DETUR - Departamento de Turismo

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Resultados da Pesquisa

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    Favela ou comunidade? : como os moradores, guias de turismo e outros agentes sociais compreendem simbolicamente o “morro” Santa Marta (RJ)?
    (2019) Pereira, Rafael Melo; Volta, Carolina Lescura de Carvalho Castro; Cheibub, Bernardo Lazary
    Este artigo tem por objetivo geral levantar questões a respeito dos significados das palavras “comunidade” e “favela” - compreendidas enquanto categorias sociológicas - buscando articular os pontos de convergência e divergência deste par, refletindo sobre as formas de apropriação dos termos por parte de alguns agentes sociais que interagem com a favela “turística” Santa Marta, no Rio de Janeiro. Concernente à metodologia, inicialmente foi feita a análise de diversos trabalhos de autores que falam direta e indiretamente sobre o tema; adicionalmente, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, aplicando-se roteiros semiestruturados de entrevistas com guias de turismo local, moradores, líderes comunitários e turistas/visitantes, com a finalidade de compreender como tais agentes se apropriam das palavras favela e comunidade. A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que, de maneira maniqueísta e majoritária, a comunidade é concebida como o local da sociabilidade e da solidariedade, enquanto que a favela se apresenta como o lugar do caos urbano. Todavia, os termos podem se aproximar ou se afastar, dependendo do contexto em que são empregados e de quem o está usando, a partir de diferentes pretextos.
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    Vivências de prazer e sofrimento em estágios na hotelaria : reflexões à luz da Psicodinâmica do Trabalho.
    (2019) Sant’Anna, Eduardo Silva; Volta, Carolina Lescura de Carvalho Castro
    Há um interesse pela realidade dos trabalhadores de hotéis por diversas áreas de conhecimento. No entanto, poucos estudos com a abordagem da Psicodinâmica do Trabalho têm sido realizados no campo do Turismo. Por isso, realizou-se uma pesquisa com o objetivo de refletir sobre as vivências de prazer e sofrimento de estagiários do setor hoteleiro. A precarização do trabalho e a ênfase no sofrimento são temas debatidos em outras áreas do saber, tais como Sociologia do Trabalho, na Psicologia e nos Estudos Organizacionais. Portanto, justifica-se este estudo pela necessidade de um diálogo interdisciplinar que permita trazer as discussões de prazer e sofrimento no trabalho para o campo científico do Turismo. Para sua realização, adotou-se como metodologia a abordagem qualitativa, com a realização do método de grupo focal. Os dados foram coletados com um grupo de estagiários que atuam em hotéis de nível superior e luxo. Conclui-se que, embora os estagiários sejam dotados de capacidades adaptativas, não logram superar seus sofrimentos devido à falta de reconhecimento pelos seus pares e superiores e pela ausência da efetivação no cargo. O estudo constatou no grupo investigado que a prática de estágio pode ser um potencial disparador para o desejo de mudança de profissão, fato que irá depender diretamente das experiências vivenciadas neste primeiro contato com o mercado de trabalho.
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    Análise de programas de educação ambiental do setor público de Ouro Preto (MG).
    (2019) Machado, Simone Fernandes; Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Silva, Frederico Martino Simonini da
    O presente estudo analisa os programas de Educação Ambiental (EA) promovidos pelo setor público em Ouro Preto/MG e propõe uma metodologia para o diagnóstico, com o intuito de averiguar a sua eficiência e continuidade. A metodologia considerou: revisão bibliográfica e documental; sistematização analítica com métodos de Educação Ambiental dos programas de EA da Prefeitura Municipal de Ouro Preto de 2005 a 2015 envolvendo a comunidade residente e os visitantes das unidades de conservação municipais. Os resultados encontrados possibilitaram o apontamento de ações para redução de custos desnecessários, melhorias no foco, na singularidade, na continuidade de cada programa como programa de Estado e não de Governos.
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    Protocolo de inventário e avaliação de Lugares de Interesse Pedológico (LIPe) para um “Pedoturismo”.
    (2019) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Castro, Paulo de Tarso Amorim
    O solo é parte essencial para a vida na Terra. As Geociências, em especial a Pedologia, têm um papel fundamental no balanceamento desta relação biótica-abiótica. Neste sentido propõe-se o Pedoturismo como segmento turístico por meio da inventariação e avaliação de “Lugares de Interesse Pedológico” (LIPe) como produtos eco- e geoturísticos. Os métodos utilizados abordaram revisão de literatura; elaboração de ficha de inventário quali-quantitativa para aplicação em campo; inserção dos dados de LIPe na base de dados online do Geossit, Terra Mineira e afins; quantificação pedoturística; cálculo do potencial pedoturístico. O resultado se apresenta na forma de um novo segmento turístico, o Pedoturismo, e uma base metodológica teórica para conceituação, descrição e quantificação de geossítios de interesse pedológico (pedossítios) cujo conjunto constitui a pedodiversidade e contribui para a pedoconservação do patrimônio pedológico em unidades de conservação, geoparques e outras áreas protegidas.
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    Do poder simbólico do patrimônio cultural à carência de uma política de hospitalidade museal : um estudo do Museu da Inconfidência.
    (2019) Brusadin, Leandro Benedini
    A tentativa de refletir as ações e projetos para o acolhimento do público no Museu da Inconfidência, situado em Ouro Preto (MG), perpassa a sua estrutura administrativa e científica inseridas na lógica desse patrimônio instituído politicamente pelos modernistas para invenção de dadas tradições nacionais. O artigo objetiva apresentar e discutir os desdobramentos das atividades do Museu da Inconfidência de forma interdisciplinar, em uma análise contemporânea fluída com o passado que o concebeu como patrimônio cultural brasileiro. A metodologia utilizada baseia-se na análise documental coletada nos arquivos administrativos da Instituição e em um referencial teórico condizente com os pressupostos interdisciplinares do presente trabalho. Identificaram-se ações controversas neste Museu quanto à comunicação do acervo para a difusão do patrimônio com o público. Conclui-se que, neste caso, os desafios situam-se na inclusão legítima da comunidade de Ouro Preto e na fruição produtiva dos turistas enquanto hóspedes-interpretes. Esta tarefa poderia ser concretizada por meio de uma política de hospitalidade museal vinculada às práticas e representações do patrimônio cultural em sentido histórico e social.
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    A acessibilidade como prática de inserção social do público no patrimônio cultural : obstáculos e incompatibilidades em Ouro Preto (MG).
    (2019) Costa, Raíssa de Keller e; Brusadin, Leandro Benedini
    As cidades coloniais, monumentos e sítios tombados como patrimônio cultural são elementos constitutivos da noção de tempo e de espaço humanos e, por isso, precisam ser preservados como forma de expressão da memória e da identidade de um povo. Para que sua função social seja exercida é necessário que haja acessibilidade universal como forma de vivenciar o passado diante das transformações que são próprias do presente. Esse estudo objetiva nortear o entendimento acerca da acessibilidade ao patrimônio como direito do cidadão às formas de culturas em seu viés histórico e turístico. A metodologia dessa pesquisa possui caráter qualitativo com uma abordagem observatória e participante da Câmara Municipal da cidade de Ouro Preto (Minas Gerais - Brasil), além da pesquisa documental. Conclui-se que, embora diversas adaptações para novos usos tenham sido realizadas ao longo da história de funcionamento dessa edificação, nenhuma delas atendeu às exigências da legislação vigente sobre acessibilidade, como forma de garantir o uso social do público com mobilidade reduzida. É preciso repensar os usos do passado para o seu cunho social, de forma dialógica e fluida dentre a política de preservação e a legislação de acessibilidade, em vias da inserção do público no patrimônio cultural.
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    Patrimônio, turismo e imaginário urbano : a fragmentação espacial e social da imagem da cidade de Ouro Preto (MG- Brasil).
    (2019) Viana, Luiz Cláudio Alves; Brusadin, Leandro Benedini
    A cidade de Ouro Preto-MG é atualmente um dos principais atrativos culturais do Brasil mediante de seu valor histórico e turístico. A cidade passou por um longo processo de legitimação do seu patrimônio e ainda vem passando por um período de ressignificação em consequência da apropriação do turismo moderno. O setor do turismo enquanto atividade econômica e social traz consequências ambivalentes à comunidade local, essencialmente na fragmentação e massificação da cultura ao utilizar ferramentas de marketing que redimensionam o valor da cidade em sentido temporal e espacial. O objetivo deste trabalho é compreender quanto o turismo cultural influencia na formação do imaginário urbano por meio da divulgação das imagens da cidade. A metodologia baseia-se na análise semiótica de sites e materiais gráficos utilizados para promover o turismo em Ouro Preto. Conclui-se que as imagens turísticas priorizam o patrimônio do centro histórico da cidade e negligenciam os significados dos bairros periféricos os quais seriam essenciais para o entendimento da cultura local para a comunidade e para os próprios turistas.
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    As transformações identitárias em Itabira (MG) - da cultura do minério ao interesse turístico : a adaptação da memória de Drummond na fazenda do pontal.
    (2019) Ferreira, Luciana Santos; Castro, Maria Luiza Almeida Cunha de; Brusadin, Leandro Benedini
    Este artigo objetiva avaliar evolução da identidade em Itabira (MG), considerando a presença da mineradora Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) no local, a previsão de esgotamento das minas e as possibilidades que a influência do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) traz para a construção de uma identidade desvinculada da mineração. Neste sentido, o foco do estudo será a construção da Fazenda do Pontal, centro de cultura feito a partir da Fazenda do Pontal ou dos Doze Vinténs, patrimônio da família do poeta. A metodologia baseia-se em pesquisa bibliográfica e documental a partir dos conceitos de identidade (Candau, 2011; Canclini, 1999, 2000 e Castells, 1999) e também de memória (Halbwachs, 1990; Le Goff, 2003), um dos elementos passíveis de influenciar a formação identitária. Conclui-se que os gestores de Itabira se utilizam da Fazenda do Pontal para construir uma nova perspectiva identitária com usufruto do turismo cultural contemporâneo diante da finitude da atividade minerária.
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    Culinária Ouro-Pretana enquanto bem cultural : discussão acerca da valorização e planejamento para a atividade turística.
    (2019) Fortes, Hayla Almeida; Carvalho, Alissandra Nazareth de
    O turismo é uma importante atividade econômica do município de Ouro Preto, Minas Gerais. A cidade é indutora de turistas do Brasil e do mundo e tem relevância histórica e cultural. Apesar da vocação para o turismo cultural, levantou-se o pressuposto de que a gastronomia ouro-pretana não é valorizada como patrimônio cultural e atrativo turístico, por Instituições Públicas que promovem a cidade enquanto destino. Esse pressuposto partiu do fato de não existir um evento que priorize produtores e os hábitos alimentares locais e, a partir da análise do conteúdo dos sites das instituições promotoras de turismo. O objetivo da presente pesquisa, portanto, é identificar quais são os possíveis gargalos de planejamento no que tange o fomento ao turismo que priorize a alimentação e a cultura e aquecer a discussão sobre uma atividade turística que valorize a gastronomia local na cidade. Com essa finalidade, foi utilizado levantamento bibliográfico, análise do conteúdo do marketing digital e entrevistas semiestruturas. Concluiu-se que a gestão estadual de Minas Gerais conseguiu consolidar o hábito alimentar mineiro no imaginário do brasileiro, todavia, as políticas públicas e o planejamento de metas para a valorização e preservação da gastronomia ouro-pretana são recentes em Ouro Preto, podendo ser melhor exploradas.
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    Teorias do turismo : os espelhos dos métodos.
    (2019) Martoni, Rodrigo Meira; Perdigão, Paula Mônica Maia
    O trabalho contempla, de forma compendiada, os procedimentos epistemológicos ou métodos predominantes no campo de estudos do turismo, haja vista que toda elaboração teórica que se quer científica está amparada por um método ou eixo norteador para a produção do conhecimento. Considerando que as possibilidades e limites de cada método acabam por reverberar em níveis de abstração da realidade dos objetos pesquisados, o objetivo central é relacionar autores comumente utilizados em turismo e seus alinhamentos de método no sentido de ponderar se a formação nesta área está voltada à constituição de sujeitos com base compreensiva quanto à lógica exploratória e excludente do mercado ou foca a disposição de sujeitos tecnicistas-operacionais para o mercado. A técnica de pesquisa adotada foi a observação indireta via análise documental de programas e bibliografias das disciplinas Planejamento Turístico, Políticas Públicas de Turismo e Teoria Geral do Turismo em dezoito instituições ofertantes de cursos de bacharelado. Verifica-se que os autores mais utilizados ou referenciados nessas matérias, ao abordarem o turismo por métodos que desconsideram a dinâmica da forma de produção hegemônica da vida social – como pressuposto básico de mediação de nossos objetos – não produzem conhecimentos em nível de explicar causalidades e contradições para contribuir com enfrentamentos possíveis, mas se inquietam em suscitar individualidades e propiciar funcionalidade ao mercado.