PPBIOTEC - Programa de Pós-graduação em Biotecnologia

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Resultados da Pesquisa

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    Avaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes em células HepG2 infectadas pelo Caraparu vÍrus (Bunyaviridae).
    (2016) Almeida, Letícia Trindade; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Costa, Daniela Caldeira; Sousa, Lirlândia Pires de
    O Caraparu virus (CARV) é um arbovírus, membro do grupo C, da família Bunyaviridae. Em países da América do Sul, o CARV é um importante agente causador de doença febril em humanos e tem causado surtos múltiplos e notáveis nas últimas décadas. Entretanto, pouco se sabe sobre a patogênese característica desse vírus. Uma vez que estudos prévios têm sugerido que o estresse oxidativo, como parte da resposta celular do hospedeiro, pode desempenhar um papel importante na patogênese da infecção por uma variedade de vírus, esse trabalho teve como objetivo investigar se esse evento pode estar relacionado também a infecção pelo CARV. Para tal, foram utilizadas células humanas hepáticas (HepG2), uma vez que, em modelo animal, o CARV já se mostrou capaz de multiplicar em células do fígado e causar hepatite. Como esperado, as células HepG2 foram susceptíveis e permissivas à infecção pelo CARV. Em seguida, em células controles e infectadas, em diferentes tempos, foram avaliados os seguintes parâmetros: produção de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs); níveis do biomarcador de estresse oxidativo Malondialdeído (MDA); atividade e expressão gênica das enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (CAT); níveis de Glutationa total (GSH) e expressão gênica da citocina IL-6. Houve um aumento na produção das EROs nas células infectadas 15, 24 e 48 horas pós-infecção (hpi). Apesar desse aumento na produção de EROs, não houve alteração nos níveis de MDA nas células infectadas, nos diferentes tempos analisados. Por outro lado, a infecção pelo CARV alterou o status antioxidante celular, de diferentes maneiras, nos diferentes tempos. A atividade da enzima SOD mostrou-se aumentada no tempo de 6 hpi, diminuída no tempo de 15 hpi e novamente aumentada 48 hpi. Já a expressão gênica de SOD-1 aumentou nas células infectadas 48 hpi. A atividade da enzima CAT mostrou-se aumentada 24 hpi e diminuída 48 hpi e os níveis de expressão do seu RNAm não alteraram nos diferentes grupos. Ainda, níveis de Glutationa aumentaram 15 hpi e diminuíram 24 e 48 hpi. Com relação ao perfil inflamatório, a infecção causou um aumento na expressão gênica de IL-6, nos tempos de 15, 24 e 48 hpi. Assim, esse trabalho sugere que, nesse modelo de infecção pelo CARV, ocorre a produção de EROs e alteração no status antioxidante celular, mas sem dano oxidativo evidente.
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    O tratamento com extrato aquoso de açaí (Euterpe oleracea Mart.) protege o Caenorhabditis elegans contra exposição aguda à Acrilamida.
    (2014) Caneschi, Washington Luiz; Oliveira, Riva de Paula
    Acrilamida (AAM) é um composto tóxico presente em quantidades relevantes em alimentos ricos em carboidratos que passaram por tratamento térmico a altas temperaturas. Estudos in vivo e in vitro mostraram que AAM pode induzir efeitos neurotóxicos, genotóxicos, carcinogênicos, distúrbios reprodução e no desenvolvimento. O uso de compostos naturais provindos da dieta com efeitos antioxidantes pode fornecer uma estratégia de combate à toxicidade causada pela AAM. O Açaí, Euterpe oleracea Mart., é um fruto da América do Sul comumente usado em bebidas além de ser usado na medicina popular, sendo rico em compostos fitoquímicos, particularmente antocianinas, proantocianidinas e outros flavonóides. Neste projeto, nós avaliamos o possível efeito protetor do extrato aquoso de Açaí (EAA) 100 mg/ml sobre os efeitos tóxicos provocados pela exposição aguda no C. elegans à AAM. Para avaliar a toxicidade da exposição aguda à AAM no C. elegans, nós avaliamos parâmetros biológicos, bioquímicos e genéticos. A exposição aguda à AAM reduziu os tamanho corporal dos animais, o número total de progênie, a longevidade, aumentou a produção de EROs e ativou a expressão de genes de detoxificação gst-4::GFP e gcs-1::GFP, ativou a localização nuclear de DAF-16::GFP, mas não ativou a expressão de sod-3. Para avaliar se o tratamento com EAA possui algum efeito protetor sob a toxicidade induzida pela AAM, os animais foram previamente tratados com EAA e em seguida expostos à AAM. Nossas análises revelaram que o tratamento com EAA impediu a redução corporal dos animais, aumentou o tempo de vida, reduziu a produção de EROs, e preveniu a ativação de gcs-1 por AAM. Já foi demostrado que a ativação de gst-4::GFP por AAM é dependente do fator de transcrição SKN- 1/Nrf2 Nós observamos uma redução parcial da expressão de gcs-1::GFP em animais skn-1(RNAi) tratados com AAM, o que não foi observado para animais daf-16(RNAi), sugerindo que a indução de gcs-1::GFP pela AAM depende parcialmente de SKN-1. O pré-tratamento com EAA reduziu a expressão de gcs- 1::GFP nos animais daf-16(RNAi) tratados com AAM mas não nos animais skn- 1(RNAi) sugerindo que SKN-1 não interfere na expressão de gcs-1 promovido pelo EAA. Por fim, os resultados deste projeto indicam que o pré-tratamento do C. elegans com EAA é capaz de reduzir os efeitos tóxicos induzidos pela exposição aguda à AAM.