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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Geologia da região de Jequeri-Viçosa (MG), Orógeno Araçuaí Meridional.(2011) Gradim, Daniel Tavares; Queiroga, Gláucia Nascimento; Novo, Tiago Amâncio; Noce, Carlos Maurício; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Romano, Antônio Wilson; Martins, Maximiliano de Souza; Alkmim, Fernando Flecha de; Basto, Camila Franco; Suleimam, Moisés AbraãoA característica fundamental da região de Jequeri-Viçosa, situada no extremo sul do Orógeno Araçuaí, é a abundância de rochas metamórficas, ortoderivadas e paraderivadas, de fácies anfibolito alto e granulito. O embasamento paleoproterozóico é representado, a oeste, por ortognaisses tonalíticos a graníticos do Complexo Mantiqueira e, a leste, por ortognaisses charno-enderbíticos do Complexo Juiz de Fora. Ambos os complexos incluem anfibolitos e exibem intensidades variáveis de migmatização. O contato entre eles é marcado pela zona de cisalhamento transpressiva destral de Abre Campo, interpretada como uma sutura paleoproterozóica reativada no Neoproterozóico. O Anfibolito Santo Antônio do Grama e rochas meta-ultramáficas associadas (Córrego do Pimenta) representam restos ofiolíticos ediacaranos, colocados ao longo da Zona de Cisalhamento de Abre Campo. Assentada sobre o embasamento, na parte oeste da área, ocorre uma associação metavulcano-sedimentar neoproterozóica do Grupo Dom Silvério, composta por xistos diversos e quartzito. Na porção leste da área mapeada, a cobertura metassedimentar neoproterozóica é atribuída ao Grupo Andrelândia que inclui paragnaisse migmatítico e raro quartzito. Corpos de hidrotermalito quartzoso, indiscriminadamente associados às unidades do embasamento e da cobertura neoproterozóica, ocorrem ao longo de zonas de cisalhamento. Hidrotermalitos ferruginosos associam-se ao Complexo Mantiqueira na Zona de Cisalhamento de Ponte Nova. O granito foliado a milonitizado da Serra dos Vieiras parece ser um produto de fusão parcial do paragnaisse Andrelândia. Completam o quadro geológico os pegmatitos da Suíte Paula Cândico e diques de diabásio mesozóicos.Item Idade máxima de sedimentação e proveniência do Complexo Jequitinhonha na área-tipo (Orógeno Araçuaí) : primeiros dados U-Pb (LA-ICP-MS) de grãos detríticos de zircão.(2011) Dias, Tatiana Gonçalves; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha de; Caxito, Fabrício de Andrade; Silva, Luiz Carlos da; Noce, Carlos MaurícioO Complexo Jequitinhonha, situado no nordeste de Minas Gerais, é uma das unidades metassedimentares mais extensas do Orógeno Araçuaí. Na área-tipo, situada na região de Jequitinhonha -Almenara, este complexo consiste de paragnaisse peraluminoso (kinzigítico) migmatizado, com intercalações de quartzito, grafita gnaisse e rocha calcissilicática. Os dados isotópicos U-Pb (LA-ICP-MS) de 80 grãos detríticos de zircão de uma amostra de quartzito, coletada em corte da BR-367 cerca de 12 km a SW de Almenara, permitem identificar seis principais intervalos de idades, cujas médias das modas sugerem as seguintes fontes de sedimentos: o embasamento São Francisco-Congo (2541 ± 8 Ma e 2044 ± 6 Ma), o sistema Espinhaço-Chapada Diamantina (1819 ± 6 Ma, 1487 ± 5 Ma e 1219 ± 3 Ma) e o sistema de rifteamento Noqui-Zadiniano-Mayumbiano-Salto da Divisa (956 ± 4 Ma). A idade máxima de sedimentação em 898 ± 8 Ma é dada pelo zircão mais novo. Os espectros de idades desta amostra do Complexo Jequitinhonha e de rochas do Grupo Macaúbas são muito similares, indicando correlação entre estas unidades. Contudo, no Complexo Jequitinhonha inexiste evidência de glaciação. Assim, o Complexo Jequitinhonha na área-tipo é interpretado como depósito de margem passiva da bacia precursora do Orógeno Araçuaí, mais novo que a glaciação Macaúbas e, portanto, equivalente às formações Chapada Acauã Superior e Ribeirão da Folha.Item Orógeno Araçuaí : síntese do conhecimento 30 anos após Almeida 1977.(2007) Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Noce, Carlos Maurício; Alkmim, Fernando Flecha de; Silva, Luiz Carlos da; Babinski, Marly; Cordani, Umberto Giuseppe; Castañeda, CristianeThe Araçuaí Fold Belt was defined as the southeastern limit of the São Francisco Craton in the classical paper published by Fernando Flávio Marques de Almeida in 1977. This keystone of the Brazilian geologic literature catalyzed important discoveries, such as of Neoproterozoic ophiolites and a calc-alkaline magmatic arc, related to the Araçuaí Belt and paleotectonic correlations with its counterpart located in Africa (the West Congo Belt), that provided solid basis to define the Araçuaí-West-Congo Orogen by the end of the 1990th decade. After the opening of the Atlantic Ocean in Cretaceous times, two thirds of the Araçuaí-West-Congo Orogen remained in the Brazil side, including records of the continental rift and passive margin phases of the precursor basin, all ophiolite slivers and the whole orogenic magmatism formed from the pre-collisional to post-collisional stages. Thus, the name Araçuaí Orogen has been applied to the Neoproterozoic-Cambrian orogenic region that extends from the southeastern edge of the São Francisco Craton to the Atlantic coastline and is roughly limited between the 15º and 21º S parallels. After 30 years of systematic geological mapping together with geochemical and geochronological studies published by many authors, all evolutionary stages of the Araçuaí Orogen can be reasonably interpreted. Despite the regional metamorfism and deformation, the following descriptions generally refer to protoliths. All mentioned ages were obtained by U-Pb method on zircon. The Macaúbas Group records rift, passive margin and oceanic environments of the precursor basin of the Araçuaí Orogen. From the base to the top and from proximal to distal units, this group comprises the pre-glacial Duas Barras and Rio Peixe Bravo formations, and the glaciogenic Serra do Catuni, Nova Aurora and Lower Chapada Acauã formations, related to continental rift and transitional stages, and the diamictitefree Upper Chapada Acauã and Ribeirão da Folha formations, representing passive margin and oceanic environments. Dates of detrital zircon grains from Duas Barras sandstones and Serra do Catuni diamictites suggest a maximum sedimentation age around 900 Ma for the lower Macaúbas Group, in agreement with ages yielded by the Pedro Lessa mafic dikes (906 ± 2 Ma) and anorogenic granites of Salto da Divisa (875 ± 9 Ma). The thick diamictite-bearing marine successions with sand-rich turbidites, diamictitic iron formation, mafic volcanic rocks and pelites (Nova Aurora and Lower Chapada Acauã formations) were deposited from the rift to transitional stages. The Upper Chapada Acauã Formation consists of a sand-pelite shelf succession, deposited after ca. 864 Ma ago in the proximal passive margin. The Ribeirão da Folha Formation mainly consists of sand-pelite turbidites, pelagic pelites, sulfide-bearing cherts and banded iron formations, representing distal passive margin to oceanic sedimentation. Gabbro and dolerite with plagiogranite veins dated at ca. 660 Ma, and ultramafic rocks form tectonic slices of oceanic lithosphere thrust onto packages of the Ribeirão da Folha Formation. The pre-collisional, calc-alkaline, continental magmatic arc (G1 Suite, 630-585 Ma) consists of tonalites and granodiorites, with minor diorite and gabbro. A volcano-sedimentary succession of this magmatic arc includes pyroclastic and volcaniclastic rocks of dacitic composition dated at ca. 585 Ma, ascribed to the Palmital do Sul and Tumiritinga formations (Rio Doce Group), deposited from intra-arc to fore-arc settings. Detrital zircon geochronology suggests that the São Tomé wackes (Rio Doce Group) represent intra-arc to back-arc sedimentation after ca. 594 Ma ago. The Salinas Formation, a conglomerate-wacke-pelite association located to northwest of the magmatic arc, represents synorogenic sedimentation younger than ca. 588 Ma. A huge zone of syn-collisional S-type granites (G2 Suite, 582-560 Ma) occurs to the east and north of the pre-collisional magmatic arc, northward of latitude 20º S. Partial melting of G2 granites originated peraluminous leucogranites (G3 Suite) from the late- to post-collisional stages. A set of late structures, and the post-collisional intrusions of the S-type G4 Suite (535-500 Ma) and I-type G5 Suite (520-490 Ma) are related to the gravitational collapse of the orogen. The location of the magmatic arc, roughly parallel to the zone with ophiolite slivers, from the 17º30’ S latitude southwards suggests that oceanic crust only developed along the southern segment of the precursor basin of the Araçuaí- West-Congo Orogen. This basin was carved, like a large gulf partially floored by oceanic crust, into the São Francisco-Congo Paleocontinent, but paleogeographic reconstructions show that the Bahia-Gabon cratonic bridge (located to the north of the Araçuaí Orogen) subsisted since at least 1 Ga until the Atlantic opening. This uncommon geotectonic scenario inspired the concept of confined orogen, quoted as a new type of collisional orogen in the international literature, and the appealing nutcracker tectonic model to explain the Araçuaí-West-Congo Orogen evolution.Item The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.(2014) Mendonça, Camila Bassil Gradim; Roncato Júnior, Jorge Geraldo; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Cordani, Umberto Giuseppe; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Jacobsohn, Tânia; Silva, Luiz Carlos da; Babinski, MarlyEste artigo apresenta novos dados litoquímicos e geocronológicos obtidos de rochas gnáissicas e graníticas da zona de retroarco situada imediatamente a leste do Arco Rio Doce (630 – 580 Ma), no orógeno Araçuaí. O Complexo Nova Venécia é a mais importante fonte de fusões graníticas peraluminosas na região. Este complexo consiste, essencialmente, de paragnaisses peraluminosos migmatíticos que variam entre gnaisses ricos em biotita e cordierita-granulitos livres de biotita, cujos protolitos foram sedimentos grauvaquianos. Uma seção E-W no setor norte do retroarco revela uma zona rica em cordierita-granulito, na base, seguida por paragnaisses migmatíticos do Complexo Nova Venécia que passam, gradativamente, a granitos foliados ricos em enclaves de rochas metassedimentares (Suíte Ataléia), os quais estão sobrepostos pelo Batólito Carlos Chagas. Ao sul deste batólito, rochas a hercinita e ortopiroxênio são freqüentes no Complexo Nova Venécia e Suíte Ataléia, indicando nível crustal mais profundo. Nossos dados U-Pb evidenciam que processos anatéticos tiveram início no Complexo Nova Venécia ainda durante o desenvolvimento do Arco Rio Doce, em torno de 590 Ma, originando fusões graníticas relacionadas à Suíte Ataléia. A progressiva produção de magma granítico e sua acumulação atingiram o clímax no intervalo 575 Ma, em pleno estágio sincolisional, resultando na edificação do Batólito Carlos Chagas. Em torno de 545 – 530 Ma, adveio novo processo anatético, que originou granada-cordierita leucogranitos a partir da fusão parcial de granitos da Suíte Ataléia e Batólito Carlos Chagas. Finalmente, um marcante plutonismo pós-colisional (520–480 Ma) do tipo I causou importante re-aquecimento regional. Esta longa história (ca. 110 Ma) de produção de magmas graníticos na zona de retroarco requer diferentes fontes de calor, tais como ascenção astenosférica sob a região de retroarco durante o estágio pré-colisional, cavalgamento da base quente do arco sobre o retroarco, liberação de calor radiogênico da pilha crustal espessada no estágio colisional e, finalmente, ascenção astenosférica durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.Item Rochas charnockíticas do sudeste de Minas Gerais : a raiz granulítica do arco magmático do Orógeno Araçuaí.(2010) Novo, Tiago Amâncio; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Noce, Carlos Maurício; Alkmim, Fernando Flecha de; Dussin, Ivo AntonioOs orógenos Araçuaí e Ribeira constituem sistema orogênico neoproterozóico-cambriano que se es-tende da borda oriental do Cráton do São Francisco até o Oceano Atlântico, a sul do paralelo 15°. A zona de fronteira entre esses orógenos situa-se em torno do paralelo 21°. A região meridional do Orógeno Araçuaí, no sudeste de Minas Gerais, é caracterizada pela exposição de rochas metamórficas de alto grau, ortoderivadas e paraderivadas, refletindo o profundo nível crustal ali exposto. Uma associação de rochas charnockíticas máficas a félsicas, metamorfisadas na fácies granulito, recebeu a designação de Suíte Divino. Esta tem características de série cálcio-alcalina expandida, metaluminosa a ligeiramente peraluminosa, com padrão de elementos traços ca¬racterístico de magmatismo de arco de margem continental. A assinatura isotópica de Nd evidencia significativo envolvimento de fusões derivadas do embasamento paleoproterozóico. Datações U-Pb (LA-ICPMS) de rochas da Suíte Divino (592±7 Ma e 603±4 Ma) indicam idade compatível com o estágio pré-colisional (acrescionário) do orógeno. Desta forma, sugere-se que a Suíte Divino representa a raiz granulítica do arco magmático do Orógeno Araçuaí, cuja eventual continuidade para sul seria importante elo de ligação com o Orógeno Ribeira.Item Geocronologia U-Pb (SHRIMP) e Sm-Nd de xistos verdes basálticos do Orógeno Araçuaí : implicações para a idade do Grupo Macaúbas.(2005) Babinski, Marly; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Gradim, Rafael Jaude; Alkmim, Fernando Flecha de; Noce, Carlos Maurício; Liu, DunyiNo vale do Rio Preto, setor ocidental do Orógeno Araçuaí (ca. 60 km a NE de Diamantina), ocorrem xistos verdes de filiação basáltica, cuja idade e posição estratigráfica foram motivo de controvérsia, pois os autores dividiram-se naqueles que os atribuíram ao Grupo Macaúbas (Neoproterozóico) e naqueles que os correlacionaram ao Supergrupo Espinhaço inferior (ca. 1,7 Ga). Entretanto, estudos detalhados demonstram que os xistos verdes representam derrames basálticos submarinos, sedimentação vulcanoclástica e vulcanismo relacionado a fontes de alta produtividade, relacionados à deposição da Formação Chapada Acauã do Grupo Macaúbas (Gradim et al., 2005). Os dados geoquímicos indicam que os protólitos dos xistos verdes evoluíram em ambiente continental intraplaca. Análises isotópicas U-Pb (SHRIMP) foram realizadas em doze cristais de zircão extraídos de uma amostra de xisto verde, cujo pó de rocha-total foi utilizado para análise Sm-Nd. A idade-modelo Sm-Nd (ca. 1,52 Ga) sugere que os protólitos dos xistos verdes são mais novos que o magmatismo do rifte Espinhaço. A maioria dos cristais de zircão analisados mostra-se como grãos detríticos. As idades mais antigas indicam grãos herdados do embasamento arqueano-paleoproterozóico e de rochas magmáticas do rifte Espinhaço. Os cristais mais jovens limitam a idade máxima dos protólitos dos xistos verdes em ca. 1,16 Ga.Item Geometria e evolução do feixe de zonas de cisalhamento Manhuaçu - Santa Margarida, Orógeno Araçuaí, MG.(2009) Silva, Cláudio Maurício Teixeira da; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos PedrosaO Feixe de Zonas de Cisalhamento Manhuaçu-Santa Margarida de orientação geral NS estende-se por, aproximadamente, 300 km na região leste de Minas Gerais. Como uma das principais estruturas do núcleo cristalino do Orógeno Araçuaí, é constituído por um conjunto de zonas de cisalhamento dúcteis, que, em mapa, mostram traços sigmoidais. O seu segmento norte é composto por zonas de cisalhamento reversas que promovem o transporte de material em direção a oeste e, subordinadamente, por zonas transcorrentes dextrais. Os segmentos central e sul são dominados por zonas transcorrentes dextrais. O desenvolvimento do feixe deu-se em quatro fases deformacionais neoproterozóicas. A primeira fase promoveu a nucleação do conjunto de zonas reversas, que ficaram parcialmente preservadas no segmento norte do feixe. Durante a segunda fase, as zonas preexistentes experimentaram, de norte para sul, uma rotação progressiva para a vertical e para a direção NE-SW, além de intensa reativação transcorrente dextral. A terceira fase gerou zonas de cisalhamento normais de ocorrência restrita ao segmento norte. Na quarta fase, formaram-se falhas transversais e juntas. Em sua terminação sul, o feixe, dominado por zonas transcorrentes dextrais, rotaciona-se até confundir-se com as estruturas da porção NW da Faixa Ribeira. Tal fato implica que as estruturas dessa porção do feixe são de mesma idade, ou algo mais velhas que as transcorrências dextrais, que marcam o quadro tectônico do segmento NW da Faixa Ribeira.Item A Formação Salinas, Orógeno Araçuaí (MG) : história deformacional e significado tectônico.(2009) Santos, Reginato Fernandes dos; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos PedrosaA Formação Salinas, constituída de meta-arenitos, metapelitos e metaconglomerados, tem como principal área de ocorrência as vizinhanças da cidade homônima (norte de MG), onde jaz em discordância sobre rochas do Grupo Macaúbas, a oeste, e é intrudida por corpos graníticos neoproterózicos e cambrianos, a leste. Quatro gerações de estruturas deformacionais foram caracterizadas nessa região e três delas afetam as rochas da Formação Salinas. Os elementos da fase mais antiga, DD, correspondem a dobras, falhas e estruturas de convolução e são de natureza adiastrófica, sin-deposicional. Relacionadas ao desenvolvimento do Orógeno Araçuaí, têm-se as fases D1, D2 e DG. A fase D1, representada por dobras e zonas de cisalhamento associadas a uma série de estruturas de pequena escala, teve lugar durante o Evento Brasiliano (585 a 560 Ma) e foi acompanhada de metamorfismo regional nas condições da fácies xisto verde a anfibolito. A fase D2, associada ao colapso distensional do orógeno (520 a 500 Ma), é marcada por um trem de dobras vergentes para ESE associadas a uma clivagem de crenulação e por zonas de cisalhamento normais. Estas estruturas afetam somente unidades do Grupo Macaúbas. A fase DG, associada ao processo de intrusão das rochas graníticas da região, foi responsável pelo arqueamento das camadas da Formação Salinas, acompanhado por um evento de metamorfismo de contato. A constituição, idade, história deformacional e o cenário tectônico da Formação Salinas no Orógeno Araçuaí indicam que sua deposição deu-se em uma bacia sin-orogênica (flysch), desenvolvida entre uma margem passiva e uma frente orogênica em desenvolvimento.Item Características geoquímicas da suíte G1, arco magmático do Orógeno Araçuaí, entre Governador Valadares e Ipanema, MG.(2010) Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos PedrosaApresenta-se, nesse trabalho, o resultado de uma investigação petrológicogeoquímica realizada em granitóides da Suíte G1 do Orógeno Araçuaí, localizados entre as cidades de Governador Valadares e Ipanema (MG). Nessa região, a Suíte G1 é constituída pelas litofácies enderbito-tonalítica, granodiorítica-tonalítica e granítica, as quais possuem características químicas semelhantes às de uma série cálcio-alcalina expandida, metaluminosa a levemente peraluminosa do tipo I. Os dados obtidos revelaram, também, que as litofácies individualizadas correspondem a distintos estágios evolutivos do magmatismo granítico, com as fácies enderbitotonalítica e granítica, representando os extremos menos e mais diferenciados, respectivamente. Em conjunto com as rochas vulcânicas do Grupo Rio Doce, os componentes da Suíte G1 estudados materializam o edifício plutônico-vulcânico do arco magmático do Orógeno Araçuaí, formado em uma margem continental entre 630 e 585 Ma.