DEJOR - Departamento de Jornalismo

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    O cinema Maxakali : a narrativa audiovisual como ação política.
    (2018) Maia, Marta Regina; Andrade, Andriza Maria Teodolino de
    O cinema indígena tem adquirido força no interior do campo da comunicação e antropologia com diversas pesquisas sobre o tema. Essa potência se torna mais relevante dentro de uma sociedade que ainda reforça tantos preconceitos e estereótipos em torno da população indígena. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo apresentar a produção dos cineastas Maxakali, que vêm realizando seus filmes em uma narrativa compartilhada e comunitária entre os membros da Aldeia Verde, seus pajés e seus yãmiy, os povos espíritos que tanto os ajudam e fortalecem. Nesse trabalho, consideramos, como eixos teóricos, o ponto de vista de um “território multiperspectivado”, a relação entre os espíritos da natureza e os rituais e o espaço compartilhado no processo de produção fílmica. A perspectiva metodológica acontece por intermédio da análise das narrativas fílmicas, avaliando a produção audiovisual da comunidade como um ato político que contribui para a reverberação dos gestos, costumes e modo de vida da comunidade, além de contribuir para o registro e atualização da memória identitária da nação indígena.
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    Memórias da ditadura militar no jornalismo : matrizes de sentido nas narrativas sobre crianças vítimas de tortura.
    (2014) Maia, Marta Regina; Lelo, Thales Vilela
    A proposta deste artigo é refletir sobre narrativas que remetem à memória da ditadura militar no Brasil por intermédio de um corpus de reportagens que circularam em veículos jornalísticos em 2013. Essas produções tratam de crianças que sofreram, ainda que indiretamente, as torturas promovidas pelos representantes oficiais do regime. Averiguando as falas dos entrevistados dessas matérias, pode-se apreender como o jornalismo constrói uma semântica comum que alinha as distintas experiências em uma mesma matriz de sentido. Tal matriz se alinha, por sua vez, à instalação da Comissão Nacional da Verdade no Brasil e se manifesta de duas formas nas reportagens: como um conjunto de tragédias pessoais que não alçaram a memória pública, mas que marcaram coletivamente a história da nação; e como sofrimentos que deixaram profundas lesões nas trajetórias de vida dos afligidos.
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    A morte de Vladimir Herzog : narrativas do trauma na memória coletiva.
    (2014) Maia, Marta Regina; Lelo, Thales Vilela
    Este trabalho faz uma discussão sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog a partir daqueles que sofreram torturas no regime militar. O principal objeto de análise será o documentário “Vlado: 30 anos depois”, produzido pela TV Cultura e dirigido por João Batista de Andrade. A proposta metodológica se baseia em uma análise de conteúdo ancorada no paradigma indiciário, tomando o filme como um indicador da vida social (em diálogo com o contexto histórico no qual está inserido). As averiguações empreendidas indicam que as vítimas da ditadura narram suas histórias não por um desejo singular, mas por preocupação para com uma história que poderia ser esquecida em razão da ausência de imagens que pudessem expressar suas dores, o que, entretanto, não impede a sua lembrança pelos meios de comunicação e pelo jornalismo em especial.