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    Intelectuais negras insurgentes : o protagonismo de Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva e Nilma Lino Gomes.
    (2018) Santos, Luana Diana dos; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Botelho, Denise Maria; Santos, Erisvaldo Pereira dos
    Este trabalho buscou identificar o protagonismo das pensadoras negras Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva e Nilma Lino Gomes no processo de elaboração e implementação de políticas de Ação Afirmativa no Brasil a partir do início do segundo milênio. Nosso percurso metodológico deu-se por meio da identificação e análise de parte da produção teórica de ambas, a quem nomeamos de intelectuais insurgentes, tomando como referência o conceito defendido pela intelectual afro-americana Bell Hooks. Buscamos compreender de que modo as “pedagogias revolucionárias de resistência” (HOOKS, 2013) identificadas nas práticas adotadas por Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva e Nilma Lino Gomes nos movimentos sociais, na Academia e nos espaços de poder impactaram no debate em torno da persistência do racismo no Brasil, como também nas mudanças ocorridas na legislação educacional nas últimas duas décadas. Buscamos ainda empreender um estudo acerca da relevância das produções teóricas elaboradas por mulheres negras que, em um movimento bastante recente, têm ingressado nas universidades na condição de professoras e pesquisadoras, assumindo o compromisso de colaborar para a afirmação do campo da Educação das Relações Étnico- Raciais e também para a promoção da justiça racial. Ao indagarmos a centralidade das intelectuais negras no processo de emancipação dos sujeitos afro-brasileiros, tomamos de empréstimo sobremaneira as contribuições teóricas da já referida Bell Hooks, da acadêmica Claudia Miranda e também do geógrafo baiano Milton Santos. A partir de suas contribuições, indagamos as lutas e enfrentamentos tecidos por essas mulheres para o estabelecimento de um pensamento feminino negro.
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    Ações afirmativas : a implementação de reserva de vagas no contexto da Universidade Federal de Ouro Preto.
    (2018) Ribeiro, Sílvia Nahas; Fonseca, Marcus Vinícius; Fonseca, Marcus Vinícius; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Silva, Natalino Neves da
    O presente trabalho se propôs a investigar a implementação da política de ações afirmativas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Nas reflexões realizadas, procurou-se compreender como a UFOP vem desenvolvendo sua política de ações afirmativas, bem como as discussões étnico-raciais se configuram nesse cenário. Com uma abordagem qualitativa e por meio de um estudo de caso, foi realizada uma pesquisa documental envolvendo o estudo de diferentes tipos de documentos da instituição, além da realização de entrevistas com alunos cotistas da UFOP e com o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFOP. O arcabouço teórico deste estudo é constituído essencialmente por autores que discutem a expansão e a democratização do Ensino Superior, as Ações Afirmativas e as relações étnico-raciais, tais como Santos (2003, 2004, 2008), Munanga (1999, 2000, 2003, 2004, 2006), Gomes (2003, 2005, 2009, 2011, 2012a, 2012b), entre outros. No mapeamento documental, foram analisadas as evidências de como o processo de implementação de ações afirmativas da UFOP foi acompanhado de intensa pressão e resistência, sobretudo em relação ao recorte racial, que só foi efetivado por força de lei federal. Através da metodologia de análise de conteúdo, as entrevistas realizadas com os cotistas da UFOP permitiram discutir-se determinadas vivências, posicionamentos e inquietações da amostra. Assim, evidenciou-se que há, entre os cotistas entrevistados, diversidade no posicionamento quanto às cotas, bem como diferentes anseios e percepções frente às políticas de permanência estudantil e inserção no ambiente universitário, e constatou-se, também, a existência de dessemelhança nos desafios percebidos pelos cotistas raciais e cotistas sociais. A despeito de algumas iniciativas pontuais registradas nessa pesquisa, como o NEABI/UFOP, foi possível afirmar que as questões étnico-raciais não ocupam, de fato, espaço de discussão na instituição foco desse estudo e que essa não desenvolve plenamente uma política específica para atendimento aos ingressantes pelo recorte étnico-racial.
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    Educação, reconhecimento e redistribuição : por uma análise das políticas de ação afirmativa no ensino superior brasileiro à luz da teoria da justiça de Nancy Fraser.
    (2016) Guimarães, Matheus de Oliveira; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Gripp, Glícia Salviano; Valentim, Silvani dos Santos; Cury, Carlos Roberto Jamil
    Propõe-se, por meio deste trabalho, a discussão do conceito de justiça social nomeado pela filósofa política norte-americana Nancy Fraser – através do qual a mesma interpreta o cenário social hodierno a partir do binômio redistribuição-reconhecimento. Adota-se, para a realização do estudo, um enfoque amplo e interdisciplinar, partindo-se da análise de fontes primárias e secundárias. As modalidades de pesquisa seguidas são a bibliográfica e a documental. São expostos no texto argumentos teóricos que, entende-se, podem ser de interessante valia para a análise, interpretação e avaliação das políticas educacionais brasileiras diretamente ligadas à temática das políticas de ação afirmativa. Objetivando-se a construção de um arcabouço conceitual que situe as políticas de ação afirmativa no Brasil dentro do pensamento fraseano, relacionam-se as proposições de Nancy Fraser sobre justiça social às ações afirmativas voltadas para a educação superior implementadas a partir da década de 1990, demonstrando-se os principais argumentos da referida autora – para a qual apenas a partir da integração entre reconhecimento e redistribuição se alcançaria um quadro conceitual adequado às demandas de nossa era; requerendo, pois, a justiça, nos dias de hoje, tanto a redistribuição de bens e riquezas sociais, quanto o reconhecimento cultural-valorativo das diferenças. Por fim, estabelece-se a relação teórica entre as ações afirmativas que vêm sendo implementadas no contexto educacional brasileiro e a teoria fraseana, apontando-se para o fato de que o cenário atual dessas políticas no país apresenta avanços significativos – inobstante haja, ainda, questões a serem problematizadas (como aquelas relativas à aplicação da lei 12.711/2012 no contexto prático, bem como outras diretamente relacionadas à justa inclusão do público específico ao qual essas ações se destinam).