MPEC - Mestrado Profissional em Ensino da Ciência

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Resultados da Pesquisa

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    Fotossíntese como tema para formação continuada de professores do Ensino Fundamental I.
    (2021) Moura, Rita de Cássia; Maia, Cristina de Oliveira; Silva, Wagner Seixas da; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e; Maia, Cristina de Oliveira
    Encontramos na literatura discussões que apontam o fato do professor e da professora dos anos iniciais apresentarem dificuldades com alguns conteúdos por possuírem uma formação polivalente e não uma Licenciatura específica. As referências ainda indicam que, muitas vezes, as aulas são guiadas exclusivamente pelo livro didático sem ou com poucas atividades práticas, impedindo a observação, a vivência e a reflexão que favorecem o entendimento do conteúdo trabalhado em sala de aula. Trabalhos de pesquisa vêm demonstrando a dificuldade apresentada por professores e professoras dos anos iniciais ao elaborar aulas com a temática da Fotossíntese que, de fato, é bastante complexa. Por isso, consideramos relevante desenvolver e aplicar uma oficina sobre o fenômeno da fotossíntese nas plantas, realizando uma análise posterior sobre a participação e compreensão demonstrada sobre o tema. Esperamos que a oficina forneça subsídios e permita mudanças nas práticas pedagógicas, oferecendo boas práticas para compreensão, assimilação e acomodação do tema, reduzindo os equívocos conceituais ou excesso de superficialidade ao tratar deste assunto tão importante na área de Ciências da Natureza. As professoras que gentilmente participaram da pesquisa, tiveram a oportunidade de expressar suas dificuldades e demonstraram pouca iniciativa para elaboração das práticas e desenvolvimento de discussões sobre o tema, confirmando os resultados encontrados na literatura da área e explicitando a necessidade de produção de material para formação continuada voltado para o tema.
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    Construção colaborativa de sequências didáticas sobre HIV/AIDS : uma experiência de formação compartilhada no PIBID Ciências.
    (2021) Souza, Thayroni Bonniheki Gomes; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e; Valle, Mariana Guelero do; Silva, Ronaldo Adriano Ribeiro da; Freitas, Cláudia Avellar; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e
    Fundamentados pelo aporte teórico e metodológico da Teoria Ator-Rede (TAR), temos como objetivo principal analisar as possíveis contribuições oportunizadas na formação inicial de licenciandos, integrantes do PIBID/Ciências da região dos Inconfidentes, quando estão envolvidos em uma oficina colaborativa para a produção de sequências didáticas relacionadas ao tema HIV/AIDS. Os dados foram obtidos a partir de gravações em dispositivos digitais de áudio e vídeo, bem como anotações em caderno de campo. Constatamos que a oficina colaborativa criou um ambiente favorável para a mobilização de atores humanos e não-humanos que, em rede, promoveram um intenso movimento discursivo sobre a temática da educação para a sexualidade. Ela oportunizou ainda a construção de três propostas de sequências didáticas sobre a temática HIV/AIDS, que indicam que esses licenciandos se enredam em um processo de construção colaborativa que potencializa o aprendizado, que intensifica a criatividade e parece preparar para a sala de aula, pois os torna protagonistas de um conhecimento mais amplo e articulado às questões socioculturais. Afinal, esses futuros professores mobilizaram para a rede aspectos da abordagem emancipatória para educação sexual, pela qual Empatia e Combate ao Preconceito se mostram elementos importantes para práticas educacionais sobre o tema do HIV/AIDS planejadas.
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    Roda de conversa como metodologia para partilha de saberes docentes.
    (2020) Silva, Ana Tereza Vital; Maia, Cristina de Oliveira; Dutra, Flávia Barbosa da Silva; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e; Maia, Cristina de Oliveira
    As formações inicial e continuada de professores ocupam lugar de relevância como estratégia para implementar melhorias na qualidade da Educação Básica. Acredita-se que a formação profissional promove uma cultura docente e de organização escolar, articula o professor individual ao coletivo, coloca-o numa postura crítico-reflexiva e contrária ao acúmulo de saberes, mas de experienciação, e constrói ativamente, pautando-se na partilha em espaços de formação conjunta. Assim, a pesquisa aqui a presentada se propôs à aplicação da metodologia de Rodas de Conversa com um grupo de professores da Educação Básica que lecionam em uma unidade de ensino estadual da rede pública do município de Ouro Preto. O emprego da Roda de Conversa teve em vista dar voz a esses atores sociais avaliando a potencialidade dessa ferramenta metodológica para favorecer a dialogicidade e o empoderamento entre docentes, a fim de fortalecer as percepções individual e mútua, estimulando a participação desses atores no contexto escolar e construir conhecimento integrado e com sentido, com a mediação da pesquisadora. Vislumbrou-se criar um espaço dialógico não hierarquizado, requisito primordial da metodologia em teste, focando a organização do grupo, troca de conhecimentos, em especial de saberes experienciais, promovendo reflexão sobre a própria prática, constituindo uma ferramenta para formação em partilha e sedimentação da profissão docente. Nas pesquisas acadêmicas sobre a formação docente, essa metodologia permitiu, ao dar voz a esses sujeitos de pesquisa, que se revelassem por si próprios, suas intenções, necessidades formativas e a práxis, viabilizando uma formação pautada na realidade docente, no locus de sua prática. A análise e interpretação dos dados no referido estudo demonstraram que as categorias que emergiram e suas respectivas unidades de registro a elas relacionadas, favoreceram a dialogicidade entre os docentes na medida em que construímos o espaço de amparo mútuo e abertura à fala, possibilitados pelas Rodas de Conversas. Os dados brutos foram constituídos por diálogos gravados, transcritos e categorizados, obtidos a partir da aplicação das Rodas de Conversa, seguindo orientações contidas em um produto educacional, o tutorial, confeccionado ao longo das Rodas desenvolvidas. Observou-se também que a abertura ao diálogo favorece a possibilidade do desenvolvimento de projetos interdisciplinares, das parcerias entre pesquisa e ensino e estruturação de ações e reflexões que levam, inclusive, à percepção da importância da formação continuada não formal mediada por partilhas das experiências profissionais.
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    Desenvolvimento de livro sobre enfrentamento da obesidade para atualização docente.
    (2019) Ferreira, Cyntia Silva; Machado, Evandro Marques de Menezes; Moreira, Leandro Marcio; Estanislau, Juliana de Assis Silva Gomes; Zama, Uyrá dos Santos; Machado, Evandro Marques de Menezes; Moreira, Leandro Marcio
    Atualmente, a obesidade representa uma epidemia mundial, sendo alarmante sua alta prevalência em crianças e adolescentes. Em paralelo, a partir do ano de 2019, os currículos dos ensinos fundamental e médio devem incluir, de modo transversal, o tema educação alimentar e nutricional (EAN) nas disciplinas obrigatórias de ciências e biologia (Lei 13.666/2018 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB - Lei 9.394/1996). Esse cenário é favorável para abordagens educativas que trabalhem o enfrentamento da obesidade nas escolas; no entanto, não existe nenhum material para atualização docente nesse âmbito. Pensando na satisfatória implementação da lei supracitada e na prevenção e combate à obesidade, torna-se relevante o despertar da percepção desse tema nos professores. Para tanto, foi desenvolvido um livro para atualização docente sobre conceitos para enfrentamento da obesidade. Para elaboração do livro, foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando uma série de descritores, isolados ou agrupados de diferentes formas, tais como: “obesidade infantil”; “prevenção obesidade escolares”; “obesidade mídia”; “obesidade bullying”. Em seguida, foi feita a seleção da amostra (n = 528) por meio de critérios de inclusão (ex.: artigos originais ou de revisão acessíveis on-line, completos e publicados nos idiomas português e inglês) e de exclusão (ex.: trabalhos publicados no formato de teses, dissertações, monografias, cartas e editoriais). Além disso, informações provenientes de livros acadêmicos e artigos científicos foram incorporadas na obra. O livro traz atualizações para que os docentes possam agregar a EAN e a divulgação científica (DC) em suas aulas, explorando um enfoque em ciência, tecnologia e sociedade (CTS), uma vez que aproxima o conteúdo teórico à realidade cotidiana, podendo gerar argumentações e reflexões críticas sobre o enfrentamento da obesidade. Além disso, são abordados conceitos bioquímicos da obesidade, como metabolismo e nutrição; aspectos culturais, como a influência da mídia; e ainda, questões sociais, como a prática de bullying. O livro, fruto dessa pesquisa, poderá auxiliar no despertar do interesse docente pelas inovações científicas e pelas atividades reflexivas e argumentativas no ensino de ciências.
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    Percepções dos profissionais atuantes na APAE Itabirito sobre o ensino de ciências naturais para crianças com Transtorno do Espectro Autista.
    (2019) Rodrigues, Amanda Séllos; Cruz, Luciana Hoffert Castro; Barros, Marcelo Diniz Monteiro de; Patrocínio, Sandra de Oliveira Franco; Cruz, Luciana Hoffert Castro
    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta um grupo de desordens na comunicação e interação social, na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Sabe-se que a inclusão escolar do aluno com TEA requer mudanças de pensamentos e hábitos, envolvendo coordenadores, funcionários da escola, professores, alunos e família, além da utilização de estratégias diferenciadas de ensino no âmbito das Ciências Naturais, como o uso de recursos visuais, táteis e auditivos, inserindo o aluno como agente principal da sua aprendizagem. Assim, o objetivo principal desta pesquisa foi expandir o conhecimento dos professores da APAE de Itabirito quanto às estratégias educativas adaptadas para o ensino de ciências naturais para alunos com Transtorno do Espectro Autista e que podem constituir ferramentas valiosas para aprimorar a aprendizagem de todos os alunos. Além disso, também foram estipulados cinco objetivos específicos: conhecer as principais dificuldades dos professores para ensinar alunos com TEA; Realizar, juntamente aos professores da APAE, cinco atividades adaptadas para trabalhar com alunos com TEA; Criar e realizar um minicurso apresentando as estratégias educativas adaptadas para os alunos com o Transtorno do Espectro Autista; Distribuir uma cartilha informativa sobre as estratégias educativas adaptadas apresentadas na palestra, juntamente às atividades desenvolvidas; e avaliar a relevância do minicurso para os professores da APAE de Itabirito. A pesquisa constou de um minicurso composto de parte teórica e prática, da entrega de uma cartilha contendo informações sobre TEA e sugestões de atividades adaptadas que foram apresentadas durante o minicurso. Foram utilizados três questionários como instrumentos para caracterizar o público alvo, conhecer as dificuldades em ensinar para alunos com TEA e verificar a eficácia do minicurso. Trinta e um professores responderam o questionário inicial, enquanto vinte e quatro professores responderam o questionário pré e pós minicurso. 83,87% dos professores participantes responderam já ter recebido informação sobre como lidar com alunos com TEA no questionário inicial. 74,19% informaram que realizam atividades adaptadas com estes alunos. Além disso, quando questionados sobre as dificuldades em ensinar alunos com TEA, respostas como conhecer o aluno, o comportamento do aluno e buscar a atenção do aluno foram recorrentes. Quanto aos professores presentes no dia do minicurso, 66% dos participantes disseram conhecer o que são estratégias educativas adaptadas, porém nenhum participante o explicou, apenas alegou conhecer o significado. Após a realização do minicurso, observou-se que 91,66% dos professores consideraram o minicurso relevante e 87,5% alegaram que o minicurso os ajudou a construir atividades práticas adaptadas para alunos com TEA. 50% dos professores disseram acreditar que o aluno com TEA tem potencial para aprender em um ensino regular, enquanto 25% mantiveram o “talvez” como resposta. A pesquisa nos mostrou que a aplicabilidade do minicurso, com o uso de palestra e oficina de atividades práticas, se mostrou satisfatória, agregando conhecimento sobre o tema abordado. Contudo, a formação continuada de professores voltada para alunos com TEA ainda é complexa, visto que as características deste transtorno são amplas e estão em constantes descobertas, impedindo o desenvolvimento de soluções e impondo a necessidade de atualização constante.
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    Uma proposta de formação compartilhada de professores de Ciências : a construção de atividades com uso de experimentos.
    (2019) Lana, Marianna Karla de Matos; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e; Coelho, Geide Rosa; Maia, Cristina de Oliveira; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e
    O ensino de ciências apresenta diversos desafios, dentre eles, a escassez de formação continuada de professores. O país não apresenta políticas públicas que fomentem esses momentos, que oportunizem ao professor crescimento intelectual e profissional. Nesse sentido, a proposta deste trabalho é oportunizar um processo de formação continuada de professores, que seja colaborativo, com o objetivo de contribuir para a construção de atividades experimentais para o ensino de ciências. Pretende-se analisar como um processo de formação compartilhada de professores de ciências, quando engajados na construção de atividades que utilizam experimentos, contribui para o desenvolvimento profissional docente, entendido como um processo de qualificação para o exercício de sua prática como educador. A formação compartilhada de professores se caracteriza como aquela feita com os professores e para os professores, de modo que cada um contribua com suas vivências, suas percepções e demandas. Para tanto, buscamos conhecer o posicionamento dos professores frente ao uso dos experimentos didáticos; identificar os saberes dos docentes que foram envolvidos em atividades de produção colaborativa de recursos didáticos; mapeamos os diferentes actantes que foram mobilizados nas atividades de formação propostas. Actantes são elementos humanos ou não humanos, que realizam, por meio de suas interações, movimentos que geram translações, ou seja, transformações. A formação compartilhada, aqui apresentada, foi realizada junto aos professores de Ciências dos anos finais do ensino fundamental, da rede municipal de uma cidade do interior de Minas Gerais, sendo desenvolvida com a autora desta pesquisa com carga horária total de 6h/aula. A análise desse processo de formação foi feita à luz da Teoria Ator-Rede, buscando desvendar as redes que contribuem para o ensino. A formação foi desenvolvida com o grupo que concordou que o ensino de Ciências pode ser oportunizado com o uso de experimentos, permitindo novas translações, aproveitando as redes criadas para desenvolver o ensino. Compreender a importância das redes estabelecidas no processo de ensino é imperioso para que se possa fazer intervenções produtivas e, para promover as translações desejadas. Ao realizarmos a pesquisa, identificamos a utilização da estratégia pelo grupo, e a partir de suas contribuições construímos atividades. Ao serem aplicadas possibilitaram a identificação dos actantes mobilizados: o grupo de professores, a coordenação da escola, os discentes, a escola, o laboratório de ciências, a aula experimental, o roteiro de aula, os materiais necessários e os equipamentos utilizados. Todos esses elementos perfizeram o recorte da rede analisada, que emergiu para o ensino.
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    Formação continuada de professores nas perspectivas das neurociências e da educação inclusiva.
    (2019) Pessoa, Fernanda Fonseca Torres; Cruz, Luciana Hoffert Castro; Sá, Marcos Augusto de; Zama, Uyrá dos Santos; Cruz, Luciana Hoffert Castro
    O atendimento educacional às pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs), ganha cada vez mais destaque no cenário educacional e na legislação brasileira. A NEE mais comum encontrada nas salas de aula é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que se caracteriza pelo padrão persistente de hiperatividade, impulsividade e/ou desatenção. Embora a inclusão desses alunos seja assegurada na rede regular de ensino, sua prática é insatisfatória, principalmente pelo despreparo dos docentes. Nos últimos tempos, as neurociências se apresentam como uma importante aliada para a educação, já que o processo de ensino-aprendizagem envolve além do cognitivo, diversas emoções. Neste sentido, este estudo buscou verificar a importância da formação continuada dos professores, nas perspectivas das neurociências e da educação inclusiva, e sua contribuição para realidade vivenciada na sala de aula. Para isso promoveu um grupo focal com 15 professores dos anos finais do Ensino Fundamental, elaborando, a partir das discussões desse encontro, dois produtos educacionais: o Curso de Formação de Professores, transformado em vídeo-aula, e a cartilha sobre a contribuição das Neurociências para o processo inclusivo, instrumento para auxílio e atualização docente. Os participantes responderam ainda, a um questionário de satisfação, verificando a relevância da capacitação do professor, na perspectiva do docente. Os dados obtidos neste estudo demonstraram que a compreensão dos professores sobre os temas: educação inclusiva, TDAH e neurociências, melhoraram, significativamente, após a participação da formação continuada. Segundo avaliação dos próprios docentes, o conhecimento anteriormente insatisfatório ou pouco satisfatório transformou-se em satisfatório e muito satisfatório. Os produtos educacionais se destacaram como importantes ferramentas para os professores, melhorando não apenas o conhecimento docente como ainda promovendo uma reflexão desses profissionais quanto à necessidade de adoção de novas e diversificadas metodologias. Desse modo, há a promoção e favorecimento da aprendizagem a todos os alunos, independente se possuem ou não alguma NEEs, sendo este, um importante começo para a implantação do ensino inclusivo.
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    A música como estratégia educacional no processo de formação inicial de professores : uma sequência didática como ferramenta pedagógica pluralista para o ensino e aprendizagem de biologia.
    (2018) Costa, Fernando Vieira; Cruz, Luciana Hoffert Castro; Vilela, Luciano Rezende; Moreira, Leandro Marcio; Cruz, Luciana Hoffert Castro
    Sabe-se que discentes apresentam heterogeneidade sociocultural e cognitiva que precisa ser considerada quando se pretende alcançar sucesso em seus processos de aprendizagem. Nesse sentido, torna-se necessária uma proposta metodológica pluralista, na qual a música pode funcionar como mediadora de acesso ao conhecimento e, mais especificamente, na formação de futuros professores. A presente pesquisa de cunho qualitativo foi realizada na Universidade Federal de Ouro Preto. Participaram 40 alunos do segundo período do curso de licenciatura em Ciências Biológicas. Foi aplicado um questionário pré-teste com questões objetivas de sondagem afim de verificar qual o perfil de inteligência da turma participante de acordo com a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner. Como já era esperado, observou-se que a inteligência predominante no grupo participante foi a naturalista, seguida das inteligências intrapessoal e interpessoal. Posteriormente, a turma elegeu temas da Biologia considerados de difícil assimilação; tais temas foram trabalhados a partir de vídeo-aulas e grupos de discussão, levando em consideração o destaque da inteligência interpessoal. Em seguida, foram elaboradas pela turma duas letras de paródias musicais, cujo conteúdo abordou os temas escolhidos e considerados de difícil aprendizagem. Após a elaboração das paródias, foi aplicado um questionário pós-teste, com o objetivo de verificar a percepção dos participantes a respeito do uso da música em práticas de ensino. Mesmo sem evidência para inteligência musical, o grupo concordou unanimemente com o uso de recursos culturais e tecnológicos para o ensino de ciências. 60% relatou que utilizaria a música em suas futuras práticas pedagógicas. Conclui-se que a música se constitui como uma ferramenta pedagógica pluralista de fácil acesso, com grande aceitabilidade e que pode influenciar positivamente no processo de formação de professores e no ensino e aprendizagem de biologia.
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    O livro didático na sala de aula : os modos de uso de um livro de ciências por uma professora do ensino fundamental.
    (2017) Figueiredo, Márcia Cristina de Oliveira; Almeida, Sheila Alves de; Almeida, Sheila Alves de; Araújo, Regina Magna Bonifácio de; Silva, Nilma Soares da
    Há décadas, o livro didático faz parte do cenário educacional, entretanto aspectos pertinentes às interações em sala de aula entre professor, livro e alunos são ainda pouco explorados. Nesta investigação, valemo-nos das seguintes questões de pesquisa: “Como é a utilização do livro didático no cotidiano da sala de aula?”; “O que a professora prioriza na sua prática?”; “Como os textos didáticos do livro Construindo Consciências são trabalhados nas aulas de Ciências?”; “De que modo a professora conduz a correção dos questionários?” e “Em quais momentos a professora aproxima-se do projeto didático autoral?”. Ancoramo-nos na análise microgenética, o que implicou, fundamentalmente, gravar as aulas acompanhadas e destas selecionar episódios significativos. Apresentamos os dados que foram coletados em uma turma de 7º ano de uma escola da rede pública do município de Belo Horizonte. Nosso olhar voltou-se para os modos de uso do livro didático Construindo Consciências, elaborado pelo Grupo Ação e Pesquisa em Ensino de Ciências (APEC). Observamos a prática de uma professora dos anos finais do ensino fundamental. No cotidiano da sala de aula, percebemos que as práticas mediadas pelo livro foram marcadas por velhas e novas escolhas pedagógicas, refletindo o quão difícil é para um professor desvencilhar-se dos moldes tradicionais de ensino de Ciências. Reafirmamos, nesta pesquisa, a importância do livro didático no cotidiano da sala de aula e a urgência de aprofundar a compreensão da dialogia como um caminho para um ensino de Ciências, de fato, significativo.