PPBIOTEC - Programa de Pós-graduação em Biotecnologia

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Resultados da Pesquisa

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    Isolamento e caracterização bioquímica e molecular de microrganismo associados à interação Langsdorffia hypogaea-hospedeira-rizosfera.
    (2013) Felestrino, Érica Barbosa; Moreira, Leandro Marcio
    Populações microbianas relacionam-se diretamente com diferentes nichos encontrados no ambiente. O solo é um importante ecossistema onde raízes de plantas e microrganismos contidos nele competem ou se associam pela aquisição de nutrientes. Baseado na relação de complementaridade entre microrganismos e planta, Langsdorffia hypogaea foi adotada como planta modelo, uma vez que se trata de uma espécie holoparasita pouco estudada e, por isso, caracteriza-se como um modelo potencial para a descoberta de novos microrganismos de interesse biológico e biotecnológico. O estudo teve como objetivo central bioprospectar a microbiota desse modelo e suas possíveis interações com sua planta hospedeira e rizosfera correspondente. Para isso, foram utilizadas inicialmente técnicas microbiológicas de cultivo e isolamento, seguidas de técnicas moleculares de identificação dos isolados. Também foram realizadas técnicas bioquímicas que permitiram verificar a capacidade destas 81 bactérias isoladas em produzir íon amônio, ácido cianídrico, ácidoindolacético, sideróforos e capacidade de fixação de nitrogênio e solubilização de fosfato. Testes para verificação do potencial de degradação de amido, pectina, proteínas e celulose também foram incorporadas nas análises. Com exceção da solubilização de fosfato e do potencial de degradação de proteínas e celulase, todos os outros parâmetros apresentaram resultados positivos para alguns dos isolados. Foram encontradas bactérias dos gêneros Bacillus, Enterobacter, Lysinibacillus, Paenibacillus, Serratia, Klebsiella, Ewingella, Citrobacter, Pseudomonas, Viridibacillus, da ordem Actinomycetale e da família Enterobacteriaceae, além de bactérias similares a depositadas no banco de dados como “não cultivadas” e uma bactéria que não apresentou similaridade com nenhuma já depositada no banco de dados (possivelmente nova). Tais resultados auxiliam no melhor entendimento da interação entre microrganismos e plantas, que poderiam justificar em parte a sobrevivência destas espécies em ambiente com diversas peculiaridades. Finalmente, por estas análises, possíveis bactérias classificadas como potenciais promotores de crescimento parecem ser fundamentais para a manutenção das espécies vegetais. Isto abre um leque de possibilidades de seus usos, em especial como fator substituinte de agroquímicos.
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    Diversidade e bioprospecção de fungos associados às macroalgas antárticas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y. M. Chamberlain.
    (Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Furbino, Laura Esteves; Rosa, Luiz Henrique
    A produção de metabólitos bioativos por fungos marinhos têm sido alvo de grande interesse por diferentes grupos de pesquisa, uma vez que os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e constituem um ambiente relativamente pouco explorado em relação à diversidade biológica e química das comunidades microbianas. Os estudos sobre fungos associados às macroalgas antárticas são escassos e muitas das espécies algícolas são endêmicas e/ou adaptadas a essa região, podendo constituir uma fonte atrativa de novas espécies e metabólitos de interesse biotecnológico. Os gêneros Porphyra C. Agardh e Monostroma Thuret incluem espécies de grande importância econômica, utilizadas na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica em vários países. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi conhecer a diversidade de fungos associados às macroalgas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y.M. Chamberlain ao longo de um gradiente latitudinal em ilhas antárticas e avaliar o potencial destes fungos em relação à produção de metabólitos com atividade biológica. As macroalgas foram coletadas nas Ilhas Elefante, Rei George e Deception. Para isolamento dos fungos foram coletados fragmentos de 390 espécimes de macroalgas. As amostras foram obtidas em substratos rochosos localizados na região entre marés. Para o isolamento dos fungos foram utilizados fragmentos dos talos das algas, os quais foram inoculados em placas de Petri contendo o meio Agar Marinho. No total foram obtidos 278 isolados de fungos; destes, 149 fungos filamentosos e 129 leveduras. Os isolados foram agrupados em morfoespécies a partir das características macromorfológicas e confirmados posteriormente por meio da técnica molecular de microsatélite utilizando o iniciador GTG’5. Um representante de cada morfoespécie foi identificado por meio de sequenciamento de regiões ITS e dos domínios D1/D2 do gene do rRNA para os fungos filamentosos e leveduras, respectivamente. As espécies identificadas pertencem aos gêneros Antarctomyces, Aspergillus, Cadophora, Candida, Cystofilobasidium, Cryptococcus, Geomyces, Guehomyces, Meyerozyma, Metschnikowia, Oidiodendron, Penicillium, Rhodotorula e Verticillium. Os estudos de diversidade indicaram que a composição da comunidade fúngica das macroalgas são pouco similares e, também, que as espécies fúngicas apresentam baixa especificidade quanto ao hospedeiro. Todos os fungos obtidos foram cultivados em Agar marinho para obtenção dos extratos brutos, os quais foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana utilizando como alvo os micro-organismos: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Candida albicans, C. krusei e Cladosporium sphaerospermum. Dos 218 extratos avaliados, oito apresentaram atividade antimicrobiana; destes, seis contra C. krusei, um contra C. albicans e um contra C. sphaerospermum. O extrato do fungo Geomyces pannorum UFMGCB 5987 apresentou atividade antimicrobiana considerada promissora (95,2%) frente aos esporos de C. sphaerospermum. Além dos ensaios antimicrobianos os fungos foram avaliados quanto à capacidade de degradar amido, carboximetilcelulose, xilana, proteína (caseína) e éster. Setenta e um por centos dos isolados apresentaram pelo menos um tipo de atividade enzimática, sendo a esterásica predominante (68%), seguida pelas atividades amilásica (43%), proteásica (38%), celulolítica (13%) e xilanolítica (0,16%). Os resultados obtidos neste trabalho sugerem a presença de uma comunidade de fungos adaptada às condições extremas da Antártica, a qual pode exercer um papel ecológico significativo na decomposição de matéria orgânica e na ciclagem de nutrientes; além disso, alguns destes fungos podem representar uma fonte promissora de metabólitos bioativos de interesse biotecnológico.