DEEDU - Departamento de Educação
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Item Em busca de novos talentos : experiências pedagógicas na interação universidade e educação básica.(Editora UFOP, 2014) Nunes, Célia Maria Fernandes; Alves, Kerley dos SantosItem A lesbofobia no ensino superior : expressões e possibilidades de enfrentamento.(2020) Pedroso, Amanda; Torres, Marco Antônio; Torres, Marco Antônio; Alves, Kerley dos Santos; Moresco, Marcielly CristinaA presente pesquisa investiga como se configura a Lesbofobia na vida de mulheres lésbicas no Ensino Superior, em especial, na Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. Estas, bem como, todas as pessoas do universo de LGBTI+, acabam sendo privadas de alguns direitos sociais e políticos, pois não são vistos/tratados como sujeitos de direitos. Para alcançar o objetivo proposto, foi escolhida a abordagem qualitativa, realizamos um levantamento bibliográfico e optamos pela entrevista narrativa com três graduandas lésbicas e bissexuais da Universidade Federal de Ouro Preto. Para contextualizar o espaço universitário, realizamos uma entrevista semi-estruturada com alguns participantes de projetos de extensão que tratam das diversidades na Universidade. A pesquisa se orientou por debates de teóricas feministas, como Adrienne Rich, Monique Wittig, Judith Butler, Daniela Auad, Claudia Lahni e Zuleide P. da Silva. Nosso levantamento bibliográfico indicou poucas produções que dizem do imaginário lésbico na educação se comparado a centralidade que outras sexualidades têm na pesquisa acadêmica contemporânea. Nossa investigação possibilitou analisar a necessidade do debate das questões de gênero e sexualidades na educação como modo de enfrentamento de ações discriminatórias com relação à orientação sexual e de gênero, uma vez que, desestabiliza os discursos naturalizados, tomados como verdade única. Nossas análises indicaram que a universidade é um território de disputas, um território contraditório de liberdade e vigilância sexual, em que o reconhecimento de pessoas LGBTI+, no geral, não se dá de forma plena, e que isso, de certo modo, se estende aos locais de vivência universitária, como as repúblicas estudantis, festas, espaços de convivência e lazer; os projetos de extensão e coletivos estudantis demonstram ser uma rede de apoio social relevante neste espaço. Além disso, observamos jogos de poder, de (in)visibilidade da mulher lésbica e, majoritariamente, da mulher, configurando a universidade como um não-lugar para as existências dissidentes da heteronormatividade. Consideramos que estudos sobre a questão lésbica na universidade precisam continuar, pois a persistência do regime heteronormativo ainda é uma constante nesse território.