NUGEO - Núcleo de Geotecnia

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Resultados da Pesquisa

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    Desempenho geotécnico de cortinas atirantadas executadas em Cascavel-PR.
    (2023) Oliveira, Thays Car Feliciano de; Porto, Thiago Bomjardim; Porto, Thiago Bomjardim; Ferreira, Lucas Deleon; Rincent, Jean Jacques
    As estruturas de contenção atirantadas são amplamente utilizadas no cenário nacional, o que inclui o uso de tirantes para fins provisórios, principalmente em escavações de subsolos em regiões urbanas. Verifica-se a deficiência de dados quanto à capacidade de carga dos tirantes, considerando a ampla variabilidade geológico-geotécnica nacional. Assim, este trabalho teve o objetivo de estudar a capacidade de carga de tirantes para o contexto geológico-geotécnico de Cascavel-PR. Para tanto foram utilizados dados de duas obras do município, principalmente quanto a caracterização preliminar por sondagens e a boletins do controle tecnológico dos tirantes. Ademais foram coletadas amostras indeformadas de cada obra, para caracterização complementar mais detalhada dos índices físicos e parâmetros de resistência dos solos. A análise da capacidade de carga última dos tirantes foi realizada por meio de extrapolação matemática, visto que os tirantes eram provisórios e não atingiram a ruptura no procedimento de protensão. Também verificou-se a estabilidade global das cortinas atirantadas, em conjunto com análises de sensibilidade dos parâmetros geotécnicos, para uma avaliação preliminar das estruturas de contenção dos estudos de caso. Os resultados de caracterização indicaram que os maciços estudados eram constituídos por solos argilosos e argilo-siltosos. Encontrou-se uma ampla faixa de capacidade de carga dos tirantes, para a obra 1 de 45 a 97 kN/m e, para a obra 2 de 60 a 103 kN/m. Apesar da variabilidade, os resultados se enquadram em valores previamente apresentados na literatura para solos com caracterização geotécnica semelhante. As cortinas de ambos os estudos de caso apresentaram resultados satisfatórios de fator de segurança (FS) nas análises de estabilidade e a avaliação de sensibilidade indicou que os parâmetros de resistência do maciço são determinantes para o FS. Em suma, os resultados da pesquisa foram satisfatórios para auxiliar em definições básicas e importantes para análises de contenções atirantadas na região de estudo, principalmente quanto a faixas de resistência coerentes para o solo da região e valores de capacidade de carga para os tirantes.
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    Estudo da capacidade de carga de ancoragens protendidas e reinjetáveis em maciços geotécnicos.
    (2016) Vasconcelos, Luma Alvarenga Carvalho de; Porto, Thiago Bomjardim; Porto, Thiago Bomjardim; Gomes, Romero César; Menezes, Stelio Maia
    Em projetos de obras de contenção com a utilização de ancoragens protendidas e reinjetáveis, faz-se necessária a determinação da capacidade de carga dos tirantes. Para a obtenção desse valor são utilizadas metodologias semiempíricas publicadas mundialmente. Entretanto, pelas condições específicas às quais elas foram elaboradas nem sempre o resultado representa a realidade para o tipo de solo da região trabalhada, tornando-se, então, imprecisos. Este trabalho tem como objetivo analisar alguns dos principais métodos semiempíricos utilizados, para o cálculo da capacidade de carga em ancoragens protendidas e reinjetáveis, apresentados pela literatura e compará-los com a estimativa da força de ruptura obtida pela extrapolação de Van der Veen (1953). Além disso, esta pesquisa pretendeu, também, obter os valores para a resistência ao cisalhamento (qs) de interface solo-tirante. Para o estudo foram utilizados dados provenientes de quatrocentos ensaios de recebimento em uma obra na cidade de Belo Horizonte. Utilizou-se, para o cálculo e interpretação dos resultados, o programa CsA-Geo que possibilita a inserção dos dados online e a geração de gráficos e tabelas comparativos entre as metodologias presentes neste trabalho. Como justificativa para a referida pesquisa, está o fato de serem os maciços de solo predominante heterogêneos e serem as metodologias de cálculo divulgadas, na atualidade, restritas ao local em que foram elaboradas sendo, então, erroneamente empregadas a outras regiões. Além disso, percebe-se um número pequeno de estudos no Brasil relacionados a ancoragens injetadas em solo. Os resultados encontrados se mostraram razoáveis para todas as metodologias analisadas. Por fim, concluiu-se que a metodologia que mais se aproxima da extrapolação matemática é a proposta pela NBR 5629 (ABNT, 2006), apresentando valores médios de capacidade de carga com diferenças mínimas na ordem de 1%. Os valores obtidos de resistência ao cisalhamento qs apresentaram uma leve tendência de aumento proporcional ao SPT do solo em análise (silte arenoso). É de importância destacar a dificuldade na obtenção de um banco de dados de qualidade necessários para a realização desta dissertação. Primeiramente, houve demora na aquisição de dados, ocasionada por uma resistência por parte das empreiteiras em ceder materiais suficientes. Como os ensaios não foram acompanhados pela autora desta observação, uma avaliação minuciosa foi realizada com base nos boletins de protensão. A partir da avaliação realizada, foram descobertos diversos ensaios de recebimento equivocados (em branco, ausentes, incompletos), incompatibilidade entre a projetista e a executora e não seguimento da norma quanto à distribuição dos ensaios de recebimento. Assim, dos 475 tirantes disponíveis na obra, 180 foram descartados para que a pesquisa fosse realizada.