PROFSAÚDE - Programa de Mestrado Profissional em Saúde
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Item Fatores de risco para Síndrome de Burnout em profissionais da equipe de saúde bucal da Rede Pública de Saúde de Belo Horizonte - MG.(2022) Silva, Vivian Belo de Assis; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Figueiredo, Adriana Maria de; Machado, Elaine LeandroExiste um interesse latente no tempo atual, em questionar o que no trabalho pode ser apontado como fonte específica de nocividade para a vida mental, ou seja, as condições em que o trabalho é executado repercutem diretamente na fisiologia do corpo. Assim, é relevante observar e debater como é afetada a saúde mental dos diversos servidores que atuam dentro da UBS. Este estudo tem como objetivo avaliar fatores de risco para a Síndrome de Burnout em trabalhadores da saúde da rede municipal de Belo Horizonte, com foco específico no grupo de profissionais das Equipes de Saúde Bucal (ESB). A principal hipótese é que o trabalho exercido por esses profissionais, da forma que ele se apresenta hoje em dia, em consultórios compartilhados, grande demanda de atendimentos, dentre outros desafios da saúde pública no Brasil, contribui para o aumento dos casos da Síndrome de Burnout entre os profissionais das Equipes de Saúde Bucal. O estudo é do tipo transversal descritivo, de natureza quantitativa. A metodologia incluiu elaboração e aplicação de um questionário elaborado especificamente para esse estudo, com perguntas específicas direcionadas aos participantes da pesquisa, e um segundo instrumento, já validado e considerado padrão ouro, o Maslach Burnout Inventory (MBI) para avaliação da Síndrome de Burnout. Os questionários foram encaminhados online a todas as 308 Equipes de Saúde Bucal da rede municipal de Belo Horizonte, e após a devolutiva pelos participantes, foi elaborado um banco de dados, que passaram por tratamento estatístico com o objetivo de obter medidas de tendência central, distribuição de frequências e as correlações entre os fatores pesquisados, por meio do Teste χ2 e Cálculo da Razão de Prevalência. Os indivíduos estudados (n=109) foram em sua maioria do sexo feminino, com idade média 44,19 ±10,61, em sua maioria apresentam pós-graduação, moram com familiares ou amigos e contribuem com grande parcela das contas em casa. Observou-se que entre os principais fatores de risco para Síndrome de Burnout estão: servidores responsáveis pela maior parte dos gastos e orçamento familiar, pessoas que moram com familiares e amigos e, por fim, servidores que apresentam angústia no ambiente de trabalho. A Razão de Prevalência para o desenvolvimento de Síndrome de Burnout entre os que moram com familiares foi 10 vezes maior, entre os responsáveis pela maior parte dos gastos e orçamento familiar foi 25 vezes maior, e entre os que sentem angústia no ambiente de trabalho foi 8,33 vezes maior. Tais aspectos parecem produzir uma sobrecarga emocional e psíquica no servidor que acaba atrelando o trabalho a questões de “necessidade de sobrevivência” para as duas primeiras variáveis, e como um local de angústia para a terceira variável.Item Interface entre a atenção primária à saúde e a saúde do trabalhador e da trabalhadora : estudo de caso em Belo Horizonte, Minas Gerais.(2021) Souza Neto, Fábio de; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Dias, Elizabeth Costa; Lima, Eloisa Helena deO presente estudo analisou as percepções e práticas dos trabalhadores e usuários da Unidade Básica de Saúde (UBS) Confisco e dos profissionais do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) acerca dos fluxos e atividades relacionadas à Saúde do Trabalhador (ST) e sua integração com a Atenção Primária à Saúde (APS), por meio de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva/exploratória. Foram utilizados como recursos metodológicos uma roda de pesquisa realizada virtualmente com os profissionais da UBS e entrevistas semiestruturadas desenvolvidas com usuários e profissionais do CEREST. Três relatos de usuários foram selecionados para uma análise mais aprofundada de seus itinerários no contexto da ST e sua interface com a APS, desvelando os pontos positivos do cumprimento das propostas recomendadas pela Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) e, principalmente, as lacunas existentes na assistência. Após a coleta dos dados, utilizou-se o método de análise de conteúdo para avaliação do material obtido. Foi possível verificar que os trabalhadores da área de saúde têm conhecimento dos protocolos existentes para a articulação entre ST e APS, mas que, pelos fatores expostos pela pesquisa, não conseguem acessar ou cumprir todas as recomendações ou orientações estabelecidas. Os usuários, provavelmente pela pouca utilização dos instrumentos em ST disponíveis na Rede de Atenção à Saúde (RAS), acabam privados do acesso à integralidade de ações que promovem a saúde do trabalhador e que buscam prevenir e tratar os efeitos do sofrimento gerado pelo trabalho e reabilitar a sua saúde. Assim, pode-se dizer que a interface ST e APS se dá de modo ainda muito tênue, com ações ainda bem aquém do necessário.Item Modelos de contratação e remuneração de trabalhadores da Atenção Primária no Sistema Único de Saúde : repercussões para a performance profissional.(2022) Mendes, Artur Oliveira; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Bezerra, Olívia Maria de Paula Alves; Brito, José Eustáquio de; Machado, Elaine LeandroOs modelos de remuneração e contratação têm sido apontados como capazes de induzir determinadas performances profissionais. No presente estudo foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória com informantes chave (amostra por conveniência), selecionados por metodologia de bola de neve, usando entrevista semiestruturada sobre os diferentes formatos de contratação e remuneração dos trabalhadores da atenção primária à saúde no SUS, solicitando reflexão a partir de eixos do acróstico P.E.S.T.E. (pertinência, ética, sustentabilidade, temporalidade e escolha). Foram entrevistados ex-gestores e exrepresentantes dos trabalhadores da área da saúde, abrangendo todas as regiões brasileiras, para compreender suas reflexões sobre o tema. Foi levantado que, apesar dos modelos de remuneração e contratação terem reconhecida influência sobre a performance profissional, os formatos que levam a uma precarização de vínculos e imprevisibilidade de pagamentos, embora respondam em certa medida a uma necessidade financeira dos gestores e do serviço, podem comprometer a longitudinalidade do cuidado, alienar os profissionais de seu objeto de trabalho e dificultar a constituição de recursos humanos perenes para fazer frente às necessidades do sistema de saúde.