DEEDU - Departamento de Educação
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Item Escolarização em contextos rurais : a perspectiva das famílias.(2021) Reis, Maglaice Miranda; Nogueira, Marlice de Oliveira eEste artigo discute resultados de um estudo sobre práticas de acompanhamento escolar em famílias de uma localidade rural. Com metodologia qualitativa, foram realizadas entrevistas com famílias de dez estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, sendo cinco com sucesso escolar e cinco em situação de insucesso. Os resultados indicam que, embora tenha se confirmado um impacto da distância entre os estilos educativos das famílias e a cultura escolar nos resultados das crianças, assim como nas percepções dos familiares sobre o fracasso e o sucesso escolar, as famílias rurais pesquisadas desenvolviam um conjunto de esforços no quadro da vida escolar dos filhos e se mobilizavam, mesmo que em grau e modo diferenciados, para atender às demandas da escola.Item Permanências e mudanças nos registros dos domicílios com indivíduos em processo de escolarização nas listas nominativas de Mariana de 1831 e 1840.(2020) Oliveira, Milena Souza; Fonseca, Marcus Vinícius; Fonseca, Marcus Vinícius; Sacramento, Cristina Carla; Paula, Leandro Silva deO contexto histórico da formação da cidade de Mariana, foi marcado pelos reflexos da mineração e consequente urbanização e migração populacional. Os impactos desses processos levaram a instauração de mecanismos de controle, necessários para o melhor funcionamento do espaço e da sociedade. Neste sentido, surgem as listas nominativas, muito importantes para a compreensão do perfil populacional do século XIX e nos permitem uma análise da sociedade a partir da configuração dos seus domicílios. Este trabalho de dissertação objetiva compreender as mudanças e permanências ocorridas nos domicílios marianenses com pessoas na escola a partir das análises das listas nominativas de 1831 e 1840. Partiremos do princípio de análise da contraposição dos dados presentes nas listas nominativas já utilizadas por Fonseca (2015). Além de estabelecer os perfis das pessoas dos domicílios com pessoas nas escolas, destacamos três grupos de análises: os expostos, os ofícios como aprendizado e os domicílios chefiados por mulheres. O trabalho torna-se relevante por abordar a história da educação, das mulheres e da infância no município de Mariana, no século XIX, constatando algumas questões que evidenciam um perfil social de escolarização não uniforme.Item Reforço escolar na ótica de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental : espaço/tempo de superação ou reprodução das desigualdades educacionais?(2021) Campidele, Daiene Aparecida; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Silva, Luciano Campos da; Cunha, Maria Amália de AlmeidaNo Brasil, o reforço escolar tem sido apontado como recurso de inclusão educacional e de redução de deficiências acadêmicas na escola básica regular, independentemente da esfera administrativa. Inserido nesta temática, a presente pesquisa investigou a influência das atividades de reforço escolar ofertadas pelas escolas públicas nos processos de escolarização dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental. Para isso, nos propusemos a investigar as crenças dos professores sobre a influência do reforço escolar no processo de ensino/aprendizagem dos estudantes, buscando compreender o significado atribuído por eles a essa estratégia de apoio à escolarização nos anos iniciais do ensino fundamental. O estudo foi realizado por meio de aplicação do questionário remoto aos professores e professoras de duas escolas públicas municipais de Ouro Preto e entrevistas realizadas por meio das plataformas Google Meet com seis professoras dos anos iniciais do ensino fundamental. Os resultados apontam para evidências de vários entraves vivenciados no âmbito dos projetos de reforço escolar oferecido nas duas escolas. Essas ações de reforço eram desenvolvidas em contextos escolares permeados por muitas limitações corporificadas em carências e dificuldades tanto materiais, quanto propriamente educacionais. Há precariedade de investimento dos poderes públicos e instâncias superiores, o que reflete no trabalho pedagógico no interior da instituição, e interferem no desenvolvimento dos projetos. Além disso, as professoras, em sua maioria, apresentaram crenças bastante similares sobre a relação entre participação familiar e aprendizagem dos estudantes. Crenças estas que eram influenciadas por elementos sociais, culturais e profissionais construídos ao longo da vida pessoal, acadêmica e profissional.Item Pais professores homens e o acompanhamento da vida escolar dos filhos.(2019) Oliveira, Rosilane Katia de; Nogueira, Marlice de Oliveira eO artigo discute as práticas educativas desenvolvidas na escolarização dos filhos por dez pais professores homens, residentes em cinco cidades do estado de Minas Gerais. Primeiramente, realizamos um levantamento na Superintendência Regional de Ensino de Ouro Preto, objetivando identificar o número de professores/as em atuação na educação básica e, posteriormente, procedemos à escolha dos sujeitos. Em seguida, aplicamos um questionário aos pais professores para traçar o perfil sociológico, profissional e educacional e entrevistas semiestruturadas que tiveram como foco as dinâmicas e práticas educativas familiares. Os resultados indicam que os pais professores homens, com uma carga horária de trabalho docente extensa, monitoram a vida escolar dos filhos, sem, no entanto, exercer forte regulação e controle das atividades escolares e extraescolares, e se mantêm, muitas vezes, nos bastidores do processo de acompanhamento familiar da escolarização.Item O trabalho de jovens nas lavouras de café : entre as urgências da vida e as expectativas dos estudantes, seus pais e avós.(2020) Rosa, Mônica da Silva; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Portes, Écio Antônio; Fonseca, Marcus ViníciusA inserção no mundo do trabalho, mesmo que no setor informal, e a permanência na escola é um desafio para uma parcela significativa da população jovem em nosso país. No caso da juventude rural e de pequenas localidades os empecilhos para trabalhar e estudar são ainda maiores. O distrito de São José do Triunfo pertence ao município de Viçosa (MG) e tem na lavoura de café uma de suas principais fontes de renda. Diferentes gerações trabalham nessas lavouras, principalmente no período da colheita do fruto, inclusive os jovens estudantes. Na busca de compreender um pouco da vivência destes jovens e de suas famílias esta pesquisa surgiu da seguinte questão: Qual o lugar do trabalho na lavoura do café na vida de jovens do ensino médio em um distrito de Viçosa? Para responder a tal questionamento foi traçado o objetivo geral: compreender o lugar do trabalho na lavoura do café na vida de jovens do ensino médio distrito. A abordagem escolhida foi a qualitativa e priorizou a realização de entrevistas reflexivas com quatro jovens, seus pais e avós envolvidos no trabalho de colheita do café. Todos os jovens cursam o 1º ano do Ensino Médio da escola pública situada no distrito. A construção dos dados incluiu também análise dos documentos e observação participativa. A pesquisa revelou que o trabalho na lavoura do café ocupa um papel muito importante na vida das diferentes gerações do distrito. Há o envolvimento ativo dos jovens com a realidade de trabalho no período de colheita por influência familiar, mas também por desejo próprio, uma vez que o dinheiro que recebem representa independência relativa no consumo e nas suas escolhas. Embora demonstrem orgulho de verem seus filhos e netos trabalhando na lavoura, os pais e avós entrevistados valorizam o estudo e deixaram claro que desejam empregos melhores para os jovens, e que tais empregos somente serão possíveis por meio da escolarização. Contudo, entre os estudantes ouvidos na pesquisa, apenas um deles deseja continuar estudando, o que demonstra as urgências cotidianas que interferem em suas escolhas e influenciam nas as fracas expectativas profissionais e educacionais do grupo.Item "Eu quero educação que tenha importância na nossa vida" : trajetórias escolares e sentidos da escolarização para os jovens da EJA no município de Conselheiro Lafaiete-MG.(2020) Soares, Lília Pereira; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Porcaro, Rosa CristinaEsta pesquisa discute as implicações que ocorrem nos percursos escolares, como, as situações de reprovações, defasagem idade-série, abandono e exclusão que influenciam os jovens ainda adolescentes a continuarem a escolarização na Educação de Jovens e Adultos (EJA) para concluir a Educação Básica ou corrigir o fluxo escolar. A fim de ampliar o campo de investigação, decidimos apresentar o perfil de todos os estudantes que participaram da pesquisa das escolas estaduais que possuem turmas de EJA, assim como, os motivos pelos quais deixaram a escola regular, se pararam de estudar em algum momento da vida, e quais sentidos da escola/escolarização para esses estudantes. Para compor o referencial teórico da pesquisa, discutimos o contexto histórico da EJA no Brasil e analisamos os dados estatísticos no cenário educacional atual. E para analisar as implicações que ocorrem nas trajetórias escolares e investigar por que os jovens estão compondo, cada vez mais cedo, as salas da EJA, precisávamos identificar e compreender quem é esse jovem, assim, foi necessário analisar os conceitos de juventude e suas representações contemporâneas e o fenômeno da juvenilização da EJA. Amparamo-nos em diversos autores e pesquisadores, como: Maria Clara Di Pierro, Sérgio Haddad, Miguel G. Arroyo, Juarez Dayrell, Paulo Carrano e Carmem Brunel. Como metodologia da pesquisa, utilizamos a abordagem quanti-qualitativa, que contou com questionários em uma amostragem que totalizou 297 aplicações, possibilitando a construção do perfil dos estudantes participantes da investigação, jovens e adultos do Ensino Fundamental anos finais e Ensino Médio, além de entrevistas semiestruturadas com cinco estudantes menores de 18 anos, uma mãe e uma tia responsável. Os dados obtidos a partir da análise dos questionários e das entrevistas foram agrupados nas seguintes categorias: caracterização do perfil dos alunos da EJA, trabalho e educação; as trajetórias escolares no percurso regular e suas implicações; o significado da escola e do processo de escolarização para os estudantes e suas famílias. Constatamos, nesta investigação, que as implicações nos percursos escolares que tornam as trajetórias escolares irregulares ultrapassam as questões objetivas contempladas pelas políticas educacionais. Identificamos que a escola, o Estado e a família pouco articulam entre si a interação necessária para atender às necessidades específicas dos estudantes que vão além da sala de aula como dificuldades econômicas e problemas sociais. Entre os achados da pesquisa, identificamos que há a necessidade de articulação entre as dimensões políticas educacionais com as políticas sociais a fim de atender às crianças e aos jovens nos percursos escolares da Educação Básica para evitar a defasagem idade-série, um dos fatores principais que fazem com que os jovens continuem o processo de escolarização na modalidade da EJA.Item Escolarização de adolescentes institucionalizados em locais de acolhimento : entre estigmas, conflitos e insucesso escolar.(2019) Silveira, Alcione Januária Teixeira da; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Silva, Luciano Campos da; Marques, Walter Ernesto UdeEsta pesquisa objetivou investigar os processos de escolarização de adolescentes institucionalizados(as) em locais de acolhimento. Para isso, buscou-se: a) realizar um levantamento nos documentos institucionais e, principalmente, no Projeto Individual de Atendimento (PIA), dos dados socioeconômicos e informações da instituição de acolhimento referentes à vida dos(as) adolescentes pesquisados(as); b) caracterizar os modos como se articulam as experiências de escolarização e as experiências de permanência na instituição de acolhimento e c) analisar as expectativas dos(as) adolescentes, seus professores(as) e educadores(as) frente à vida escolar e os projetos de futuro. Quanto ao percurso metodológico, de natureza qualitativa, englobando a aplicação de questionários a psicóloga da instituição e entrevistas semiestruturadas aos adolescentes, professores(as) e educadores(as), além de uma pesquisa documental exploratória, sendo os dados tratados por meio das técnicas de análise de conteúdo. Selecionamos quatro adolescentes, quatro educadores(as) e quatro professores(as) que lecionavam para esses(as) adolescentes, totalizando doze pessoas. Para a interpretação dos dados consideramos dois eixos de análise, sendo o cotidiano do abrigo e as experiências de escolarização. Os resultados indicam que os processos de escolarização e os itinerários escolares de adolescentes institucionalizados(as) sob tutela do Estado, além de uma clivagem imposta pela origem social e cultural, são influenciados pelas condições sociais e educacionais vivenciadas por eles(as) em uma dupla e híbrida experiência social de tensões e situações de fuga física e simbólica, estigmas, isolamento, problemas no aprendizado escolar, dificuldades de inclusão nas turmas e na escola, conformação e negação do sujeito, tanto no acolhimento institucional quanto nas escolas.Item Educação escolar na primeira infância : percepções e concepções de mães e professoras.(2017) Teodoro, Regiane de Fátima; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Jorge, Liliane dos Santos; Carvalho, Levindo DinizNeste trabalho investigamos as percepções e as concepções de mães e professoras de crianças atendidas por duas creches públicas do município de Ouro Preto, Minas Gerais, em relação à criança, à infância, à docência na Educação Infantil, à escolarização da primeira infância, e principalmente à relação família-escola na creche. A perspectiva histórico-sociológica nos forneceu o suporte teórico e o desenho metodológico foi de natureza qualitativa. Na coleta de dados foram adotadas a análise documental e a observação das duas instituições envolvidas na pesquisa com o objetivo de realizar a caracterização dos espaços e dos sujeitos envolvidos. Também foram realizadas oito entrevistas semi-estruturadas com a díade professoras e mães de quatro crianças atendidas pelas duas creches. Utilizamos a análise de conteúdo para interpretação dos dados obtidos. Os resultados demonstraram que, de um modo geral, as percepções e as concepções das mães e das professoras, considerando os elementos constitutivos de uma matriz social e histórica da escolarização da primeira infância e da profissão docente no Brasil, carregam em si um modo de pensar e agir em relação à infância, à criança pequena na atualidade, à escolarização da primeira infância, à docência na Educação Infantil e à relação entre a família e a creche. As condições do confrontamento contemporâneo entre culturas, condições materiais e simbólicas de existência das mães e das professoras, delimitam relações de proximidade e distanciamento entre as duas instâncias socializadoras – creche e família. Buscamos, a partir desta investigação, contribuir com o debate em torno do processo de escolarização da primeira infância apresentando reflexões em relação à creche.Item Trabalhar e estudar, eis a questão : os desafios enfrentados pelos estudantes trabalhadores da Universidade Federal de Ouro Preto.(2016) Pereira, Lucinea de Souza; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Portes, Écio AntônioA proposta desta pesquisa foi compreender como são construídas as vivências universitárias e a trajetória de longevidade escolar dos estudantes trabalhadores das camadas populares que estudam na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e, ingressaram na referida universidade via reserva de vaga social para famílias com renda bruta per capita familiar de até 1,5 salários mínimos. Trata-se de uma investigação de caráter qualitativo e, para a pesquisa, foram escolhidos os estudantes que, no momento do trabalho de campo, cursavam o 5º período. Dentre o referencial teórico, destacam-se autores que debatem o processo de acesso e permanência de estudantes trabalhadores das camadas populares no Ensino Superior, como Furlani (1998), Mesquita (2010), Portes (1993, 2001), Terribili Filho (2007) e Zago (2000). Foram aplicados, via e-mail, 23 questionários e realizadas quatro entrevistas semi-dirigidas com estudantes que declararam trabalhar e residir em Mariana e Ouro Preto anteriormente ao ingresso na UFOP. As categorias de análises foram estruturadas de acordo com os eixos temáticos: longevidade escolar, o trabalho na vida do estudante universitário de camadas populares e as vivencias universitárias. Os principais resultados demonstram a dificuldade de conciliar estudo e trabalho sendo que, para os estudantes do turno integral, essa conciliação não foi possível e culminou com o abandono do trabalho. Os dados indicaram que a maioria desses estudantes iniciou seus trabalhos anteriormente à conclusão do Ensino Médio, e que, no contexto familiar, há a presença de familiares com pouca escolaridade e inseridos em ocupações de pouco prestígio social e baixo padrão de remuneração. Tais estudantes vivenciaram situações de interrupção da formação escolar, principalmente após a conclusão do Ensino Médio, e, ao ingressarem na universidade, tiveram dificuldades em adaptar ao seu ritmo e à forma de estudo no Ensino Superior. Em todas as histórias escolares pesquisadas, observou-se trajetórias marcadas pelo aproveitamento de oportunidades ao longo da escolarização e uma mobilização da família em torno da educação ou da presença de outras pessoas que incentivaram o prolongamento escolar desses estudantes de camadas populares.Item População negra e civilização : uma análise a partir do estabelecimento da obrigatoriedade escolar em Minas Gerais (1830-1850).(2009) Fonseca, Marcus ViníciusEste artigo analisa o processo de estabelecimento da obrigatoriedade escolar como elemento de mediação entre o perfil racial da população e a ideia de civilização que orientou o processo de construção da educação em Minas Gerais. No século XIX, havia predomínio absoluto dos negros na população mineira e isso pode ser tomado como referência para que a ideia de obrigatoriedade escolar assumisse a condição de instrumento de normatização e controle de certos aspectos deste segmento populacional. Para tratar dessas questões, utilizamos como referência a documentação censitária que, nos anos de 1830, processou a contagem da população de Minas Gerais, Relatórios de Presidente de Província, memórias e relatos de viagem de indivíduos que travaram contanto com a sociedade mineira na primeira metade do século XIX.