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    As políticas de tecnologias móveis na educação : técnicas de governamento dos outros e de si.
    (2017) Evangelista, Rui Mauricio Fonseca; Mendes, Cláudio Lúcio; Mendes, Cláudio Lúcio; Oliveira, Breynner Ricardo de; Ferrari, Fernanda Barbosa
    Os dispositivos móveis estão presentes nas mais diversas atividades cotidianas, profissionais e de lazer. Diante desse e de outros fatores, muitos autores consideram que a denominação da atual fase pode variar entre cibercultura, sociedade em rede ou período técnico científico informacional. Independente da escolha, o crescente acesso a aparelhos como smartphones e tablets tem modificado a conduta com os outros e consigo. As consequências dessa mudança de comportamento afetam alunos e professores nas escolas e fora delas. Esta dissertação analisa os objetivos, a questão da formação dos professores e as fontes de financiamento em documentos do Governo Federal, a partir de 2008 até 2015 e nas recomendações oferecidas pela UNESCO, de 2012 a 2014 sobre aprendizagem móvel. Para a tarefa teórica e metodológica, foi utilizado o conceito de governamentalidade de Foucault e dos ciclos de políticas proposto por Stephen Ball. Os estudos sobre neoliberalismo de ambos contribuíram para a presente pesquisa e a organização foi inspirada na análise de conteúdo proposta por Bardin. O programa brasileiro teve inspiração em um programa internacional denominado OLPC que visava a distribuir aparelhos, para alunos da educação básica, semelhantes a pequenos computadores por um custo de 100 dólares. As possibilidades oferecidas por tais aparelhos exigiram todo um esforço por parte dos mais diversos ministérios e órgãos federais (Educação, Comunicação, BNDES), governos estaduais e suas secretarias e também dos governos municipais e secretarias de educação, Universidades, Institutos de Ensino Superior, escolas estaduais e municipais entre outras instituições privadas e do terceiro setor. Os recursos para a manutenção dos programas não são garantidos. A proposta envolve uma reformulação na conduta do professor, dos alunos, dos gestores e do próprio Estado. Os investimentos em equipamentos podem ser minoritários frente às necessidades de investimentos em recursos humanos e infraestrutura. Em trabalhos da UNESCO, considerando a evolução dos celulares, já se observa a estratégia na qual os alunos e professores seriam responsáveis pela aquisição e manutenção dos seus próprios equipamentos, além disso, nota-se a possibilidade de expansão de mercados no setor educacional não só com equipamentos, mas também com conteúdos e cursos de capacitação. Alinhado com o discurso neoliberal, em muitos casos as tecnologias móveis são apontadas como solução para suprir a insuficiência de investimentos na escola e na formação dos professores.
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    Relação escola e família : uma construção sócio-histórica.
    (2012) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Carvalho, Rosana Areal de; Almeida, João Paulo Pereira de
    Família e escola são instituições fundamentais no processo de socialização das crianças e dos jovens, porém, situações de diálogos entre essas instituições são pontuais. Como todas as instituições, ambas são agentes ativos e também fruto da interação social, sofrendo influências diretas da política, da cultura e do processo histórico. Este estudo tem como principal meta fazer uma reflexão a respeito da construção da relação entre família e escola a partir do estudo de caso de uma escola pública no interior de Minas Gerais entre os anos 60 e 90. Em um esforço de aproximação dos olhares sociológico e histórico sobre o tema partiu-se de um problema contemporâneo, vivenciado pelas escolas e famílias no Brasil, e buscou-se indícios nos documentos e na historiografia da educação elementos para a compreensão da construção dessa complexa relação.