários desses autores de que as políticas públicas quase nunca chegam ao seu destino com as mesmas características ou finalidades às quais foram desenhadas. Os resultados demonstram que a indução proveniente da política de avaliação da pós-graduação tem modificado a forma de pensar e agir dos implementadores, que passam a vincular a noção de produtividade exclusivamente à produção intelectual, adotando meios para alcançar a índices de resultados cada vez melhores. Surge a partir daí uma tendência de que atribuições igualmente importantes como a docência, o desenvolvimento de atividades de extensão, a atuação em cargos administrativos de fundamental importância para a pós-graduação – bem como para toda a universidade – como a coordenação do programa, por exemplo, não serem reconhecidas como atividades produtivas, pelo fato de não receberem tanta visibilidade pelo formato de avaliação. Isso origina uma cadeia indutora que faz com que surjam pressões tanto do sistema avaliativo em direção aos docentes, quanto entre os próprios implementadores, que passam a monitorar a si mesmos, empregando, inclusive, juízo de valor sobre os colegas que apresentarem baixos índices de produção intelectual. Por fim, o formato avaliativo induz os implementadores dessa política a adotarem estratégias de adaptação às exigências, tais como dividir tarefas visando ao aumento do número de artigos produzidos, publicação buscar realizar publicações conjuntas com o orientando, descentralizar atividades de acompanahamento discente e docente, dentre outras.