DECAD - Departamento de Administração

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    Teoria crítica e didática : um desafio para a educação contemporânea.
    (2018) Maranhão, Carolina Machado Saraiva de Albuquerque; Santos, Flávia Carolini Pereira dos; Gouveia, Pedro Nunes
    Este artigo se propõe a tecer reflexões sobre a semiformação, estado em que se encontra o ensino superior, apresentando a didática crítica de Gruschka (2014) como alternativa crítica, capaz de recuperar o potencial de esclarecimento da educação. Para tal, pautou-se a discussão através dos estudos críticos de Adorno (1996) em seu ensaio conhecido como a Teoria da Semicultura (1959). A massificação cultural invadiu o sistema educacional cuja formação técnica e racional se multiplicou e resultou na banalização de práticas que revelam a degradação de espaços - como a sala de aula - que originariamente deveriam permitir a capacidade da autorreflexão, em locais de doutrinação instrumental de artifícios que postulam os alunos às exigências do mercado e aos imperativos de uma sociedade totalmente imersa no consumismo. Criou-se uma formação na qual todos os interesses se aliaram ao capital - a ideia de que o sujeito quanto mais ajustado ao seu estilo de vida à lógica do capital, mais produtivo se tornava. Restou para a educação contemporânea o desafio de permanecer na reflexão crítica quando seu ambiente já está tomado pelo semiformação.
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    A imanência entre a teoria crítica e a pesquisa empírica : contribuições para os estudos organizacionais.
    (2017) Maranhão, Carolina Machado Saraiva de Albuquerque; Vilela, José Ricardo de Paula Xavier
    Muitas pesquisas no campo da administração têm se baseado no referencial da teoria crítica para o desenvolvimento de análises das situações sociais próprias ao campo. Dentre os diversos autores que compõem essa escola, Adorno tem sido largamente utilizado, principalmente por seus conceitos de indústria cultural, sociedade administrada e educação crítica. No entanto, a teoria crítica tem sido muito utilizada para balizar estudos de natureza teórica e ensaística. Esse uso restrito dessa teoria cria um viés (ou parte dele) de que a pesquisa oriunda do referencial frankfurtiano não pode ser baseada em dados empíricos ou mesmo na tradicional forma de pesquisa de campo, como entrevistas e surveys, muito comuns à área da administração. O objetivo deste artigo é, portanto, revelar a imanente relação entre teoria crítica e pesquisa empírica. Uma vez posta à mesa, criam-se as condições para a reflexão crítica e para o “resgate do instante de realização da filosofia” (ADORNO, 2009, p. 11). Propusemo-nos a tal ao resgatarmos o projeto empírico da teoria crítica, em especial Adorno. Buscamos, com esse esforço, contribuir para a área de estudos organizacionais por meio da definição de que as pesquisas empíricas muito comuns a esse campo podem sim ser baseadas nos princípios teóricos desenvolvidos por Adorno e seus colegas do Instituto de Pesquisa Social.