EMED - Escola de Medicina

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    Dificuldades no trabalho em saúde mental : percepção de trabalhadores do Núcleo de Apoio à Saúde da Família na macrorregião oeste de Minas Gerais.
    (2023) Guimarães, Denise Alves; Oliveira, Vanessa Cristina de Paiva; Coelho, Vivian Andrade Araújo; Gama, Carlos Alberto Pegolo da
    No atual cenário de manobras neoliberais no país, mudanças nas Políticas de Atenção em Saúde alteram formas de organização e financiamento dos serviços, desdobram-se em formas precarizadas de trabalho e ameaçam conquistas da Reforma Psiquiátrica e Atenção Psicossocial. Buscou-se identificar e analisar, na percepção de profissionais de 11 equipes de Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), dificuldades no processo de construção de uma política de Saúde Mental (SM) na Atenção Básica em Saúde (ABS). Realizou-se estudo qualitativo, a partir de entrevistas com 11 profissionais de SM dos NASF, e estas foram analisadas considerando-se o referencial da Análise de Conteúdo. As dificuldades identificadas foram: formas precárias de contratação; alta rotatividade; carga horária insuficiente; baixa remuneração; concentração da carga horária em atividades de assistência; falta de compartilhamento e integração de serviços e profissionais; desarticulação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). O Apoio Matricial não estava incorporado e não havia políticas de Educação Permanente em Saúde (EPS) no conjunto dos municípios estudados. No entanto, os NASF contribuíam para melhorar o cuidado em SM. Conclui-se que as mudanças em curso impõem desafios para a sustentação de conquistas em SM e consolidação da política de SM na ABS dos municípios estudados.
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    As relações sociais de travestis e mulheres transgênero em favela de uma cidade metropolitana brasileira registradas pelo Ecomapa.
    (2022) Gonçalves, Gabriela Persio; Lima, Eloisa Helena de
    Introdução: A Organização Mundial da Saúde tem trabalhado com a premissa da equidade com respeito universal pela dignidade humana, assumindo o compromisso de “não deixar ninguém para trás”, e por esse motivo direciona um olhar especial para a população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e intersexuais. Sabe-se que a população transgênero é especialmente atingida por diversos estigmas sociais que impactam seu processo de saúde e adoecimento. Entendendo a Atenção Primária à Saúde como espaço primordial para a garantia de direitos dessa população, é necessário que os Centros de Saúde intensifiquem os esforços para acolher essas pessoas; um passo importante pode ser entender como é seu relacionamento familiar e sua inserção comunitária. Objetivo: Auxiliar na construção da visibilidade das representações que as mulheres transgênero e travestis assistidas em um Centro de Saúde têm sobre suas relações sociais. Métodos: Foram entrevistadas as travestis e mulheres transgênero moradoras de comunidade assistida pelo Centro de Saúde. As entrevistas foram feitas em profundidade e com a elaboração de ecomapa, sistematizadas com as participantes e posteriormente enviadas para sua aprovação. Os ecomapas individuais foram sintetizados em um único. Resultados: Todas as cinco travestis e mulheres transgênero que residiam na área foram entrevistadas. A média de idade foi de 27,5 anos. Sobre a autodeclaração de raça/cor, uma é branca, duas são pardas e duas, negras. Duas encontravam-se com vínculo de trabalho formal e três sem ocupação. Quatro apresentavam ensino médio completo e uma, ensino fundamental incompleto, conforme indicado na Tabela 1. Para a maioria das travestis e mulheres trans dessa comunidade, é notável o suporte familiar como ponto de apoio. No que concerne a equipamentos de proteção social, o mais citado foi a Defensoria Pública, uma organização não governamental e o Centro de Referência da Assistência Social. Todas fazem seu acompanhamento no Centro de Saúde, e uma referiu estar mais afastada por não ter demanda. A religiosidade candomblecista também foi fator de suporte para duas das entrevistadas. A maior dificuldade foi relativa à empregabilidade, com relatos de situações de transfobia. Uma das entrevistadas identificou que tem um problema relacionado à drogadição. Conclusões: Ainda há muito a evoluir em políticas públicas que promovam equidade e saúde para as mulheres trans e travestis, especialmente na garantia de cuidados com a saúde, de incentivos à empregabilidade trans e de combate à transfobia, porém as mulheres da comunidade estudada e suas famílias indicam-nos como o acolhimento e o apoio podem ser fatores diferenciais nessas trajetórias de vida.
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    O cuidado da população LGBT na perspectiva de profissionais da Atenção Primária à Saúde.
    (2022) Val, Alexandre Costa; Manganelli, Mariana de Sousa; Moraes, Vitor Miguel Fernandes de; Cano Prais, Hugo Alejandro; Ribeiro, Gustavo Meirelles
    As pessoas LGBT se deparam com dificuldades e barreiras que prejudicam o acesso aos serviços de saúde. A falta de preparo e de sensibilidade dos profissionais, nesse contexto, são alguns dos elementos que reiteram as iniquidades em saúde e a vulnerabilidade desses corpos. Para conhecer esse fenômeno, entrevistamos 15 trabalhadores da Atenção Primária à Saúde e analisamos suas falas seguindo a perspectiva da análise do discurso foucaultiana. Os resultados evidenciaram que, apesar de os profissionais conhecerem a temática, eles usam estratégias discursivas que velam seus preconceitos e resistências, dificultando o reconhecimento das possibilidades de agência na transformação dessa realidade. A mobilização de categorias relativas às identidades e aos direitos sexuais em seus discursos indica deslocamentos no regime de sexualidade contemporâneo que devem ser considerados em intervenções de educação em saúde. A implicação de cada um na materialização das diferenças que marcam o campo sexual se demonstrou, nesse sentido, fundamental para discussão de formas de cuidado que sejam verdadeiramente acolhedoras e que não reforcem as desigualdades dos corpos que desafiam o binarismo e a heteronormatividade social.
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    Fatores associados à utilização da atenção primária pela população adulta de Belo Horizonte, Minas Gerais, segundo inquérito telefônico.
    (2020) Perillo, Rosângela Durso; Poças, Kátia Crestine; Machado, Ísis Eloah; Bernal, Regina Tomie Ivata; Duarte, Elisabeth Carmen; Malta, Deborah Carvalho
    Objetivo: analisar o perfil de utilização dos serviços de atenção primária à saúde (APS) e a associação com as características sociodemográficas, condições de saúde, os fatores de risco comportamentais para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Métodos: análise do modulo sobre a avaliação da APS incluído no inquérito telefônico Vigitel 2015. Foram entrevistados 2.006 adultos. Os critérios de elegibilidade foram adultos ≥18 anos que utilizaram a APS nos 12 meses anteriores à entrevista. Foram calculadas as razões de prevalência bruta e ajustada por escolaridade e raça/cor. Utilizou-se a regressão de Poisson para verificar a associação da utilização da APS com características sociodemográficas, condições de saúde e fatores de risco. Resultados: observou-se que a utilização da APS foi maior entre entrevistados sem plano de saúde (RP=1,76; IC95% 1,55- 1,99); com baixa escolaridade, isto é, ≤8 anos de estudo (RP 1,59; IC95% 1,35-1,87), seguido de nove a 11 anos de estudos (RP 1,37; IC95% 1,16-1,61); e as mulheres (RP 1,34; IC95% 1,19-1,51). Usaram menos APS os entrevistados que referiram uso abusivo de álcool (RP=0,79; IC95% 0,66-0,95) e na faixa etária de 40 a 59 anos (RP 0,93; IC95% 0,88-0,99). Conclusão: o inquérito telefônico consiste em ferramenta útil para conhecer a realidade de saúde da população. O estudo atual pela primeira vez analisou módulo-piloto do Vigitel sobre uso de serviços de saúde e identificou que a utilização da APS foi mais frequente na população de baixa escolaridade, sem planos de saúde, mulheres, 40 a 59 anos e em uso abusivo de álcool.
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    Fatores de risco para Síndrome de Burnout em profissionais da equipe de saúde bucal da Rede Pública de Saúde de Belo Horizonte - MG.
    (2022) Silva, Vivian Belo de Assis; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Figueiredo, Adriana Maria de; Machado, Elaine Leandro
    Existe um interesse latente no tempo atual, em questionar o que no trabalho pode ser apontado como fonte específica de nocividade para a vida mental, ou seja, as condições em que o trabalho é executado repercutem diretamente na fisiologia do corpo. Assim, é relevante observar e debater como é afetada a saúde mental dos diversos servidores que atuam dentro da UBS. Este estudo tem como objetivo avaliar fatores de risco para a Síndrome de Burnout em trabalhadores da saúde da rede municipal de Belo Horizonte, com foco específico no grupo de profissionais das Equipes de Saúde Bucal (ESB). A principal hipótese é que o trabalho exercido por esses profissionais, da forma que ele se apresenta hoje em dia, em consultórios compartilhados, grande demanda de atendimentos, dentre outros desafios da saúde pública no Brasil, contribui para o aumento dos casos da Síndrome de Burnout entre os profissionais das Equipes de Saúde Bucal. O estudo é do tipo transversal descritivo, de natureza quantitativa. A metodologia incluiu elaboração e aplicação de um questionário elaborado especificamente para esse estudo, com perguntas específicas direcionadas aos participantes da pesquisa, e um segundo instrumento, já validado e considerado padrão ouro, o Maslach Burnout Inventory (MBI) para avaliação da Síndrome de Burnout. Os questionários foram encaminhados online a todas as 308 Equipes de Saúde Bucal da rede municipal de Belo Horizonte, e após a devolutiva pelos participantes, foi elaborado um banco de dados, que passaram por tratamento estatístico com o objetivo de obter medidas de tendência central, distribuição de frequências e as correlações entre os fatores pesquisados, por meio do Teste χ2 e Cálculo da Razão de Prevalência. Os indivíduos estudados (n=109) foram em sua maioria do sexo feminino, com idade média 44,19 ±10,61, em sua maioria apresentam pós-graduação, moram com familiares ou amigos e contribuem com grande parcela das contas em casa. Observou-se que entre os principais fatores de risco para Síndrome de Burnout estão: servidores responsáveis pela maior parte dos gastos e orçamento familiar, pessoas que moram com familiares e amigos e, por fim, servidores que apresentam angústia no ambiente de trabalho. A Razão de Prevalência para o desenvolvimento de Síndrome de Burnout entre os que moram com familiares foi 10 vezes maior, entre os responsáveis pela maior parte dos gastos e orçamento familiar foi 25 vezes maior, e entre os que sentem angústia no ambiente de trabalho foi 8,33 vezes maior. Tais aspectos parecem produzir uma sobrecarga emocional e psíquica no servidor que acaba atrelando o trabalho a questões de “necessidade de sobrevivência” para as duas primeiras variáveis, e como um local de angústia para a terceira variável.
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    A prevenção quaternária na prática médica prescritiva na atenção primária à saúde durante a pandemia de COVID-19.
    (2022) Santos, Lucas Leonardo Knupp dos; Savassi, Leonardo Cançado Monteiro; Figueiredo, Adriana Maria de; Savassi, Leonardo Cançado Monteiro; Figueiredo, Adriana Maria de; Ribeiro, Marco Túlio Aguiar Mourão; Souza, Ricardo Alexandre de; Lima, Eloisa Helena de
    Com a emergência da Pandemia do Covid-19, a população busca por tratamento e/ou cura da Covid-19, os profissionais de saúde têm de lidar com esse desejo por tratamentos com eficácia não comprovada e enfrentar o crescente negacionismo em nossa sociedade. Diante desse cenário, torna-se importante retomar o conceito da Prevenção Quaternária (P4), criada pelo Médico de Família e Comunidade Belga Marc Jamoulle, que resgata o princípio hipocrático do Primum non nocere. Nesse estudo exploratório de abordagem qualitativa utilizam-se entrevistas em profundidade para compreender os sentimentos vividos pelos profissionais da Atenção Primária que atuaram durante a pandemia bem como seu conhecimento sobre a P4 e utiliza-se a análise temática para trazer os fatores dificultadores e facilitadores de sua prática. Foram entrevistados 10 médicos, com distribuição homogênea entre os gêneros na amostra, 9 profissionais possuem residência médica em Medicina de Família e Comunidade. A média de idade dos entrevistados foi de 37,5 anos e o tempo de prática médica média foi de 12,9 anos. Os fatores dificultadores que emergiram após a análise temática foram o negacionismo e a graduação médica, por outro lado os facilitadores foram a residência médica, as habilidades de comunicação, a prática em saúde baseada em evidências e a longitudinalidade. As entrevistas em profundidade com estímulo a narrativa permitiram compreender os sentimentos dos profissionais, principalmente, o medo diante do novo, de ser agente de contágio para seus contactantes íntimos, das perdas e do luto, a ideia de impotência diante da propaganda de desinformação perpetuada por lideranças, principalmente, o presidente da República. Existe muito que melhorar nos cuidados em saúde providos pela Atenção Primária à Saúde no Brasil, entretanto esse estudo sugere que o investimento na residência médica é importante para qualificar a prática prescritiva em cuidados de saúde que respeita os princípios da prevenção quaternária.
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    Estágio de odontologia na saúde da família de Itabirito, Minas Gerais : desafios e potencialidades da formação para o SUS.
    (2022) Chaves, Vanessa Reis; Assis, Aisllan Diego de; Assis, Aisllan Diego de; Nuto, Sharmênia de Araújo Soares; Figueiredo, Adriana Maria de; Ribeiro, Gustavo Meirelles
    As experiências de estágio para a formação no ensino superior são fundamentais para o desenvolvimento profissional. O município de Itabirito, em Minas Gerais, recebe, na Estratégia Saúde da Família (ESF) do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade, por semestre, até três estudantes no final do curso de Odontologia de uma Instituição de Ensino Superior privada (IES), sendo assim, os objetivos deste trabalho são analisar a formação desses estudantes de Odontologia na Estratégia Saúde da Família (ESF) do Sistema Único de Saúde (SUS) de Itabirito/MG., descrevendo e compreendendo os processos formativo e avaliativo do estágio de Odontologia a partir dos seus sujeitos, documentos e história. Para o estudo, foram realizadas entrevistas individuais com roteiro semiestruturado com 10 mulheres, sendo quatro preceptoras dentistas, quatro estudantes e duas coordenadoras. A análise das entrevistas foi realizada pela técnica de análise de conteúdo, quando foram elaboradas nove categorias e uma subcategoria analíticas que revelaram um processo formativo que é dividido entre o SUS e o sistema privado e entre o consultório e a saúde bucal coletiva. O estudante é inserido tardiamente na estratégia saúde da família de Itabirito para estágio e ali permanece por três meses. A análise dos resultados buscou revelar uma formação mais humanizada, baseada nos princípios e diretrizes da atenção primária, com alto nível de saberes e complexidade, característica da Estratégia Saúde da Família, para que esses futuros profissionais estejam preparados para atender no SUS.
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    A contribuição da Estratégia Saúde da Família na formação em saúde : uma análise dos processos formativos, do exercício da preceptoria e educação interprofissional na Unidade Básica de Cabanas, Mariana, Minas Gerais.
    (2022) Oliveira, Naiara Alvares de; Figueiredo, Adriana Maria de; Figueiredo, Adriana Maria de; Koifman, Lilian; Azevedo, Diana Paola Gutierrez Diaz de
    A formação em saúde é contemplada pela interlocução entre ensino, serviço, gestão e controle social. A Estratégia Saúde da Família representa o serviço prestado na Atenção Primária à Saúde, com atuação nos processos educativos junto aos usuários e estudantes em diversos níveis de formação. Essa contribuição se mostra na Unidade Básica de Saúde de Cabanas no município de Mariana, Minas Gerais, nos diversos projetos desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto, assim como no exercício da preceptoria no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde nas suas várias edições. Os processos formativos estão sofrendo mudanças com as novas demandas dos estudantes, que trazem processos reflexivos bem mais estruturados. Há uma necessidade crescente de aprofundamento teórico que proporcione uma formação voltada para as necessidades do Sistema Único de Saúde do Brasil. Os objetivos principais deste trabalho foram: analisar o significado atribuído ao exercício da preceptoria e formação em saúde pelos profissionais da UBS Cabanas e conhecer o perfil da Educação em Saúde da UBS Cabanas e analisar a interlocução entre os eixos da formação em saúde no território.O método escolhido foi uma pesquisa qualitativa descritiva que foi desenvolvida através da triangulação envolvendo aplicação de questionário e entrevistas com os profissionais da unidade que participam dos processos formativos no território, observação da formação no cenário de aprendizagem de Cabanas e análise documental dos produtos e dos contratos pactuados na formação em saúde.Uma equipe de saúde que preza pela atenção centrada no estudante pode garantir melhorias significativas nos processos de trabalho. Todas as contribuições dos estudantes, seja do PET- Saúde, assim como atuação com os estudantes da graduação, foram muito válidas para o serviço, uma vez que o olhar do outro consegue captar nuances que a própria equipe de trabalho não consegue atentar para alguns nós críticos na rotina da Saúde da Família. Um projeto de um curso de formação para preceptores foi um dos principais produtos desse processo de trabalho, pois uma equipe fortalecida consegue trabalhar de forma colaborativa, criando uma identidade interprofissional.
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    Recomendações para a atenção domiciliar em período de pandemia por COVID-19 : recomendações conjuntas do GT Atenção Domiciliar SBMFC e da ABRASAD.
    (2020) Savassi, Leonardo Cançado Monteiro; Reis, Gustavo Valadares Labanca; Dias, Mariana Borges; Vilela, Lidiane de Oliveira; Ribeiro, Marco Túlio Aguiar Mourão; Zachi, Mara Lúcia Renostro; Nunes, Mônica Regina Prado de Toledo Macedo
    A pandemia da COVID-19 trouxe como uma de suas consequências a necessidade de reorganização dos sistemas de saúde. A Atenção Domiciliar (AD) se apresenta como opção para: interromper a transmissão; identificação precoce e cuidado de pacientes infectados; possibilidade de alta precoce e continuidade do cuidado fora do hospital; além da orientação aos familiares. Este artigo apresenta as possibilidades de cuidados no domicílio pelas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) e de AD e os cuidados necessários que estas equipes devem ter ao realizar seu trabalho. É necessário manter pessoas seguras em casa, evitar a exposição ao risco, manter o papel de vigilância e cuidado das que dependem da AD, e as equipes devem reorganizar o processo de trabalho para um cuidado domiciliar efetivo. Na APS o cuidado remoto parece ser uma alternativa viável pelos agentes de saúde para o monitoramento, orientação e seguimento dos pacientes, deixando a visita domiciliar com a equipe para aqueles casos indicados. AD na suspeita ou confirmação da COVID-19 é possível, desde que a equipe esteja treinada, disponha de todos os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) necessários e o ambiente domiciliar compatível. Deve-se garantir continuidade do cuidado para pessoas com doenças crônicas durante a pandemia necessitam, sendo possível equacionar ferramentas da telemedicina e cuidado presencial caso a caso. Para os pacientes que foram hospitalizados e evoluíram satisfatoriamente é possível avaliar a continuidade do cuidado no domicílio sob acompanhamento da APS e AD. Devem ser instituídas medidas de precauções para a equipe e pacientes, garantindo que todos os profissionais sejam capacitados para uso de EPI, além de orientações para prevenção da transmissão de agentes infecciosos no domicílio. AD é essencial para acesso a pessoas com condições agudas, descompensação de doenças crônicas, tendo o desafio da organização do serviço utilizando a telessaúde e cuidados domiciliares de forma racional.
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    Cultichá – vínculo e práticas integrativas no cuidado de adultos e idosos em Ouro Preto-MG.
    (2021) Moura, Mariana Codevilla Santana de; Teixeira, Amanda Miranda Matos; Nunes, Gabriela Ferreira; Nunes, Maiza Marilac; Milagres, Melissa Isaac; Boseja, Marcelo Silveira; Oliveira, Vitor Hugo Costa; Assis, Aisllan Diego de
    No bairro Santa Cruz, Ouro Preto-MG, há um aumento na população adulta e idosa, o que coincide com a mudança demográfica nacional, assim como o uso excessivo de medicamentos nessa população. Os idosos, especialmente, são suscetíveis à quebra de vínculos e solidão devido ao isolamento social. Como alternativa, criou-se o projeto “CultiChá”, realizado por estudantes de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com objetivo de (re)estabelecer os vínculos afetivos e comunitários entre usuários e equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, por meio de rodas de conversa, plantio de ervas e preparo de chás medicinais. Nas rodas do “CultiChá” estudantes, profissionais e usuários realizaram preparo e consumo dos chás debatendo o uso e benefícios das plantas medicinais. Foram 4 rodas que acolheram 67 participações e produziram 17 vasos artesanais com 33 plantas medicinais, estando disponíveis à comunidade. As atividades do projeto foram capazes de promover vínculo entre os participantes, que puderam compartilhar alternativas naturais e de baixo custo para promoção da saúde e do bem-estar. O “CultiChá” propiciou experiência de ensino, aprendizado e cuidado, ressaltando o potencial e necessidade das práticas grupais e integrativas no cuidado à saúde da população adulta e idosa.