PPCBIOL - Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas

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Resultados da Pesquisa

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    Avaliação do desempenho da TcI/TcVI/TcII Chagas-Flow ATE-IgG2a no sorodiagnóstico universal e genótipo-específico de infecções experimentais simples e mistas pelo Trypanosoma cruzi.
    (2017) Alessio, Glaucia Diniz; Lana, Marta de; Martins Filho, Olindo Assis; Vieira, Paula Melo de Abreu; Menezes, Evandro Marques de; Bartholomeu, Daniella Castanheira; Pereira, Rosiane Aparecida da Silva; Lana, Marta de
    O Segundo Consenso Taxonômico do Trypanosoma cruzi subdividiu a espécie em seis grupos genéticos distintos (DTUs- “Discrete Typing Unity”), TcI a TcVI. Nesse contexto, diversos estudos vêm associando a variabilidade genética do T. cruzi com as características biológicas, epidemiológicas e clínicas da doença de Chagas (DCh). Assim, torna-se cada vez mais importante correlacionar a diversidade genética do parasito com o diagnóstico da DCh. Recentemente, foi padronizada a técnica de pesquisa de anticorpos IgG anti-amastigotas (AMA), tripomastigotas (TRIPO) e epimastigotas (EPI) do T. cruzi por citometria de fluxo (Chagas-Flow ATE), com excelente desempenho no diagnóstico e na monitoração pós-terapêutica da DCh. Assim, esse trabalho busca otimizar a Chagas-Flow ATE no diagnóstico universal e genótipoespecífico da infecção experimental simples e mista pelo T. cruzi, utilizando distintas DTUs do parasito como antígeno. Foram avaliados pela TcI/TcVI/TcII Chagas-Flow ATE-IgG2a amostras de soros de camundongos não infectados e com infecções pelo T. cruzi simples: Colombiana (COL)/TcI, CL/TcVI e Y/TcII e mistas: Colombiana/TcI + CL/TcVI, CL/TcVI + Y/TcII e Colombiana/TcI + Y/TcII nas infecções recentes (IR) e tardias (IT). Os dados demonstraram o excelente desempenho da TcI/TcVI/TcII Chagas-Flow ATE-IgG2a no diagnóstico universal da infecção experimental pelo T. cruzi, com 100% de sensibilidade e especifidade. Essa metodologia apresentou ainda um bom desempenho no diagnóstico genótipo-específico de infecções IR simples, com uma acurácia de 69% para discriminar infecções por TcI (COL)/TcVI (CL)/TcII (Y) e de 94% para diferenciar infecções por TcI (COL)/TcII (Y). Além do mais, essa técnica demonstrou uma boa performance para distinguir infecções pelo T. cruzi nas IR e IT, com uma acurácia de 81%. Os resultados evidenciaram ainda o bom desempenho dessa metodologia para discriminar infecções simples e mistas na IR e na IT, com uma acurácia de 85% e 84%, respectivamente. Além do mais, a TcI/TcVI/TcII Chagas-Flow ATE-IgG2a apresentou uma boa performance no diagnóstico genótipo-específico de infecções experimentais simples e mistas pelo T. cruzi na IR, com uma acurácia de 72% e 80%, respectivamente, e de infecções simples e mistas na IT, com uma acurácia de 69% e 76%, respectivamente. Em relação à análise dos algoritmos sequenciais, a metodologia proposta demonstrou uma acurácia de 81% como um teste diagnóstico complementar para a infecção experimental pelo T. cruzi. Os resultados indicam o potencial da TcI/TcVI/TcII Chagas-Flow ATE-IgG2a para o diagnóstico universal e genótipo-específico da infecção experimental simples e mista pelo T. cruzi, na IR e na IT. A padronização da metodologia Chagas-Flow ATE para o diagnóstico genótipoespecífico da DCh será de extrema importância para a proposta clínica, estudos epidemiológicos, e de monitoração pós-terapêutica.
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    Inovações no diagnóstico e na monitoração da cura parasitológica da doença de Chagas: uso da metodologia de FC-ATE-Triplex para análise simultânea de IgG1 anti-Trypanosoma cruzi.
    (2013) Alessio, Glaucia Diniz; Lana, Marta de
    Um dos desafios em relação ao tratamento na fase crônica da doença de Chagas (DCh) são as limitações dos métodos disponíveis para detectar a cura parasitológica nessa fase da infecção. Sendo assim, esse trabalho visa estabelecer uma inovação metodológica na monitoração da cura parasitológica pós-tratamento etiológico da DCh, por meio da técnica de FC-ATE-Triplex, analisando IgG1 anti-T. cruzi. Como metodologia desse trabalho, foi proposto um modelo de pesquisa de anticorpos IgG1 anti-formas evolutivas vivas do T. cruzi (amastigota (AMA), tripomastigota (TRIPO) e epimastigota (EPI) fixada) por citometria de fluxo, empregando um modelo de segregação fluorescente diferencial (fluorescência 1- isotiacianto de fluoresceína) e um sistema de revelação fluorescente complementar (fluorescência 2- estreptoavidina-ficoeritrina). Avaliando a reatividade de IgG1 anti-AMA, TRIPO e EPI em amostras de soros dos grupos tratado curado (TC) e tratado não curado (TNC), as amostras do grupo TC apresentaram uma baixa reatividade e as dos grupo TNC uma alta reatividade com as três formas evolutivas do T. cruzi. Após análise de desempenho dessa nova metodologia, os critérios de interpretação foram: diluição 1:000 e ponto de corte de 40% para AMA e diluição 1:250 e ponto de corte de 20% para TRIPO e EPI. Avaliando a reatividade de IgG1 anti-AMA, TRIPO e EPI pela técnica proposta, em amostras de soros dos grupos não tratado (NT) e não infectado (NI), as amostras do grupo NT apresentaram valores de reatividade positivo e as do grupo NI valores de reatividade negativos com as três formas evolutivas. A reatividade de 28 amostras de soro do grupo tratado em avaliação (TEA) pela técnica de FC-ATE-Triplex revelou que 15 (53,6%) foram negativas com AMA, 11 (39,3%) com TRIPO e 8 (28,6%) com EPI. Avaliando a reatividade de IgG1 anti-AMA, TRIPO e EPI, em amostras de soros dos grupos TC e TNC em novas amostragens populacionais, todas as amostras do grupo TNC foram positivas com as três formas evolutivas, enquanto todas as amostras do grupo TC foram negativas com AMA, 5 das 7 amostras foram negativas com TRIPO e 6 das 7 foram negativas com EPI. Das 24 amostras do grupo TEA de uma nova amostragem populacional testadas pela FC-ATE-Triplex, 7 (29,2%) foram negativas com AMA, 1 foi negativa com TRIPO (4,2%) e 7 foram negativas com EPI (29,2%). A reatividade da FC-ATE-Triplex com o soro de pacientes com leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar americana (LTA) revelou que das 10 amostras de pacientes com LV, uma (10%) foi positiva com AMA, uma (10%) com TRIPO e duas (20%) com EPI, enquanto que dos 20 pacientes com LTA, 4 (20%) foram positivas com AMA, 6 (30%) com TRIPO e 10 (50%) com EPI. Sendo assim, a técnica de FC-ATE-Triplex apresentou um excelente desempenho na monitoração de cura parasitológica pós-tratamento etiológico, no diagnóstico e no controle de cura parasitológica precoce da doença de Chagas, mesmo quando testada em novas amostragens populacionais. Além do mais, essa nova metodologia, mesmo apresentando resultados falso-positivos, mostrou ser útil na segregação sorológica de pacientes chagásicos e de pacientes portadores de LV e de LTA. A reatividade diferencial observada em AMA, TRIPO e EPI sugere que na técnica de FC-ATE-Triplex existe a segregação de anticorpos pela afinidade pelo antígeno. As formas amastigotas do T. cruzi apresentaram uma maior reatividade, especificidade e mostraram ser boas fontes antigênicas na monitoração da cura parasitológica pós-tratamento etiológico e no controle de cura parasitológica precoce da doença de Chagas.