DEEDU - Departamento de Educação
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Resultados da Pesquisa
Item Os estudos e a vida durante a pandemia de COVID-19 : vivências de jovens do ensino médio de uma escola pública de Mariana - MG.(2023) Pereira, Rodrigo Cesar Oliveira; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Silva, Luciano Campos da; Lacerda, Wania Maria GuimarãesEm meados de março de 2020 o mundo foi assolado pela pandemia de COVID-19 e o Brasil passou a dividir com outros países a dor das primeiras mortes causadas pelo novo Coronavírus. O contágio rápido e perigosamente exponencial fez com que, mesmo perante a inércia do poder Executivo, medidas de cuidados e prevenção fossem indicadas e aplicadas. Uma dessas medidas foi a suspensão das aulas presenciais em todos os segmentos educacionais, ação que resultou em grandes transformações socioeducacionais nas realidades vividas por jovens estudantes em todo o país. Esta pesquisa teve como objetivo geral investigar os principais desafios sociais e educacionais impostos aos jovens estudantes do Ensino Médio de uma escola pública de Mariana, em Minas Gerais, durante o ensino remoto emergencial, em consequência da pandemia de Coronavírus. A investigação teve viés qualitativo e além da pesquisa bibliográfica foram aplicados questionários a 67 jovens estudantes do 3o ano do Ensino Médio da escola selecionada nos seus três turnos de funcionamento. A partir dos questionários foram selecionados cinco jovens para a participação de um grupo focal. As análises foram orientadas pelas seguintes categorias: condições de acesso à internet, experiências adquiridas através do ensino remoto e relações familiares e com amigos. Os resultados demonstram que: O isolamento social provocado pela pandemia trouxe novos condicionantes das desigualdades sociais; mesmo frequentando a mesma escola pública estadual, os estudantes participantes da pesquisa apresentaram diferenças de acesso aos conteúdos, revelando clivagens sociais dentro de um mesmo espaço escolar; a estratégia de ensino remoto utilizada pelo Estado de Minas Gerais surtiu pouco ou nenhum efeito entre os estudantes participantes da pesquisa, que reconheceram a precariedade no processo de aprendizagem; os prejuízos observados na vida dos jovens estendeu-se para além das defasagens educacionais, apresentando reflexos nas vivências socioafetivas, em distúrbios emocionais e dificuldades de reintegração social. Concluímos que estes devem ser elementos a serem considerados como pontos de atenção e que exigem o estabelecimento de um esforço conjunto de políticas de Estado associadas ao apoio familiar.Item Vozes ativas : socialização, vivências e resistência de estudantes negros do Ensino Médio em uma escola de Belo Horizonte - MG.(2022) Silva, Charles Luiz da; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Santos, Adilson Pereira dos; Silva, Natalino Neves da; Tosta, Sandra de Fátima PereiraA Lei n. 10639/03 que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro- brasileira no ambiente escolar, enfrentou muitos obstáculos até sua consolidação e a pressão do Movimento Negro foi crucial para sua aprovação. Porém, até os dias atuais a aplicação da Lei nas escolas ainda não se universalizou. O objetivo principal desta pesquisa foi compreender como estudantes negros do Ensino Médio de uma escola estadual de Belo Horizonte reconhecem e vivenciam os saberes invocados pela Lei n. 10.639/03 no ambiente escolar. A investigação teve caráter qualitativo e utilizou-se da pesquisa bibliográfica, da análise documental e da entrevista semi diretiva com quatro jovens negros concluintes do Ensino Médio de uma escola estadual de Venda Nova, uma sub-região de Belo Horizonte, MG. A discussão trazida na investigação abordou inicialmente a trajetória do Movimento Negro e seu envolvimento com a educação enxergando nesse campo uma grande possibilidade de emancipação da população negra desde o pós escravidão no século XX até a aprovação das leis de ações afirmativas de discriminação positiva, em especial a Lei n. 10.639/03. Para tal discussão foram cruciais autores como Gomes (2017) e Domingues (2009) dentre outros. Também foi realizada uma reflexão sobre juventudes, com ênfase nas lógicas socializadoras das camadas populares e na juventude negra, trazendo dados sobre o processo de exclusão dessa população no Ensino Médio. Para isso, autores como Dayrell (2007) e Thin (2010) foram muito importantes, entre outros. Com a análise da literatura, das leis, das entrevistas e do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola estudada buscamos relacionar as respostas dos estudantes sobre as relações étnico-raciais e suas experiências na escola. Os resultados nos mostram que: A abordagem das relações étnico-raciais na escola não reflete um ambiente democrático em sua acepção ampla e cotidiana; é necessário o fomento de uma “cultura escolar para as relações étnico-raciais”. Outro ponto encontrado em nossa pesquisa foi a apropriação heterodoxa de espaços que a escola cedia para os alunos, culminando em manifestações relativas às questões étnico-raciais de maneira mais próxima ao que os alunos julgavam ser uma abordagem apropriada ao tema e ao que preconiza a Lei n. 10.639/03. Por fim, vale ressaltar que fica notória a necessidade de uma maior abertura da escola com relação aos anseios dos jovens, proporcionando canais de uma escuta ativa para possíveis proposições de intervenção.Item Juventude e transição para o ensino médio : desafios e projetos de futuro.(2021) Lebourg, Elodia Honse; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Silva, Luciano Campos daPara contribuir para o debate sobre a chegada dos jovens ao ensino médio, esta pesquisa analisou um grupo de estudantes de um distrito que, após a conclusão do ensino fundamental na escola local, passou a estudar na sede do município. Para compreender como percebiam seus processos de transição para o ensino médio, a pesquisa de campo foi realizada com base em entrevistas reflexivas com oito jovens e o material gerado foi analisado por meio de perfis de configuração com informações organizadas individualmente. Constatou-se que a transição para o ensino médio, especialmente para jovens do interior, é um momento no qual se amplia a rede de sociabilidade e surgem complexos desafios. Espera-se que os resultados da pesquisa contribuam para as discussões sobre os sentidos do ensino médio para jovens das camadas populares, sobretudo associados ao que planejam para o futuro.Item Ficar ou partir? : a escolha do estabelecimento escolar e os projetos de futuro de jovens do ensino médio que moram em pequenos distritos do interior.(2020) Souza, Robson de; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Lacerda, Wania Maria Guimarães; Nogueira, Marlice de Oliveira eNa transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, muitos jovens vivenciam também a mudança de escola ou de espaço, modificando a estrutura de relações estabelecidas, distanciando de seus próximos e se aproximando de outros jovens, de outras espacialidades. Ocorre uma alteração significativa na vida deles, pois, residentes em pequenos distritos, são levados a migrar ou se deslocar cotidianamente de seu lugar de origem para continuar os estudos nas sedes dos municípios. O objetivo geral desta dissertação foi analisar os fatores que levam os jovens a permanecerem estudando na escola de Ensino Médio presente no distrito ou se deslocarem para estudar num Instituto Federal, localizado na sede do município. Como objetivos específicos, a proposta foi investigar qual a importância atribuída à escola e à educação escolar na construção dos projetos de futuro, e verificar as lógicas socializadoras e estratégias de escolarização familiares presentes na escolha da escola. Seguindo a abordagem qualitativa, a pesquisa foi desenvolvida por meio da aplicação de questionário e entrevista semiestruturada com jovens do Ensino Médio moradores do distrito de Santo Antônio do Salto. Foram aplicados 29 questionários, o que nos possibilitou promover uma caracterização dos jovens e suas famílias, dividindo-os em dois grupos: os que estudam no segundo endereço da Escola Estadual José Leandro, localizada no distrito e os que estudam no Instituto Federal de Minas campus Ouro Preto, localizado na sede do município. A partir dos dados dos questionários, foram escolhidos seis jovens para a realização das entrevistas. Construímos os perfis dos jovens entrevistados destacando as práticas educativas familiares, a socialização, a escolha da escola do Ensino Médio e os projetos de futuro. Verificamos que os fatores de permanência ou de deslocamento perpassam diferentes situações da vida dos jovens, estando presentes na socialização, na educação escolar e no uso das mídias proporcionadas pela globalização; e que as práticas educativas familiares e as redes de sociabilidade são importantes para a compreensão da escolha desses jovens. A pesquisa nos mostrou a inexistência de diferenças entre os projetos de futuro nos grupos pesquisados, ou seja, os projetos não são mais definidos em uma escola do que em outra. Nos dois grupos percebemos planos para continuar estudando e as carreiras escolhidas também não são diferentes. Todos os alunos da pesquisa consideram o Instituto Federal melhor que a escola do distrito, e ressaltaram a influência dos pais na vida escolar. O deslocamento entre a sede e o distrito está intrínseco ao ato de escolha da escola, o que promove o contato com outro espaço e consequentemente outras relações sociais. O Instituto Federal está no imaginário dos jovens do distrito e o deslocamento para a sede é visto como mais interessante e vantajoso do que a permanência na escola do distrito, mesmo que os estudantes tenham que se matricular nos cursos para os quais reconhecidamente não têm afinidade ou tenham que perder um ano da vida escolar ao serem aprovados no exame de seleção.Item A difícil transição : a participação da família na escolha profissional de jovens egressos do Ensino Médio.(2016) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Cunha, Maria Amália de Almeida; Matos, Daniel Abud SeabraO final do Ensino Médio é um período de difícil transição para a vida adulta. Com o intuito de compreender como diferentes esferas de socialização influem nessa fase crucial de decisão e planejamento perante o futuro, foram selecionados para esta pesquisa alunos de quatro escolas públicas de Minas Gerais, duas delas localizadas em Belo Horizonte e outras duas em Mariana. A metodologia selecionada foi a qualitativa, e as técnicas utilizadas foram o questionário e a entrevista. O questionário visou identificar as tendências e fazer um panorama descritivo dos jovens egressos e suas famílias. As entrevistas contribuíram para uma análise da realidade cotidiana e das transmissões intergeracionais entre avós, pais e jovens. Assim, essa pesquisa discute como as diferentes gerações presentes em um mesmo espaço doméstico enfrentam o ingresso no mercado de trabalho, como constroem suas estratégias e planos frente ao futuro e como se relacionam com outras esferas de socialização do jovem.Item Caminhos e descaminhos da escola de tempo integral de Governador Valadares-MG : trajetórias de resistência de jovens.(2017) Rocha, Roosvany Beltrame; Fonseca, Marcus Vinícius; Fonseca, Marcus Vinícius; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Paulo Henrique de QueirozO município de Governador Valadares-MG, no ano de 2010, implantou a Escola de Tempo Integral (ETI) em toda a sua rede de ensino, meio urbano e rural, atendendo um número de 25.735 alunos na Educação Infantil e Ensino Fundamental, de forma universal e compulsória. Do total de alunos atendidos, 4.479 pertenciam aos Anos Finais do Ensino Fundamental. a partir da análise dos “Quadros de Matrícula Inicial e Final das Escolas” dos anos finais, verificou-se, que ao final de quatro anos, que 1939 alunos se transferiram das escolas. Diante disso, indaga-se: por que os jovens recusam a experiência da Escola de Tempo Integral de Governador Valadares - MG? Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral compreender os motivos que levaram estes jovens a resistirem a essa experiência e, de forma específica, buscou-se caracterizar seu perfil social, econômico e familiar; identificar o motivo dos jovens se transferirem para a rede estadual de ensino e descrever e analisar os significados que eles atribuem à ETI. Os procedimentos metodológicos envolveram análises de documentos e entrevistas com os jovens que se transferiram para escolas de tempo parcial. O grupo dos sujeitos da pesquisa foi composto por 14 jovens, de faixa etária entre 13 e 19 anos, que estudaram por, no mínimo, 2 anos na ETI. Os dados coletados foram analisados através de categorização simples e relacionados às perspectivas teóricas da Educação Integral de Ana Maria Cavaliere, dentre outros, que reconhecem a pessoa como um todo e não como um ser fragmentado, e de Juventude, à luz de Juarez Dayrell, que concebe os jovens enquanto sujeitos diversos. Os resultados foram agrupados em dois blocos, a saber: 1) “As vivências dos jovens na ETI de Governador Valadares-MG”, do qual fazem parte as categorias: Tempo, Direito à Educação e Trabalho e mostra que as vivências dos jovens eram permeadas pelo cansaço, pelos desencontros; 2) “Os motivos da resistência e sua realidade atual como estudante”, ao qual pertencem as categorias: Tempo, Qualidade de Ensino e Juventudes e Escola que mostra que a resistência não era ao tempo, mas à escola. Como considerações finais, percebemos que a resistência dos jovens não se relaciona à escola, ou ao tempo a mais de escola, e sim à escola que renega seus direitos, e, embora ainda existam muitos problemas no âmbito dessa experiência, percebe-se que a formação de professores possa vir a contribuir com as práticas docentes. Sugere-se, então, que a construção de uma Escola de Tempo Integral para o jovem seja pautada na perspectiva do encontro, da participação e do respeito às culturas juvenis. Como encaminhamento e aprofundamento do tema, pensamos que outras pesquisas possam vir a investir na entrevista com os professores inseridos nesta experiência para verificar suas dificuldades com o trabalho com estes jovens.Item Entre o passado e o presente : a influência geracional nas perspectivas de futuro profissional dos jovens.(2012) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Cunha, Maria Amália de Almeida; Assis, Cristina Ferreira; Aleixo, Vítor CorrêaCompreender expectativas e frustrações dos jovens é um desafio para as Ciências Sociais e a Educação. Tendo como principal objetivo conhecer como se dão as relações familiares e os reflexos das mesmas no universo escolar, propomos uma reflexão sobre a construção do diálogo entre três gerações, pais, avós e netos, no que diz respeito à compreensão do papel da escola na formação do jovem, bem como a expectativa de cada geração quanto ao futuro profissional do mesmo. Seguindo duas abordagens metodológicas, a quantitativa e a qualitativa, foram aplicados questionários a 149 estudantes do 3º ano do Ensino Médio de duas escolas públicas (de melhor e o pior qualidade segundo as avaliações externas subnacionais ou nacional) de Mariana e Belo Horizonte, Brasil, e foram entrevistados pais, avós, professores e diretores dessas escolas. Os resultados revelam, entre outras coisas, uma forte influência da família e dos amigos nas escolhas dos jovens, mesmo inseridos numa configuração social marcada pelas mais diversas matrizes de socialização.Item Violências e juventudes : processos de subjetivação no contexto escolar.(2015) Andrade, Cláudia Braga deO artigo pretende analisar a manifestação da violência na juventude, especialmente, em relação aos casos de conflito entre grupo de jovens. Para tal, propõe uma reflexão sobre a complexidade do fenômeno da violência em seu aspecto semântico conceitual e sobre os impactos da reestruturação da figura do jovem na sociedade contemporânea, sustentando a hipótese de que a violência se tornou uma referência fundamental nas formas atuais de subjetivação. Por fim, o artigo discute as várias perspectivas da violência escolar, da abrangência do tema às tentativas de definir seu campo e faz uma análise crítica das medidas protetivas propostas para o seu enfrentamento.Item Delicadas travessias : um estudo de caso sobre jovens em transição para o Ensino Médio no interior do Brasil.(2015) Lebourg, Elodia Honse; Coutrim, Rosa Maria da ExaltaçãoContribuindo com o debate sobre as juventudes em comunidades do interior do país, esta pesquisa analisou a situação de jovens que mudaram de ambiente escolar e social para ingressarem no Ensino Médio. Como objeto de estudo enfocou-se um grupo de estudantes do distrito de Lavras Novas que, após a conclusão do Ensino Fundamental na escola local, passou a estudar na sede do município, em Ouro Preto. Buscando-se compreender como perceberam o processo de transição para o Ensino Médio em um espaço prioritariamente urbano e diversificado cultural e socialmente, esta pesquisa qualitativa privilegiou metodologicamente a realização de entrevistas reflexivas com oito moças e rapazes que atualmente estudam em diferentes escolas de Ouro Preto. O material produzido a partir dessa interlocução foi analisado por meio da elaboração de perfis de configuração nos quais as informações obtidas sobre cada jovem foram organizadas individualmente, através das seguintes categorias de análise: trajetória escolar, sociabilidade entre pares, sociabilidade com professores e constituição do sujeito. Esta pesquisa trouxe importantes contribuições para os estudos sobre juventude, entre elas a constatação de que a transição para o Ensino Médio, especialmente para jovens do interior brasileiro, é um momento complexo, no qual se amplia a rede de sociabilidade e surgem novos desafios e problemas. Deste jovem é exigido que saiba se situar em um novo espaço, lidar com estímulos e realidades até então desconhecidos, fazer novas amizades e se relacionar de forma diferente com seus pares e seus professores. É um momento delicado de transição que merece, portanto, maior atenção por parte das famílias, das escolas e dos gestores públicos.Item Juvenilização na educação de jovens e adultos de Ouro Preto/MG : trajetórias e perspectivas dos estudantes mais jovens.(2015) Ferreira, Lorene Dutra Moreira e; Coutrim, Rosa Maria da ExaltaçãoNos dias atuais percebe-se o aumento do número de matrículas de jovens brasileiros com 18 anos ou menos nos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e tal crescimento tem intrigado estudiosos, professores e gestores. Nesta investigação, pretende-se conhecer melhor quem são esses sujeitos que se inserem na EJA precocemente e apreender as sutilezas dos processos de hierarquização, segregação e reprodução de desigualdades. O trabalho se ancora, principalmente, em autores que discutem a desigualdade escolar, a estigmatização e o papel da EJA, tais como Pierre Bourdieu, Erving Goffman e Paulo Freire. A abordagem é qualitativa e o campo de estudo foi uma escola pública, única na cidade a oferecer tal modalidade de ensino em Ouro Preto/MG. Inicialmente, foi analisado o histórico escolar dos alunos com menos de 18 anos matriculados na EJA. Na segunda etapa, seis alunos foram entrevistados, bem como suas mães. Observou-se o cotidiano sociocultural dos sujeitos, assim como o seu ambiente familiar, com enfoque nas práticas educativas e nas suas expectativas. Constatou-se que vem aumentando o número de adolescentes matriculados na EJA em Ouro Preto e os motivos são diversos. Entre eles, destacamos: a legislação que fixa a idade máxima para certificação em 15 anos no Ensino Fundamental II e contribui para que os adolescentes acima dessa idade não tenham suas matrículas aceitas nesta modalidade de ensino; as trajetórias escolares marcadas por reprovações, que facilitam o encaminhamento de jovens cada vez mais jovens para a EJA e o baixo nível de escolaridade dos pais, que dificulta a implementação de práticas de escolarização permanente em seus filhos. Estes e outros fatores apontam para uma exclusão cada vez mais precoce do aluno que não se enquadra nos modelos propostos pelo Ensino Fundamental II. Ao dar voz aos jovens e às suas famílias, esta pesquisa se insere em um debate mais amplo, contribuindo para a compreensão da relação entre juventude, família e escola.