DETUR - Departamento de Turismo

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Resultados da Pesquisa

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    Olhares da gestão do passeio do delta do Parnaíba.
    (2023) Campos, Gelson; Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio
    Os roteiros de turismo náutico no Brasil são facilitados pela rica hidrografia, a exemplo do Delta do Parnaíba, entre os estados do Piauí e do Maranhão. Todavia, a região ainda carece de planejamento turístico, como a governança descentralizada através dos olhares dos diferentes atores sociais envolvidos. Assim, o objetivo da pesquisa foi o de investigar as percepções da gestão do passeio do Delta do Parnaíba. A metodologia contou com duas etapas: de escritório e de campo. Na primeira houve a revisão de literatura de temas afins (e.g. turismo náutico, transportes e roteirização), seleção de potenciais entrevistados e elaboração de instrumentos de coleta de dados. Na segunda, entrevista a quatro pessoas representantes de instituições envolvidas nos passeios do Delta, sendo: duas agências de viagem (privado) e dois gestores (público). Os visitantes estavam interessados na área e seu potencial natural, econômico e cultural. Os resultados encontrados mostram que: há uma falta de política pública de divulgação turística local, bem como de planejamento; parte entende que há pouca parceria entre os órgãos públicos e demais setores; e relataram que ainda falta divulgação dos passeios realizados no Delta do Parnaíba, pois para eles seria importante para o crescimento e valorização da região. Conclui-se que o trabalho visa contribuir para o desenvolvimento de projetos baseados com melhores passeios no Delta do Parnaíba, que podem ser desenvolvidos em conjunto com proprietários e residentes.
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    Impactos da atividade turística nas falésias de Camocim, Ceará.
    (2022) Bezerra, Karolainy dos Santos; Silva, Letícia Miranda da; Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Braga, Solano de Souza
    Os atrativos naturais sempre foram paisagens buscadas por turistas. Todavia, a atividade turística gera impactos também ambientais, como aceleração da erosão em falésias. A Praia das Barreiras, em Camocim no Ceará, tem considerável visitação, devido à beleza exuberante de suas falésias, em perigo devido à ocupação desordenada e risco aos visitantes. Neste sentido, buscou-se analisar os danos sofridos nas falésias da Praia das Barreiras. A metodologia contou com pesquisa qualitativa e exploratória documental e de natureza bibliográfica. Os resultados demonstraram que as feições de relevo são instáveis e que o uso desregrado pode gerar desequilíbrios nos ecossistemas costeiros e urbanos. Em razão disto, o uso de geoindicadores é relevante para ajudar no mapeamento dos perigos costeiros devido aos crescentes impactos ambientais decorrentes dos processos erosivos naturais e das atividades humanas. Apresentamos também como uma das opções de segmento turístico a ser introduzido o Geoturismo, cujo principal objetivo é o de promover o conhecimento científico, a sustentabilidade e a conservação do patrimônio geológico. Conclui-se que são necessárias ações do poder público para a preservação, o incentivo, a pesquisa e os programas de conscientização aos turistas e moradores quanto à fragilidade das falésias e os riscos ambientais, além de ressaltar a importância de um turismo sustentável.
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    Unidades de conservação : uma revisão sobre as RPPN no setor de mineração de Minas Gerais.
    (2022) Pereira, Diego Luiz Carvalho de Brito; Oliveira Júnior, Arnaldo Freitas de; Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio
    O presente artigo tem como premissa realizar uma revisão bibliográfica sobre as unidades de conservação (UC) com ênfase na existência das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), como UC de uso sustentável e que se relacionam também com o setor de mineração. A metodologia considerou: busca nas bases Google Acadêmico, Plataforma Scielo e Portal Capes de trabalhos publicados entre 2010 a 2021; e em sites atuais de empresas brasileiras do setor de mineração e gestoras de RPPN com atuação em Minas Gerais. O refino dos dados foi realizado pela técnica de análise de discurso e de nuvem de palavras. Os resultados demonstraram a existência de forte conflito na relação da mineração nas proximidades de RPPN, além da carência de estudos buscando a valorização destas áreas como ativo de preservação ambiental e ferramenta para uma mineração mais sustentável. Conclui-se que é necessário evidenciar como estas UC podem colaborar para a sustentabilidade social da mineração.
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    Percepção do geoturismo por gestores do sítio do patrimônio mundial Ouro Preto-MG.
    (2022) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Moutinho, Nathalia Machado; Castro, Paulo de Tarso Amorim
    A cidade histórica de Ouro Preto foi o primeiro sítio patrimonial brasileiro reconhecido pela Unesco, em especial pelos critérios culturais. A cidade e seu entorno têm rico patrimônio cultural e natural, que pode ser mais explorado pelo geoturismo, interpretando os aspectos abióticos, como relevo e rochas. Neste sentido, o objetivo da pesquisa foi o de buscar compreender a percepção do geoturismo por gestores do patrimônio ouro-pretano. A metodologia ocorreu em etapas de escritório e de campo. Na primeira, houve revisão bibliográfica e digital e pesquisa documental, elaboração de instrumento de coleta de dados (formulários estruturados qualiquantitativos). Na segunda, aplicação de entrevista remota pelo Google Meet a grupo focal de gestores do patrimônio de Ouro Preto. Os resultados encontrados demonstram: que a oferta dos atrativos turísticos comercializados tem potencial geoturístico; e que o geoturismo ainda é um conceito pouco compreendido, com ênfase sobremaneira no patrimônio cultural (e turismo cultural), e quando ao patrimônio natural é associado ao ecoturismo e às unidades de conservação. Conclui-se que é necessária maior capacitação de geoturismo dos atores sociais responsáveis pela tomada de decisões patrimoniais.
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    Para além do patrimônio mundial protegido no Brasil.
    (2022) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Oliveira, Maria Amália de; Braga, Solano de Souza; Pimentel, Thiago Duarte
    O patrimônio está em risco por motivações diversas: as crises econômicas, as sanitárias, as climáticas, as políticas, as sociais e as bélicas. Mesmo com os auspícios da Unesco, o título de patrimônio da humanidade, por si só, nem sempre protege proteger os sítios que receberam essa chancela. O Brasil, com 23 sítios do patrimônio da humanidade, seja do cultural, natural e/ou misto, reflete em seu território aspectos desta crise que, em parte, é fruto de um turismo desordenado. O dossiê Turismo e Patrimônios da Unesco do Brasil, dos Anais Brasileiros de Estudos Turísticos, demonstrou, por meio de sete artigos, diversos aspectos e abordagens sobre o turismo em sítios que abrigam o patrimônio nacional reconhecido pela Unesco. Observou-se no dossiê que, para além do título de patrimônio mundial, são necessárias políticas públicas efetivas, gestão territorial com participação popular, para que não se reproduza o “patrimônio-território”, que turistifica de forma insustentável. Espera-se que o patrimônio sirva primeiramente às comunidades inseridas dentro e no entorno destes sítios. E que mesmo em áreas já gentrificadas os governantes, instituições de ensino e empresas privadas possam atuar para a reinserção e integração das comunidades locais e populações tradicionais na atividade turística e como agentes de proteção do patrimônio.
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    Resiliência (?) das agências receptivas da cidade histórica de Ouro Preto (MG).
    (2022) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Molina, Gabriela Felipeti
    O agenciamento turístico é um importante setor do turismo, tanto pela distribuição quanto pela produção da oferta turística. Na cidade histórica de Ouro Preto (MG) há diversos atrativos comercializados por agências de turismo, contanto não há estudos focados nas agências receptivas do município que, assim como o turismo, vem sendo impactadas pelas mudanças no mercado, com a atuação das agências virtuais e a própria Pandemia da Covid-19. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de conhecer melhor o agenciamento turístico do município e identificar sua resiliência diante da pandemia. A metodologia contou com revisão bibliográfica/digital e documental de agenciamento turístico e temas afins; sistematização de base de dados de agências de turismo; elaboração de instrumento de coleta de dados qualitativo e entrevista remota junto às agências de turismo do município. Os resultados apontam que: a maior parte das agências entrevistadas é de viagens, de porte pequeno, receptiva e focadas no segmento do ecoturismo; os gestores são os próprios proprietários, homens, negros, de meia idade e média instrução; se preocupam-se com os protocolos sanitários nos roteiros para a saúde dos clientes e, por outro lado, com o apoio governamental para a crise econômica gerada pela pandemia. Conclui-se que as agências demonstram resiliência no enfrentamento da pandemia, mas de forma frágil. Espera-se que as informações sejam utilizadas pelas instâncias de decisão pública e privada, para adaptação das políticas públicas de turismo e melhor gestão dos empreendimentos, respectivamente, preparando melhor o mercado para a retomada pós-pandemia.
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    Potencial espeleoturístico das grutas do Circuito do Pião, Parque Estadual do Ibitipoca (MG).
    (2021) Costa, Bruno Diniz; Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio; Lobo, Heros Augusto Santos
    O Parque Estadual do Ibitipoca (MG) é conhecido por suas cachoeiras e cursos d’água com coloração peculiar, bem como diversas cavernas turísticas e um potencial espeleológico a ser explorado. Neste contexto, torna-se necessário avaliar o potencial espeleoturístico das grutas abertas à visitação, a fim de atualizar as informações e percepções sobre sua conservação. A pesquisa realizada avaliou o potencial espeleoturístico das grutas do Circuito do Pião (Monjolinho, Viajantes e Pião), considerando suas fragilidades intrínsecas e potencialidades de uso. Assim, foi possível identificar os fatores condicionantes e limitantes à visitação turística nas três cavernas, apresentando resultados que podem contribuir com a gestão do parque. A interpretação dos resultados sugere a revisão da possibilidade de visitação da gruta do Pião, a limitação do uso público da gruta do Monjolinho e apresenta um alto potencial espeleoturístico para a gruta dos Viajantes, a qual necessita de intervenções de manejo que contribuam para o ordenamento da visitação turística.
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    Observação de aves e educação ambiental : percepções de alunos de escola pública, Uberlândia/MG.
    (2020) Alves, Kaylla Lemes; Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio
    O birdwatching (observação de aves) é uma atividade ecoturística praticada por pessoas de todas as idades e pode vir a ser uma ferramenta útil para se tratar da temática ambiental. A utilização da atividade em escolas pode ser vista como um complemento à educação formal, a intenção é unir a teoria à prática levando os alunos para além dos muros da escola (e gaiolas dos pássaros). Este estudo teve como objetivo compreender o grau de consciência ambiental dos alunos do 5° ano do ensino fundamental da Escola Municipal Professor Domingos Pimentel de Ulhôa, Uberlândia/MG, a fim de propor a observação de aves como forma de instigar o pensamento crítico deles em relação às questões ambientais. Essa pesquisa foi realizada em quatro etapas, aplicação de um questionário diagnóstico, palestra participativa, visita ao Parque Complexo do Sabiá e questionário final. Os resultados expressaram que os alunos conseguiram se conectar as atividades propostas se manifestando preocupados e reflexivos sobre a avifauna e aos problemas ambientais. Concluiu-se que a prática do birdwatching se mostra eficiente quando se aplicada às crianças, pois conseguiu despertar neles o interesse pelo debate sobre a conservação do meio ambiente.
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    Educação ambiental e roteirização : proposta de "campus-tour do Morro do Cruzeiro da UFOP", Ouro Preto (MG).
    (2020) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio
    A educação ambiental (EA) é uma temática recorrente no dia a dia, porém sua prática aparenta ser distante do cotidiano das pessoas. Neste sentido a disciplina de Educação Ambiental Aplicada ao Turismo do curso de bacharelado em Turismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) buscou elaborar um “campus-tour” via levantamento de Lugares de Interesse de Educação Ambiental (LIEA) no Campus Universitário Morro do Cruzeiro em Ouro Preto (MG) com vistas a sensibilizar alunos para a EA. A metodologia contou com etapas de escritório e de campo. Na primeira buscou-se revisão bibliográfica por meio de publicações de educação ambiental, trabalhos de campo em campi universitário e roteirização turística; e análise da percepção de 17 estudantes pelo relatório de campo. Na segunda o trabalho de campo a pé por 7 LIEA de temáticas de EA diversas. Os resultados apontam que: os discentes consideram o trabalho de campo como importante na prática; que aprenderam mais de EA; e que o Campus da UFOP tem potencial para roteiros interpretativos, mas que necessita de sinalização e capacitação para guiamento de estudantes e visitantes. Espera-se que a pesquisa possa colaborar para a sustentabilidade do Campus da UFOP, assim como ensino-aprendizagem para servidores públicos, alunos e visitantes.
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    Percepção do geoturismo por gestores de parques.
    (2020) Fonseca Filho, Ricardo Eustáquio
    A busca por recursos gera pressão antrópica sobre áreas naturais, essenciais para o balanço geoecossistêmico. Tais quais os parques, das categorias de unidades de conservação (UC’s) mais buscadas pelos turistas, como o Parque Nacional da Serra do Cipó (PNSC) e o Parque Estadual do Itacolomi (PEIT) e o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (PESRM), MG e seus principais atrativos ecogeoturísticos, respectivamente cachoeiras, mirantes e pico. Por sua vez repercutindo na importância da gestão da UC tanto para a conservação quanto para o acesso ao turista. Assim, o objetivo do presente trabalho foi o de identificar a percepção do geoturismo pelos gestores de três parques mineiros. Para tanto, os procedimentos metodológicos considerados foram: revisão de literatura, elaboração de instrumento de coleta de dados, entrevistas dos gestores do PNSC, PEIT e PESRM, tabulação, análise do discurso e discussão dos dados. Os resultados demonstraram sobremaneira que: os gestores conhecem o geoturismo, mas conceituam sem o aspecto interpretativo; os parques têm atrativos geológicos, em parte motivação dos visitantes; o patrimônio geológico é relacionado à paisagem, sendo importante preservá-lo. Observou-se ainda a associação do geoturismo ao ecoturismo já presente nos parques, como estratégia de conservação da geodiversidade e da biodiversidade. Espera-se que a pesquisa sirva à revisão dos planos de manejo e gestão dos parques e possibilitem estratégias de geoconservação.