DEEDU - Departamento de Educação
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/604
Navegar
2 resultados
Resultados da Pesquisa
Item A escolarização das pessoas com deficiência e necessidades especiais no Brasil : segregação e capacitismo.(2022) Diniz, Margareth; Oliveira, Cíntia Marques de QueirozEsse artigo analisou a relação entre a longa história de segregação à qual as pessoas com deficiência foram submetidas durante seus processos de escolarização no Brasil e o cenário da Educação Especial, a partir de estudo de caso em Ouro Preto/MG. Nesta análise, verificamos documentos legais e políticas públicas, além de dados de matrículas obtidos no Censo da Educação Básica, entre 2007 e 2020, o que tornou possível perceber que a atuação da APAE no atendimento de estudantes com deficiência se mantem hegemônica, apesar das transformações paradigmáticas ocorridas no Brasil e do crescente aumento do número de matrículas em outras redes de ensino. Conforme dados do IBGE de 2010 (revistos em 2018), 6,7% da população têm algum tipo de deficiência. São cerca de 14 milhões de brasileiros, um número expressivo, porém, cotidianamente, não é difícil encontrar discursos e atitudes que reforçam a exclusão das pessoas com deficiência, reafirmando atitudes capacitistas.Item A escolarização de estudantes da educação especial em Ouro Preto/MG : o que dizem as representações sociais e dados do Censo da Educação Básica.(2022) Oliveira, Cíntia Marques de Queiroz; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Ferreira, Carla Mercês da Rocha Jatobá; Gonçalves, Taísa Grasiela Gomes LiduenhaNesta pesquisa, realizei uma investigação sobre o processo de escolarização dos estudantes da educação especial do município de Ouro Preto, Minas Gerais. Busquei compreender como os/as docentes que atuam na educação básica constroem suas representações sociais e como estas implicam em suas práticas educativas junto aos estudantes da educação especial. Analisei também os padrões de escolarização estabelecidos ao longo do tempo por estes estudantes em todas as redes escolares de Ouro Preto. Tendo como base teórico-metodológica a Teoria da Representação Social (TRS), de Serge Moscovici (2012), bem como a análise dos dados fornecidos pelo Censo da Educação Básica (INEP), parti de uma abordagem de cunho qualitativo, onde analisei os dados obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas, aplicadas à 03 professoras da rede básica regular de Ouro Preto, MG; e quantitativo, a partir da análise dos dados do Censo da Educação Básica, abarcando os anos de 2007 a 2020. Neste sentido, elaborei um cenário geral da distribuição dos/das estudantes da educação especial no município, constatando que houve um crescimento da inserção destes estudantes no ensino regular, apesar de ainda ocorrer uma alta incidência de matrículas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Meus resultados permitiram traçar padrões sobre a entrada e permanência destes estudantes na rede escolar, demonstrando que ao longo dos anos investigados, os estudantes inseridos no ensino regular apresentam uma taxa maior de evasão do que os estudantes que se encontram matriculados na APAE. Por meio de minhas análises, constatei que, apesar das mudanças paradigmáticas e de políticas públicas que propiciaram o aumento do número de matrículas dos/das estudantes da educação especial no ensino regular no município, a escolarização destes estudantes encontra-se muito pautada na atuação da APAE Ouro Preto e que a representação social das docentes investigadas sobre a deficiência e as necessidades educativas especiais ainda encontra-se permeada por angústias, dúvidas, elementos segregadores e capacitistas.