Estudo da capacidade de carga de ancoragens protendidas e reinjetáveis em maciços geotécnicos.

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Data
2016
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Resumo
Em projetos de obras de contenção com a utilização de ancoragens protendidas e reinjetáveis, faz-se necessária a determinação da capacidade de carga dos tirantes. Para a obtenção desse valor são utilizadas metodologias semiempíricas publicadas mundialmente. Entretanto, pelas condições específicas às quais elas foram elaboradas nem sempre o resultado representa a realidade para o tipo de solo da região trabalhada, tornando-se, então, imprecisos. Este trabalho tem como objetivo analisar alguns dos principais métodos semiempíricos utilizados, para o cálculo da capacidade de carga em ancoragens protendidas e reinjetáveis, apresentados pela literatura e compará-los com a estimativa da força de ruptura obtida pela extrapolação de Van der Veen (1953). Além disso, esta pesquisa pretendeu, também, obter os valores para a resistência ao cisalhamento (qs) de interface solo-tirante. Para o estudo foram utilizados dados provenientes de quatrocentos ensaios de recebimento em uma obra na cidade de Belo Horizonte. Utilizou-se, para o cálculo e interpretação dos resultados, o programa CsA-Geo que possibilita a inserção dos dados online e a geração de gráficos e tabelas comparativos entre as metodologias presentes neste trabalho. Como justificativa para a referida pesquisa, está o fato de serem os maciços de solo predominante heterogêneos e serem as metodologias de cálculo divulgadas, na atualidade, restritas ao local em que foram elaboradas sendo, então, erroneamente empregadas a outras regiões. Além disso, percebe-se um número pequeno de estudos no Brasil relacionados a ancoragens injetadas em solo. Os resultados encontrados se mostraram razoáveis para todas as metodologias analisadas. Por fim, concluiu-se que a metodologia que mais se aproxima da extrapolação matemática é a proposta pela NBR 5629 (ABNT, 2006), apresentando valores médios de capacidade de carga com diferenças mínimas na ordem de 1%. Os valores obtidos de resistência ao cisalhamento qs apresentaram uma leve tendência de aumento proporcional ao SPT do solo em análise (silte arenoso). É de importância destacar a dificuldade na obtenção de um banco de dados de qualidade necessários para a realização desta dissertação. Primeiramente, houve demora na aquisição de dados, ocasionada por uma resistência por parte das empreiteiras em ceder materiais suficientes. Como os ensaios não foram acompanhados pela autora desta observação, uma avaliação minuciosa foi realizada com base nos boletins de protensão. A partir da avaliação realizada, foram descobertos diversos ensaios de recebimento equivocados (em branco, ausentes, incompletos), incompatibilidade entre a projetista e a executora e não seguimento da norma quanto à distribuição dos ensaios de recebimento. Assim, dos 475 tirantes disponíveis na obra, 180 foram descartados para que a pesquisa fosse realizada.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Geotécnica. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Tirantes de rocha, Ancoragem - engenharia de estruturas, Resistência ao cisalhamento
Citação
VASCONCELOS, Luma Alvarenga Carvalho de. Estudo da capacidade de carga de ancoragens protendidas e reinjetáveis em maciços geotécnicos. 2016. 473 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Geotécnica) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.