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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Composição química de sulfetos associados à mineralização de ouro orogênico no Greenstone Belt Pitangui : exemplos dos depósitos Pitangui e Papagaios.
    (2022) Maurer, Victor Câmara; Melo, Gustavo Henrique Coelho de; Lana, Cristiano de Carvalho; Melo, Gustavo Henrique Coelho de; Silva, Rosaline Cristina Figueiredo e; Caxito, Fabrício de Andrade; Cipriano, Ricardo Augusto Scholz; Graça, Leonardo Martins
    O greenstone belt Pitangui (GBP) é uma nova fronteira na pesquisa e na exploração de ouro orogênico no Brasil. A utilização de LA-ICP-MS na determinação dos elementos traços, presentes na composição química dos sulfetos, contribui na investigação desse tipo de sistema mineral, entretanto poucos estudos nacionais são encontrados com essa abordagem na região. Existem dois modelos principais para a fonte de metais e fluidos mineralizantes na geração dos depósitos de ouro orogênico no GBP: (i) desidratação do pacote metavulcanossedimentar do greenstone belt; e (ii) contribuições magmáticas de fluidos hidrotermais, metais e calor. Além disso, altas temperaturas têm sido reportadas para a gênese dos depósitos no GBP. No depósito Pitangui, as rochas hospedeiras correspondem a metagrauvacas e metapelitos da Formação Onça do Pitangui e o controle estrutural das zonas de cisalhamento subverticais de direção NW-SE delineiam o depósito quanto à geometria. Veios de quartzo representam a zona mineralizada e a zona proximal apresenta intensa formação de sericita, ambas com pirita e pirrotita. Cinco tipos de pirita (PyI, PyII, PyIII, PyIV e PyV) e dois de pirrotita (PoI e PoII) foram reconhecidas nesse depósito. A PyI apresenta altas concentrações de Co, Bi, Pb, Sb, Te, Se, Ag e Au e somado às características texturais sugerem uma origem singenética. As concentrações de Co, Ni, Pb, Te, Sn, Se, As, Bi, Sb, Ag, Mo e W na pirita epigenética (PyII-IV) sugerem que a desidratação das sequências metavulcanossedimentares do GBP constituem as principais fontes de metais e fluidos. A PyV, por sua vez, só aparece no dique metamáfico pós-orogênico e sua origem permanece incerta. No depósito Papagaios as zonas de cisalhamento subverticais mineralizadas ocorrem predominantemente nas rochas metavulcânicas máficas, com subordinadas lentes de formação ferrífera bandada (BIFs) da Formação Rio Pará. A sulfetação da zona mineralizada é marcada pela presença de quatro tipos de pirita (PyI-IV), quatro de pirrotita (PoI-IV) e três de arsenopirita (ApyI-III). Esses sulfetos constituem quatro assembleias distintas. Elementos traços com afinidade tipicamente de rochas máficas (e.g., Ni, Cu, Co) ou de rochas metassedimentares como as lentes de metaBIF e filito carbonoso (e.g., Sb, Bi, Pb e Sn) indicam as próprias rochas da Formação Rio Pará como fonte de metais que constituem os sulfetos. Por outro lado, os teores de Mo, W e Se nos sulfetos podem indicar alguma contribuição de rochas magmáticas félsicas. As altas temperaturas indicadas pela (i) deformação dúctil; (ii) sincronicidade da alteração hidrotermal e sulfetação com a deformação; (iii) fácies anfibolito inferior das rochas hospedeiras; (iv) assembleia de sulfetos; (v) química mineral dos sulfetos; e (vi) geotermômetro da arsenopirita (568 °C a 610 °C = ApyI; 425 °C a 465 °C = ApyII) sugerem características de depósito hipozonal ou mesozonal formado sob altas temperaturas para a gênese do depósito Papagaios, em que a segunda hipótese deve ser a mais acertiva. O depósito Pitangui parece corresponder a um depósito mesozonal sin- a pós tectônico. Demonstra-se ainda que, quanto maior o teor de Bi, Ag, Pb, Sb, Zn, Co, Ni e Cu nos sulfetos, maior o teor de ouro da zona mineralizada no depósito Papagaios. Enquanto que os elementos Bi, Ag, Pb, Sb e Te são aqueles diretamente proporcionais ao Au quando relacionados à pirita do depósito Pitangui.
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    Ensaios de alterabilidade para a previsão da drenagem ácida na barragem de Irapé, Brasil.
    (2013) Duarte, Marcelo Guimarães; Leite, Adilson do Lago; Gomes, Romero César
    A barragem de Irapé, localizada no sudeste brasileiro e inaugurada em 2006, representou um marco na engenharia nacional, devido às condições adversas de sua construção, como topografia íngreme e a presença de sulfetos nos maciços de fundação, o que sustentava a hipótese de geração de drenagem ácida de rochas (DAR). Na época, o problema da DAR era pouco conhecido na construção de usinas hidrelétricas e diversos estudos foram conduzidos para controle e minimização dos riscos ambientais e de engenharia do empreendimento. Estes estudos sustentaram medidas inovadoras de engenharia, incluindo o zoneamento do enrocamento, a adoção de geossintéticos impermeabilizantes e a proteção com aditivos das estruturas de concreto. Este trabalho apresenta resumidamente os resultados de uma ampla campanha laboratorial que objetivou complementar os referidos estudos, na tentativa de melhor avaliar o mecanismo de geração ácida sob o contexto da UHE Irapé. Ela consistiu de amostragem, caracterização petrográfica e química das amostras, ensaios estáticos (pH em pasta e NAG) e cinéticos (lixiviação em colunas e em extrator Soxhlet, ensaios de ciclagem). Os resultados demonstraram que não houve geração ácida nos ensaios cinéticos e no ensaio de pH em pasta, levando-se em consideração os tempos e as condições de ensaio. Por outro lado, a presença de sulfetos nas análises petrográficas e os resultados dos ensaios NAG revelaram potencial de geração ácida em algumas das amostras, demonstrando a necessidade de pesquisas adicionais.
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    Estudo mineroquímico e minerográfico de metaultramafitos e metamafitos da porção meridional do Cráton São Francisco.
    (2015) Santos, Débora Elisa dos; Carneiro, Maurício Antônio; Suita, Marcos Tadeu de Freitas
    Essa dissertação resulta de um estudo geológico de caráter regional que contempla duas suítes ígneas de rochas metaultramáficas e/ou metamáficas que ocorrem no Cráton São Francisco Meridional (CSFM): a Suíte ígnea Ribeirão dos Motas (SIRM); e, a Suíte ígnea Cláudio (SIC). Ambas as suítes já foram abordadas na literatura do CSFM, com enfoque geoquímico e petrológico. O enfoque desta dissertação é a minerografia e as características texturais e químicas das fases opacas desses litotipos, suas associações paragenéticas e possíveis ambientes de formação ou de reequilíbrio. Adicionalmente, foram utilizadas técnicas de processamento digital aplicadas à prospecção mineral, aerogeofísica, sensoreamento remoto e litogeoquímica, a fim de se determinar a favorabilidade econômica para depósitos de minerais metálicos nas suítes em estudo. Os litotipos metapiroxenitos e metagabronoritos da Suíte ígnea Ribeirão dos Motas, portadores de minerais metálicos de interesse econômico, hospedam a paragênese pentlandita-pirrotita-calcopirita e pirrotita-pentlandita, respectivamente. São observados, adicionalmente, orcelita e maucherita em metaperidotitos dessa suíte. Fases opacas com alta concentração em EGP (Elementos do Grupo da Platina) não foram identificados nesse trabalho mas dados bibliográficos mostram que as rochas da SIRM tem médias de 28 e 10.6 ppb em platina e paládio, respectivamente. Os minerais metálicos identificados nos litotipos ultramáficos da SIC compreendem pirrotita, pentlandita e, subordinadamente, calcopirita e nicolita. Em todos os casos, as fases sulfetadas apresentam texturas cúmulus, encontram-se intercrescidas e inclusas em piroxênio ou dispersas na matriz. Os teores de SiO2, Ni, Cr, MgO, #Mg, V e Co, e a composição dos minerais cúmulus nos litotipos metaultramáficos-metamáficos da SIRM e dos metaultramafitos da SIC são semelhantes às concentrações desses elementos e composições minerais em complexos estratiformes em outras partes do globo. A soma dos aspectos geotectônicos, geocronológicos, petrográficos, minerográficos, litogeoquímicos e mineroquímicos, sugere que a precipitação de fases sulfetadas seja produto de uma nova injeção de magma em uma câmara magmática previamente diferenciada em rochas da SIRM e de assimilação de rochas encaixantes no caso dos litotipos metaultramáficos da SIC. A integração dos dados aerogeofísicos, de sensoreamento remoto, litogeoquímicos e mineroquímicos revela que a área de estudo apresenta teores significativos de Ni e Cu, em relação a muitas ocorrências mundiais. Desse modo, é possível definir três áreas-chaves com potencial para metalogênese desses metais.
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    Ensaios laboratoriais para avaliação da drenagem ácida na barragem da UHE Irapé.
    (Programa de Pós-Graduação em Engenharia Geotécnica. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Duarte, Marcelo Guimarães; Leite, Adilson do Lago
    A formação da drenagem ácida é um dos problemas ambientais mais graves associados à atividade de mineração. Na construção de usinas hidrelétricas o problema é pouco conhecido e é uma consequência natural do processo de escavações obrigatórias para implantação das estruturas da usina, que expõem o mineral sulfetado ao contato com água e oxigênio, dando origem às reações de oxidação. A Usina Hidrelétrica de Irapé foi construída em sítio onde a geologia local é dominada pela presença de quartzo micaxisto sulfetado, tornando o problema da drenagem ácida uma realidade. Diversos estudos foram conduzidos no intuito de gerar medidas para controle e minimização dos riscos ambientais do empreendimento. O objetivo deste trabalho é apresentar a ampla campanha de ensaios realizada no âmbito do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel - P&D 188, intitulado “Controle da drenagem ácida em barragens de terra e enrocamento utilizando geossintéticos” que buscou avaliar o mecanismo de geração de drenagem ácida sob o contexto da UHE Irapé. O presente trabalho descreve ainda os estudos conduzidos pela Cemig durante as fases de implantação da usina que incluíram, além de investigações geológico-geotécnicas regulares para avaliação das condicionantes hidrogeotécnicas locais, ensaios de caráter mineralógico e geoquímico, visando caracterizar e quantificar o teor dos sulfetos, bem como identificar os mecanismos envolvidos no seu processo de oxidação, avaliando a sua influência sobre as estruturas da usina e o meio ambiente. Desta forma, este trabalho pretende contribuir para aprofundar o conhecimento técnico-científico relativo à geração de drenagem ácida em empreendimentos de geração de energia elétrica, subsidiando o desenvolvimento de metodologias para controle e minimização de riscos ambientais inerentes a estes empreendimentos.
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    Impermeabilização das superfícies de contato para implantação de estruturas de concreto em maciço de rocha sulfetada - o caso da UHE Irapé.
    (Programa de Pós-Graduação em Engenharia Geotécnica. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Pereira, Walles de Jesus Lopes; Silva Filho, Jorge Felippe da
    As águas que percolam por maciços de rocha sulfetada podem tornar-se quimicamente agressivas aos concretos, comprometendo algumas de suas características, como estanqueidade e resistência. A presença de sulfetos no maciço rochoso do sítio de implantação da UHE Irapé levou ao estudo e implementação de medidas de proteção às estruturas de concreto. Os estudos foram realizados com base na norma britânica BRE Special Digest 1, que propõe uma classificação da agressividade química do maciço e define quais características deve possuir o concreto para resistir a esta agressividade, além de fixar as medidas de proteção adicionais a serem adotadas. Em Irapé, além da adoção de medidas relacionadas à composição do concreto, as superfícies de rocha foram impermeabilizadas, a fim de evitar o contato das águas percoladas pelo maciço com as superfícies de concreto. Após testes de campo e de laboratório, foram definidos dois produtos para impermeabilização: uma película rígida de base epóxi, Fospox SF P235, e uma película flexível de poliuretano, denominada Nitoproof 250. Este trabalho consiste na descrição dos estudos e testes que levaram à definição destes produtos, assim como dos critérios para a definição dos locais tratados, dos procedimentos e controles utilizados na aplicação da impermeabilização. É feita também uma avaliação da eficiência do tratamento aplicado, por meio da análise em laboratório de testemunhos de concreto e rocha extraídos de locais representativos das fundações das estruturas, dois anos após as concretagens e um mês após o enchimento do reservatório. O trabalho conclui, com base nos resultados dos ensaios, que a solução de impermeabilização das superfícies de rocha, combinada com melhorias nas características do concreto, foi eficiente, no período, para proteção das estruturas de concreto implantadas sobre o maciço de rocha sulfetada na UHE Irapé.
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    Influência da presença de sulfetos na implantação da UHE Irapé - Vale do Jequitinhonha - Minas Gerais.
    (Programa de Pós-Graduação em Engenharia Geotécnica. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Lima, Ana Luisa Cosso; Sobreira, Frederico Garcia
    A Usina Hidrelétrica Irapé, localizada na região nordeste do estado de Minas Gerais - vale do rio Jequitinhonha, encontra-se inserida no domínio de xistos grafitosos atribuídos à Formação Chapada Acauã, caracterizados localmente pela presença marcante de sulfetos de ferro, potencialmente geradores de efluentes ácidos a partir de reações de oxidação. Diante desse cenário, os estudos desenvolvidos durante as fases de implantação da usina incluíram, além das tradicionais investigações geológico-geotécnicas para avaliação das condicionantes hidrogeotécnicas locais, alguns ensaios de caráter mineralógico e geoquímico, visando caracterizar e quantificar o teor dos sulfetos e identificar os mecanismos envolvidos no seu processo de oxidação, avaliando a sua influência sobre as estruturas da usina e o ambiente circunvizinho. Os estudos de caracterização do maciço rochoso revelaram a presença marcante de sulfetos (pirrotita, pirita e eventualmente, calcopirita e esfalerita) disseminados nas amostras de mica-quartzo xisto grafitoso analisadas, e baixas concentrações de carbonato. A partir dos ensaios de avaliação do potencial de geração ácida, através de ensaios estáticos e cinéticos, todos os materiais analisados foram classificados como potencialmente geradores de efluentes ácidos, com as menores taxas de oxidação observadas nas amostras de rocha sã. Os resultados desses trabalhos de investigação, realizados pela CEMIG em parceria com o Consórcio Construtor Irapé Civil, conduziram à adoção de soluções inovadoras, como alternativa às práticas e técnicas de uso corrente no âmbito da construção de usinas hidrelétricas, viabilizando a construção do empreendimento, considerado no Brasil, uma obra inédita para a engenharia de barragens. Enfim, registra-se que as soluções de projeto efetivamente adotadas na implantação da UHE Irapé foram definidas para atender as premissas de vida útil do empreendimento e minimizar os impactos ao meio ambiente, sendo confirmadas como adequadas, à luz do conhecimento adquirido a partir das avaliações realizadas com o desenvolvimento do presente trabalho.