EFAR - Escola de Farmácia
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O curso de Farmácia em Ouro Preto foi criado em 1839, sendo a mais antiga Escola de Farmácia da América Latina.
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Item Avaliação da possível interação entre a candesartana e a ipriflavona, veiculadas em um sistema autoemulsionável, sobre a função sexual de ratas hipertensas e normotensas.(2017) Simões, Leidiane Vieira; Leite, Romulo; Capettini, Luciano dos Santos Aggum; Cardoso, Leonardo Máximo; Leite, RomuloA disfunção sexual é caracterizada por distúrbios e alterações psicofisiológicas no ciclo de resposta sexual. A hipertensão arterial (HA), doença de elevada prevalência no Brasil, foi apontada como uma das causas da disfunção sexual também em mulheres. Sabe-se que algumas classes de medicamentos utilizadas para reduzir e controlar a pressão arterial também comprometem o processo de resposta sexual, porém, estudos demonstraram que os antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA), além de eficazes no tratamento da HA, aparentemente não provocam, ou até mesmo atenuam as disfunções sexuais. O efeito benéfico dos ARA tem sido observado em estudos realizados em modelos experimentais de disfunção erétil em animais machos. Outro forte candidato a ser estudado em relação à melhora função sexual feminina é a ipriflavona, um derivado sintético do fitoestrógeno daidzeína (isoflavona), cuja estrutura química é similar ao estradiol, podendo ligar-se aos receptores de estrógeno, provocando um efeito semelhante ao referido hormônio. A ipriflavona já é utilizada para a prevenção e tratamento de osteoporose e estudos demonstraram o seu elevado potencial em minimizar os sintomas da menopausa, podendo substituir a terapia de reposição hormonal, cuja utilização é atualmente controversa devido à sua relação com o surgimento de câncer do endométrio, ovário e mamas. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o potencial terapêutico da ipriflavona, da candesartana e da combinação dos mesmos na resposta de excitação sexual de ratas hipertensas (SHR) e normotensas (WKY). Como a biodisponibilidade desses fármacos por via oral é baixa, ambos foram administrados veiculados em um sistema autoemulsionável para entrega de fármacos (SEDDS). Os parâmetros fisiológicos avaliados por meio de estimulação do nervo pélvico mostraram que a pressão intravaginal foi significativamente maior em ratas SHR tratadas com 30 mg/kg de ipriflavona e em ratas WKY tratadas com ipriflavona e candesartana nas doses 30 mg/kg e 2 mg/kg, respectivamente. O aumento na variação da temperatura foi significativo apenas para o grupo SHR tratado com ipriflavona 30 mg/kg em comparação ao grupo tratado com ipriflavona e candesartana (30 mg/kg e 5 mg/kg, respectivamente). A lubrificação vaginal de fêmeas normotensas foi maior em relação às hipertensas tanto a nível basal quanto pós-estímulo. Verificou-se que a resposta de excitação sexual em fêmeas é comprometida pela hipertensão arterial, tendo em vista o perfil de resposta significativamente maior nas fêmeas normotensas. A análise das respostas vasocongestivas não apresentou resultados satisfatórios para os fármacos estudados, como esperado em relação ao processo de excitação sexual. Não foram observadas variações do perfil lipídico, parâmetros hematológicos e enzimas indicadoras da função hepática. A candesartana isolada ou em associação com a ipriflavona nas doses utilizadas, veiculada em SEDDS, por tratamento durante 30 dias foi capaz de reduzir a pressão arterial, mas não alterou a resposta sexual e nem o efeito facilitador da ipriflavona sobre a resposta de excitação sexual em ratas normotensas ou hipertensas. Conclui-se, portanto, que o tratamento da hipertensão com a candesartana pode ser uma alternativa para evitar-se a disfunção sexual feminina em pacientes hipertensas e que a utilização da ipriflavona pode promover melhora da resposta de excitação sexual em fêmeas.Item Avaliação da atividade cardioprotetora da ipriflavona veiculada em um sistema autoemulsionável em modelo de isquemia do miocárdio em ratos fêmeas.(2009) Leão, Kemile Albuquerque; Guimarães, Andrea GrabeA Ipriflavona, um isoflavonóide sintético, é utilizada no tratamento e prevenção da osteoporose em mulheres. Sua potencial atividade cardioprotetora foi relatada em apenas um artigo, no qual a Ipriflavona livre foi avaliada utilizando o mesmo modelo deste trabalho. Por ser uma substância lipofílica a absorção da Ipriflavona pela via oral é dificultada, resultando em baixa biodisponibilidade e variabilidade intra e inter individual. Este fato justifica o desenvolvimento de formas farmacêuticas adequadas para a veiculação deste fármaco. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação autoemulsionável contendo Ipriflavona e avaliar a potencial atividade cardioprotetora em modelo de ligadura da coronária em ratos fêmeas. Após desenvolvimento e caracterização, foi selecionada a formulação contendo 60% de óleo de milho, 25% de capryol e 15% de lecitina de soja para os estudos in vivo. Foi observado no estudo de liberação in vitro que 85% da Ipriflavona veiculada no sistema autoemulsionável se tornou solúvel em meio similar ao intestinal ao passo que apenas 59% da Ipriflavona livre solubilizou-se no mesmo meio. A avaliação dos efeitos cardiovasculares foi realizada utilizando as doses de 30 mg/kg e 1 g/kg de Ipriflavona livre em dose única e doses de 30 mg/kg e 240 mg/kg de Ipriflavona veiculada no sistema autoemulsionável, em dose única e por 7 dias. Após a ligadura de coronária em animais anestesiados foi observado aumento dos intervalos PR e QT nos animais não tratados ao passo que nos animais tratados com Ipriflavona não foi observado aumento de PR ou prolongamento de QT. O modelo de ligadura provocou elevação da área sob a curva do segmento ST e o tratamento com a Ipriflavona independente da dose, tempo de tratamento e formulação foi capaz de impedir significativamente esta elevação. A ligadura da coronária reduziu significativamente a pressão arterial e a freqüência cardíaca, tanto nos animais sem tratamento como nos animais tratados. Em relação à morfologia do ECG, foram observadas alterações em todos os grupos, porém as arritmias só ocorreram nos animais sem tratamento, submetidos à ligadura. A concentração plasmática da Ipriflavona livre (39,6 ng/ml) foi significativamente menor que a concentração plasmática da Ipriflavona autoemulsionável (204 ng/ml a 290 ng/ml). Neste trabalho foi possível demonstrar o potencial cardioprotetor da Ipriflavona veiculada no sistema autoemulsionável na prevenção da isquemia aguda do miocárdio.