EMED - Escola de Medicina

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    Multimorbidity and complex multimorbidity in Brazilian rural workers.
    (2019) Petarli, Glenda Blaser; Cattafesta, Monica; Sant’Anna, Monike Moreto; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Zandonade, Eliana; Salaroli, Luciane Bresciani
    Objective To estimate the prevalence of multimorbidity and complex multimorbidity in rural workers and their association with sociodemographic characteristics, occupational contact with pes- ticides, lifestyle and clinical condition. Methods This is a cross-sectional epidemiological study with 806 farmers from the main agricultural municipality of the state of Espı ́rito Santo/Brazil, conducted from December 2016 to April 2017. Multimorbidity was defined as the presence of two or more chronic diseases in the same individual, while complex multimorbidity was classified as the occurrence of three or more chronic conditions affecting three or more body systems. Socio-demographic data, occupational contact with pesticides, lifestyle data and clinical condition data were collected through a structured questionnaire. Binary logistic regression was conducted to identify risk factors for multimorbidity. Results The prevalence of multimorbidity among farmers was 41.5% (n = 328), and complex multi- morbidity was 16.7% (n = 132). More than 77% of farmers had at least one chronic illness. Hypertension, dyslipidemia and depression were the most prevalent morbidities. Being 40 years or older (OR 3.33, 95% CI 2.06–5.39), previous medical diagnosis of pesticide poison- ing (OR 1.89, 95% CI 1.03–3.44), high waist circumference (OR 2.82, CI 95% 1.98–4.02) and worse health self-assessment (OR 2.10, 95% CI 1.52–2.91) significantly increased the chances of multimorbidity. The same associations were found for the diagnosis of complex multimorbidity. Conclusion We identified a high prevalence of multimorbidity and complex multimorbidity among the evaluated farmers. These results were associated with increased age, abdominal fat, pesti- cide poisoning, and poor or fair health self-assessment. Public policies are necessary to pre- vent, control and treat this condition in this population.
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    Exposição ocupacional a agrotóxicos, riscos e práticas de segurança na agricultura familiar em município do estado do Espírito Santo, Brasil.
    (2019) Petarli, Glenda Blaser; Cattafesta, Monica; Luz, Tamires Conceição da; Zandonade, Eliana; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Salaroli, Luciane Bresciani
    Objetivo: caracterizar a exposição ocupacional, percepção do risco, práticas de segurança e fatores associados ao uso de equipamento de proteção individual (EPI) durante a manipulação de agrotóxicos. Métodos: estudo transversal com amostra representativa de agricultores de Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo. Procedeu-se à caracterização sociodemográfica e ocupacional dos agricultores com exposição direta a agrotóxicos e a identificação dos ingredientes ativos e classificação toxicológica dos produtos utilizados. Resultados: foram referidas 106 marcas comerciais, 45 grupos químicos e 77 ingredientes ativos. Houve predomínio do herbicida glifosato. Dos 550 agricultores avaliados 89% referiram uso de agrotóxicos extremamente tóxicos, 56,3% utilizavam mais de cinco agrotóxicos e 51% trabalhavam há mais de 20 anos em contato direto com estes produtos. Metade não lia rótulo dos agrotóxicos, mais de um terço não observava o tempo de carência para colheita e reaplicação e nem o de reentrada na lavoura; 71,4% não utilizavam EPI ou utilizavam de forma incompleta. Entre os fatores associados à não utilização do EPI, destaca-se a classe socioeconômica (p = 0,002), baixa escolaridade (p = 0,05), falta de suporte técnico (p < 0,001) e não leitura dos rótulos (p < 0,001). Conclusão: os agricultores apresentaram exposição ocupacional prolongada a múltiplos agrotóxicos de elevada toxidade, referindo práticas inseguras de manuseio.
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    Condições de trabalho e atuação de conselheiros de alimentação escolar em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo.
    (2019) Souza, Anelise Andrade de; Silva, Camilo Adalton Mariano da; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Bonomo, Élido
    A atuação adequada dos Conselhos de Alimentação Escolar gera perspec- tivas de redução de irregularidades na utilização dos recursos públicos e melhoria da qualidade da alimentação escolar. Buscou-se, neste estudo, conhecer as condições de trabalho e atuação dos conselheiros segundo as normativas do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Foi realiza- do estudo transversal com 425 conselheiros oriundos de 84 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. Foram realizadas análises descritivas, univariadas e multivariadas, utilizando testes do qui-quadrado de Pear- son e regressão de Poisson, obtendo-se a razão de prevalência. Os resul- tados do estudo indicaram funcionamento precário dos conselhos, assim como condições de trabalho inadequadas para os conselheiros, que têm sua atuação prejudicada pela inadequação de infraestrutura de trabalho. As razões de prevalência sugerem uma ação positiva no controle social quando o conselheiro é eleito democraticamente, quando possui adequada infraestrutura de trabalho e acesso a informações sobre o progra- ma. Os achados denotam a necessidade de propiciar aos conselheiros educação continuada, melhorar suas condições de trabalho e favorecer sua atuação participativa e democrática, propiciando um efetivo controle social do programa.
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    Distanciamento social, sentimento de tristeza e estilos de vida da população brasileira durante a pandemia de Covid-19.
    (2019) Malta, Deborah Carvalho; Gomes, Crizian Saar; Szwarcwald, Célia Landmann; Barros, Marilisa Berti de Azevedo; Silva, Alanna Gomes da; Prates, Elton Junio Sady; Machado, Ísis Eloah; Souza Júnior, Paulo Roberto Borges de; Romero, Dália Elena; Lima, Margareth Guimaraes; Damacena, Giseli Nogueira; Azevedo, Luiz Otávio; Pina, Maria de Fátima de; Werneck, André Oliveira; Silva, Danilo Rodrigues Pereira da
    O objetivo do estudo foi analisar a adesão ao distanciamento social, as repercussões no estado de ânimo e as mudanças nos estilos de vida da população adulta brasileira durante o início da pandemia da Covid-19. Estudo transversal com indivíduos adultos residentes no Brasil (n = 45.161) que participaram do inquérito de saúde virtual ConVid – Pesquisa de Comportamentos, no período de 24 de abril a 24 de maio de 2020. Da amostra estudada, apenas 1,5% levou vida normal, sem nenhuma restrição social, e 75% ficaram em casa, sendo que, destes, 15% ficaram rigorosamente em casa. Os sentimentos frequentes de tristeza ou depressão (35,5%), isolamento (41,2%) e ansiedade (41,3%) foram reportados por grande parte da população estudada. Verificou-se que 17% dos participantes reportaram aumento do consumo de bebidas alcoólicas e que 34% dos fumantes aumentaram o número de cigarros. Observou-se aumento no consumo de alimentos não saudáveis e redução da prática de atividade física no período estudado. Conclui-se que houve elevada adesão ao distanciamento social e aumento dos sentimentos de tristeza, depressão e ansiedade, bem como aumento de consumo de alimentos não saudáveis, uso de bebidas alcóolicas e cigarros e redução da prática de atividade física.
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    Mortes evitáveis por ações do Sistema Único de Saúde na população da Região Sudeste do Brasil.
    (2019) Saltarelli, Rafaela Magalhães Fernandes; Prado, Rogério Ruscitto do; Monteiro, Rosane Aparecida; Machado, Ísis Eloah; Teixeira, Bárbara de Sá Menezes; Malta, Deborah Carvalho
    O objetivo deste artigo é analisar a tendência da mortalidade na população de 5 a 69 anos, residente na região Sudeste e Unidades Federadas (UF), utilizando-se a “Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis”. Estudo ecológico de séries temporais da taxa de mortalidade padronizada por causas evitáveis e não evitáveis, com correções para as causas mal definidas e o sub-registro de óbitos informados, no período de 2000 a 2013. Evidenciou-se o declínio da taxa de mortalidade na população de 5 a 69 anos residente na região Sudeste por causas evitáveis (2,4% ao ano) e não evitáveis (1,5% ao ano) no período 2000- 2013. Houve queda em todos os grupos de causas de mortes evitáveis e estabilidade nas causas de morte materna. As mortes por doenças não transmissíveis reduziram 2,7% ao ano e foram mais elevadas na faixa etária de 60 a 69 anos em 2013 (211,8/100.000 hab. para as mortes por doenças isquêmicas do coração; 146,3/100.000 hab. para as doenças cerebrovasculares; e 96,5/100.000 hab. para diabetes). As taxas de mortes evitáveis mais elevadas são por doenças crônicas não transmissíveis e causas externas, ambas sensíveis às intervenções de promoção da saúde e intersetoriais, o que reforça a necessidade de políticas de saúde integradas.
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    Estimativa do consumo de sal pela população brasileira : resultado da Pesquisa Nacional de Saúde 2013.
    (2019) Mill, José Geraldo; Malta, Deborah Carvalho; Machado, Ísis Eloah; Ferreira, Arthur Pate de Souza; Pereira, Cimar Azeredo; Jaime, Patricia Constante; Szwarcwald, Célia Landmann; Rosenfeld, Luiz Gastão Mange
    :Objetivo: Estimar o consumo de sal na população brasileira pela excreção urinária de sódio. Métodos: A Pesquisa Nacional de Saúde (2013) teve como objetivo obter dados de saúde de adultos (≥ 18 anos) por meio de seleção aleatória de domicílios. Em cada domicílio foi selecionado um adulto para coleta de dados biológicos (antropometria, pressão arterial, sangue e urina). A urina foi enviada para um laboratório central, para medida da concentração de sódio (eletrodo sensível) e creatinina (método de Jaffé). A estimativa da excreção de sódio foi feita com a equação de Tanaka. Resultados: A dosagem urinária de sódio e de creatinina foi obtida em 8.083 indivíduos (58% mulheres). O consumo médio de sal foi estimado em 9,34 g/dia (intervalo de confiança de 95% — IC95% 9,27 – 9,41), sendo maior em homens (9,63 g/dia; IC95% 9,52 – 9,74) do que em mulheres (9,08 g/dia; IC95% 8,99 – 9,17). Não foram observadas diferenças importantes em relação à faixa etária, cor da pele nem escolaridade. O maior consumo foi detectado nas regiões Sudeste e Sul e o menor no Nordeste e Norte. Apenas 2,4% (IC95% 2,0 – 2,8) da amostra apresentou consumo inferior a 5 g/dia, e 58,2% (IC95% 56,7 – 59,6) dos participantes tiveram consumo estimado de 8 a 12 g/dia. Conclusão: O consumo médio de sal da população brasileira é, aproximadamente, o dobro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (5 g/dia). Tendo em vista a associação da alta ingestão de sal com hipertensão arterial e decréscimo da função renal, os dados apontam para a necessidade de adoção de políticas públicas abrangentes para redução desse consumo na população brasileira.
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    Prevalência de anemia em adultos e idosos brasileiros.
    (2019) Machado, Ísis Eloah; Malta, Deborah Carvalho; Bacal, Nydia Strachman; Rosenfeld, Luiz Gastão Mange
    Objetivo: Verificar a prevalência de anemia em adultos e idosos brasileiros. Métodos: Foram utilizados dados provenientes de exames laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde. Trata-se de um estudo transversal no qual foram incluídos 8.060 indivíduos com idades acima de 18 anos de todos os estados brasileiros. Foram estudados os seguintes indicadores obtidos por meio de eritrograma: dosagem de hemoglobina, volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e red cell distribution width (RDW). Utilizaram-se as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que consideram anemia o nível de hemoglobina menor que 13,0 g/dL para homens e menor que 12,0 g/dL para mulheres. As informações sociodemográficas foram obtidas por meio de entrevista. Resultados: A prevalência de anemia entre adultos e idosos brasileiros foi de 9,9%. Maiores prevalências de anemia e casos mais graves foram encontrados entre mulheres, idosos, pessoas de baixa escolaridade e de cor de pele preta e residentes das regiões Norte e Nordeste. Anemia normocítica e normocrômica foi o tipo mais comum (56,0%). Conclusão: A prevalência de anemia está de acordo com a literatura. Destaca-se que maiores prevalências foram observadas nas populações mais desfavorecidas e entre os idosos. Considerando o crescimento da população acima de 60 anos no país, intervenções para tratar e prevenir a anemia em adultos e idosos se fazem necessárias na rede de serviços de saúde.
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    Avaliação da função renal na população adulta brasileira, segundo critérios laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde.
    (2019) Malta, Deborah Carvalho; Machado, Ísis Eloah; Pereira, Cimar Azeredo; Figueiredo, André William; Aguiar, Lilian Kelen de; Almeida, Wanessa da Silva de; Souza, Maria de Fátima Marinho de; Rosenfeld, Luiz Gastão Mange; Szwarcwald, Célia Landmann
    Objetivo: O presente estudo avaliou a função renal da população adulta brasileira, segundo critérios laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Metodologia: Estudo descritivo realizado com os dados laboratoriais da PNS, coletados entre os anos de 2014 e 2015. Com base nos dados laboratoriais foram analisadas prevalências populacionais de creatinina sérica (CR) e estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG), segundo variáveis sociodemográficas. Resultados: A amostra foi de 8.535 indivíduos com idade de 18 anos ou mais para o estudo da CR e de 7.457 indivíduos para o estudo de TFG. A prevalência TFG < 60 mL/ min/1,73 m2 foi de 6,7% (IC95% 6,0 – 7,4), foi mais elevada em mulheres (8,2% IC95% 7,2 – 9,2) do que em homens (5,0% IC95% 4,2 – 6,0) p < 0,001 e em idosos ≥ 60 anos foi de 21,4%. Os valores de CR ≥ 1,3 mg/dL em homens foram 5,5% (IC95% 4,6 – 6,5) e em mulheres foram de CR ≥ 1,1 mg/dL, de 4,6% (IC95% 4,0 – 5,4), sem diferença estatística significativa nos valores de CR entre sexo, p = 0,140. Conclusão: Resultados laboratoriais da PNS identificaram prevalências mais elevadas da doença renal crônica na população brasileira do que o estimado em estudos autorreferidos. A TFG < 60 mL/min/1,73 m2 é mais elevada em mulheres e atinge um quinto dos idosos. Esses exames podem ser úteis no propósito de identificar precocemente a doença e, dessa forma, prevenir a progressão da lesão renal e reduzir o risco de eventos cardiovasculares e de mortalidade.
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    Prevalência de diabetes mellitus determinada pela hemoglobina glicada na população adulta brasileira, Pesquisa Nacional de Saúde.
    (2019) Malta, Deborah Carvalho; Duncan, Bruce Bartholow; Schmidt, Maria Inês; Machado, Ísis Eloah; Silva, Alanna Gomes da; Bernal, Regina Tomie Ivata; Pereira, Cimar Azeredo; Damacena, Giseli Nogueira; Stopa, Sheila Rizzato; Rosenfeld, Luiz Gastão Mange; Szwarcwald, Célia Landmann
    Objetivo: Analisar as prevalências de diabetes mellitus segundo diferentes critérios diagnósticos, na população adulta brasileira, segundo os resultados laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde. Métodos: Análise dos dados laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde, coletados entre os anos de 2014 e 2015. Foram calculadas as prevalências de diabetes conforme diferentes critérios diagnósticos. Foram calculadas as prevalências de diabetes segundo o critério de hemoglobina glicosilada ≥ 6,5% ou em uso de medicamentos, empregando regressão de Poisson para o cálculo da razão de prevalência (RP) bruta e ajustada e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: A prevalência de diabetes segundo diferentes critérios pode variar 6,6 a 9,4%; e a hiperglicemia intermediária, ou pré-diabetes, de 6,8 a 16,9%. Usando-se o critério laboratorial ou uso de medicamentos, a prevalência de diabetes foi de 8,4%. A RP ajustada para sexo, idade, escolaridade e região foi menor no sexo masculino (RP = 0,75; IC95% 0,63 – 0,89); aumentou com a idade: 30 a 34 anos (RP = 2,32; IC95% 1,33 – 4,07), 40 a 59 anos (RP = 8,1; IC95% 4,86 – 13,46), 60 anos ou mais (RP = 12,6; IC95% 7,1 – 21,0); e a escolaridade elevada foi protetora (RP = 0,8; IC95% 0,6 – 0,9). Maior RP foi encontrada na Região Centro-Oeste (RP = 1,3; IC95% 1,04 – 1,7) e naqueles com sobrepeso (RP = 1,8; IC95% 1,4 – 2,1) e obesidade (RP = 3,3; IC95% 2,6 – 4,1). Conclusão: A prevalência de diabetes foi maior no sexo feminino, naqueles com idade maior que 30 anos, em população com baixa escolaridade, com excesso de peso e obesidade. Os critérios laboratoriais são mais fidedignos para o conhecimento da situação real do diabetes no país.
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    Valores de referência para exames laboratoriais de hemograma da população adulta brasileira : Pesquisa Nacional de Saúde.
    (2019) Rosenfeld, Luiz Gastão Mange; Malta, Deborah Carvalho; Szwarcwald, Célia Landmann; Bacal, Nydia Strachman; Cuder, Maria Alice Martins; Pereira, Cimar Azeredo; Figueiredo, André William; Silva, Alanna Gomes da; Machado, Ísis Eloah; Almeida, Wanessa da Silva de; Vecina Neto, Gonzalo; Silva Júnior, Jarbas Barbosa da
    Objetivo: Descrever valores de referência para exames laboratoriais de hemograma da população adulta brasileira segundo os resultados laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) estratificados por sexo, faixa etária e cor da pele. Métodos: A amostra foi constituída inicialmente de 8.952 adultos. Para determinar os valores de referência, excluíram-se indivíduos com doenças prévias e os outliers. Valores médios, desvio padrão e limites foram estratificados por sexo, faixa etária e cor da pele. Resultados: Para glóbulos vermelhos, os homens apresentaram valor médio de 5,0 milhões por mm3 (limites: 4,3–5,8) e as mulheres 4,5 milhões por mm3 (limites: 3,9–5,1). Valores de hemoglobina entre homens exibiram média de 14,9 g/dL (13,0–16,9) e entre mulheres de 13,2 g/dL (11,5–14,9). A média dos glóbulos brancos entre os homens foi de 6.142/mm3 (2.843–9.440) e entre as mulheres de 6.426/mm3 (2.883–9.969). Outros parâmetros mostraram valores próximos entre os sexos. Com relação a faixas etárias e cor da pele, valores médios, desvio padrão e limites dos exames apontaram pequenas variações. Conclusão: Os valores de referência hematológicos com base em inquérito nacional permitem a definição de limites de referência específicos por sexo, idade e cor da pele. Os resultados aqui expostos podem contribuir para o estabelecimento de melhores evidências e critérios para o cuidado, diagnóstico e tratamento de doenças.