EFAR - Escola de Farmácia

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O curso de Farmácia em Ouro Preto foi criado em 1839, sendo a mais antiga Escola de Farmácia da América Latina.

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    Avaliação da atividade cardioprotetora da ipriflavona veiculada em um sistema autoemulsionável em modelo de isquemia do miocárdio em ratos fêmeas.
    (2009) Leão, Kemile Albuquerque; Guimarães, Andrea Grabe
    A Ipriflavona, um isoflavonóide sintético, é utilizada no tratamento e prevenção da osteoporose em mulheres. Sua potencial atividade cardioprotetora foi relatada em apenas um artigo, no qual a Ipriflavona livre foi avaliada utilizando o mesmo modelo deste trabalho. Por ser uma substância lipofílica a absorção da Ipriflavona pela via oral é dificultada, resultando em baixa biodisponibilidade e variabilidade intra e inter individual. Este fato justifica o desenvolvimento de formas farmacêuticas adequadas para a veiculação deste fármaco. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação autoemulsionável contendo Ipriflavona e avaliar a potencial atividade cardioprotetora em modelo de ligadura da coronária em ratos fêmeas. Após desenvolvimento e caracterização, foi selecionada a formulação contendo 60% de óleo de milho, 25% de capryol e 15% de lecitina de soja para os estudos in vivo. Foi observado no estudo de liberação in vitro que 85% da Ipriflavona veiculada no sistema autoemulsionável se tornou solúvel em meio similar ao intestinal ao passo que apenas 59% da Ipriflavona livre solubilizou-se no mesmo meio. A avaliação dos efeitos cardiovasculares foi realizada utilizando as doses de 30 mg/kg e 1 g/kg de Ipriflavona livre em dose única e doses de 30 mg/kg e 240 mg/kg de Ipriflavona veiculada no sistema autoemulsionável, em dose única e por 7 dias. Após a ligadura de coronária em animais anestesiados foi observado aumento dos intervalos PR e QT nos animais não tratados ao passo que nos animais tratados com Ipriflavona não foi observado aumento de PR ou prolongamento de QT. O modelo de ligadura provocou elevação da área sob a curva do segmento ST e o tratamento com a Ipriflavona independente da dose, tempo de tratamento e formulação foi capaz de impedir significativamente esta elevação. A ligadura da coronária reduziu significativamente a pressão arterial e a freqüência cardíaca, tanto nos animais sem tratamento como nos animais tratados. Em relação à morfologia do ECG, foram observadas alterações em todos os grupos, porém as arritmias só ocorreram nos animais sem tratamento, submetidos à ligadura. A concentração plasmática da Ipriflavona livre (39,6 ng/ml) foi significativamente menor que a concentração plasmática da Ipriflavona autoemulsionável (204 ng/ml a 290 ng/ml). Neste trabalho foi possível demonstrar o potencial cardioprotetor da Ipriflavona veiculada no sistema autoemulsionável na prevenção da isquemia aguda do miocárdio.
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    Efeito da angiotensina-(1-7) livre ou incorporada à ciclodextrina e do análogo não peptítico ave-0991 sobre a ereção peniana de ratos.
    (Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Batista, Kamila Felipe; Leite, Romulo
    A ereção peniana é resultado da complexa interação nervosa central e periférica que induz mudanças nos tecidos eréteis penianos. O mecanismo da ereção inicia com o aumento da atividade parassimpática com liberação de neurotransmissores vasodilatadores levando ao relaxamento do músculo liso peniano e arteriolar. Esse relaxamento permite um aumento do influxo sanguíneo peniano e da pressão intracarvernosa e consequente rigidez peniana. O NO é o principal neurotransmissor vasodilatador responsável pela dilatação peniana. Dados anteriores do nosso grupo mostraram que o peptídeo Ang-(1-7) apresenta efeito pró-erétil devido a vasodilatação do tecido peniano com liberação do NO. Este estudo tem como objetivo comparar o efeito pró-erétil da Ang-(1-7) livre, da Ang-(1-7) incorporada à ciclodextrina [HPβCD/Ang-(1-7)] e de seu análogo não-peptídico AVE 0991. Visa ainda avaliar a participação do receptor Mas, por meio de bloqueio competitivo com o peptídeo A-779 em ratos Wistar machos de 270-300g. Para isso foram utilizadas duas metodologias: a avaliação da resposta erétil, em ratos conscientes, através do modelo de ereção induzido por apomorfina e avaliação do índice de ereção induzidos por estimulação ganglionar em ratos anestesiados. Em ratos conscientes, a Ang-(1-7) livre administrada subcutâneamente, além de induzir a resposta erétil, na dose de 400 pmol/kg, foi capaz de facilitar a ereção induzida por apomorfina na dose de 300 pmol/kg. Em ratos anestesiados a Ang-(1-7) também foi capaz de facilitar a ereção induzida por estimulação ganglionar quando administrada subcutaneamente (300 pmol/kg) e quando infudida intracavernosamente (15 pmol/kg/min). A administração prévia (6h) de Ang-(1-7) incorporada à ciclodextrina [HPβCD/Ang-(1-7)], administrada por via oral, induziu a ereção em ratos conscientes na dose de 33,4 nmol/kg e facilitou a resposta erétil na dose de 3,67 nmol/kg. Em ratos anestesiados, a dose de 3,67 nmol/kg de HPβCD/Ang-(1-7) foi capaz de aumentar significativamente o índice de ereção, enquanto a dose de 33,4 nmol/kg de HPβCD/Ang-(1-7) reduziu a resposta erétil induzida por estimulação ganglionar, indicando o envolvimento de diferentes vias de sinalização dependente da dose. O análogo não-peptídico da Ang(1-7), o composto AVE 0991, administrado por via oral, 1h antes, foi capaz de potencializar a ereção no modelo de ratos conscientes e no modelo de ratos anestesiados. A administração subcutânea do antagonista seletivo do receptor Mas, o A-779, bloqueou a indução e facilitação da ereção pela Ang-(1-7) e a facilitação da ereção pelo composto AVE 0991 em ratos conscientes demonstrando a participação do receptor Mas na resposta erétil. Assim, os resultados obtidos evidenciam que Ang-(1-7) livre, HPβCD/Ang-(1-7) e o análogo não-peptítico AVE-0991 são capazes de potencializar a ereção peniana através da ativação do receptor Mas, confirmando o potencial da manipulação do eixo ECA2/Ang-(1-7)/receptor Mas para o tratamento de disfunção erétil.