DEENP - Departamento de Engenharia de Produção
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Item O problema do fisicalismo/cognitivismo na ergonomia e segurança do trabalho.(2014) Bouyer, Gilbert CardosoEste estudo investigou os problemas causados pelo fisicalismo/cognitivismo na ergonomia e segurança do trabalho. Fisicalismo é uma abordagem ontológica para a qual tudo é físico. O centro da discussão é que a metáfora “trabalhador como máquina” não é meramente uma crença isolada nas práticas ergonômicas no Brasil. Ela é a base da estrutura experiencial que envolve valores, interesses, objetivos, práticas e teorias. Isso é um sério problema porque o fisicalismo/cognitivismo tornou-se causa de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.Item A formação dos operadores de processos contínuos em contextos de constrangimento da aprendizagem.(2012) Bouyer, Gilbert CardosoO termo desenvolvimento cognitivo é freqüentemente usado em pesquisas ergonômicas. Entretanto, os constrangimentos (“contraintes”) da aprendizagem raramente são mencionados. Usando o método da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), demonstramos como os operadores aprendem a atividade de controle de processo contínuo, em um contexto de constrangimentos, e demonstramos que a complexidade e os constrangimentos do trabalho influenciam o tempo para o desenvolvimento cognitivo. Apresentamos também aspectos que classificam este tipo de aprendizagem como complexa. Um total de 18 operadores foram entrevistados e observados. Os principais constrangimentos no desenvolvimento dos operadores são: a organização do trabalho e a hierarquia das indústrias de processo contínuo (IPC’s). O tempo é processo em um contexto de tempo curto, com grandes exigências dos gerentes. A aprendizagem das situações reais é urgente, e os operadores têm que lidar com elas rapidamente.Item A linguagem como instrumento cognitivo no trabalho dos operadores de processo contínuo de produção.(2011) Bouyer, Gilbert CardosoEste artigo demonstra que há uma forte relação entre linguagem, cognição e percepção na atividade de trabalho de controle de processo contínuo. O método de pesquisa adotado foi a análise ergonômica do trabalho. Um grupo de 35 operadores de controle de processo contínuo foi estudado. Os resultados sugerem que expressões linguísticas e percepção evidenciam experiências corporais recorrentes, e mostram que a estrutura da linguagem que o operador habitualmente usa influencia o modo como ele percebe seu ambiente, e o modo como ele percebe seu ambiente influencia a estrutura da linguagem no trabalho. A linguagem não é meramente uma expressão do conhecimento adquirido pelo operador. Há uma correspondência fundamental entre pensamento, linguagem e percepção, de modo que um fornece recursos para o outro. Os significados básicos de termos do trabalho assim adquiridos serão embriões para a formação de conceitos importantes para a atividade de trabalho. Um operador inicialmente aparenta usar a linguagem para uma interação social superficial mas, a partir de certo ponto, esta linguagem penetra no subconsciente vindo a se constituir na estrutura do pensamento do operador no trabalho.