MPEC - Mestrado Profissional em Ensino da Ciência
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/5170
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Item O ensino de Ciências a partir das metodologias ativas : engajamento dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública em tempos pandêmicos.(2022) Santos, Maryana de Fátima Fonseca; Freitas, Cláudia Avellar; Franco, Luiz Gustavo; Flôr, Cristhiane Carneiro Cunha; Freitas, Cláudia AvellarEste trabalho teve como objetivo geral compreender como os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública estadual de Sete Lagoas se engajam em uma atividade baseada nas metodologias ativas – MA, proposta no produto educacional, em período de pandemia. O produto educacional é constituído por dez atividades ancoradas nos pressupostos das metodologias ativas, em que exploram diferentes estratégias, contemplam os conteúdos do 9º ano do E.F., e são associadas às habilidades da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, de modo a oferecer à professora participante diferentes possibilidades para desenvolver em suas aulas práticas pedagógicas com esse viés. A atividade desenvolvida com a turma do 9º ano diz respeito às ideias evolucionistas e abrangeu a sala de aula invertida com a realização de quiz e instrução por pares. A pesquisa é classificada como qualitativa e apresenta finalidades descritiva e explicativa. Para construção dos dados utilizamos a observação participante, as conversas informais, a entrevista e a aplicação de questionário. Os dados foram discutidos à luz das teorias do círculo de Bakhtin sobre o funcionamento da linguagem por meio dos enunciados. No primeiro momento, os estudantes não se engajaram na atividade, porém apresentaram mudança de atitude no decorrer do seu desenvolvimento, demonstrando engajamento nas outras etapas. O contexto em que ocorreu o desenvolvimento da pesquisa, logo após o retorno ao ensino presencial é uma das possíveis razões para essa mudança de atitude, pois, inicialmente os estudantes não fizeram a leitura, primeira etapa da atividade, mas o apoio e orientação da professora e as oportunidades oferecidas a eles para participarem, a partir de elementos de gamificação e a troca de ideias com os colegas, despertaram seu interesse, motivando-os. As pesquisas sobre as MA na educação básica precisam se expandir para que possamos (re) conhecer seus potenciais e fragilidades, as demandas para sua adoção por parte dos professores e a forma como os alunos nelas se engajam.Item Sabedoria nunca é muita : interlocuções promovidas entre os saberes populares envolvidos na produção de doces por moradoras de uma comunidade quilombola e a educação química.(2020) Damasceno, Cristian Júnior; Souza, Gilmar Pereira de; Flôr, Cristhiane Carneiro Cunha; Cabral, Wallace Alves; Freitas, Cláudia Avellar; Flôr, Cristhiane Carneiro Cunha; Souza, Gilmar Pereira deNeste trabalho apresentamos os saberes populares dos povos Quilombolas inseridos em um contexto de proteção e resgate de uma herança de conhecimentos em benefício da sociedade e da preservação da memória e cultura. Nosso objetivo foi investigar como os saberes populares mobilizados dentro de uma comunidade Quilombola em sua produção de doces caseiros, podem contribuir para o seu reconhecimento, valorização e o Ensino de Química. Dessa forma pensamos em elaborar um material que pudesse resgatar os saberes populares e os articulasse aos conhecimentos Químicos escolares. Após realizarmos uma revisão da literatura, percebemos que os estudos relacionados as comunidades tradicionais quilombolas, no que tange ao resgate e valorização dos seus saberes, ainda são insuficientes diante dos inúmeros saberes tradicionais que podem ser abordados em sala de aula. Por meio de entrevistas realizadas com moradoras do quilombo Vila de Santa Efigênia, no município de Mariana, estado de Minas Gerais, estabelecemos uma conexão entre saberes populares e saberes acadêmicos/escolares e, apoiados no referencial teórico-metodológico da análise de discurso de linha francesa, realizamos entrevistas com quatro moradoras da comunidade Quilombola Vila Santa Efigênia a fim de produzir um documentário sobre a produção de doces dessa comunidade e o Ensino de Química, constituindo assim o nosso corpus analítico. A partir das falas das entrevistadas estabelecemos critérios de análise e de produção dos produtos que acompanham esta dissertação. As suas falas nos remetem à complexidade discursiva da identidade periférica e quilombola que se constrói, em parte, por meio dos saberes e valores guardados e transmitidos por certos indivíduos da comunidade. A partir da perspectiva da ciência e a sabedoria tradicional carregada pelas entrevistadas tornou-se possível estabelecer relações intertextuais para a produção de uma cartilha voltada à educação Química na perspectiva de uma comunidade Quilombola. A aplicação das categorias e conceitos da linguística nos permitiu entender melhor a complexidade das identidades quilombolas criadas pelas moradoras entrevistadas e a forma como o discurso feito sobre os saberes tradicionais locais – a produção de doces caseiros – tem a ver com a própria história do espaço que a Vila Santa Efigênia ocupa na vida e no imaginário de seus moradores.