DEEDU - Departamento de Educação

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Resultados da Pesquisa

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    Ocupações estudantis : a produção de alianças na luta por educação.
    (2021) Reis, Lígia Carvalho; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Diniz, Margareth; Favacho, André Márcio Picanço; Leite, Miriam Soares
    Nesta dissertação tive o objetivo de analisar efeitos produzidos pela experiência das ocupações estudantis a partir de relatos de estudantes que participaram da ocupação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) ao final do ano de 2016, em consonância com as ocupações estudantis de escolas e universidades deflagradas em nível nacional à época. Interessava ainda compreender alguns dos sentidos atribuídos por esses estudantes à educação, à participação política e à democracia, além de analisar como as ocupações se constituíram como espaço de luta pelo direito à educação. Optamos por uma metodologia qualitativa capaz de produzir relatos sobre o cotidiano da ocupação e sobre os sentidos dessas experiências na vida e nos valores dos sujeitos da pesquisa. Foram realizadas duas entrevistas narrativas, na forma como aborda Leonor Arfuch, e um grupo de discussão, inspirado na perspectiva de Wivian Weller. As principais referências teóricas que embasam este trabalho são o conceito de performatividade, a partir de Judith Butler, e as noções, também butlerianas, de produção da precariedade e formação de alianças. A relação entre discurso e poder, assim como a noção de processos de subjetivação, são outras referências do pensamento de Foucault, que tomaremos aqui principalmente a partir das leituras realizadas por Butler. Os relatos produzidos na pesquisa nos levaram a três eixos de análise: a ocupação enquanto experiências de corpos em aliança; a performatividade política da democracia e suas expressões na ocupação; e perpassando as anteriores, a relação entre vulnerabilidade socioeconômica e democratização da educação. Os resultados sugerem que as ocupações estudantis se constituem como uma experiência de corpos em aliança a partir do compartilhamento da sensação de precariedade acelerada. Ao dispor seus corpos em aliança, como formas de performatividade coletiva, os estudantes disputam o sentido da democracia produzindo-a performaticamente nas reivindicações que realizam.
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    Autoridade docente e gênero : estudo das percepções de autoridade de professoras em início de carreira.
    (2021) Bruno, Mariana Corradi; Silva, Luciano Campos da; Silva, Luciano Campos da; Torres, Marco Antônio; Carvalho, Marilia Pinto de
    A questão sobre a autoridade docente tem sido bastante discutida tanto ao meio científico, quanto aos meios midiáticos. O tema principal que trava este debate é a constante desautorização dos alunos perante a figura docente. Assim, a autoridade docente tem passado por uma espécie de crise, fazendo com que professores se sintam cada vez mais dificuldade em exercer a autoridade docente. Diante disto, diversas explicações para esta crise têm sido intensificadas. Em que pesem os múltiplos fatores associados a esses fenômenos, especialmente no contexto internacional, uma das formas apontadas pelas mídias, governantes e mesmo pesquisadores para superar essa crise e consequentemente reestabelecer a autoridade dos professores, tem sido a reivindicação de ‘’mais homens no corpo docente’’. Assim, a questão do exercício da autoridade pelas professoras torna-se uma questão importante a ser investigada. Portanto, esta pesquisa tem como objetivo analisar as percepções de autoridade de professoras iniciantes que atuam em escolas públicas do ensino médio e suas relações com o gênero. Para a realização da pesquisa nos apoiamos na abordagem qualitativa do objeto de estudo e entrevistamos sete professoras que atuam no ensino médio em escolas do setor público de Minas Gerais e que estão em início de carreira. A análise dos dados indica que a autoridade foi percebida pelas docentes como o grande desafio no início da carreira e relacionam parte destas dificuldades a diferença do exercício da autoridade docente entre professores e professoras. Diante, disto as docentes iniciante percebem ter menos autoridade docente do que os professores homens. As docentes também apresentam que a autoridade docente é construída com o ganho de experiências, entretanto ainda sim seria mais difícil para as professoras, pois entendem que a autoridade do homem já se encontra pré-disposta, ao contrário das docentes, que se utilizam de estratégias para conquistar a autoridade docente. Em suma, acreditamos esta dissertação tenha contribuído com o alargamento da discussão sobre autoridade e gênero, pois pesquisas sobre o tema se encontram bastante tímidas em contexto nacional. Esperamos também que o presente trabalho tenha avolumado outras discussões que estão para além do campo da educação.
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    Gênero e sexualidade na educação física escolar : discussões presentes nas produções científicas do período de 2015 a 2019.
    (2021) Arreguy, Agnes Vasconcelos; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Diniz, Margareth; Paixão, Jairo Antônio da
    Diante de uma realidade cada dia mais violenta e excludente para pessoas que não se encaixam na heteronormatividade, este trabalho visa verificar como as temáticas gênero e sexualidades vêm sendo articuladas pela Educação Física escolar nos contextos das produções científicas. A construção deste estado do conhecimento, se deu por meio de pesquisa bibliográfica. Para a qual realizou-se uma busca nos sites: da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior), da SciELO (Scientific Electronic Library Online), da BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações), da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), assim como em repositórios de das universidades públicas federais localizadas no estado de Minas Gerais. Foram encontrados 31 trabalhos que, após serem divididos por temas, foram analisados. Utilizando como aporte teórico, autores pósestruturalistas como: Michel Foucault, Judith Butler, Guacira Louro, entre outros, é que este estudo trabalha com os conceitos de gênero e sexualidades. As pesquisas foram subdivididas em grupos de acordo com seus focos de investigação e, de forma geral, constatou-se que a área da Educação Física escolar apresenta discussões incipientes sobre gênero e sexualidades quando comparadas as pesquisas da área da Educação. Uma vez que a licenciatura é justamente onde suas propostas se interseccionam, esperava-se que seus discursos fossem mais próximos. Além disso, evidencia-se o fato de que apenas o grupo 5 compila investigações onde as experiências escolares de indivíduos LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexos e +) são realmente abordadas. Enquanto os demais grupos apresentam abordagens ainda biologicistas sobre a ideia de gênero e sexualidades. Neste sentido, acredita-se que este atraso pode contribuir com a manutenção da invisibilidade das demais representatividades de performatividade de gênero, como os LGBTI+ na Educação Física escolar.
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    Indisciplina e gênero : estudo das percepções de estudantes do ensino fundamental sobre o comportamento de indisciplina de meninas e meninos na escola.
    (2019) Pereira, Edilaine Aparecida dos Santos; Silva, Luciano Campos da; Silva, Luciano Campos da; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Cláudio Marques Martins
    A indisciplina é um fenômeno muito presente no universo escolar e que tem pouca visibilidade nos estudos acadêmicos como objeto próprio de análise, figurando quase sempre como um aspecto secundário em estudos sobre desempenho escolar, a avaliação da aprendizagem e o clima da escola. Um aspecto ainda menos explorado pela literatura acadêmica tem sido a relação entre a indisciplina e a questão do gênero e/ou sexo dos/as estudantes, especialmente a abordagem mais específica da indisciplina praticada pelas meninas nas escolas. Esta pesquisa visa minimizar esta lacuna no campo acadêmico, elegendo a indisciplina como objeto de análise e articulando-a com a variável gênero. O objetivo geral do estudo foi investigar as percepções dos/as estudantes de uma escola pública de Belo Horizonte - MG sobre a participação de meninas e de meninos em episódios de indisciplina no ambiente escolar. De um modo mais específico nos interessamos particularmente pela análise da indisciplina praticada pelas meninas na escola. O estudo buscou conciliar as abordagens qualitativa e quantitativa. Para tanto, foram utilizadas as seguintes técnicas: aplicação do Questionário Diagnóstico da Percepção de Indisciplina e Violência Segundo o Sexo dos/as Estudantes (Q-PIV) e do Quadro de Heteroclassificação e Autoclassificação de Comportamento (HAE) e aplicação de entrevista semiestruturada. Participaram 167 estudantes que estavam cursando o 8º e o 9º ano do ensino fundamental. Os resultados mais gerais da pesquisa indicam que, a partir das percepções dos/as estudantes, os comportamentos de indisciplina são bastante frequentes nas turmas investigadas, enquanto que os comportamentos de violência são raros. Os meninos estariam protagonizando com maior frequência os comportamentos de indisciplina que as meninas. Embora os dados também confirmem que há meninas agindo em desacordo com as expectativas sociais mais gerais de gênero que esperariam delas um comportamento recatado, dócil e submisso na sociedade e na escola.
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    Gênero e docência : olhares sobre a formação de professoras rurais no Brasil e na Colômbia.
    (2015) Diniz, Margareth; Jardilino, José Rubens Lima
    O presente trabalho pretende trazer ao debate a questão da formação de mulheres professores para a escola rural, discutindo, com base na psicanálise a problemática da formação situada na bifurcação – gênero, sujeito e docência. A pesquisa realizada no Brasil e na Colômbia em momentos e por grupos diferentes buscam encontrar no relato de histórias de vidas das mulheres professoras participantes da pesquisa o significado subjetivamente de ser mulher e professora no espaço rural. As mulheres professoras que participaram da pesquisa trazem suas percepções, histórias e olhares a respeito dos lugares em que moram e trabalham, onde falam de seus percursos pessoais e profissionai e expõem suas visões sobre os/as alunos/as e suas famílias, as comunidades de cada lugar que a pesquisa, a saber, Tunja, na província de Boyacá e em Santa Rita de Ouro Preto, distrito da Cidade Histórica de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
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    Gravidez na adolescência : revendo a hipótese de empowerment.
    (2009) Deslandes, Keila
    Discutir sobre gravidez na adolescência tem sido recorrente na mídia, na sociedade comum e nos discursos de especialistas e educadores. Nos debates, dois argumentos são fundamentais. Por um lado, o aumento da taxa de fecundidade da adolescência, diferentemente das tendências atuais de redução do número de filhos por mulher adulta. Por outro lado, o tema do “desperdício da juventude” ou do “fracasso da transição entre a infância e a idade adulta”. Revendo esses debates, pretendemos com este artigo associar a gravidez na adolescência à hipótese de empowerment de gênero, a fim de subsidiar novas propostas de intervenção psicossocial relacionadas à temática.
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    Quem pode resistir a Lara Croft? Você?
    (2008) Mendes, Cláudio Lúcio
    Este artigo discute como o jogo eletrônico Tomb Raider constrói processos de subjetivação em relação a gênero e sexualidade. Para desenvolver essa discussão, duas questões foram centrais: quem esse jogo imagina que ‘você’ seja? Quem esse jogo propõe que ‘você’ seja? Ambas foram construídas com base em teorizações foucaultianas sobre os processos de subjetivação, conjuntamente com a noção de “modo de endereçamento” desenvolvido por Elizabeth Ellsworth e algumas discussões sobre gênero e sexualidade. Pautando-se nisso, buscouse mostrar como marcas de gênero e sexualidade, culturalmente construídas, são empregadas nas elaborações da personagem central do jogo: Lara Croft. Contudo, conclui-se que tais marcas não configuram escolhas entre possíveis, mas são criações e invenções, tanto por parte dos elaboradores quanto pelos jogadores.