MPEC - Mestrado Profissional em Ensino da Ciência

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Resultados da Pesquisa

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    Estratégias para elaboração de avaliações adaptadas para alunos com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade : as contribuições da Neurociência à educação inclusiva.
    (2021) Almeida, Gizele Aparecida de; Cruz, Luciana Hoffert Castro; Sá, Marcos Augusto de; Zama, Uyrá dos Santos; Cruz, Luciana Hoffert Castro
    Esta pesquisa buscou descrever e analisar como se dá o processo de elaboração das avaliações escritas para alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), inseridos no Ensino Fundamental II (EF II). Para tanto, definiu-se como foco do estudo a avaliação escolar no âmbito da Educação Inclusiva e, como objeto de estudo, a análise dos processos e estratégias de elaboração de avaliações escritas adaptadas às especificidades dos alunos com TDAH, inseridos no EF II. Enquanto produto educacional derivado da pesquisa foi elaborada uma série de podcasts, em formato de áudio e vídeo, que buscou contemplar a relação intrínseca entre o funcionamento cerebral e os processos de aprendizagem, tendo por base as contribuições da Neurociência aplicada à Educação Inclusiva. A escolha, tanto do objeto de estudo quanto do produto educacional objetivou preencher parte da lacuna existente acerca do referencial teórico sobre estratégias de elaboração de atividades avaliativas para tal público, uma vez que a grande maioria da produção científica já existente contempla primordialmente técnicas didático-pedagógicas específicas para a Educação Infantil e séries iniciais do EF I. No geral, tais referenciais pouco abarcam o EF II, período no qual as proposições pedagógicas se tornam mais complexas, tendo em vista a inserção de conteúdos mais abstratos, como cálculos algébricos ou conteúdos de ciências, muitas vezes incorrendo em prejuízo acadêmico para esses discentes em específico. A pesquisa foi realizada com os professores da Escola CESGRA, situada no município de São Gonçalo do Rio Abaixo/MG, e desenvolvida a partir da metodologia qualitativa, com abordagem descritiva. Como referencial teórico, foram adotadas as legislações educacionais nacionais vigentes, em especial as relacionadas à Educação Inclusiva, bem como as obras de Philippe Perrenoud, referentes à avaliação escolar. Como estratégia metodológica, foi utilizada a técnica de triangulação na coleta de dados e o método de Análise de Conteúdo de Bardin, para a análise dos dados. Com efeito, ao final dessa análise, os resultados obtidos permitiram descrever de forma relevante como se dá o processo de elaboração de avaliações escritas para alunos com TDAH do EF II, com conseguinte análise da correlação entre estes e as possíveis contribuições da Neurociência aplicada à Educação Inclusiva. Tais resultados foram compilados em uma sequência de episódios de podcast (em formato de vídeo e áudio), a serem disponibilizados em canais de mídias sociais sob o título “Compreendendo o TDAH”. Tal conteúdo foi elaborado a partir da técnica metodológica de transposição didática, de modo a oferecer aos educadores, de forma clara e objetiva, estratégias didático-pedagógicas que possam auxiliá-los na elaboração de avaliações escritas para alunos com TDAH do EF II, à luz da teoria neurocientífica.
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    Implicações da neurociência cognitiva na prática pedagógica de professores de biologia.
    (2016) Galvão, Sirlandia Kelis Pereira Agra; Cruz, Luciana Hoffert Castro; Franco, Marco Antônio Melo; Guerra, Leonor Bezerra
    A neurociência cognitiva vem despontando como uma ciência que oferece suporte científico à ciência da educação, pois objetiva aspectos inerentes ao cérebro humano como a recepção de informações, seu processamento e armazenamento na memória, dentre outros. O professor atua corriqueiramente intervindo na neurobiologia dos estudantes por meio de procedimentos pedagógicos que podem resultar em modificações eletroquímicas transitórias ou permanentes, concernentes às informações adquiridas. A aprendizagem é o ponto de interseção entre a Educação e as Neurociências. No âmbito escolar, ao receber uma informação, por meio do sistema sensorial, o cérebro do aluno se modifica bioquimicamente, a fim de estabelecer uma comunicação interneuronal. O conhecimento é materializado no córtex cerebral, mas nem todos os estímulos externos são armazenados. O cérebro prioriza padrões significativos; as informações processadas como importantes são armazenadas e o grau de importância varia de indivíduo para indivíduo. Para que as intervenções pedagógicas sejam mais assertivas é importante que o professor se aproprie de como o cérebro humano recepciona informações, processa e armazena na memória. Esse trabalho de abordagem qualitativa se dedicou a analisar sob as perspectivas da neurociência cognitiva os procedimentos pedagógicos de três professores de biologia, bem como as contribuições da neurociência para o setor educacional. Com a aplicação de um pré-teste de sondagem foi possível aferir que os professores apresentaram pouco ou nenhum conhecimento sobre o cérebro e seus mecanismos de aprendizagem. Após observações das aulas expositivas, foi produzido um minicurso virtual sobre as bases neurocientíficas do processo ensino e aprendizagem, que abordou também os conhecimentos sobre o funcionamento cerebral, noções sobre emoções e plasticidade cerebral, enfatizando as estratégias docentes que podem potencializar a aprendizagem e aplicado na modalidade semipresencial para os professores envolvidos na pesquisa. Os professores foram, então, sondados por meio de um questionário pós-teste. Os resultados indicaram que houve receptividade do tema e os professores em unanimidade confirmaram a aplicabilidade dos preceitos tratados no minicurso e predisposição em adotar os procedimentos respaldados pelos princípios da aprendizagem cerebral. Dessa forma compreende-se que as pesquisas em neurociência cognitiva podem trazer uma contribuição efetiva para o contexto educacional.