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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Idade máxima de sedimentação e proveniência do Complexo Jequitinhonha na área-tipo (Orógeno Araçuaí) : primeiros dados U-Pb (LA-ICP-MS) de grãos detríticos de zircão.
    (2011) Dias, Tatiana Gonçalves; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha de; Caxito, Fabrício de Andrade; Silva, Luiz Carlos da; Noce, Carlos Maurício
    O Complexo Jequitinhonha, situado no nordeste de Minas Gerais, é uma das unidades metassedimentares mais extensas do Orógeno Araçuaí. Na área-tipo, situada na região de Jequitinhonha -Almenara, este complexo consiste de paragnaisse peraluminoso (kinzigítico) migmatizado, com intercalações de quartzito, grafita gnaisse e rocha calcissilicática. Os dados isotópicos U-Pb (LA-ICP-MS) de 80 grãos detríticos de zircão de uma amostra de quartzito, coletada em corte da BR-367 cerca de 12 km a SW de Almenara, permitem identificar seis principais intervalos de idades, cujas médias das modas sugerem as seguintes fontes de sedimentos: o embasamento São Francisco-Congo (2541 ± 8 Ma e 2044 ± 6 Ma), o sistema Espinhaço-Chapada Diamantina (1819 ± 6 Ma, 1487 ± 5 Ma e 1219 ± 3 Ma) e o sistema de rifteamento Noqui-Zadiniano-Mayumbiano-Salto da Divisa (956 ± 4 Ma). A idade máxima de sedimentação em 898 ± 8 Ma é dada pelo zircão mais novo. Os espectros de idades desta amostra do Complexo Jequitinhonha e de rochas do Grupo Macaúbas são muito similares, indicando correlação entre estas unidades. Contudo, no Complexo Jequitinhonha inexiste evidência de glaciação. Assim, o Complexo Jequitinhonha na área-tipo é interpretado como depósito de margem passiva da bacia precursora do Orógeno Araçuaí, mais novo que a glaciação Macaúbas e, portanto, equivalente às formações Chapada Acauã Superior e Ribeirão da Folha.
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    The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
    (2014) Mendonça, Camila Bassil Gradim; Roncato Júnior, Jorge Geraldo; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Cordani, Umberto Giuseppe; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Jacobsohn, Tânia; Silva, Luiz Carlos da; Babinski, Marly
    Este artigo apresenta novos dados litoquímicos e geocronológicos obtidos de rochas gnáissicas e graníticas da zona de retroarco situada imediatamente a leste do Arco Rio Doce (630 – 580 Ma), no orógeno Araçuaí. O Complexo Nova Venécia é a mais importante fonte de fusões graníticas peraluminosas na região. Este complexo consiste, essencialmente, de paragnaisses peraluminosos migmatíticos que variam entre gnaisses ricos em biotita e cordierita-granulitos livres de biotita, cujos protolitos foram sedimentos grauvaquianos. Uma seção E-W no setor norte do retroarco revela uma zona rica em cordierita-granulito, na base, seguida por paragnaisses migmatíticos do Complexo Nova Venécia que passam, gradativamente, a granitos foliados ricos em enclaves de rochas metassedimentares (Suíte Ataléia), os quais estão sobrepostos pelo Batólito Carlos Chagas. Ao sul deste batólito, rochas a hercinita e ortopiroxênio são freqüentes no Complexo Nova Venécia e Suíte Ataléia, indicando nível crustal mais profundo. Nossos dados U-Pb evidenciam que processos anatéticos tiveram início no Complexo Nova Venécia ainda durante o desenvolvimento do Arco Rio Doce, em torno de 590 Ma, originando fusões graníticas relacionadas à Suíte Ataléia. A progressiva produção de magma granítico e sua acumulação atingiram o clímax no intervalo 575 Ma, em pleno estágio sincolisional, resultando na edificação do Batólito Carlos Chagas. Em torno de 545 – 530 Ma, adveio novo processo anatético, que originou granada-cordierita leucogranitos a partir da fusão parcial de granitos da Suíte Ataléia e Batólito Carlos Chagas. Finalmente, um marcante plutonismo pós-colisional (520–480 Ma) do tipo I causou importante re-aquecimento regional. Esta longa história (ca. 110 Ma) de produção de magmas graníticos na zona de retroarco requer diferentes fontes de calor, tais como ascenção astenosférica sob a região de retroarco durante o estágio pré-colisional, cavalgamento da base quente do arco sobre o retroarco, liberação de calor radiogênico da pilha crustal espessada no estágio colisional e, finalmente, ascenção astenosférica durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.
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    Rochas charnockíticas do sudeste de Minas Gerais : a raiz granulítica do arco magmático do Orógeno Araçuaí.
    (2010) Novo, Tiago Amâncio; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Noce, Carlos Maurício; Alkmim, Fernando Flecha de; Dussin, Ivo Antonio
    Os orógenos Araçuaí e Ribeira constituem sistema orogênico neoproterozóico-cambriano que se es-tende da borda oriental do Cráton do São Francisco até o Oceano Atlântico, a sul do paralelo 15°. A zona de fronteira entre esses orógenos situa-se em torno do paralelo 21°. A região meridional do Orógeno Araçuaí, no sudeste de Minas Gerais, é caracterizada pela exposição de rochas metamórficas de alto grau, ortoderivadas e paraderivadas, refletindo o profundo nível crustal ali exposto. Uma associação de rochas charnockíticas máficas a félsicas, metamorfisadas na fácies granulito, recebeu a designação de Suíte Divino. Esta tem características de série cálcio-alcalina expandida, metaluminosa a ligeiramente peraluminosa, com padrão de elementos traços ca¬racterístico de magmatismo de arco de margem continental. A assinatura isotópica de Nd evidencia significativo envolvimento de fusões derivadas do embasamento paleoproterozóico. Datações U-Pb (LA-ICPMS) de rochas da Suíte Divino (592±7 Ma e 603±4 Ma) indicam idade compatível com o estágio pré-colisional (acrescionário) do orógeno. Desta forma, sugere-se que a Suíte Divino representa a raiz granulítica do arco magmático do Orógeno Araçuaí, cuja eventual continuidade para sul seria importante elo de ligação com o Orógeno Ribeira.